Escravos portugueses: três histórias de arrepiar
O processo de escravidão, sequestro e coacção, que acusou dez clãs de famílias ciganas, vai chegar brevemente a tribunal, mas não há a certeza que a meia centena de arguidos esteja presente. Isto porque apesar de alguns suspeitos terem estado em prisão preventiva, os prazos acabaram por se esgotar. A investigação foi demorada, complexa e as deslocações a várias localidades do país e a articulação com a polícia espanhola não ajudou à conclusão rápida do caso.
Todavia, apesar deste tipo de crime, globalmente conhecido como tráfico de seres humanos, estar na ordem do dia, fontes da Polícia Judiciária (PJ), referiram ao i que, em mais de 90% dos casos, mesmo que os arguidos sejam de nacionalidade estrangeira, poucos são aqueles que ficam detidos.
Precisamente o contrário do que se passa em Espanha. Num caso recente, em que um menor português foi aliciado para trabalhar em Espanha, e os alegados criminosos foram detidos pelas autoridades espanholas, todos os suspeitos que participaram no aliciamento, mesmo aqueles que só ajudaram no transporte do menor, ficaram em prisão preventiva nas cadeias espanholas.
A PJ teme que neste caso de escravidão, muitos arguidos, sobretudo os de nacionalidade espanhola, não venham a apresentar-se em tribunal. O processo envolve dez clãs de famílias ciganas que aliciavam portugueses em situação de fragilidade para trabalhar em situação de escravos.Conforme o i revelou ontem, também mulheres foram transformadas em escravas sexuais.
Português escravizado 14 anos em Espanha
As histórias deste caso são semelhantes e o modus operandi quase sempre o mesmo.
A. O. tinha feito 36 anos de idade quando foi abordado com uma promessa de trabalho remunerado. Acedeu e partiu nesse mesmo dia. De comboio para Torre de Moncorvo era esperado pelos arguidos F. dos Santos e I. Carromão, os mesmos suspeitos de terem escravizado sexualmente duas portuguesas durante oito anos. Em Espanha, os arguidos V. Carromão e I. Pereira, filha e genro dos suspeitos de Moncorvo, ficaram imediatamente com os documentos de A. O. e abriram, no seu nome, uma conta bancária.
A. O. pediu para regressar a Portugal mas nunca lhe foi permitido. Em 1998 A. O. veio ao nosso país com os suspeitos, que o obrigaram a renovar o BI, dando a morada de Torre de Moncorvo. Voltou para Espanha, nunca recebeu dinheiro pelo seu trabalho e tentou fugir várias vezes. Foi sempre apanhado e violentamente castigado.
Finalmente, em 2005, F. dos Santos e I. Carromão abandonaram A. O. no Pocinho, junto à cidade da Régua, e deixaram-lhe ficar 120 euros nos bolsos com a advertência para esquecer-se dos seus nomes.
No documento da acusação que resultou da investigação da Polícia Judiciária (PJ) do Porto, pode ler-se, o parágrafo final da história, seco e objectivo: “O ofendido A. O. foi ameaçado, agredido e impedido de se movimentar livremente, sujeito a um verdadeiro regime de escravidão, durante cerca de 14 anos.”
Los Santos de Los Angeles
J. C., natural da Madeira, veio para o Porto à procura de uma vida melhor.
Em 2006 um conhecido disse-lhe que conhecia um “cigano honesto e pagador” que lhe podia arranjar trabalho na limpeza de vinhas e na apanha do tomate em Espanha. O arguido F. de Los Santos de Los Angeles, disse-lhe que o contrato era de um ano por 600 euros por mês. J. C, aceitou.
No dia combinado, esperou por Los Angeles e pelo filho, F. dos Santos, também arguido no processo, e partiram da Praça da República, no centro do Porto, para Bragança e, depois, para Aguedas, Navarra, em Espanha.
Na casa, estavam mais cinco portugueses, todos da zona do Porto. Instalaram-no na varanda, ao ar livre sobre cartões e plástico e logo ficou sem os documentos.
