A questão Cigana

O geral das generalidades... para discutir tudo!
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pedro.slv
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Mensagem por pedro.slv »

Escravos portugueses: três histórias de arrepiar

O processo de escravidão, sequestro e coacção, que acusou dez clãs de famílias ciganas, vai chegar brevemente a tribunal, mas não há a certeza que a meia centena de arguidos esteja presente. Isto porque apesar de alguns suspeitos terem estado em prisão preventiva, os prazos acabaram por se esgotar. A investigação foi demorada, complexa e as deslocações a várias localidades do país e a articulação com a polícia espanhola não ajudou à conclusão rápida do caso.

Todavia, apesar deste tipo de crime, globalmente conhecido como tráfico de seres humanos, estar na ordem do dia, fontes da Polícia Judiciária (PJ), referiram ao i que, em mais de 90% dos casos, mesmo que os arguidos sejam de nacionalidade estrangeira, poucos são aqueles que ficam detidos.

Precisamente o contrário do que se passa em Espanha. Num caso recente, em que um menor português foi aliciado para trabalhar em Espanha, e os alegados criminosos foram detidos pelas autoridades espanholas, todos os suspeitos que participaram no aliciamento, mesmo aqueles que só ajudaram no transporte do menor, ficaram em prisão preventiva nas cadeias espanholas.

A PJ teme que neste caso de escravidão, muitos arguidos, sobretudo os de nacionalidade espanhola, não venham a apresentar-se em tribunal. O processo envolve dez clãs de famílias ciganas que aliciavam portugueses em situação de fragilidade para trabalhar em situação de escravos.Conforme o i revelou ontem, também mulheres foram transformadas em escravas sexuais.

Português escravizado 14 anos em Espanha
As histórias deste caso são semelhantes e o modus operandi quase sempre o mesmo.
A. O. tinha feito 36 anos de idade quando foi abordado com uma promessa de trabalho remunerado. Acedeu e partiu nesse mesmo dia. De comboio para Torre de Moncorvo era esperado pelos arguidos F. dos Santos e I. Carromão, os mesmos suspeitos de terem escravizado sexualmente duas portuguesas durante oito anos. Em Espanha, os arguidos V. Carromão e I. Pereira, filha e genro dos suspeitos de Moncorvo, ficaram imediatamente com os documentos de A. O. e abriram, no seu nome, uma conta bancária.
A. O. pediu para regressar a Portugal mas nunca lhe foi permitido. Em 1998 A. O. veio ao nosso país com os suspeitos, que o obrigaram a renovar o BI, dando a morada de Torre de Moncorvo. Voltou para Espanha, nunca recebeu dinheiro pelo seu trabalho e tentou fugir várias vezes. Foi sempre apanhado e violentamente castigado.
Finalmente, em 2005, F. dos Santos e I. Carromão abandonaram A. O. no Pocinho, junto à cidade da Régua, e deixaram-lhe ficar 120 euros nos bolsos com a advertência para esquecer-se dos seus nomes.
No documento da acusação que resultou da investigação da Polícia Judiciária (PJ) do Porto, pode ler-se, o parágrafo final da história, seco e objectivo: “O ofendido A. O. foi ameaçado, agredido e impedido de se movimentar livremente, sujeito a um verdadeiro regime de escravidão, durante cerca de 14 anos.”

