E a mim faz me pouca diferença ... e apesar de isto parecer um desabafo de um zéninguém a querer ser do contra , é simplesmente (e infelizmente) a maioria da opinião dos universitários ...
estranhamente o ponto mais negativo que é realçado é o facto de agora os "doutores" não poderem apanhar a "cabra" convenientemente pois agora estão cá os paizinhos para os verem ...
Queima das fitas cortejo no domingo??
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Viva_a_Historia
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1 - Na FLUC deixou de existir.Corsario-Negro Escreveu:
Vou ordenar por pontos para ser mais fácil a tua possível refutação
1 - Ainda existe época especial de Setembro ao alcance dos trabalhadores-estudante, pelo menos da FCTUC, acho que nas outras também, se não existe deviam existir.
2 - Mesmo na avaliação contínua os trabalhadores-estudante têm regalias e facilidades.
3 - Concordo plenamente com avaliação contínua. Está-se a responsabilizar as pessoas. A universidade é em primeiro lugar para estudar e depois para nos divertirmos nos tempos livres e socializar para crescermos como pessoas. É a ante-câmara da vida profissional onde deves começar a ter horários de trabalho semelhantes, não são umas férias prolongadas. Não faz qualquer sentido premiar quem tem a melhor memória a curto prazo, que é o que se faz nas disciplinas apenas com um exame final.
4 - A tradição boémia é muito gira mas incompatível com os tempos que vivemos. Se queres ter um país avançado e com condições tens que formar quadros responsáveis, se queres continuar na tradição boémia nunca mais saimos da mediocridade.
5 - Ando num curso onde mesmo antes de Bolonha já a maioria das cadeiras tinham trabalhos durante o semestre com entregas quase todas as semanas, não foi por isso que deixei de participar nas tradições académicas e no associativismo estudantil.
2 - Por vezes uma coisa e' aquilo que esta' oficialmente estabelecido e outra coisa e' aquilo que na realidade se pratica (eu embora nao tenha experiencia propria nisso conheco quem se esteja a ver com dificuldades por causa disso.
3 e 4 - Eu ate' compreendo a tua forma de pensar, mas julgo que o teu pensamento se insere numa forma de ver as coisas que infelizmente esta' a triunfar, o de olhar apenas para a produtividade das coisas acabando por se desumanizar a medio ou longo prazo. E' verdade que tem de haver responsabilidade, mas nao julgo que isso impeca uma pessoa de querer usufruir das coisas boas da vida, por isso nao julgo que ser responsavel implique ter de ser chato. Os estudantes entram na universidade com um minino de 18 anos de idade, e embora ja' tenham ultrapassado a puberdade tambem ainda nao se pode dizer que sejam adultos em pleno pois ainda tem muito para experimentar da vida e quer se queira quer nao se queira o usufruto dos melhores tempos da vida e' muito importante para a formacao de um adulto equilibrado e nao e' a obrigar os estudantes a serem adultos em pleno que vai fazer serem melhores adultos. Uma pessoa a usufruir das coisas boas da vida enquanto estuda na universidade ajuda as pessoas a amadurecerem pois aprendem com os seus proprios erros (OK, ha' a quem isso nao acontece como em tudo) e entretanto ganharam experiencia de vida usufruindo de bons momentos (com quantas saudades eu recordo-me de estar sentado num bar com os amigos a beber cerveja e a comer amendoins a falar sobre tudo e mais alguma coisa estando ao mesmo tempo a aprender a coisas novas que de uma forma "boemia" me ajudaram a ser uma melhor pessoa). A vida e' para se viver enquanto se pode. O que eu vejo agora na geracao mais nova de estudantes universitarios para alem da falta de qualidade intelectual da maioria deles para estar numa universidade e' uma ausencia de valores e a falta de vontade de conhecimento sobre o valor da vida academica em todas as suas vertentes (a "boemia" incluinda). Cada vez mais se veem estudantes que apenas estudam tendo de andar a ir às aulas todas (tu chamas responsabilidade, eu chamo paternalismo) e depois vao para casa e nao usufruem dos melhores momentos da vida correndo ate' o risco de se tornarem adultos frustrados nao so' pela futura falta de saidas profissionais que nao e' agora um problema apenas na area das humanidades como pelo facto de nao terem podido viver os melhores momentos da sua vida enquanto tinham idade para isso.