Começavam a trabalhar às sete da manhã, paravam uma hora e meia para comer “latas de conserva de atum ou sardinha” e, à noite, o jantar, era invariavelmente feijão ou grão, fora do prazo de validade ou mesmo recolhidos do lixo. A investigação refere que aos seis trabalhadores sempre foram negadas as saídas, as necessidades fisiológicas eram feitas na mata envolvente e tomavam banho uma vez por semana no rio com a ajuda de um bidão.
J. C. queixou-se a um trabalhador espanhol, o que lhe valeu a “transferência” para uma fábrica de transformação de tomate na localidade de Ecla. Sempre sob o controlo dos arguidos, ficou num acampamento a 20 km da fábrica.
Meses depois, preso, agredido e sem dinheiro, com a ajuda de um espanhol, fugiu para Portugal. À boleia.
Mulher paga regresso do marido
Em 2004, J. R. concordou em residir em Agoncillo, La Rioja em Espanha, com a promessa de que era grátis até ao Natal. Arranjou trabalho na construção civil, mas os arguidos J. Manuel e C. Silva começaram a levantar dinheiro da sua conta, alegando que era para pagar o alojamento. Mais tarde, os arguidos, através de ameaças contra a sua vida, obrigaram J. P. a pedir dinheiro à família, caso contrário, não o deixavam regressar a Portugal. A certa altura, os suspeitos levaram J. P. para um escritório de advogados onde tentaram que assinasse uma nota de dívida. Recusou.
J. Manuel e C. Silva decidiram apoderar-se de todos os documentos que incluíam bilhete de identidade, carta de condução, cartão de contribuinte, segurança social e ainda o telemóvel.
Em Janeiro de 2005, contactou a sua mulher em Portugal e disse-lhe que não estava bem, não tinha dinheiro e pedia para enviar 50 euros.
Ainda em Janeiro, J. R. voltou a ligar à mulher a pedir-lhe que depositasse 1400 euros numa conta da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo – que a PJ viria a concluir estar no nome da suspeita C. Silva para poder regressar a Portugal. Concluiu o telefonema dizendo-lhe que não podia falar sobre o assunto.
A mulher não depositou a quantia porque não tinha disponibilidade financeira. Posteriormente, a mulher recebeu em Portugal uma chamada de C. Silva ameaçando-a para entragar o dinheiro, se não o marido não voltava. Dias depois, em novo contacto, a exigência aumentou para 1800 euros. Um terceiro telefonema de Espanha para Portugal dizia à mulher de J. P.: “Se não pagar a bem, vai pagar a mal, porque ou nós vamos a sua casa ou mandamos aí alguém para fazer justiça.”
Fonte da notícia: http://www.ionline.pt/conteudo/76228-es ... --arrepiar
A questão Cigana
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Megane
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a pena de morte para animais deste calibre é de longe muito bom....deviam ser torturados ate ao fim da sua vida com instrumentos da santa inquisição.....pedro.slv Escreveu:Escravos portugueses: três histórias de arrepiar
O processo de escravidão, sequestro e coacção, que acusou dez clãs de famílias ciganas, vai chegar brevemente a tribunal, mas não há a certeza que a meia centena de arguidos esteja presente. Isto porque apesar de alguns suspeitos terem estado em prisão preventiva, os prazos acabaram por se esgotar. A investigação foi demorada, complexa e as deslocações a várias localidades do país e a articulação com a polícia espanhola não ajudou à conclusão rápida do caso.
Todavia, apesar deste tipo de crime, globalmente conhecido como tráfico de seres humanos, estar na ordem do dia, fontes da Polícia Judiciária (PJ), referiram ao i que, em mais de 90% dos casos, mesmo que os arguidos sejam de nacionalidade estrangeira, poucos são aqueles que ficam detidos.