Los Santos de Los Angeles
J. C., natural da Madeira, veio para o Porto à procura de uma vida melhor.
Em 2006 um conhecido disse-lhe que conhecia um “cigano honesto e pagador” que lhe podia arranjar trabalho na limpeza de vinhas e na apanha do tomate em Espanha. O arguido F. de Los Santos de Los Angeles, disse-lhe que o contrato era de um ano por 600 euros por mês. J. C, aceitou.
No dia combinado, esperou por Los Angeles e pelo filho, F. dos Santos, também arguido no processo, e partiram da Praça da República, no centro do Porto, para Bragança e, depois, para Aguedas, Navarra, em Espanha.
Na casa, estavam mais cinco portugueses, todos da zona do Porto. Instalaram-no na varanda, ao ar livre sobre cartões e plástico e logo ficou sem os documentos.
Começavam a trabalhar às sete da manhã, paravam uma hora e meia para comer “latas de conserva de atum ou sardinha” e, à noite, o jantar, era invariavelmente feijão ou grão, fora do prazo de validade ou mesmo recolhidos do lixo. A investigação refere que aos seis trabalhadores sempre foram negadas as saídas, as necessidades fisiológicas eram feitas na mata envolvente e tomavam banho uma vez por semana no rio com a ajuda de um bidão.
J. C. queixou-se a um trabalhador espanhol, o que lhe valeu a “transferência” para uma fábrica de transformação de tomate na localidade de Ecla. Sempre sob o controlo dos arguidos, ficou num acampamento a 20 km da fábrica.
Meses depois, preso, agredido e sem dinheiro, com a ajuda de um espanhol, fugiu para Portugal. À boleia.

Mulher paga regresso do marido
Em 2004, J. R. concordou em residir em Agoncillo, La Rioja em Espanha, com a promessa de que era grátis até ao Natal. Arranjou trabalho na construção civil, mas os arguidos J. Manuel e C. Silva começaram a levantar dinheiro da sua conta, alegando que era para pagar o alojamento. Mais tarde, os arguidos, através de ameaças contra a sua vida, obrigaram J. P. a pedir dinheiro à família, caso contrário, não o deixavam regressar a Portugal. A certa altura, os suspeitos levaram J. P. para um escritório de advogados onde tentaram que assinasse uma nota de dívida. Recusou.
J. Manuel e C. Silva decidiram apoderar-se de todos os documentos que incluíam bilhete de identidade, carta de condução, cartão de contribuinte, segurança social e ainda o telemóvel.
Em Janeiro de 2005, contactou a sua mulher em Portugal e disse-lhe que não estava bem, não tinha dinheiro e pedia para enviar 50 euros.
Ainda em Janeiro, J. R. voltou a ligar à mulher a pedir-lhe que depositasse 1400 euros numa conta da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo – que a PJ viria a concluir estar no nome da suspeita C. Silva para poder regressar a Portugal. Concluiu o telefonema dizendo-lhe que não podia falar sobre o assunto.
A mulher não depositou a quantia porque não tinha disponibilidade financeira. Posteriormente, a mulher recebeu em Portugal uma chamada de C. Silva ameaçando-a para entragar o dinheiro, se não o marido não voltava. Dias depois, em novo contacto, a exigência aumentou para 1800 euros. Um terceiro telefonema de Espanha para Portugal dizia à mulher de J. P.: “Se não pagar a bem, vai pagar a mal, porque ou nós vamos a sua casa ou mandamos aí alguém para fazer justiça.”

Fonte da notícia: http://www.ionline.pt/conteudo/76228-es ... --arrepiar

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Megane
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Mensagem por Megane »

pedro.slv Escreveu:Escravos portugueses: três histórias de arrepiar

O processo de escravidão, sequestro e coacção, que acusou dez clãs de famílias ciganas, vai chegar brevemente a tribunal, mas não há a certeza que a meia centena de arguidos esteja presente. Isto porque apesar de alguns suspeitos terem estado em prisão preventiva, os prazos acabaram por se esgotar. A investigação foi demorada, complexa e as deslocações a várias localidades do país e a articulação com a polícia espanhola não ajudou à conclusão rápida do caso.

Todavia, apesar deste tipo de crime, globalmente conhecido como tráfico de seres humanos, estar na ordem do dia, fontes da Polícia Judiciária (PJ), referiram ao i que, em mais de 90% dos casos, mesmo que os arguidos sejam de nacionalidade estrangeira, poucos são aqueles que ficam detidos.