5 - Isso agora e' mais dificil.
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Corsario-Negro
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1 - Se na FLUC deixou de existir época especial, há que protestar contra isso.
2 - Nesse caso o problema não será de Bolonha mas da prática que se instaurou sob a desculpa de Bolonha e foi isto que eu sempre disse quando se andou com posições de "AAC é contra Bolonha". Este tipo de visão a que assistimos por parte da maioria dos grupos é completamente primitiva e infantil a preto e branco, certo ou errado, bem ou mal.
O mundo é feito de cores, não e binário e se queremos realmente ajudar temos que apontar o que de bom e de mau há em cada plano, ou corremos os risco de não nos ligarem puto, que foi o que aconteceu. Parece que as brincadeirinhas e jogos de poder e influência das juventudes da esquerda à direita valem mais que os reais interesses dos estudantes e da população
3 e 4 - Compreendo também o que dizes, apenas acho que, por exemplo, o regime de prescrições dá a flexibilidade necessária para os estudantes sem qualquer estatuto especial viverem a vida académica e crescerem com isso. A falta de intelectualidade que assistimos não será tanto culpa da Universidade mas sim do ambiente criado em volta dos estudantes por parte dos seus pais e pares ao longo da vida escolar. Pessoalmente sempre gostei de discutir política e outros assuntos "não académicos" (no sentido de não fazerem parte do meu currículo escolar) e sempre o fiz quer em pessoa com amigos ou conhecidos quer em diversos foruns que frequento.
Até ao 12º ano tirei um curso de inglês, joguei hóquei em patins e ainda fui aprendendo música, sem nunca deixar de ter tempo para falar de assuntos que gosto e ler sobre os mais diversos temas (adoro história assim como discutir saudavelmente, com espírito aberto e sem preconceitos política ou religião). Ainda tinha tempo para jogar computador (demasiadas horas segundo o meu pai), ver televisão, estar com amigos e estudar (acabei o secundário com uma boa média).
Também tudo depende das pessoas e de como aproveitam o tempo que têm... e diga-se que noitadas atrás de noitadas sem um horário regular de sono é uma óptima forma de não optimizar o tempo que estamos acordados e "aproveitar a vida" (e não sou contra as noitadas, agora tudo deve ser feito com conta, peso e medida).
5 - Repito o que disse acima, aproveitando bem o tempo que temos disponível, tudo é possível com algum sacrifício. Não se pode é querer ser estudante sem sequer estudar e quem entra para o associativismo estudantil sabe que deverá primeiro abdicar do seu tempo livre, não do seu tempo de estudo e só depois se necessário encontrar um equilíbrio entre os estudos e o associativismo... se não há tempo, é porque é demasiado trabalho para uma pessoa.
No entanto já nos estamos a afastar um pouco do tema... se quiseres continuar a falar sobre isto sugeria abrir um novo tópico.
2 - Nesse caso o problema não será de Bolonha mas da prática que se instaurou sob a desculpa de Bolonha e foi isto que eu sempre disse quando se andou com posições de "AAC é contra Bolonha". Este tipo de visão a que assistimos por parte da maioria dos grupos é completamente primitiva e infantil a preto e branco, certo ou errado, bem ou mal.