Precisamente o contrário do que se passa em Espanha. Num caso recente, em que um menor português foi aliciado para trabalhar em Espanha, e os alegados criminosos foram detidos pelas autoridades espanholas, todos os suspeitos que participaram no aliciamento, mesmo aqueles que só ajudaram no transporte do menor, ficaram em prisão preventiva nas cadeias espanholas.
A PJ teme que neste caso de escravidão, muitos arguidos, sobretudo os de nacionalidade espanhola, não venham a apresentar-se em tribunal. O processo envolve dez clãs de famílias ciganas que aliciavam portugueses em situação de fragilidade para trabalhar em situação de escravos.Conforme o i revelou ontem, também mulheres foram transformadas em escravas sexuais.
Português escravizado 14 anos em Espanha
As histórias deste caso são semelhantes e o modus operandi quase sempre o mesmo.
A. O. tinha feito 36 anos de idade quando foi abordado com uma promessa de trabalho remunerado. Acedeu e partiu nesse mesmo dia. De comboio para Torre de Moncorvo era esperado pelos arguidos F. dos Santos e I. Carromão, os mesmos suspeitos de terem escravizado sexualmente duas portuguesas durante oito anos. Em Espanha, os arguidos V. Carromão e I. Pereira, filha e genro dos suspeitos de Moncorvo, ficaram imediatamente com os documentos de A. O. e abriram, no seu nome, uma conta bancária.
A. O. pediu para regressar a Portugal mas nunca lhe foi permitido. Em 1998 A. O. veio ao nosso país com os suspeitos, que o obrigaram a renovar o BI, dando a morada de Torre de Moncorvo. Voltou para Espanha, nunca recebeu dinheiro pelo seu trabalho e tentou fugir várias vezes. Foi sempre apanhado e violentamente castigado.
Finalmente, em 2005, F. dos Santos e I. Carromão abandonaram A. O. no Pocinho, junto à cidade da Régua, e deixaram-lhe ficar 120 euros nos bolsos com a advertência para esquecer-se dos seus nomes.
No documento da acusação que resultou da investigação da Polícia Judiciária (PJ) do Porto, pode ler-se, o parágrafo final da história, seco e objectivo: “O ofendido A. O. foi ameaçado, agredido e impedido de se movimentar livremente, sujeito a um verdadeiro regime de escravidão, durante cerca de 14 anos.”
Los Santos de Los Angeles
J. C., natural da Madeira, veio para o Porto à procura de uma vida melhor.
Em 2006 um conhecido disse-lhe que conhecia um “cigano honesto e pagador” que lhe podia arranjar trabalho na limpeza de vinhas e na apanha do tomate em Espanha. O arguido F. de Los Santos de Los Angeles, disse-lhe que o contrato era de um ano por 600 euros por mês. J. C, aceitou.
No dia combinado, esperou por Los Angeles e pelo filho, F. dos Santos, também arguido no processo, e partiram da Praça da República, no centro do Porto, para Bragança e, depois, para Aguedas, Navarra, em Espanha.
Na casa, estavam mais cinco portugueses, todos da zona do Porto. Instalaram-no na varanda, ao ar livre sobre cartões e plástico e logo ficou sem os documentos.
Começavam a trabalhar às sete da manhã, paravam uma hora e meia para comer “latas de conserva de atum ou sardinha” e, à noite, o jantar, era invariavelmente feijão ou grão, fora do prazo de validade ou mesmo recolhidos do lixo. A investigação refere que aos seis trabalhadores sempre foram negadas as saídas, as necessidades fisiológicas eram feitas na mata envolvente e tomavam banho uma vez por semana no rio com a ajuda de um bidão.
J. C. queixou-se a um trabalhador espanhol, o que lhe valeu a “transferência” para uma fábrica de transformação de tomate na localidade de Ecla. Sempre sob o controlo dos arguidos, ficou num acampamento a 20 km da fábrica.
Meses depois, preso, agredido e sem dinheiro, com a ajuda de um espanhol, fugiu para Portugal. À boleia.