Precisamente o contrário do que se passa em Espanha. Num caso recente, em que um menor português foi aliciado para trabalhar em Espanha, e os alegados criminosos foram detidos pelas autoridades espanholas, todos os suspeitos que participaram no aliciamento, mesmo aqueles que só ajudaram no transporte do menor, ficaram em prisão preventiva nas cadeias espanholas.

A PJ teme que neste caso de escravidão, muitos arguidos, sobretudo os de nacionalidade espanhola, não venham a apresentar-se em tribunal. O processo envolve dez clãs de famílias ciganas que aliciavam portugueses em situação de fragilidade para trabalhar em situação de escravos.Conforme o i revelou ontem, também mulheres foram transformadas em escravas sexuais.

Português escravizado 14 anos em Espanha
As histórias deste caso são semelhantes e o modus operandi quase sempre o mesmo.
A. O. tinha feito 36 anos de idade quando foi abordado com uma promessa de trabalho remunerado. Acedeu e partiu nesse mesmo dia. De comboio para Torre de Moncorvo era esperado pelos arguidos F. dos Santos e I. Carromão, os mesmos suspeitos de terem escravizado sexualmente duas portuguesas durante oito anos. Em Espanha, os arguidos V. Carromão e I. Pereira, filha e genro dos suspeitos de Moncorvo, ficaram imediatamente com os documentos de A. O. e abriram, no seu nome, uma conta bancária.
A. O. pediu para regressar a Portugal mas nunca lhe foi permitido. Em 1998 A. O. veio ao nosso país com os suspeitos, que o obrigaram a renovar o BI, dando a morada de Torre de Moncorvo. Voltou para Espanha, nunca recebeu dinheiro pelo seu trabalho e tentou fugir várias vezes. Foi sempre apanhado e violentamente castigado.
Finalmente, em 2005, F. dos Santos e I. Carromão abandonaram A. O. no Pocinho, junto à cidade da Régua, e deixaram-lhe ficar 120 euros nos bolsos com a advertência para esquecer-se dos seus nomes.
No documento da acusação que resultou da investigação da Polícia Judiciária (PJ) do Porto, pode ler-se, o parágrafo final da história, seco e objectivo: “O ofendido A. O. foi ameaçado, agredido e impedido de se movimentar livremente, sujeito a um verdadeiro regime de escravidão, durante cerca de 14 anos.”

Los Santos de Los Angeles
J. C., natural da Madeira, veio para o Porto à procura de uma vida melhor.
Em 2006 um conhecido disse-lhe que conhecia um “cigano honesto e pagador” que lhe podia arranjar trabalho na limpeza de vinhas e na apanha do tomate em Espanha. O arguido F. de Los Santos de Los Angeles, disse-lhe que o contrato era de um ano por 600 euros por mês. J. C, aceitou.
No dia combinado, esperou por Los Angeles e pelo filho, F. dos Santos, também arguido no processo, e partiram da Praça da República, no centro do Porto, para Bragança e, depois, para Aguedas, Navarra, em Espanha.
Na casa, estavam mais cinco portugueses, todos da zona do Porto. Instalaram-no na varanda, ao ar livre sobre cartões e plástico e logo ficou sem os documentos.
Começavam a trabalhar às sete da manhã, paravam uma hora e meia para comer “latas de conserva de atum ou sardinha” e, à noite, o jantar, era invariavelmente feijão ou grão, fora do prazo de validade ou mesmo recolhidos do lixo. A investigação refere que aos seis trabalhadores sempre foram negadas as saídas, as necessidades fisiológicas eram feitas na mata envolvente e tomavam banho uma vez por semana no rio com a ajuda de um bidão.
J. C. queixou-se a um trabalhador espanhol, o que lhe valeu a “transferência” para uma fábrica de transformação de tomate na localidade de Ecla. Sempre sob o controlo dos arguidos, ficou num acampamento a 20 km da fábrica.
Meses depois, preso, agredido e sem dinheiro, com a ajuda de um espanhol, fugiu para Portugal. À boleia.

