E que raio interessa estas notícias quando o topic é sobre o Sporting-Porto?
NADA!!!!
Sporting 2004/2005 / Podem bloquear...
-
Pedro
- Administrador
- Mensagens: 12067
- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
O tópico é sobre o Sporting (a parte inicial é SCP 04/05). A segunda parte do tópico tem vindo a ser alterada pelo Oka para ter a última "novidade" do Sporting (neste caso, o resultado do jogo). Isto não é um tópico sobre o Sporting-Porto... daí as notícias estarem relacionadas.
Em relação ao texto das notícias, concordo que serem a bold é irritante para a leitura... tenho de admitir que não as leio por causa disso (principalmente aquelas que têm a font maior que o normal).
Em relação ao texto das notícias, concordo que serem a bold é irritante para a leitura... tenho de admitir que não as leio por causa disso (principalmente aquelas que têm a font maior que o normal).
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
Um candidato devorado
Rugido impressionante de um "leão" faminto, que rapidamente resolveu uma das oito finais que tinha pela frente. O Boavista - que não perdia em casa desde a quarta jornada - pode ter hipotecado a luta pelo título, com mais uma goleada frente ao Sporting. Resultado: 10-1 no somatório dos dois jogos.
"Temos de vencer" - disse José Peseiro na véspera do encontro, num discurso que teve um eco tremendo no relvado do Estádio do Bessa, com o Sporting (muito mais do que simplesmente a ganhar) a esmagar um adversário directo na perseguição ao líder Benfica. Os "leões", aliás, combinaram ontem todas as qualidades que vêm apresentando nos melhores momentos da época, juntando personalidade, qualidade de jogo, posse de bola e eficácia na hora do remate - só Sá Pinto destoou neste capítulo.
A enorme capacidade para pautar os ritmos do jogo foi um dos trunfos fundamentais da equipa de Alvalade, que conseguiu sempre manietar a posse da bola, imprimindo uma rapidez de execução que se superiorizou sempre à tendência natural dos axadrezados para disputarem a bola. Mesmo com pouco tempo para pensar, as unidades mais criativas do Sporting - e ontem estiveram quase todas inspiradas - souberam ainda ser solidárias e coesas na hora de fechar, com o meio-campo a desdobrar-se qual harmónica perfeita, conferindo um domínio inquestionável tanto a defender como a atacar. "Rocha" assumiu ontem as funções de trinco, mas contou e muito com o apoio de João Moutinho, Hugo Viana e Pedro Barbosa, num quarteto que foi simplesmente perfeito. Lá à frente, o inevitável Liedson fez o resto.
Jaime Pacheco apostava muito no encontro de ontem: para além da questão do moral (a goleada de 6-1 da primeira volta ainda estava presente), o treinador do Boavista estava consciente de que o encontro de ontem poderia conferir à sua equipa um estatuto real de candidatura ao título - um sonho, finalmente, assumido no Bessa. Com quatro unidades de ataque, Jaime Pacheco pensou que poderia obrigar o Sporting a errar na luta do meio-campo, onde apostou numa pressão individual que não surtiu efeito.
À procura do golo
Era evidente que quem saísse derrotado do encontro de ontem teria sérias dificuldades em alimentar a candidatura ao título. Uma premissa, aliás, que em muito beneficiou o espectáculo inicial. Ainda sem quezílias ou críticas ao árbitro - "pormenores" que, obviamente, surgiram com o passar dos minutos -, ambas as equipas entraram de peito feito à procura de um golo que fizesse, desde logo, toda a diferença. A sorte acabou por sorrir a quem mais a tem procurado esta época: Liedson. A jogada é de Pedro Barbosa, que solicitou a entrada do avançado brasileiro na área - Lucas cortou mal e o camisola 31 não perdoou. Estava dado o mote para um assalto impressionante dos "leões", que nove minutos volvidos colocaram um ponto final na questão do vencedor, com Beto a surgir oportuno ao primeiro poste. O caminho do sucesso estava definitivamente traçado, faltava apenas saber qual seria a dimensão do marcador.
Com Martelinho no lugar de Diogo Valente, o Boavista apareceu mais rápido na segunda parte e poderia mesmo ter reduzido a diferença, não fosse Rui Jorge compensar uma saída atabalhoada de Ricardo. Ainda se gritou golo no Bessa, mas o sinal de perigo espicaçou os "leões", que em apenas dois minutos (Sá Pinto aos 55' e Liedson aos 56') poderiam ter aumentado a diferença. Uma conquista que lograram atingir aos 70' (penálti sobre Sá Pinto), num lance que terminou efectivamente com o jogo e deu início à contestação ao árbitro. Carlos Martins ainda festejou (0-4), mas a figura já era mesmo Lucílio Baptista.
Estádio do Bessa | relvado: irregular | espectadores: 18 000 | árbitro: Lucílio Baptista [Setúbal] | assistentes: Bertino Mirando e Tiago Trigo | 4.º árbitro: Francisco Peixoto
Boavista 0 - Sporting 4
GOLOS [0-1] Liedson 20', [0-2] Beto 29', [0-3] Liedson 70', [0-4] Carlos Martins 82'
1 William GR
2 Nelson LD
20 Cadu DC
5 Éder DC
25 Milhazes LE 60'
66 Tiago MD
22 Lucas MD
10 Toñito MO 66'
7 Zé Manuel AD
11 Diogo Valente AE 45'+
77 Hugo Almeida AV
Jaime Pacheco
21 Carlos GR
37 Hélder Rosário DC
15 André Barreto MD
12 João Pinto MO 66'
16 Martelinho AD 45'+
17 Cafu AD 60'
9 Fary AV
Amarelos 37' Éder, 45'+1'Toñito, 68' Hugo Almeida, 69' Éder e 75' Cadu
Vermelhos 69' Éder
76 Ricardo GR
37 Rogério LD
22 Beto DC
4 Polga DC
23 Rui Jorge LE 79'
26 Rochemback MD
28 João Moutinho MD
8 Pedro Barbosa MO 73'
45 Hugo Viana MO
10 Sá Pinto AV
31 Liedson AV 84'
José Peseiro
12 Tiago GR
15 Miguel Garcia LD
18 Mário Sérgio LD
11 Tello LE 79'
5 Carlos Martins MO 73'
99 Mota AV 84'
9 Niculae AV
Amarelos 37' Pedro Barbosa, 61' Rui Jorge, 77' Hugo Viana e 78' Beto
ESTATÍSTICA DO JOGO
Boavista
10 remates
0 poste
5 defendidos
0 golos
5 fora
0 pequena-área
4 grande-área
6 fora da área
0 % eficácia remate/golo
19 faltas cometidas
6 cantos
4 foras-de-jogo
Sporting
13 remates
0 poste
5 defendidos
4 golos
4 fora
3 pequena-área
8 grande-área
2 fora da área
30% eficácia remate/golo
20 faltas cometidas
4 cantos
2 foras-de-jogo
Rugido impressionante de um "leão" faminto, que rapidamente resolveu uma das oito finais que tinha pela frente. O Boavista - que não perdia em casa desde a quarta jornada - pode ter hipotecado a luta pelo título, com mais uma goleada frente ao Sporting. Resultado: 10-1 no somatório dos dois jogos.