Mulher paga regresso do marido
Em 2004, J. R. concordou em residir em Agoncillo, La Rioja em Espanha, com a promessa de que era grátis até ao Natal. Arranjou trabalho na construção civil, mas os arguidos J. Manuel e C. Silva começaram a levantar dinheiro da sua conta, alegando que era para pagar o alojamento. Mais tarde, os arguidos, através de ameaças contra a sua vida, obrigaram J. P. a pedir dinheiro à família, caso contrário, não o deixavam regressar a Portugal. A certa altura, os suspeitos levaram J. P. para um escritório de advogados onde tentaram que assinasse uma nota de dívida. Recusou.
J. Manuel e C. Silva decidiram apoderar-se de todos os documentos que incluíam bilhete de identidade, carta de condução, cartão de contribuinte, segurança social e ainda o telemóvel.
Em Janeiro de 2005, contactou a sua mulher em Portugal e disse-lhe que não estava bem, não tinha dinheiro e pedia para enviar 50 euros.
Ainda em Janeiro, J. R. voltou a ligar à mulher a pedir-lhe que depositasse 1400 euros numa conta da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo – que a PJ viria a concluir estar no nome da suspeita C. Silva para poder regressar a Portugal. Concluiu o telefonema dizendo-lhe que não podia falar sobre o assunto.
A mulher não depositou a quantia porque não tinha disponibilidade financeira. Posteriormente, a mulher recebeu em Portugal uma chamada de C. Silva ameaçando-a para entragar o dinheiro, se não o marido não voltava. Dias depois, em novo contacto, a exigência aumentou para 1800 euros. Um terceiro telefonema de Espanha para Portugal dizia à mulher de J. P.: “Se não pagar a bem, vai pagar a mal, porque ou nós vamos a sua casa ou mandamos aí alguém para fazer justiça.”
Fonte da notícia: http://www.ionline.pt/conteudo/76228-es ... --arrepiar
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Megane
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- Registado: quarta-feira, 19 setembro 2007 13:22
pareces bastante defensora da causa cigana, desculpa que te diga....athena Escreveu:Não estava à espera de grande simpatia pelos ciganos - quase toda a gente tem uma história para contar onde esta etnia não sai exactamente "bem vista". Mas dada a concentração no espaço europeu, a CE tem recomendado que os Estados estudem o problema e promovam políticas de integração. E aí é que está a parte difícil: era para vocês aportarem ideiasE de caminho resolverem a questão da pobreza...não estou a pedir muito, pois não?
Mas quem sabe se não está aqui na zona centro um futuro Comissário da ONU, um candidato ao Nobel da Paz, as boas ideias estão nos locais mais inesperados...
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micromys
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MIRANDA E LOUSÃ
Grupo de romenos identificado
por furto em supermercados
Notícia aqui
http://www.diariocoimbra.pt/index.php?o ... Itemid=135
É para gente como esta que se têm levantado vozes de apoio contra a expulsão dos países onde "aterram"?
Grupo de romenos identificado
por furto em supermercados
Notícia aqui
http://www.diariocoimbra.pt/index.php?o ... Itemid=135
É para gente como esta que se têm levantado vozes de apoio contra a expulsão dos países onde "aterram"?
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athena
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- Registado: quarta-feira, 14 abril 2010 19:20
Mas não sou, podes acreditar. Se te contasse algumas cenas que vi/sei (mesmo, não li no Jornal) arrepiavas-te. Direi apenas que quando tinha 9 anos, um cigano (de 14), bateu-me com uma corrente de bicicleta (e não foi num contexto infeliz de brincadeira de crianças) - deve dar p/ imaginar que não fiquei propriamente fã. Se houvesse uma espécie de êxodo dos ciganos portugueses, não seria eu a lamentar a sua partida. Mas como isso não vai acontecer, é preciso tomar medidas, justas mas eficazes. Um dia, alguém terá de o fazer, ainda que a classe política actual não tenha coragem.Megane Escreveu: pareces bastante defensora da causa cigana, desculpa que te diga....