Mulher paga regresso do marido
Em 2004, J. R. concordou em residir em Agoncillo, La Rioja em Espanha, com a promessa de que era grátis até ao Natal. Arranjou trabalho na construção civil, mas os arguidos J. Manuel e C. Silva começaram a levantar dinheiro da sua conta, alegando que era para pagar o alojamento. Mais tarde, os arguidos, através de ameaças contra a sua vida, obrigaram J. P. a pedir dinheiro à família, caso contrário, não o deixavam regressar a Portugal. A certa altura, os suspeitos levaram J. P. para um escritório de advogados onde tentaram que assinasse uma nota de dívida. Recusou.
J. Manuel e C. Silva decidiram apoderar-se de todos os documentos que incluíam bilhete de identidade, carta de condução, cartão de contribuinte, segurança social e ainda o telemóvel.
Em Janeiro de 2005, contactou a sua mulher em Portugal e disse-lhe que não estava bem, não tinha dinheiro e pedia para enviar 50 euros.
Ainda em Janeiro, J. R. voltou a ligar à mulher a pedir-lhe que depositasse 1400 euros numa conta da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo – que a PJ viria a concluir estar no nome da suspeita C. Silva para poder regressar a Portugal. Concluiu o telefonema dizendo-lhe que não podia falar sobre o assunto.
A mulher não depositou a quantia porque não tinha disponibilidade financeira. Posteriormente, a mulher recebeu em Portugal uma chamada de C. Silva ameaçando-a para entragar o dinheiro, se não o marido não voltava. Dias depois, em novo contacto, a exigência aumentou para 1800 euros. Um terceiro telefonema de Espanha para Portugal dizia à mulher de J. P.: “Se não pagar a bem, vai pagar a mal, porque ou nós vamos a sua casa ou mandamos aí alguém para fazer justiça.”

Fonte da notícia: http://www.ionline.pt/conteudo/76228-es ... --arrepiar
a pena de morte para animais deste calibre é de longe muito bom....deviam ser torturados ate ao fim da sua vida com instrumentos da santa inquisição.....

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Megane
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Mensagem por Megane »

athena Escreveu:Não estava à espera de grande simpatia pelos ciganos - quase toda a gente tem uma história para contar onde esta etnia não sai exactamente "bem vista". Mas dada a concentração no espaço europeu, a CE tem recomendado que os Estados estudem o problema e promovam políticas de integração. E aí é que está a parte difícil: era para vocês aportarem ideias :) E de caminho resolverem a questão da pobreza...não estou a pedir muito, pois não? :wink: Mas quem sabe se não está aqui na zona centro um futuro Comissário da ONU, um candidato ao Nobel da Paz, as boas ideias estão nos locais mais inesperados... :whistle:
pareces bastante defensora da causa cigana, desculpa que te diga....

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micromys
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Mensagem por micromys »

MIRANDA E LOUSÃ

Grupo de romenos identificado
por furto em supermercados


Notícia aqui


http://www.diariocoimbra.pt/index.php?o ... Itemid=135


É para gente como esta que se têm levantado vozes de apoio contra a expulsão dos países onde "aterram"?

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athena
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Mensagem por athena »

Megane Escreveu: pareces bastante defensora da causa cigana, desculpa que te diga....
Mas não sou, podes acreditar. Se te contasse algumas cenas que vi/sei (mesmo, não li no Jornal) arrepiavas-te. Direi apenas que quando tinha 9 anos, um cigano (de 14), bateu-me com uma corrente de bicicleta (e não foi num contexto infeliz de brincadeira de crianças) - deve dar p/ imaginar que não fiquei propriamente fã. Se houvesse uma espécie de êxodo dos ciganos portugueses, não seria eu a lamentar a sua partida. Mas como isso não vai acontecer, é preciso tomar medidas, justas mas eficazes. Um dia, alguém terá de o fazer, ainda que a classe política actual não tenha coragem.