"Temos de vencer" - disse José Peseiro na véspera do encontro, num discurso que teve um eco tremendo no relvado do Estádio do Bessa, com o Sporting (muito mais do que simplesmente a ganhar) a esmagar um adversário directo na perseguição ao líder Benfica. Os "leões", aliás, combinaram ontem todas as qualidades que vêm apresentando nos melhores momentos da época, juntando personalidade, qualidade de jogo, posse de bola e eficácia na hora do remate - só Sá Pinto destoou neste capítulo.
A enorme capacidade para pautar os ritmos do jogo foi um dos trunfos fundamentais da equipa de Alvalade, que conseguiu sempre manietar a posse da bola, imprimindo uma rapidez de execução que se superiorizou sempre à tendência natural dos axadrezados para disputarem a bola. Mesmo com pouco tempo para pensar, as unidades mais criativas do Sporting - e ontem estiveram quase todas inspiradas - souberam ainda ser solidárias e coesas na hora de fechar, com o meio-campo a desdobrar-se qual harmónica perfeita, conferindo um domínio inquestionável tanto a defender como a atacar. "Rocha" assumiu ontem as funções de trinco, mas contou e muito com o apoio de João Moutinho, Hugo Viana e Pedro Barbosa, num quarteto que foi simplesmente perfeito. Lá à frente, o inevitável Liedson fez o resto.
Jaime Pacheco apostava muito no encontro de ontem: para além da questão do moral (a goleada de 6-1 da primeira volta ainda estava presente), o treinador do Boavista estava consciente de que o encontro de ontem poderia conferir à sua equipa um estatuto real de candidatura ao título - um sonho, finalmente, assumido no Bessa. Com quatro unidades de ataque, Jaime Pacheco pensou que poderia obrigar o Sporting a errar na luta do meio-campo, onde apostou numa pressão individual que não surtiu efeito.
À procura do golo
Era evidente que quem saísse derrotado do encontro de ontem teria sérias dificuldades em alimentar a candidatura ao título. Uma premissa, aliás, que em muito beneficiou o espectáculo inicial. Ainda sem quezílias ou críticas ao árbitro - "pormenores" que, obviamente, surgiram com o passar dos minutos -, ambas as equipas entraram de peito feito à procura de um golo que fizesse, desde logo, toda a diferença. A sorte acabou por sorrir a quem mais a tem procurado esta época: Liedson. A jogada é de Pedro Barbosa, que solicitou a entrada do avançado brasileiro na área - Lucas cortou mal e o camisola 31 não perdoou. Estava dado o mote para um assalto impressionante dos "leões", que nove minutos volvidos colocaram um ponto final na questão do vencedor, com Beto a surgir oportuno ao primeiro poste. O caminho do sucesso estava definitivamente traçado, faltava apenas saber qual seria a dimensão do marcador.
Com Martelinho no lugar de Diogo Valente, o Boavista apareceu mais rápido na segunda parte e poderia mesmo ter reduzido a diferença, não fosse Rui Jorge compensar uma saída atabalhoada de Ricardo. Ainda se gritou golo no Bessa, mas o sinal de perigo espicaçou os "leões", que em apenas dois minutos (Sá Pinto aos 55' e Liedson aos 56') poderiam ter aumentado a diferença. Uma conquista que lograram atingir aos 70' (penálti sobre Sá Pinto), num lance que terminou efectivamente com o jogo e deu início à contestação ao árbitro. Carlos Martins ainda festejou (0-4), mas a figura já era mesmo Lucílio Baptista.
Estádio do Bessa | relvado: irregular | espectadores: 18 000 | árbitro: Lucílio Baptista [Setúbal] | assistentes: Bertino Mirando e Tiago Trigo | 4.º árbitro: Francisco Peixoto
Boavista 0 - Sporting 4
GOLOS [0-1] Liedson 20', [0-2] Beto 29', [0-3] Liedson 70', [0-4] Carlos Martins 82'
1 William GR
2 Nelson LD
20 Cadu DC
5 Éder DC
25 Milhazes LE 60'
66 Tiago MD
22 Lucas MD
10 Toñito MO 66'
7 Zé Manuel AD
11 Diogo Valente AE 45'+
77 Hugo Almeida AV
Jaime Pacheco
21 Carlos GR
37 Hélder Rosário DC
15 André Barreto MD
12 João Pinto MO 66'
16 Martelinho AD 45'+
17 Cafu AD 60'
9 Fary AV
Amarelos 37' Éder, 45'+1'Toñito, 68' Hugo Almeida, 69' Éder e 75' Cadu
Vermelhos 69' Éder
76 Ricardo GR
37 Rogério LD
22 Beto DC
4 Polga DC
23 Rui Jorge LE 79'
26 Rochemback MD
28 João Moutinho MD
8 Pedro Barbosa MO 73'
45 Hugo Viana MO
10 Sá Pinto AV
31 Liedson AV 84'
José Peseiro
12 Tiago GR
15 Miguel Garcia LD
18 Mário Sérgio LD
11 Tello LE 79'
5 Carlos Martins MO 73'
99 Mota AV 84'
9 Niculae AV
Amarelos 37' Pedro Barbosa, 61' Rui Jorge, 77' Hugo Viana e 78' Beto
ESTATÍSTICA DO JOGO
Boavista
10 remates
0 poste
5 defendidos
0 golos
5 fora
0 pequena-área
4 grande-área
6 fora da área
0 % eficácia remate/golo
19 faltas cometidas
6 cantos
4 foras-de-jogo
Sporting
13 remates
0 poste
5 defendidos
4 golos
4 fora
3 pequena-área
8 grande-área
2 fora da área
30% eficácia remate/golo
20 faltas cometidas
4 cantos
2 foras-de-jogo
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
"Estou a viver um sonho"
O pequeno-grande jogador do Sporting está no sétimo céu, mas apenas em sentido figurado. Os pés continuam bem assentes em terra, falando o craque com o mesmo esclarecimento com que joga. Na sua primeira entrevista de fundo, "João leãozinho" conta a O JOGO os seus segredos e anseios, com a mente fixa naquilo que nem cinco anos no clube lhe foram capazes de dar: títulos...