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banjix
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- Registado: quinta-feira, 23 fevereiro 2006 17:28
Agora disseste uma grande verdade. Eu não critico a atribuição de subsídios, desde que sejam realmente necessários, o que em muitos casos não acontece. A malta recebe subsídios sem precisar deles e, pior ainda, arranjando esquemas fraudulentos para que estes sejam mais e maiores. Eu sempre fui da opinião de que quem recebe subsídios deveria justificar aquilo que recebe prestando serviços à sociedade, seja no apoio social, na limpeza de florestas ou outros. Teria de exercer qualquer actividade em prol da sociedade para justificar os subsídios que lhes são atribuídos. Caso contrário, cria-se (já se criou) uma subsídio-dependência que leva a que pessoas nestas condições não queiram trabalhar uma vez que recebem o sustento de mão beijada. Isso, a meu ver, é completamente errado e cria desigualdades sociais, já apontadas por alguns utilizadores (veja-se, por exemplo, a atribuição de habitação social - enquanto a maior parte das pessoas tem que trabalhar no duro para conseguir ter uma casa, outros têm-na de forma gratuita e, pior ainda, não zelando pela a sua preservação). Na minha opinião, a forma como os subsídios são feitos deveria ser profundamente revista. Assim como é actualmente não funciona.athena Escreveu:(...) é preciso tomar medidas, justas mas eficazes. Um dia, alguém terá de o fazer, ainda que a classe política actual não tenha coragem.
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bluestrattos
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- Registado: domingo, 06 março 2005 22:49
fonte: DCGrupo de romenos identificado
por furto em supermercados
Duas mulheres e três homens, acompanhados por um bebé, furtaram 1.400 euros de produtos de beleza e higiene em dois espaços comerciais de Miranda e da Lousã
No curto espaço de duas horas consumaram dois furtos e tentaram ainda o terceiro. Falamos de um grupo de cidadãos de origem romena, interceptado pela GNR da Lousã, ao princípio da tarde de quarta-feira. Em causa estão duas mulheres e três homens, supostamente residentes em Coimbra, que se fazem acompanhar por um bebé de meses.
O grupo revela, no mínimo, ousadia e imaginação. Com efeito, entre as 12h00 e as 14h00, consumaram duas “incursões” coroadas de êxito. Foram “apanhados na terceira.
De acordo com fonte do Destacamento da GNR da Lousã, o grupo começou por se deslocou ao Intermarché de Miranda do Corvo, onde reuniu o primeiro “fornecimento” de produtos de beleza e higiene pessoal. Uma primeira intervenção que não suscitou qualquer suspeita, com as duas mulheres, três homens e o bebé a saírem sem “dar nas vistas” daquele espaço comercial, munidos da mercadoria devidamente acondicionada.
A “viagem” continuou, desta feita rumo ao Mini-Preço, na Lousã, onde entraram, fizeram “compras” e saíram com a mesma tranquilidade, dirigindo-se, de seguida, a um terceiro espaço comercial, desta feita o Intermarché da Lousã. E foi aqui que a “coisa” deixou de lhes correr de “feição”.
Com efeito, de acordo com fonte do Destacamento da GNR da Lousã, o comportamento do grupo «levantou suspeitas» e, por coincidência, o gerente daquele espaço comercial é o mesmo do Intermarché de Miranda do Corvo, este responsável quis averiguar a situação da melhor forma. Daí proceder ao visionamento das imagens recolhidas através do sistema de videovigilância e ter “interceptado” a operação de furto praticada pouco antes.
O alerta foi de imediato feito para o posto da GNR da Lousã, que deslocou para o local uma patrulha. Sem fuga possível, o grupo foi “apanhado com a boca na botija”, tendo em seu poder um conjunto de produtos de beleza e higiene, alguns dos quais «bastante caros», avaliados em cerca de 1.400 euros. Entre a gama furtada, a patrulha da GNR “diagnosticou” cremes de dia e de noite, protectores solares, produtos hidratantes e ainda pasta dos dentes em quantidade considerável.