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banjix
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Mensagem por banjix »

athena Escreveu:(...) é preciso tomar medidas, justas mas eficazes. Um dia, alguém terá de o fazer, ainda que a classe política actual não tenha coragem.
Agora disseste uma grande verdade. Eu não critico a atribuição de subsídios, desde que sejam realmente necessários, o que em muitos casos não acontece. A malta recebe subsídios sem precisar deles e, pior ainda, arranjando esquemas fraudulentos para que estes sejam mais e maiores. Eu sempre fui da opinião de que quem recebe subsídios deveria justificar aquilo que recebe prestando serviços à sociedade, seja no apoio social, na limpeza de florestas ou outros. Teria de exercer qualquer actividade em prol da sociedade para justificar os subsídios que lhes são atribuídos. Caso contrário, cria-se (já se criou) uma subsídio-dependência que leva a que pessoas nestas condições não queiram trabalhar uma vez que recebem o sustento de mão beijada. Isso, a meu ver, é completamente errado e cria desigualdades sociais, já apontadas por alguns utilizadores (veja-se, por exemplo, a atribuição de habitação social - enquanto a maior parte das pessoas tem que trabalhar no duro para conseguir ter uma casa, outros têm-na de forma gratuita e, pior ainda, não zelando pela a sua preservação). Na minha opinião, a forma como os subsídios são feitos deveria ser profundamente revista. Assim como é actualmente não funciona.

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bluestrattos
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Mensagem por bluestrattos »

Grupo de romenos identificado
por furto em supermercados

Duas mulheres e três homens, acompanhados por um bebé, furtaram 1.400 euros de produtos de beleza e higiene em dois espaços comerciais de Miranda e da Lousã
No curto espaço de duas horas consumaram dois furtos e tentaram ainda o terceiro. Falamos de um grupo de cidadãos de origem romena, interceptado pela GNR da Lousã, ao princípio da tarde de quarta-feira. Em causa estão duas mulheres e três homens, supostamente residentes em Coimbra, que se fazem acompanhar por um bebé de meses.
O grupo revela, no mínimo, ousadia e imaginação. Com efeito, entre as 12h00 e as 14h00, consumaram duas “incursões” coroadas de êxito. Foram “apanhados na terceira.
De acordo com fonte do Destacamento da GNR da Lousã, o grupo começou por se deslocou ao Intermarché de Miranda do Corvo, onde reuniu o primeiro “fornecimento” de produtos de beleza e higiene pessoal. Uma primeira intervenção que não suscitou qualquer suspeita, com as duas mulheres, três homens e o bebé a saírem sem “dar nas vistas” daquele espaço comercial, munidos da mercadoria devidamente acondicionada.
A “viagem” continuou, desta feita rumo ao Mini-Preço, na Lousã, onde entraram, fizeram “compras” e saíram com a mesma tranquilidade, dirigindo-se, de seguida, a um terceiro espaço comercial, desta feita o Intermarché da Lousã. E foi aqui que a “coisa” deixou de lhes correr de “feição”.
Com efeito, de acordo com fonte do Destacamento da GNR da Lousã, o comportamento do grupo «levantou suspeitas» e, por coincidência, o gerente daquele espaço comercial é o mesmo do Intermarché de Miranda do Corvo, este responsável quis averiguar a situação da melhor forma. Daí proceder ao visionamento das imagens recolhidas através do sistema de videovigilância e ter “interceptado” a operação de furto praticada pouco antes.
O alerta foi de imediato feito para o posto da GNR da Lousã, que deslocou para o local uma patrulha. Sem fuga possível, o grupo foi “apanhado com a boca na botija”, tendo em seu poder um conjunto de produtos de beleza e higiene, alguns dos quais «bastante caros», avaliados em cerca de 1.400 euros. Entre a gama furtada, a patrulha da GNR “diagnosticou” cremes de dia e de noite, protectores solares, produtos hidratantes e ainda pasta dos dentes em quantidade considerável.
Os assaltantes, todos de origem romena, com idades entre os 15 e os 33 anos, foram levados para o posto da GNR da Lousã, onde foram identificados, e o material furtado apreendido, o mesmo acontecendo com a viatura, um BMW, em que se faziam transportar. O processo segue agora os trâmites normais no Tribunal Judicial da Lousã.

