Museu Machado de Castro reabre em 2008

[ShichiAkaAkuma]

Novo Machado de Castro abre ao público em 2008



Quando reabrir, em 2008, o Museu Machado de Castro terá sofrido uma profunda transformação. A intervenção, no valor de 15 milhões de euros, fará nascer um novo museu.

É um jovem, embora experiente, especialista em História da Arte que, desde ontem, dirige a equipa de técnicos e funcionários daquele que é o mais importante museu da cidade e um dos mais significativos do país. Pedro Redol sucede a Adília Alarcão, numa altura que o Museu Nacional de Machado de Castro se prepara para escrever a mais importante página da sua história de quase um século, num edifício que representa uma espécie de “museu vivo” a contar dois mil anos de civilização.
Manuel Oleiro, o presidente do Instituto Português de Museus (IPM) que ontem conferiu posse ao novo director do Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC), disse que a equipa responsável pelo projecto de arquitectura, liderada por Gonçalo Byrne, se encontra a ultimar o seu trabalho.
Uma vez entregue o projecto, o que se prevê possa acontecer até final de Abril, início de Maio, seguir–se-à todo o processo de abertura do concurso público. Se tudo correr de acordo com o previsto, as obras que trarão um “novo” museu à cidade - com uma vertente de recuperação e outra de edificação, associadas à completa reformulação do programa museológico -, deverão começar ainda em 2005 ou no início de 2006.
De acordo com Manuel Oleiro, o custo previsto para a obra e a (re)instalação do Machado de Castro deverá rondar os 15 milhões de euros, que serão suportados pelo IPM com o apoio de fundos comunitários.

Integrar
vestígios romanos
Em declarações aos jornalistas, o responsável pelos museus portugueses disse que o ligeiro atraso verificado na conclusão do projecto de arquitectura se deveu fundamentalmente às descobertas feitas durante as escavações arqueológicas que decorreram numa zona que vai ser intervencionada. No local, que dá para a Rua do Norte, os arqueólogos encontraram vestígios romanos, que são um importante testemunho da urbanização e da história da cidade. Por isso se entendeu integrá–los no projecto, o que aconteceu, felizmente, ainda num período prévio ao arranque da obra.
No que respeita à antecedência do encerramento em relação ao início da obra, Manuel Oleiro justificou-a com a necessidade de desmontar, transferir e acondicionar as numerosas e valiosas colecções do Museu Machado de Castro, num período que considerou “difícil e trabalhoso”.
A fim de minimizar o impacto negativo do encerramento ao público, o presidente do IPM fez questão de salientar o esforço desenvolvido pela anterior direcção - e que prosseguirá com a recém empossada - no sentido de manter uma “ligação” ao público e à cidade: com as exposições a decorrer e previstas e, futuramente, com a página web.

Museu virtual em 2006

Encerrado ao público há cerca de ano e meio, o Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC) não chegou a “fechar” as suas portas ao contacto com a comunidade, numa decisão tomada, desde logo, por Adília Alarcão, que ontem cedeu o seu lugar na direcção a Pedro Redol.
Além das exposições programadas, em colaboração com a autarquia de Coimbra, e do contacto que o serviço educativo mantém com as escolas e os mais jovens utentes dos serviços museológicos, o Machado de Castro está a organizar uma página web para que seja possível dar a conhecer genericamente o seu espólio e a sua história. De acordo com Pedro Redol, o “museu virtual” está a ser preparado e estará disponível no início de 2006.

Anjo Custódio regressará

Afinal, o Anjo Custódio regressará a Coimbra, são e salvo, no momento em que o Museu Nacional de Machado de Castro reabrir ao público, findas que estejam as profundas obras de remodelação que terão início ainda este ano ou nos primeiros meses de 2006.
Quem ontem o garantiu foi Pedro Redol, o recém empossado director do museu, que respondia aos jornalistas na sequência de uma polémica surgida, segunda–feira, na reunião do executivo da Câmara Municipal de Coimbra.
A escultura - que, afinal, até é de Alcântara e não de Coimbra, tendo depois integrado o espólio do Machado de Castro, como precisou o especialista em História da Arte -, encontra–se devidamente acondicionada no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, onde ficou após ter sido cedida para integrar a exposição “Triunfo do Barroco”, no âmbito da Europália, em Bruxelas.
E do Museu Nacional de Arte Antiga, o Anjo Custódio regressará, garantiu Pedro Redol, no momento em que o Machado de Castro tiver finalizado o projecto de remodelação previsto, para então ficar acessível a todo o público.