O JOGO | Aos 18 anos, ainda sente que tudo não passa de um sonho ou já caiu na realidade de que é a nova atracção do Sporting, onde se vai afirmando como titular?
JOÃO MOUTINHO | Afirmar-me foi o que sempre quis e hoje tento fazer. O mister Peseiro está a optar em mim e eu faço o meu trabalho normalmente, isto é, dou o máximo pela equipa. Mas não nego que estou a viver um sonho que se está a tornar realidade. Isto foi o que sempre quis.
P | Ao ser incluído nos trabalhos de pré-temporada, sentiu que, tarde ou cedo, seria incluído no plantel principal?
R | Fiquei um pouco surpreso por ser chamado na pré-época, tal como meus colegas do plantel júnior [n.d.r. Miguel Veloso, Carlos Saleiro, Djaló e Mário Felgueiras]. Foi muito bom sentir que reconheciam o meu trabalho. Todos me ajudaram e as coisas correram bem. Depois regressei aos juniores com a maior naturalidade. Aliás, ainda sou júnior. Continuei a evoluir e felizmente voltei aos seniores.
P | Como foi partilhar o balneário com os graúdos?
R | Desde o primeiro dia tudo foi espectacular, mas é claro que entrei caladinho. Estava no meio dos mais velhos e não conhecia ninguém. Mas pessoas como Pedro Barbosa e Rui Jorge colocaram-me logo à vontade, de modo a que tivesse tranquilidade suficiente para trabalhar.
P | Sempre actuou a médio. Uma vez que cumpre todo o tipo de tarefas no sector, qual o posto do meio-campo que prefere?
R | Sinto-me apto a jogar em toda a parte no centro. Entre posições mais adiantadas ou recuadas, confesso não ter preferência. Sou um jogador que alinha onde o treinador mandar.
P | Além da capacidade futebolística, todos lhe elogiam a frieza e o esclarecimento. Reconhece essas qualidades em si?
R | Sempre fui assim. Se nos deixarmos dominar pelos nervos, o risco de as coisas saírem mal é muito maior. O futebol é um jogo no qual dou o meu melhor. De nada vale ficar nervoso.
P | De que forma reage aos muitos elogios que lhe são dirigidos?
R | É uma forma de me responsabilizar. É óbvio que fico contente, como qualquer outra pessoa no meu lugar ficaria. Dá-me vontade de fazer ainda mais para corresponder.
"Golos surgirão naturalmente"
P | Tem estado sempre em bom nível. Encontra algum jogo que tenha significado um ponto de viragem na sua carreira?
R | Desde o primeiro momento que a equipa técnica está atenta ao que faço. Tudo começou no jogo de Barcelos, onde me estreei a titular. A partir daí, segui em frente. O jogo de Roterdão também foi muito importante. Gosto muito de actuar em ambientes desses. O de Middlesbrough também foi espectacular. Adoro estádios cheios.
P | Atendendo à sua juventude, o técnico José Peseiro tem conversado muito consigo?
R | Mantemos uma relação normal entre treinador e jogador. Não é por ser mais novo que deixo de ser como os outros.
P | Ainda lhe falta marcar um golo...
R | Julgo que surgirão naturalmente. Prefiro não ir marcando e que o Sporting vença, do que fazê-lo sem que consigamos a vitória. Por vezes, outros jogadores estão em boa posição e opto pelo passe, mas não estou obcecado com isso. Gosto muito de assistir, mas confesso que também gosto de marcar.
"Não posso pedir mais ao Pedro Barbosa"
P | Pedro Barbosa já lhe teceu rasgados elogios, sendo sobejamente conhecido o apoio que o capitão dispensa aos jovens valores do plantel. Como é a vossa relação?
R | Para todos os jovens que estão no Sporting, ele é uma referência obrigatória, pela forma como nos aborda e nos trata. É um grande jogador, um profissional exemplar e, acima de tudo, uma pessoa espectacular. Eu não lhe posso pedir mais do que aquilo que tem feito. Pela experiência que ele tem de futebol, o Pedro bem sabe o que sentem jogadores da minha idade e está lá sempre, a dizer-nos o que entende ser necessário. Com amizade, mas sempre dentro do respeito que deve existir.
"Manuel Fernandes merece tudo de bom"
P | É considerado uma das maiores esperanças do futebol português, a par do benfiquista Manuel Fernandes. Qual a sua opinião acerca do seu colega e rival?
R | É um grande jogador e está a colher os frutos do seu trabalho, com o estatuto que ganhou no Benfica e agora com a chamada à Selecção A.
P | Foram colegas de Selecção e defrontaram-se nas camadas jovens. Que relação mantém com ele?
R | Joguei sempre contra ele nos escalões jovens e ganhei mais vezes do que aquelas que perdi [risos]. Eram sempre jogos renhidos. Estivemos juntos no Campeonato do Mundo de Sub-17, na Finlândia. Não temos uma grande ligação, mas falo bem com ele. É uma excelente pessoa e por isso merece tudo de bom.
"Posso ficar no Sporting para sempre"
P | É público que o Sporting tem interesse em renovar já o seu contrato, o que compreenderá uma melhoria salarial. Já foi contactado nesse sentido?
R | Esse assunto está a cargo do meu empresário, mas o meu desejo é permanecer no clube.
P | Há quem diga que, caso continue a evoluir desta forma, não ficará por muito tempo em Portugal. Como reage a esses comentários?