Os assaltantes, todos de origem romena, com idades entre os 15 e os 33 anos, foram levados para o posto da GNR da Lousã, onde foram identificados, e o material furtado apreendido, o mesmo acontecendo com a viatura, um BMW, em que se faziam transportar. O processo segue agora os trâmites normais no Tribunal Judicial da Lousã.
“Modus operandi” original
Revelando bastante à vontade, o grupo não deixa de manifestar, também, uma grande imaginação na forma como praticava os furtos, o que implicava desde um vestuário a “preceito”, até um sistema de “reconhecimento prévio” e uma vigilância “apertada”, envolvendo quer os elementos masculinos, quer femininos.
Com efeito, segundo apurámos, os romenos usavam vestuário escuro, basicamente de cor preta, mas também largo, e as senhoras tinham a particularidade de usar, debaixo do vestuário, como “adereço fundamental”, um avental com duplo pano, que funcionava como “bolsa de canguru” para recolha do espólio retirado das prateleiras e posterior transporte.
Assim, depois de um visionamento prévio do espaço, o grupo introduzia-se de novo no estabelecimento comercial. Os homens ficavam de atalaia, criando a “barreira de protecção” necessária para a actuação das mulheres, a quem competia a tarefa de recolher os produtos das prateleiras e ocultá-los na bolsa do avental.
Um sistema que, de resto, se revelou eficaz, quarta-feira, nas “visitas” feitas ao Intermaché de Miranda e Mini-Preço da Lousã, “claudicando” apenas na terceira tentativa de furto. Aliás, é bastante provável que este mesmo grupo seja responsável por furtos idênticos praticados em várias superfícies comerciais da região.
E seguindo a discussão sobre ciganos, cá está uma notícia de uns assaltos envolvendo ciganos.
Eu quando li o título não associei logo a ciganos, foi depois de ler o artigo é que percebi. O título digamos que é "politicamente correcto".
E como já foi dito aqui, há sempre excepções, é altura de colocar aqui uma excepção: dar aulas a uma turma de ciganos.
Tenho uma amiga minha que é professora, e tal como nós, assim que viu que ia dar aulas a uma turma de ciganos, pensou logo "estou lixada!".
Felizmente veio a acontecer que tirando a questão da higiene (falta de banho), os miúdos portavam-se correctamente, respeitando sempre a professora, faziam os trabalhos, eram alunos exemplares. No final do ano, eles agradeceram, pelo facto de ela ser boa professora, e ficou tudo bem.
Em termos de comportamento na sala de aula, os ciganos estiveram muito bem, quando comparados, com os putos estúpidos e mimados que populam as escolas hoje em dia.
E esta é a única excepção que eu conheço.
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athena
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Uma vez no Lidl de Eiras, perguntei a um miúdo que estava a pedir, porque razão não estava na escola. Disse que o tio não deixava, já tinha frequentado, mas mandavam-no p/ ali. Disse-lhe que o ajudava, lhe comprava os livros e dei-lhe o telef de uma pessoa da segurança social, pra ele lá ir discretamente.Entretanto, chegou o suposto tio e aí começou "a festa" - teve que ser o segurança do Lidl a mandá-lo embora, não sem ter dado uns valentes pontapés no m/ carro. As pessoas olhavam, ouviam o tipo a insultar, ninguém fez/disse nada.Voltei lá c/ a Segurança Social e 1 Polícia (o garoto chorava quando me dizia que até gostava de ir à escola, tive pena dele), mas nunca mais o vimos. Agora estão 2 meninas mais novas, a pedir dinheiro e bolachas...É uma tristeza!bluestrattos Escreveu: E como já foi dito aqui, há sempre excepções, é altura de colocar aqui uma excepção: dar aulas a uma turma de ciganos....E esta é a única excepção que eu conheço.
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Lino
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dryden
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Eles só têm filhos para terem mais rendimento, senão vejam.