O mundo é feito de cores, não e binário e se queremos realmente ajudar temos que apontar o que de bom e de mau há em cada plano, ou corremos os risco de não nos ligarem puto, que foi o que aconteceu. Parece que as brincadeirinhas e jogos de poder e influência das juventudes da esquerda à direita valem mais que os reais interesses dos estudantes e da população
3 e 4 - Compreendo também o que dizes, apenas acho que, por exemplo, o regime de prescrições dá a flexibilidade necessária para os estudantes sem qualquer estatuto especial viverem a vida académica e crescerem com isso. A falta de intelectualidade que assistimos não será tanto culpa da Universidade mas sim do ambiente criado em volta dos estudantes por parte dos seus pais e pares ao longo da vida escolar. Pessoalmente sempre gostei de discutir política e outros assuntos "não académicos" (no sentido de não fazerem parte do meu currículo escolar) e sempre o fiz quer em pessoa com amigos ou conhecidos quer em diversos foruns que frequento.
Até ao 12º ano tirei um curso de inglês, joguei hóquei em patins e ainda fui aprendendo música, sem nunca deixar de ter tempo para falar de assuntos que gosto e ler sobre os mais diversos temas (adoro história assim como discutir saudavelmente, com espírito aberto e sem preconceitos política ou religião). Ainda tinha tempo para jogar computador (demasiadas horas segundo o meu pai), ver televisão, estar com amigos e estudar (acabei o secundário com uma boa média).
Também tudo depende das pessoas e de como aproveitam o tempo que têm... e diga-se que noitadas atrás de noitadas sem um horário regular de sono é uma óptima forma de não optimizar o tempo que estamos acordados e "aproveitar a vida" (e não sou contra as noitadas, agora tudo deve ser feito com conta, peso e medida).
5 - Repito o que disse acima, aproveitando bem o tempo que temos disponível, tudo é possível com algum sacrifício. Não se pode é querer ser estudante sem sequer estudar e quem entra para o associativismo estudantil sabe que deverá primeiro abdicar do seu tempo livre, não do seu tempo de estudo e só depois se necessário encontrar um equilíbrio entre os estudos e o associativismo... se não há tempo, é porque é demasiado trabalho para uma pessoa.
No entanto já nos estamos a afastar um pouco do tema... se quiseres continuar a falar sobre isto sugeria abrir um novo tópico.
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Viva_a_Historia
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Concordo contigo em abrir um novo topico, e e' o que vou fazer.Corsario-Negro Escreveu:No entanto já nos estamos a afastar um pouco do tema... se quiseres continuar a falar sobre isto sugeria abrir um novo tópico.
Em relacao ao programa de Bolonha eu tenho apenas um adjectivo para o descrever e a todas as suas consequencias, principalmente em Portugal: Merda!
Andam agora a vender cursos com a designacao de licenciatura quando na realidade sao bacharelatos, e a vender cursos com a designacao de mestrados que na realidade sao licenciaturas (e mesmo assim nao sei se se poderam mesmo assim equiparar-se às antigas licenciaturas de 4 anos). Tal como eu disse ja' anteriormente, congratulo-me por ter estudado no ultimo ano em que funcionou o antigo sistema de cadeiras anuais, e julgo que a semestralizacao apenas se justificava nalgumas cadeiras opcionais em que a tematica nao exigia que fosse anual.
Agora tambem te digo uma coisa, o governo (tanto PSD-PP quanto PS) aproveitaram-se de Bolonha para dar cada do ensino superior publico em Portugal. E' escandaloso como a necessidade actual das universidades em venderem os seus produtos proporciona a estudantes sem qualidade intelectual o acesso à categoria de mestres so' porque tem dinheiro para pagar os 2 ciclos.
Mas em relacao a isso vou tambem abrir um novo topico para discussao.
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anaallo
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A sério? Então como é que a malta dos carros leva as cervejas? Latas? De facto todos esses vidros tornavam-se sempre perigosos. E é frequente garrafas voarem dos carros :S Quanto ao problema do lixo, nos últimos tempos a malta da limpeza tem feito um trabalho aceitável, indo logo atrás dos últimos carros a fazer desaparecer toda a porcaria que fica para trás.
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