R | Não faço caso nenhum disso. Quero é continuar no Sporting e dar continuidade ao meu trabalho. Aliás, já disse e repito que não me importaria de ficar no clube até final da minha carreira. O Sporting é um grande clube português e um dos maiores clubes da Europa, o que tem vindo a demonstrar esta época. Teria todo o orgulho em ficar aqui para sempre.
"Somos de longe a equipa que melhor futebol pratica"
O JOGO | A goleada no Bessa foi o resultado e a exibição de que a equipa necessitava nesta fase decisiva da SuperLiga?
JOÃO MOUTINHO | Foi muito bom. Permitiu-nos não perder de vista o Benfica, que é líder da prova. Somos de longe a equipa que melhor joga em Portugal, razão por que estamos muito confiantes.
P | Ainda sonha com o duplo título de campeão de juniores e seniores?
R | Claro! Estão reunidas todas as condições para isso.
P | Que explicação encontra para as oportunidades que o Sporting perdeu para estar agora numa situação mais favorável na tabela?
R | Essa é uma questão relativa. Queremos sempre jogar muito bem e, sobretudo, ganhar, mas isso não tem sido possível. Todavia, continuamos a trabalhar com o mesmo afinco. Reconheço que sofremos derrotas que me custaram a engolir e olhem que não gosto de perder em rigorosamente nada. Fico muito chateado. Aliás, nunca ganhei um título nos cinco anos que tenho de clube. Fiz tudo nesse sentido, mas agora tenho oportunidade de acabar com isso.
P | Como tem observado a trajectória dos seus rivais Benfica e FC Porto?
R | Têm de contar connosco para lutar pelo título. São duas grandes equipas, mas reconheço que o FC Porto acusou um bocado a mudança da última para a presente época.
"Queremos ganhar a final de Alvalade"
P | Agora vem aí o jogo de Newcastle. Acredita num resultado que abra boas perspectivas para atingir as meias-finais?
R | Queremos ganhar em Inglaterra. Esse é o resultado ideal para podermos abrir as portas da meia-final. Penso que isso é possível, até porque defrontaremos uma equipa que bem conhecemos. Eles são fortes, mas se estivermos concentrados, como temos estado até aqui nos jogos fora, temos fortes hipótese de vencer.
P | Decerto que já lhe passou pela cabeça disputar a final de Alvalade...
R | Claro que já pensei nisso. Poder, aos 18 anos, ganhar uma final europeia no meu primeiro ano de sénior seria uma maravilha. Mas fundamental é pensar sinceramente que a SuperLiga e a Taça UEFA estão ao alcance do Sporting e lutar por isso. Sonho com isso.
"Gostava de ir ao Mundial'2006"
O JOGO | Subiu agora à Selecção Nacional de Sub-21. Quais são os seus objectivos com a camisola das quinas?
JOÃO MOUTINHO | Todos sonham com a Selecção A, que é também o meu objectivo a longo prazo. É muito gratificante poder fazer parte dos Sub-21 nesta fase da minha carreira e resta-me continuar a trabalhar normalmente para atingir as minhas metas. Para já, só penso em atingir o Campeonato da Europa no meu actual escalão.
P | Dada a velocidade com que se tem imposto, não acha legítimo poder lutar por um lugar nos convocados de Scolari, caso Portugal se apure para o Campeonato do Mundo de 2006?
R | É evidente que gostava de ter essa oportunidade, mas para já não penso muito nisso. Ainda tenho de crescer mais aqui no Sporting. Ainda estou numa fase de afirmação. Na altura, logo se verá.
"Gostava de dar aulas de Educação Física"
P | Com tanta azáfama na sua vida profissional, tem encontrado tempo para estudar?
R | Estou a finalizar o 12.º ano, mas a escola nocturna acaba em 2007/08 e para o ano espero concluir o que me resta. Caso contrário, terei de voltar ao 10.º ano.
P | A ideia de ter um "canudo" é sedutora?
R | Gostava de continuar a apostar na minha formação académica e um dia mais tarde formar-me em Educação Física. Sempre fui muito dedicado ao desporto e a ideia de me matricular na faculdade agrada-me. Mesmo que tenha de esperar muito tempo, quero concretizar esse objectivo.
O pequeno-grande jogador do Sporting está no sétimo céu, mas apenas em sentido figurado. Os pés continuam bem assentes em terra, falando o craque com o mesmo esclarecimento com que joga. Na sua primeira entrevista de fundo, "João leãozinho" conta a O JOGO os seus segredos e anseios, com a mente fixa naquilo que nem cinco anos no clube lhe foram capazes de dar: títulos...
O JOGO | Aos 18 anos, ainda sente que tudo não passa de um sonho ou já caiu na realidade de que é a nova atracção do Sporting, onde se vai afirmando como titular?
JOÃO MOUTINHO | Afirmar-me foi o que sempre quis e hoje tento fazer. O mister Peseiro está a optar em mim e eu faço o meu trabalho normalmente, isto é, dou o máximo pela equipa. Mas não nego que estou a viver um sonho que se está a tornar realidade. Isto foi o que sempre quis.
P | Ao ser incluído nos trabalhos de pré-temporada, sentiu que, tarde ou cedo, seria incluído no plantel principal?
R | Fiquei um pouco surpreso por ser chamado na pré-época, tal como meus colegas do plantel júnior [n.d.r. Miguel Veloso, Carlos Saleiro, Djaló e Mário Felgueiras]. Foi muito bom sentir que reconheciam o meu trabalho. Todos me ajudaram e as coisas correram bem. Depois regressei aos juniores com a maior naturalidade. Aliás, ainda sou júnior. Continuei a evoluir e felizmente voltei aos seniores.
P | Como foi partilhar o balneário com os graúdos?
R | Desde o primeiro dia tudo foi espectacular, mas é claro que entrei caladinho. Estava no meio dos mais velhos e não conhecia ninguém. Mas pessoas como Pedro Barbosa e Rui Jorge colocaram-me logo à vontade, de modo a que tivesse tranquilidade suficiente para trabalhar.
P | Sempre actuou a médio. Uma vez que cumpre todo o tipo de tarefas no sector, qual o posto do meio-campo que prefere?
R | Sinto-me apto a jogar em toda a parte no centro. Entre posições mais adiantadas ou recuadas, confesso não ter preferência. Sou um jogador que alinha onde o treinador mandar.