Há uns tempos no MacDonalds da pc da república veio uma miúda cigana, descalça, imunda e toda ranhosa pedir-me dinheiro, eu estava a almoçar e dei-lhe o pacote de batatas fritas; a miúda virou costas e reparei que foi lá para fora ter com uma cigana mais velha que acabou por lhe dar um tabefe, ficou com o pacote das batatas e mandou a miúda para dentro pedir novamente, enquanto isso a mais velha (q assumo q fosse a mãe) ficou lá fora a comer as batatas que dei à pequena.
E qual é o papel do estado nisto tudo?! Porque é que as leis n se aplicam a eles.
Se qq outra pessoa tratar o filho daquela forma, ou n tiver condições para o ter, n tarda e aparece-lhe à porta um assistente social para levar o miúdo. Pq não fazem o mesmo com os ciganos? Só havia vantagens:
1 - Os miúdos tinham com certeza melhor qualidade de vida numa qq instituição.
2 - Tinham a hipótese de serem adoptados por uma família capaz, ou de voltarem para a família de origem caso se mostrasse capaz.
3 - Ao serem criados noutro ambiente, quebravam o ciclo, havendo menos hipóteses de eles próprios e respectivos descendentes serem como os restante ciganos.
Mas lá está, as leis n se aplicam a eles e como tal eles podem tratar os miúdos como animais e explora-los.
Há uns tempos no MacDonalds da pc da república veio uma miúda cigana, descalça, imunda e toda ranhosa pedir-me dinheiro, eu estava a almoçar e dei-lhe o pacote de batatas fritas; a miúda virou costas e reparei que foi lá para fora ter com uma cigana mais velha que acabou por lhe dar um tabefe, ficou com o pacote das batatas e mandou a miúda para dentro pedir novamente, enquanto isso a mais velha (q assumo q fosse a mãe) ficou lá fora a comer as batatas que dei à pequena.
E qual é o papel do estado nisto tudo?! Porque é que as leis n se aplicam a eles.
Se qq outra pessoa tratar o filho daquela forma, ou n tiver condições para o ter, n tarda e aparece-lhe à porta um assistente social para levar o miúdo. Pq não fazem o mesmo com os ciganos? Só havia vantagens:
1 - Os miúdos tinham com certeza melhor qualidade de vida numa qq instituição.
2 - Tinham a hipótese de serem adoptados por uma família capaz, ou de voltarem para a família de origem caso se mostrasse capaz.
3 - Ao serem criados noutro ambiente, quebravam o ciclo, havendo menos hipóteses de eles próprios e respectivos descendentes serem como os restante ciganos.
Mas lá está, as leis n se aplicam a eles e como tal eles podem tratar os miúdos como animais e explora-los.
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Leia
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pedro.slv
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Certo. Mas, indo mais longe, não concordas que os cidadãos estrangeiros que cometam crimes também deviam ser devolvidos ao seu país de origem?Leia Escreveu:Não li tudo o que escreveram.. no entanto, só queria relembrar que a expulsão dos romenos em França fez-se devido a estarem ilegais e não a outra coisa.
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pasa
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banjix Escreveu:Agora disseste uma grande verdade. Eu não critico a atribuição de subsídios, desde que sejam realmente necessários, o que em muitos casos não acontece. A malta recebe subsídios sem precisar deles e, pior ainda, arranjando esquemas fraudulentos para que estes sejam mais e maiores. Eu sempre fui da opinião de que quem recebe subsídios deveria justificar aquilo que recebe prestando serviços à sociedade, seja no apoio social, na limpeza de florestas ou outros. Teria de exercer qualquer actividade em prol da sociedade para justificar os subsídios que lhes são atribuídos. Caso contrário, cria-se (já se criou) uma subsídio-dependência que leva a que pessoas nestas condições não queiram trabalhar uma vez que recebem o sustento de mão beijada. Isso, a meu ver, é completamente errado e cria desigualdades sociais, já apontadas por alguns utilizadores (veja-se, por exemplo, a atribuição de habitação social - enquanto a maior parte das pessoas tem que trabalhar no duro para conseguir ter uma casa, outros têm-na de forma gratuita e, pior ainda, não zelando pela a sua preservação). Na minha opinião, a forma como os subsídios são feitos deveria ser profundamente revista. Assim como é actualmente não funciona.athena Escreveu:(...) é preciso tomar medidas, justas mas eficazes. Um dia, alguém terá de o fazer, ainda que a classe política actual não tenha coragem.
concordo plenamemte.