“Modus operandi” original
Revelando bastante à vontade, o grupo não deixa de manifestar, também, uma grande imaginação na forma como praticava os furtos, o que implicava desde um vestuário a “preceito”, até um sistema de “reconhecimento prévio” e uma vigilância “apertada”, envolvendo quer os elementos masculinos, quer femininos.
Com efeito, segundo apurámos, os romenos usavam vestuário escuro, basicamente de cor preta, mas também largo, e as senhoras tinham a particularidade de usar, debaixo do vestuário, como “adereço fundamental”, um avental com duplo pano, que funcionava como “bolsa de canguru” para recolha do espólio retirado das prateleiras e posterior transporte.
Assim, depois de um visionamento prévio do espaço, o grupo introduzia-se de novo no estabelecimento comercial. Os homens ficavam de atalaia, criando a “barreira de protecção” necessária para a actuação das mulheres, a quem competia a tarefa de recolher os produtos das prateleiras e ocultá-los na bolsa do avental.
Um sistema que, de resto, se revelou eficaz, quarta-feira, nas “visitas” feitas ao Intermaché de Miranda e Mini-Preço da Lousã, “claudicando” apenas na terceira tentativa de furto. Aliás, é bastante provável que este mesmo grupo seja responsável por furtos idênticos praticados em várias superfícies comerciais da região.
fonte: DC

E seguindo a discussão sobre ciganos, cá está uma notícia de uns assaltos envolvendo ciganos.

Eu quando li o título não associei logo a ciganos, foi depois de ler o artigo é que percebi. O título digamos que é "politicamente correcto".


E como já foi dito aqui, há sempre excepções, é altura de colocar aqui uma excepção: dar aulas a uma turma de ciganos.
Tenho uma amiga minha que é professora, e tal como nós, assim que viu que ia dar aulas a uma turma de ciganos, pensou logo "estou lixada!".

Felizmente veio a acontecer que tirando a questão da higiene (falta de banho), os miúdos portavam-se correctamente, respeitando sempre a professora, faziam os trabalhos, eram alunos exemplares. No final do ano, eles agradeceram, pelo facto de ela ser boa professora, e ficou tudo bem.

Em termos de comportamento na sala de aula, os ciganos estiveram muito bem, quando comparados, com os putos estúpidos e mimados que populam as escolas hoje em dia.

E esta é a única excepção que eu conheço.

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athena
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Mensagem por athena »

bluestrattos Escreveu: E como já foi dito aqui, há sempre excepções, é altura de colocar aqui uma excepção: dar aulas a uma turma de ciganos....E esta é a única excepção que eu conheço.
Uma vez no Lidl de Eiras, perguntei a um miúdo que estava a pedir, porque razão não estava na escola. Disse que o tio não deixava, já tinha frequentado, mas mandavam-no p/ ali. Disse-lhe que o ajudava, lhe comprava os livros e dei-lhe o telef de uma pessoa da segurança social, pra ele lá ir discretamente.Entretanto, chegou o suposto tio e aí começou "a festa" - teve que ser o segurança do Lidl a mandá-lo embora, não sem ter dado uns valentes pontapés no m/ carro. As pessoas olhavam, ouviam o tipo a insultar, ninguém fez/disse nada.Voltei lá c/ a Segurança Social e 1 Polícia (o garoto chorava quando me dizia que até gostava de ir à escola, tive pena dele), mas nunca mais o vimos. Agora estão 2 meninas mais novas, a pedir dinheiro e bolachas...É uma tristeza!