P | Além da capacidade futebolística, todos lhe elogiam a frieza e o esclarecimento. Reconhece essas qualidades em si?
R | Sempre fui assim. Se nos deixarmos dominar pelos nervos, o risco de as coisas saírem mal é muito maior. O futebol é um jogo no qual dou o meu melhor. De nada vale ficar nervoso.
P | De que forma reage aos muitos elogios que lhe são dirigidos?
R | É uma forma de me responsabilizar. É óbvio que fico contente, como qualquer outra pessoa no meu lugar ficaria. Dá-me vontade de fazer ainda mais para corresponder.
"Golos surgirão naturalmente"
P | Tem estado sempre em bom nível. Encontra algum jogo que tenha significado um ponto de viragem na sua carreira?
R | Desde o primeiro momento que a equipa técnica está atenta ao que faço. Tudo começou no jogo de Barcelos, onde me estreei a titular. A partir daí, segui em frente. O jogo de Roterdão também foi muito importante. Gosto muito de actuar em ambientes desses. O de Middlesbrough também foi espectacular. Adoro estádios cheios.
P | Atendendo à sua juventude, o técnico José Peseiro tem conversado muito consigo?
R | Mantemos uma relação normal entre treinador e jogador. Não é por ser mais novo que deixo de ser como os outros.
P | Ainda lhe falta marcar um golo...
R | Julgo que surgirão naturalmente. Prefiro não ir marcando e que o Sporting vença, do que fazê-lo sem que consigamos a vitória. Por vezes, outros jogadores estão em boa posição e opto pelo passe, mas não estou obcecado com isso. Gosto muito de assistir, mas confesso que também gosto de marcar.
"Não posso pedir mais ao Pedro Barbosa"
P | Pedro Barbosa já lhe teceu rasgados elogios, sendo sobejamente conhecido o apoio que o capitão dispensa aos jovens valores do plantel. Como é a vossa relação?
R | Para todos os jovens que estão no Sporting, ele é uma referência obrigatória, pela forma como nos aborda e nos trata. É um grande jogador, um profissional exemplar e, acima de tudo, uma pessoa espectacular. Eu não lhe posso pedir mais do que aquilo que tem feito. Pela experiência que ele tem de futebol, o Pedro bem sabe o que sentem jogadores da minha idade e está lá sempre, a dizer-nos o que entende ser necessário. Com amizade, mas sempre dentro do respeito que deve existir.
"Manuel Fernandes merece tudo de bom"
P | É considerado uma das maiores esperanças do futebol português, a par do benfiquista Manuel Fernandes. Qual a sua opinião acerca do seu colega e rival?
R | É um grande jogador e está a colher os frutos do seu trabalho, com o estatuto que ganhou no Benfica e agora com a chamada à Selecção A.
P | Foram colegas de Selecção e defrontaram-se nas camadas jovens. Que relação mantém com ele?
R | Joguei sempre contra ele nos escalões jovens e ganhei mais vezes do que aquelas que perdi [risos]. Eram sempre jogos renhidos. Estivemos juntos no Campeonato do Mundo de Sub-17, na Finlândia. Não temos uma grande ligação, mas falo bem com ele. É uma excelente pessoa e por isso merece tudo de bom.
"Posso ficar no Sporting para sempre"
P | É público que o Sporting tem interesse em renovar já o seu contrato, o que compreenderá uma melhoria salarial. Já foi contactado nesse sentido?
R | Esse assunto está a cargo do meu empresário, mas o meu desejo é permanecer no clube.
P | Há quem diga que, caso continue a evoluir desta forma, não ficará por muito tempo em Portugal. Como reage a esses comentários?
R | Não faço caso nenhum disso. Quero é continuar no Sporting e dar continuidade ao meu trabalho. Aliás, já disse e repito que não me importaria de ficar no clube até final da minha carreira. O Sporting é um grande clube português e um dos maiores clubes da Europa, o que tem vindo a demonstrar esta época. Teria todo o orgulho em ficar aqui para sempre.
"Somos de longe a equipa que melhor futebol pratica"
O JOGO | A goleada no Bessa foi o resultado e a exibição de que a equipa necessitava nesta fase decisiva da SuperLiga?
JOÃO MOUTINHO | Foi muito bom. Permitiu-nos não perder de vista o Benfica, que é líder da prova. Somos de longe a equipa que melhor joga em Portugal, razão por que estamos muito confiantes.
P | Ainda sonha com o duplo título de campeão de juniores e seniores?
R | Claro! Estão reunidas todas as condições para isso.
P | Que explicação encontra para as oportunidades que o Sporting perdeu para estar agora numa situação mais favorável na tabela?
R | Essa é uma questão relativa. Queremos sempre jogar muito bem e, sobretudo, ganhar, mas isso não tem sido possível. Todavia, continuamos a trabalhar com o mesmo afinco. Reconheço que sofremos derrotas que me custaram a engolir e olhem que não gosto de perder em rigorosamente nada. Fico muito chateado. Aliás, nunca ganhei um título nos cinco anos que tenho de clube. Fiz tudo nesse sentido, mas agora tenho oportunidade de acabar com isso.
P | Como tem observado a trajectória dos seus rivais Benfica e FC Porto?
R | Têm de contar connosco para lutar pelo título. São duas grandes equipas, mas reconheço que o FC Porto acusou um bocado a mudança da última para a presente época.
"Queremos ganhar a final de Alvalade"
P | Agora vem aí o jogo de Newcastle. Acredita num resultado que abra boas perspectivas para atingir as meias-finais?
R | Queremos ganhar em Inglaterra. Esse é o resultado ideal para podermos abrir as portas da meia-final. Penso que isso é possível, até porque defrontaremos uma equipa que bem conhecemos. Eles são fortes, mas se estivermos concentrados, como temos estado até aqui nos jogos fora, temos fortes hipótese de vencer.
P | Decerto que já lhe passou pela cabeça disputar a final de Alvalade...
R | Claro que já pensei nisso. Poder, aos 18 anos, ganhar uma final europeia no meu primeiro ano de sénior seria uma maravilha. Mas fundamental é pensar sinceramente que a SuperLiga e a Taça UEFA estão ao alcance do Sporting e lutar por isso. Sonho com isso.
