Minhas meninas, nem 8 nem 80 não é?
Apesar de ser um quase leigo na matéria, há doenças psicológicas que estão provadas existirem, são estudadas...
Agora depende dos casos, não esperem resolver todos os problemas de miudos com disturbios de comportamento só com "disciplina" como disse a Mustiness ou drogas como já foi dito por aí...
Uma coisa que eu acho é que sim, há bastante falta de disciplina, e os miudos fazem o que bem lhes apetece pois sabem que ninguém lhes põe a mão em cima para sacudir o pó.
A educação (ou falta dela)
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anaallo
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Exactamente, eu não defendo que se prescreva medicação nem mais nem quê, mas nalguns casos ela é mais que necessária e de preferência acompanhada de psicoterapia.
Em muitos casos, principalmente no pré-escolar e transição para o escolar verificam-se inúmeros casos de falta de regras e limites (ou falta de educação se preferirem), mas há casos também em que o comportamento ocorre devido aos mais diversos factores... Apesar disso nunca mas nunca se deve culpabilizar ninguém, para mudar há que compreender (o que é bem diferente de desculpabilizar, bem como empatia é totalmente diferente de simpatia!)...
Em muitos casos, principalmente no pré-escolar e transição para o escolar verificam-se inúmeros casos de falta de regras e limites (ou falta de educação se preferirem), mas há casos também em que o comportamento ocorre devido aos mais diversos factores... Apesar disso nunca mas nunca se deve culpabilizar ninguém, para mudar há que compreender (o que é bem diferente de desculpabilizar, bem como empatia é totalmente diferente de simpatia!)...
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Carol
- Veterano

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Leia
- Lendário

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Bem... também nao cheguem a extremos. É claro que existem doenças psiquicas que devem ser tratadas e que explicam certas atitudes das crianças. Como é obvio que a doença nao é valida para tudo o que elas fazem!
As crianças a tomar Ritalina ficam calmas e sossegadas (se apenas sofrerem de hiperactividade), o problema é que a medicação é de acção curta, passado umas horas as crianças vão se descontrolando e elas proprias sentem que começam a ficar excitadas.
Não cheguemos ao ponto de dizer que crianças com sindrome Gilles de la Tourette são apenas putos mal educados.
As crianças a tomar Ritalina ficam calmas e sossegadas (se apenas sofrerem de hiperactividade), o problema é que a medicação é de acção curta, passado umas horas as crianças vão se descontrolando e elas proprias sentem que começam a ficar excitadas.
Não cheguemos ao ponto de dizer que crianças com sindrome Gilles de la Tourette são apenas putos mal educados.
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Carol
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Lino
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anaallo
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Ora estão a ver como até começam a perceber alguma coisa? Eu não disse que estes casos de comportamento agressivo na escola são doenças... Simplesmente estes comportamentos têm algum significado, é isso que devemos procurar de modo a poder intervir... Não vou dizer simplesmente "na miúda era logo um par de estalos e a conversa acabava por ali", ora isso até poderia ser "adequado" se ela tivesse 4/5 anos, agora com esta idade não era por esse caminho que mudávamos alguma coisa, antes pelo contrário. Ou seja, a miúda aprendeu ao longo dos anos que este tipo de respostas e comportamentos lhe trazem benefícios, é como se fosse um reforço positivo, em que o meu comportamento mesmo que desajustado me traz algo recompensador, funcionando para o meu objectivo!
É mais que óbvio que eu não defendi que esta miúda fosse hiperactiva nem que se devesse prescrever ritalina. Volto a dizer, existem miúdos hiperactivos e miúdos com problemas de comportamento.
Existem também diversas "ritalinas" se assim quiserem entender, ou seja, as injectáveis pretendem colmatar as desvantagens associadas à curta duração das comuns formas orais.
Concordo com a Leia quando diz que muitas vezes parece que os miúdos se podem aproveitar do estatuto de doente, pois é isso mesmo que muitas vezes é tentado, agoracabe-nos a nós não dar os benefícios de modo a reforçar isso e reeducá-los... Se o que vocês entendem por falta de educação são as interacções pais-filhos (e todas as restantes), sim, de facto nalgum momento podem ter dado mais atenção (o que pode significar não dar atenção, isto é, significa que aquele comportamento foi interagido de maneira diferente da habitual) a um dado comportamento e essa interacção perpetuou o problema...
É mais que óbvio que eu não defendi que esta miúda fosse hiperactiva nem que se devesse prescrever ritalina. Volto a dizer, existem miúdos hiperactivos e miúdos com problemas de comportamento.
Existem também diversas "ritalinas" se assim quiserem entender, ou seja, as injectáveis pretendem colmatar as desvantagens associadas à curta duração das comuns formas orais.
Concordo com a Leia quando diz que muitas vezes parece que os miúdos se podem aproveitar do estatuto de doente, pois é isso mesmo que muitas vezes é tentado, agoracabe-nos a nós não dar os benefícios de modo a reforçar isso e reeducá-los... Se o que vocês entendem por falta de educação são as interacções pais-filhos (e todas as restantes), sim, de facto nalgum momento podem ter dado mais atenção (o que pode significar não dar atenção, isto é, significa que aquele comportamento foi interagido de maneira diferente da habitual) a um dado comportamento e essa interacção perpetuou o problema...
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Ruizito
- Lendário

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- Registado: terça-feira, 25 março 2008 14:36
Pois aí é que está o problema. É que quando as criancinhas têm 4/5 anos ninguém lhes pode tocar com um dedo ou fazer qualquer tipo de castigo pois ficam logo "traumatizadas", vêm logo aquelas sumidades dos pedopsiquiatras que por um lado pregam que se devem ser firme, castigar, etc. mas por outro nunca concordam com nenhum tipo de castigo, pois são todos "traumatizantes e podem deixar sequelas"...anaallo Escreveu:Não vou dizer simplesmente "na miúda era logo um par de estalos e a conversa acabava por ali", ora isso até poderia ser "adequado" se ela tivesse 4/5 anos, agora com esta idade não era por esse caminho que mudávamos alguma coisa, antes pelo contrário. Ou seja, a miúda aprendeu ao longo dos anos que este tipo de respostas e comportamentos lhe trazem benefícios, é como se fosse um reforço positivo, em que o meu comportamento mesmo que desajustado me traz algo recompensador, funcionando para o meu objectivo!
E já agora conheço pelo menos três casos de crianças diagnosticadas como hiperactivas (uma delas na familia) e posso afiançar: independentemente de serem ou não hiperactivas, nos três casos a educação que recebem deixa muito, mas mesmo muito a desejar...
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anaallo
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- Registado: quarta-feira, 28 novembro 2007 20:09
Ora aí está o problema, as pessoas pensarem que traumatiza... Uma palmadinha no momento oportuno, o chamado reforço negativo, nunca fez mal a ninguém! Caiu-se num extremismo, passamos da altura da reguada à neurose de que não se pode castigar as crianças, as pessoas têm de ver a diferença entre espancar e castigar. Depois os míudos como são mais que perspicazes apercebem-se do poder que conseguiram e exercem-no, esticando a corda até onde podem!