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Lino
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Mensagem por Lino »

É como diz a minha mãe... educar os pais primeiro para eles poderem educar os filhos. Alguns vivem na redundância a que são votados, mesmo sem quererem.

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dryden
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Mensagem por dryden »

Eles só têm filhos para terem mais rendimento, senão vejam.

Há uns tempos no MacDonalds da pc da república veio uma miúda cigana, descalça, imunda e toda ranhosa pedir-me dinheiro, eu estava a almoçar e dei-lhe o pacote de batatas fritas; a miúda virou costas e reparei que foi lá para fora ter com uma cigana mais velha que acabou por lhe dar um tabefe, ficou com o pacote das batatas e mandou a miúda para dentro pedir novamente, enquanto isso a mais velha (q assumo q fosse a mãe) ficou lá fora a comer as batatas que dei à pequena.


E qual é o papel do estado nisto tudo?! Porque é que as leis n se aplicam a eles.

Se qq outra pessoa tratar o filho daquela forma, ou n tiver condições para o ter, n tarda e aparece-lhe à porta um assistente social para levar o miúdo. Pq não fazem o mesmo com os ciganos? Só havia vantagens:
1 - Os miúdos tinham com certeza melhor qualidade de vida numa qq instituição.
2 - Tinham a hipótese de serem adoptados por uma família capaz, ou de voltarem para a família de origem caso se mostrasse capaz.
3 - Ao serem criados noutro ambiente, quebravam o ciclo, havendo menos hipóteses de eles próprios e respectivos descendentes serem como os restante ciganos.

Mas lá está, as leis n se aplicam a eles e como tal eles podem tratar os miúdos como animais e explora-los.

Leia
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Mensagem por Leia »

Não li tudo o que escreveram.. no entanto, só queria relembrar que a expulsão dos romenos em França fez-se devido a estarem ilegais e não a outra coisa.

Outros romenos tiveram ajudas para voltar para o seu país de origem, tendo sido dada uma ajuda ao regresso.

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pedro.slv
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Mensagem por pedro.slv »

Leia Escreveu:Não li tudo o que escreveram.. no entanto, só queria relembrar que a expulsão dos romenos em França fez-se devido a estarem ilegais e não a outra coisa.
Certo. Mas, indo mais longe, não concordas que os cidadãos estrangeiros que cometam crimes também deviam ser devolvidos ao seu país de origem?

pasa
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Mensagem por pasa »

banjix Escreveu:
athena Escreveu:(...) é preciso tomar medidas, justas mas eficazes. Um dia, alguém terá de o fazer, ainda que a classe política actual não tenha coragem.
Agora disseste uma grande verdade. Eu não critico a atribuição de subsídios, desde que sejam realmente necessários, o que em muitos casos não acontece. A malta recebe subsídios sem precisar deles e, pior ainda, arranjando esquemas fraudulentos para que estes sejam mais e maiores. Eu sempre fui da opinião de que quem recebe subsídios deveria justificar aquilo que recebe prestando serviços à sociedade, seja no apoio social, na limpeza de florestas ou outros. Teria de exercer qualquer actividade em prol da sociedade para justificar os subsídios que lhes são atribuídos. Caso contrário, cria-se (já se criou) uma subsídio-dependência que leva a que pessoas nestas condições não queiram trabalhar uma vez que recebem o sustento de mão beijada. Isso, a meu ver, é completamente errado e cria desigualdades sociais, já apontadas por alguns utilizadores (veja-se, por exemplo, a atribuição de habitação social - enquanto a maior parte das pessoas tem que trabalhar no duro para conseguir ter uma casa, outros têm-na de forma gratuita e, pior ainda, não zelando pela a sua preservação). Na minha opinião, a forma como os subsídios são feitos deveria ser profundamente revista. Assim como é actualmente não funciona.

concordo plenamemte.