"Gostava de ir ao Mundial'2006"
O JOGO | Subiu agora à Selecção Nacional de Sub-21. Quais são os seus objectivos com a camisola das quinas?
JOÃO MOUTINHO | Todos sonham com a Selecção A, que é também o meu objectivo a longo prazo. É muito gratificante poder fazer parte dos Sub-21 nesta fase da minha carreira e resta-me continuar a trabalhar normalmente para atingir as minhas metas. Para já, só penso em atingir o Campeonato da Europa no meu actual escalão.
P | Dada a velocidade com que se tem imposto, não acha legítimo poder lutar por um lugar nos convocados de Scolari, caso Portugal se apure para o Campeonato do Mundo de 2006?
R | É evidente que gostava de ter essa oportunidade, mas para já não penso muito nisso. Ainda tenho de crescer mais aqui no Sporting. Ainda estou numa fase de afirmação. Na altura, logo se verá.
"Gostava de dar aulas de Educação Física"
P | Com tanta azáfama na sua vida profissional, tem encontrado tempo para estudar?
R | Estou a finalizar o 12.º ano, mas a escola nocturna acaba em 2007/08 e para o ano espero concluir o que me resta. Caso contrário, terei de voltar ao 10.º ano.
P | A ideia de ter um "canudo" é sedutora?
R | Gostava de continuar a apostar na minha formação académica e um dia mais tarde formar-me em Educação Física. Sempre fui muito dedicado ao desporto e a ideia de me matricular na faculdade agrada-me. Mesmo que tenha de esperar muito tempo, quero concretizar esse objectivo.
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
SAD acusa dirigente do Boavista de estar na origem dos incidentes
Os responsáveis da SAD "leonina" acusaram ontem um dirigente do Boavista [João Freitas] de estar na origem dos incidentes registados no Bessa, no final do jogo entre as duas equipas, ao mesmo tempo que refutaram "a forma distorcida e enganosa" como os axadrezados tornaram pública a versão dos desacatos, segundo advogam num comunicado, com seis pontos, publicado à noite no sítio oficial do clube.
O Sporting recusa todas as acusações formuladas, bem como os procedimentos utilizados no final do jogo. "Entendemos manifestar a nossa absoluta indignação pela forma distorcida e enganosa como o Boavista FC, SAD deu conta dos acontecimentos, quando na sua origem esteve o comportamento intolerável e inaceitável adoptado por um dirigente daquela sociedade desportiva para com um atleta [Sá Pinto]" do clube, pode ler-se no texto.
Sem referir nomes, os responsáveis da SAD "leonina" garantem que apenas reagem "pelo destaque que a versão veiculada pelo Boavista FC, SAD mereceu na Comunicação Social", chamando ainda a atenção para o que apelidam de "total inverosimilhança do relato" dos axadrezados.
Estranha ainda o comunicado dos "leões" (publicado ao lado, na íntegra) que alguém possa acreditar que os jogadores "leoninos", "após uma tão brilhante e robusta vitória, vivendo naturalmente um momento de comemoração, pudessem estar na origem de uma qualquer atitude provocatória" para responsáveis boavisteiros, demonstrando, ao mesmo tempo, confiança no apuramento da verdade. "Acreditamos que as instâncias competentes saberão avaliar os factos, julgá-los devidamente e que a verdade será dessa forma evidenciada."
COMUNICADO DA SAD NA ÍNTEGRA
"1. Questionados por elementos da Comunicação Social sobre as expulsões de jogadores ocorridas após o final do jogo de ontem, optámos por não nos pronunciarmos sobre o assunto por entendermos que, ao fazê-lo, poderíamos de alguma forma condicionar a elaboração dos relatórios de jogo, a cargo dos Delegados da LPFP e do próprio Árbitro da partida, os quais se pretendem isentos.
2. Assim, e até tomarmos conhecimento oficial dos referidos relatórios, não pensávamos manifestar uma posição oficial sobre os incidentes, o que, de resto, é nosso costume.
3. Diferente posição tomou o Boavista F C, SAD, que através do seu Presidente e, porventura, também de elementos da sua Assessoria de Imprensa, não perdeu tempo para publicamente lançar acusações graves sobre um jogador da Sporting, SAD.
4. Atendendo ao destaque que a versão veiculada pelo Boavista F.C., SAD mereceu na Comunicação Social de hoje, e porque a mesma não corresponde à verdade dos factos, entendemos manifestar a nossa absoluta indignação pela forma distorcida e enganosa como o Boavista FC, SAD deu conta dos acontecimentos, quando na sua origem esteve o comportamento intolerável e inaceitável adoptado por um dirigente daquela sociedade para com um atleta da Sporting, SAD, o que será demonstrado em sede própria.
5. Chamamos ainda a atenção para a total inverosimilhança do relato do Boavista FC, SAD. Quem poderá acreditar que os nossos jogadores, após uma tão brilhante e robusta vitória, que a televisão mostrou a todo o país, vivendo naturalmente um momento de comemoração, pudessem estar na origem de uma qualquer atitude provocatória para quem quer que fosse do Boavista FC, SAD? Notamos além disto que qualquer hipotética atitude desse tipo seria absurda e contrastaria em absoluto com o comportamento apaziguador dos jogadores da Sporting, SAD aquando da expulsão do treinador e do técnico de guarda-redes do Boavista FC, SAD.
6. Acreditamos que as instâncias competentes saberão avaliar os factos, julgá-los devidamente, e que a verdade será dessa forma evidenciada.
Lisboa, 03.Abril.2005
SPORTING, SAD"
Os responsáveis da SAD "leonina" acusaram ontem um dirigente do Boavista [João Freitas] de estar na origem dos incidentes registados no Bessa, no final do jogo entre as duas equipas, ao mesmo tempo que refutaram "a forma distorcida e enganosa" como os axadrezados tornaram pública a versão dos desacatos, segundo advogam num comunicado, com seis pontos, publicado à noite no sítio oficial do clube.
O Sporting recusa todas as acusações formuladas, bem como os procedimentos utilizados no final do jogo. "Entendemos manifestar a nossa absoluta indignação pela forma distorcida e enganosa como o Boavista FC, SAD deu conta dos acontecimentos, quando na sua origem esteve o comportamento intolerável e inaceitável adoptado por um dirigente daquela sociedade desportiva para com um atleta [Sá Pinto]" do clube, pode ler-se no texto.