NOVO DIRECTOR
O maior desafio

w Assumindo que a direcção do Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC) é o seu "maior desafio" - apesar da experiência ampla e árdua conquistada nos mosteiros da Batalha e Alcobaça, mas sobretudo no Convento de Cristo, em Tomar -, Pedro Redol parafraseou Helena Rocha Pereira para dizer da sua nova tarefa que "o belo é difícil", mas "é o único caminho".
Evocando o testemunho inspirador da sua antecessora, Adília Alarcão, o novo director do MNMC disse que durante todo o período em que o museu estiver encerrado a grande prioridade é "manter" o contacto com o público.
Para tanto, salientou o "museu virtual" em preparação, o contacto com as escolas e as exposições programadas: além dos "Tesouros da Ourivesaria Medieval de Coimbra", patente na Torre de Almedina e composta por algumas das mais importantes obras pertencentes ao espólio do Machado de Castro, em Setembro inaugurará no Pátio do Castilho a mostra "Conservar é Conhecer".
Além de Coimbra, também o Porto irá ser presenteado com a exposição de algumas peças do Machado de Castro, o que deverá acontecer com o antigo retábulo da Sé Velha que, a partir de Novembro, estará no Museu Soares dos Reis.

in As Beiras

[brainless]

Será possível que o Museu Machado de Castro passará a ser o maior museu de Portugal, e um dos maiores da Europa em área!?
Alguém sabe quando/onde estará disponível o projecto/maquete?
Porque é necessário manter o Museu fechado durante tanto tempo? Não seria possível ir abrindo o espaço parcelarmente à medida que as obras fossem ficando prontas?

[ShichiAkaAkuma]

O maior de Portugal?

Não sei se terá maquete, até porque não vão mudar muito a estrutura.

Então, mas as pessoas podem ir visitar o museu, só que em visitas especiais.

[brainless]

Em relação a tornar-se o maior de Portugal, acho que me lembro de ter lido isso há uns meses atrás (no DC ou n' "As Beiras")... O museu vai alterar-se bastante, pois vai alargar-se a vários edifícios vizinhos (daí o aumento considerável de dimensões).
Em relação às visitas, tenho ideia que aquilo está fechado em permanência desde há ano e meio!... Parece-me que parcerias com escolas e exposições especiais serão todas feitas noutros locais (tal como se passou com a exposição de ourivesaria na Torre de Almedina)

[brainless]

O projecto é do Gonçalo Byrne, um arquitecto de renome, daí presumir que as alterações serão mais significativas que uma mera remodelação de interiores... É por isso que estou à espera de maquetes e projectos. Será que vamos ter uma "Pirâmide de Vidro" como o Louvre?

[ShichiAkaAkuma]

Será que vamos ter uma "Pirâmide de Vidro" como o Louvre?

Oh, oh! Olha onde!!

[Lino]

O MNMC promove, com as escolas e instituições, visitas animadas a espaços da cidade como o Botânico, Alta da Cidade, Portugal dos Pequeninos, a Baixa, etc.

[Viva_a_Historia]

Se virem as imagem tridimensionais do projecto de remodelação até se passam com o contraste arquitectónico que lá se vai fazer notar. Vão fazer um edifício vidrado nas traseiras da Igreja de S. João de Almedina e ao longo da Rua do Cabido por cima dos achados arqueológicos que lá encontraram. Parece que vai haver acesso para as ruínas nessas edificações, e vão demolidir as fachadas ao longo da Rua do Cabido pois essas fachadas são uma imitação feita nos anos 30 do século XX do Barroco (um Barroco muito pobre).

[solum_blonde]

Espero que o museu se torne um espaço de lazer e cultura em Coimbra. Já tenho saudades. é o que digo, isto está a ficar uma "naçon"