Há casais qu ganham 600, 800 euros a trabalhar e têm que pagar casa, alimentação, educar os filhos...
Outros têm casa à borla, recebem RSI... Quem ganha mais ao fim do mês? Os que trabalham ou os que ganham o RSI?
Claro que assim nnunca vamos ver esta gente a trabalhar...
Obriguem-nos a fazer algum trabalho ( a não ser que tenham alguma incapacidade!) para justificar o que ganham...
Se não querem, que vão para a pu... que os pari....

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gunky
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Mensagem por gunky »

athena Escreveu:
bluestrattos Escreveu: E como já foi dito aqui, há sempre excepções, é altura de colocar aqui uma excepção: dar aulas a uma turma de ciganos....E esta é a única excepção que eu conheço.
Uma vez no Lidl de Eiras, perguntei a um miúdo que estava a pedir, porque razão não estava na escola. Disse que o tio não deixava, já tinha frequentado, mas mandavam-no p/ ali. Disse-lhe que o ajudava, lhe comprava os livros e dei-lhe o telef de uma pessoa da segurança social, pra ele lá ir discretamente.Entretanto, chegou o suposto tio e aí começou "a festa" - teve que ser o segurança do Lidl a mandá-lo embora, não sem ter dado uns valentes pontapés no m/ carro. As pessoas olhavam, ouviam o tipo a insultar, ninguém fez/disse nada.Voltei lá c/ a Segurança Social e 1 Polícia (o garoto chorava quando me dizia que até gostava de ir à escola, tive pena dele), mas nunca mais o vimos. Agora estão 2 meninas mais novas, a pedir dinheiro e bolachas...É uma tristeza!


Se tinhas mesmo pena do puto devias saber q para n criar problemas pro puto e pra ti mesmo tb ou davas-lhe 1 moeda e acabou ali a historia ou entao davas-lhe outra coisa qq, mas algo nao monetario. Por exemplo, 1 bolo ou algo assim, e mesmo assim podia haver problemas pros 2 ....:lol: :lol:

Eu conheço algumas historias em que as pessoas conseguiram levar a melhor com os ciganos e todas elas envolvem o factor dinheiro... Se ficar bem claro para eles que se portarem mal acaba ali o dinheiro...

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athena
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Mensagem por athena »

gunky Escreveu: Se tinhas mesmo pena do puto devias saber q para n criar problemas pro puto e pra ti mesmo tb ou davas-lhe 1 moeda e acabou ali a historia ou entao davas-lhe outra coisa qq, mas algo nao monetario. Por exemplo, 1 bolo ou algo assim, e mesmo assim podia haver problemas pros 2 ....:lol: :lol:
Pois, mas não é assim que eu funciono. Seria a forma mais fácil, claro, mas é esse tipo de filosofia que perpetua a mendicidade. Não gosto de me gabar, mas digo-te que paguei os livros a um garoto cigano, para terminar o 1º ciclo. Isto, até o imbecil do pai me arranjar uma confusão. Mais tarde, o pai foi preso por tráfico e o miúdo lá voltou á escola e conseguiu tirar um curso profissional, com o apoio da segurança social. Hoje é Soldador Certificado, registado no ISQ e tudo! É um grão de areia, não altera nada no negro panorama da etnia, mas para mim foi importante e para ele muitíssimo mais.
E já agora: não se compra um bolo (p/ nos vermos livre deles) :roll: ; compra-se um bolo, se primeiro beber um bom copo com leite. E aproveita-se sempre para tentar incutir alguma coisa na cabecinha - escola, trabalho honesto, nada de esmolas - "é de pequenino que se torce o pepino", como diz o povo! Não sou Assistente Social nem trabalho para nenhuma Instituição, mas acho que é um dever básico de todos nós.