Sem referir nomes, os responsáveis da SAD "leonina" garantem que apenas reagem "pelo destaque que a versão veiculada pelo Boavista FC, SAD mereceu na Comunicação Social", chamando ainda a atenção para o que apelidam de "total inverosimilhança do relato" dos axadrezados.
Estranha ainda o comunicado dos "leões" (publicado ao lado, na íntegra) que alguém possa acreditar que os jogadores "leoninos", "após uma tão brilhante e robusta vitória, vivendo naturalmente um momento de comemoração, pudessem estar na origem de uma qualquer atitude provocatória" para responsáveis boavisteiros, demonstrando, ao mesmo tempo, confiança no apuramento da verdade. "Acreditamos que as instâncias competentes saberão avaliar os factos, julgá-los devidamente e que a verdade será dessa forma evidenciada."
COMUNICADO DA SAD NA ÍNTEGRA
"1. Questionados por elementos da Comunicação Social sobre as expulsões de jogadores ocorridas após o final do jogo de ontem, optámos por não nos pronunciarmos sobre o assunto por entendermos que, ao fazê-lo, poderíamos de alguma forma condicionar a elaboração dos relatórios de jogo, a cargo dos Delegados da LPFP e do próprio Árbitro da partida, os quais se pretendem isentos.
2. Assim, e até tomarmos conhecimento oficial dos referidos relatórios, não pensávamos manifestar uma posição oficial sobre os incidentes, o que, de resto, é nosso costume.
3. Diferente posição tomou o Boavista F C, SAD, que através do seu Presidente e, porventura, também de elementos da sua Assessoria de Imprensa, não perdeu tempo para publicamente lançar acusações graves sobre um jogador da Sporting, SAD.
4. Atendendo ao destaque que a versão veiculada pelo Boavista F.C., SAD mereceu na Comunicação Social de hoje, e porque a mesma não corresponde à verdade dos factos, entendemos manifestar a nossa absoluta indignação pela forma distorcida e enganosa como o Boavista FC, SAD deu conta dos acontecimentos, quando na sua origem esteve o comportamento intolerável e inaceitável adoptado por um dirigente daquela sociedade para com um atleta da Sporting, SAD, o que será demonstrado em sede própria.
5. Chamamos ainda a atenção para a total inverosimilhança do relato do Boavista FC, SAD. Quem poderá acreditar que os nossos jogadores, após uma tão brilhante e robusta vitória, que a televisão mostrou a todo o país, vivendo naturalmente um momento de comemoração, pudessem estar na origem de uma qualquer atitude provocatória para quem quer que fosse do Boavista FC, SAD? Notamos além disto que qualquer hipotética atitude desse tipo seria absurda e contrastaria em absoluto com o comportamento apaziguador dos jogadores da Sporting, SAD aquando da expulsão do treinador e do técnico de guarda-redes do Boavista FC, SAD.
6. Acreditamos que as instâncias competentes saberão avaliar os factos, julgá-los devidamente, e que a verdade será dessa forma evidenciada.
Lisboa, 03.Abril.2005
SPORTING, SAD"
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
Sporting regressa confiante
O Sporting regressa ao St James´Park após ter já defrontado o Newcastle United CF nesta temporada, na fase de grupos da Taça UEFA. O encontro do Grupo D, realizado no nordeste de Inglaterra, onde o Sporting regressaria, nos oitavos-de-final, para eliminar o Middlesbrough FC, terminou 1-1 - apesar de as duas equipas já terem assegurado os respectivos lugares no 16 avos-de-final. Nesse jogo, Craig Bellamy colocou a equipa da casa em vantagem aos cinco minutos, mas Custódio empatou pouco depois do intervalo.
Essa foi a segunda vez em que os clubes se encontraram nas competições europeias, sendo que o Newcastle guarda boas recordações da primeira partida. As equipas defrontaram-se na segunda ronda da Taça das Cidades com Feira de 1968/69, uma edição que os ingleses venceram. A primeira mão, em Portugal, terminou empatada a uma bola e no segundo jogo, em St James' Park, Bryan Robson resolveu a eliminatória, com um golo solitário. Trinta e cinco anos após ter conquistado esse troféu - ao derrotar os húngaros do Újpesti Dosza SC, na final - o Newcastle não venceu qualquer grande competição, quer a nível nacional ou internacional.
O Newcastle defrontou outros dois clubes portugueses, ambos na Taça das Cidades com Feira. No percurso para a final de 1969, também deixou pelo caminho os setubalenses do Vitória FC, vencendo, por 6-4, no conjunto das duas mãos, nos quartos-de-final, depois de os britânicos terem conseguido uma vantagem de 5-1 no jogo em casa. Na temporada seguinte, o Newcastle derrotou o FC Porto na segunda eliminatória, com 1-0. O Newcastle parte para o jogo com os "leões" com um registo de três vitórias e um empate diante de clubes portugueses.
O Sporting chegou aos quartos-de-final com uma vitória, por 4-2, no total das duas mãos, diante do Middlesbrough, que foi conseguida depois de uma actuação impressionante em Riverside, que valeu aos portugueses o triunfo por 3-2. Um golo de Pedro Barbosa, nos últimos minutos, assegurou a vitória no segundo jogo, permitindo ao Sporting manter um registo sem derrotas nas eliminatórias diante de equipas inglesas em competições da UEFA. O Manchester United FC foi derrotado na Taça das Taças de 1963/64, o Sunderland AFC foi eliminado da mesma competição, por 3-2, dez anos mais tarde, e o Southampton FC ficou pelo caminho na segunda eliminatória da Taça UEFA de 1981/82.