Há casais qu ganham 600, 800 euros a trabalhar e têm que pagar casa, alimentação, educar os filhos...
Outros têm casa à borla, recebem RSI... Quem ganha mais ao fim do mês? Os que trabalham ou os que ganham o RSI?
Claro que assim nnunca vamos ver esta gente a trabalhar...
Obriguem-nos a fazer algum trabalho ( a não ser que tenham alguma incapacidade!) para justificar o que ganham...
Se não querem, que vão para a pu... que os pari....
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gunky
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- Registado: quinta-feira, 06 abril 2006 15:45
athena Escreveu:Uma vez no Lidl de Eiras, perguntei a um miúdo que estava a pedir, porque razão não estava na escola. Disse que o tio não deixava, já tinha frequentado, mas mandavam-no p/ ali. Disse-lhe que o ajudava, lhe comprava os livros e dei-lhe o telef de uma pessoa da segurança social, pra ele lá ir discretamente.Entretanto, chegou o suposto tio e aí começou "a festa" - teve que ser o segurança do Lidl a mandá-lo embora, não sem ter dado uns valentes pontapés no m/ carro. As pessoas olhavam, ouviam o tipo a insultar, ninguém fez/disse nada.Voltei lá c/ a Segurança Social e 1 Polícia (o garoto chorava quando me dizia que até gostava de ir à escola, tive pena dele), mas nunca mais o vimos. Agora estão 2 meninas mais novas, a pedir dinheiro e bolachas...É uma tristeza!bluestrattos Escreveu: E como já foi dito aqui, há sempre excepções, é altura de colocar aqui uma excepção: dar aulas a uma turma de ciganos....E esta é a única excepção que eu conheço.
Se tinhas mesmo pena do puto devias saber q para n criar problemas pro puto e pra ti mesmo tb ou davas-lhe 1 moeda e acabou ali a historia ou entao davas-lhe outra coisa qq, mas algo nao monetario. Por exemplo, 1 bolo ou algo assim, e mesmo assim podia haver problemas pros 2 ....
Eu conheço algumas historias em que as pessoas conseguiram levar a melhor com os ciganos e todas elas envolvem o factor dinheiro... Se ficar bem claro para eles que se portarem mal acaba ali o dinheiro...
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athena
- Experiente

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- Registado: quarta-feira, 14 abril 2010 19:20
Pois, mas não é assim que eu funciono. Seria a forma mais fácil, claro, mas é esse tipo de filosofia que perpetua a mendicidade. Não gosto de me gabar, mas digo-te que paguei os livros a um garoto cigano, para terminar o 1º ciclo. Isto, até o imbecil do pai me arranjar uma confusão. Mais tarde, o pai foi preso por tráfico e o miúdo lá voltou á escola e conseguiu tirar um curso profissional, com o apoio da segurança social. Hoje é Soldador Certificado, registado no ISQ e tudo! É um grão de areia, não altera nada no negro panorama da etnia, mas para mim foi importante e para ele muitíssimo mais.gunky Escreveu: Se tinhas mesmo pena do puto devias saber q para n criar problemas pro puto e pra ti mesmo tb ou davas-lhe 1 moeda e acabou ali a historia ou entao davas-lhe outra coisa qq, mas algo nao monetario. Por exemplo, 1 bolo ou algo assim, e mesmo assim podia haver problemas pros 2 ....![]()
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E já agora: não se compra um bolo (p/ nos vermos livre deles)