O jogo do Sporting com o Manchester, nos quartos-de-final da Taça das Taças de 1964, ficou para a história do futebol europeu como uma das maiores recuperações de sempre, depois de a equipa portuguesa ter perdido a primeira mão em Old Trafford, por 4-1, com um "hat-trick" de Denis Law e um golo de Bobby Charlton a fazerem crer que a eliminatória estava resolvida. No entanto, o Sporting também teve em Osvaldo Silva o autor de um "hat-trick", na segunda mão, e o acabou por vencer, por 5-0, no caminho para a vitória na competição, tendo triunfado na final sobre os húngaros do MTK Budapest.
in http://pt.uefa.com/competitions/UEFACup ... index.html
O Sporting regressa ao St James´Park após ter já defrontado o Newcastle United CF nesta temporada, na fase de grupos da Taça UEFA. O encontro do Grupo D, realizado no nordeste de Inglaterra, onde o Sporting regressaria, nos oitavos-de-final, para eliminar o Middlesbrough FC, terminou 1-1 - apesar de as duas equipas já terem assegurado os respectivos lugares no 16 avos-de-final. Nesse jogo, Craig Bellamy colocou a equipa da casa em vantagem aos cinco minutos, mas Custódio empatou pouco depois do intervalo.
Essa foi a segunda vez em que os clubes se encontraram nas competições europeias, sendo que o Newcastle guarda boas recordações da primeira partida. As equipas defrontaram-se na segunda ronda da Taça das Cidades com Feira de 1968/69, uma edição que os ingleses venceram. A primeira mão, em Portugal, terminou empatada a uma bola e no segundo jogo, em St James' Park, Bryan Robson resolveu a eliminatória, com um golo solitário. Trinta e cinco anos após ter conquistado esse troféu - ao derrotar os húngaros do Újpesti Dosza SC, na final - o Newcastle não venceu qualquer grande competição, quer a nível nacional ou internacional.
O Newcastle defrontou outros dois clubes portugueses, ambos na Taça das Cidades com Feira. No percurso para a final de 1969, também deixou pelo caminho os setubalenses do Vitória FC, vencendo, por 6-4, no conjunto das duas mãos, nos quartos-de-final, depois de os britânicos terem conseguido uma vantagem de 5-1 no jogo em casa. Na temporada seguinte, o Newcastle derrotou o FC Porto na segunda eliminatória, com 1-0. O Newcastle parte para o jogo com os "leões" com um registo de três vitórias e um empate diante de clubes portugueses.
O Sporting chegou aos quartos-de-final com uma vitória, por 4-2, no total das duas mãos, diante do Middlesbrough, que foi conseguida depois de uma actuação impressionante em Riverside, que valeu aos portugueses o triunfo por 3-2. Um golo de Pedro Barbosa, nos últimos minutos, assegurou a vitória no segundo jogo, permitindo ao Sporting manter um registo sem derrotas nas eliminatórias diante de equipas inglesas em competições da UEFA. O Manchester United FC foi derrotado na Taça das Taças de 1963/64, o Sunderland AFC foi eliminado da mesma competição, por 3-2, dez anos mais tarde, e o Southampton FC ficou pelo caminho na segunda eliminatória da Taça UEFA de 1981/82.
O jogo do Sporting com o Manchester, nos quartos-de-final da Taça das Taças de 1964, ficou para a história do futebol europeu como uma das maiores recuperações de sempre, depois de a equipa portuguesa ter perdido a primeira mão em Old Trafford, por 4-1, com um "hat-trick" de Denis Law e um golo de Bobby Charlton a fazerem crer que a eliminatória estava resolvida. No entanto, o Sporting também teve em Osvaldo Silva o autor de um "hat-trick", na segunda mão, e o acabou por vencer, por 5-0, no caminho para a vitória na competição, tendo triunfado na final sobre os húngaros do MTK Budapest.
in http://pt.uefa.com/competitions/UEFACup ... index.html
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
LIEDSON DESTACADO NA "WORLD SOCCER"
O artista brasileiro
“Liedshow”. É este o apelido atribuído pela “World Soccer” ao avançado do Sporting. Num artigo da revista inglesa denominado “Seis dos Melhores”, é lembrado o percurso que levou Liedson do supermercado a ídolo em Alvalade.
Assinado por Nick Bidwell, o trabalho relembra as reticências colocadas a Liedson, que sofreu comentários preconceituosos relacionados com o físico franzino. “Quão errados eles estavam”, refere o jornalista. “A velocidade, a técnica refinada e a finalização apurada, tanto com os pés como com a cabeça, demonstraram ser demasiadas para os candidatos a marcadores do jogador”, pode ler-se. O episódio do atraso no regresso das férias de Natal é recordado, retirando-se dele um ensinamento: “O Sporting fez bem ao indultá-lo. Quando ele marca, a equipa normalmente ganha.”
O artista brasileiro
“Liedshow”. É este o apelido atribuído pela “World Soccer” ao avançado do Sporting. Num artigo da revista inglesa denominado “Seis dos Melhores”, é lembrado o percurso que levou Liedson do supermercado a ídolo em Alvalade.
Assinado por Nick Bidwell, o trabalho relembra as reticências colocadas a Liedson, que sofreu comentários preconceituosos relacionados com o físico franzino. “Quão errados eles estavam”, refere o jornalista. “A velocidade, a técnica refinada e a finalização apurada, tanto com os pés como com a cabeça, demonstraram ser demasiadas para os candidatos a marcadores do jogador”, pode ler-se. O episódio do atraso no regresso das férias de Natal é recordado, retirando-se dele um ensinamento: “O Sporting fez bem ao indultá-lo. Quando ele marca, a equipa normalmente ganha.”
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
COMISSÃO DISCIPLINAR DA LIGA INSTAURA INQUÉRITO QUE PODERÁ AGRAVAR CASTIGO DE 12 DIAS
Sá Pinto e Rui Jorge falham Beira-Mar
O clube de Alvalade conheceu ontem a primeira decisão da Comissão Disciplinar da Liga em relação aos acontecimentos verificados no final do jogo do Bessa, no túnel de acesso aos balneários. Dirigentes leoninos continuam à espera que lhes sejam enviados os relatórios
Rui Jorge e Sá Pinto vão ficar fora do próximo encontro da SuperLiga, frente ao Beira Mar, em Alvalade. Esta é, para já, a única certeza que existe em relação aos dois jogadores expulsos, no sábado à noite, no túnel de acesso aos balneários do Estádio do Bessa. Os relatórios do árbitro Lucílio Baptista e dos observadores da Liga de Clubes coincidem no que diz respeito à ocorrência de desacatos no local, mas são, aparentemente, pouco explícitos em relação ao que realmente se passou.
Por isso, a Comissão Disciplinar decidiu suspender preventivamente, por doze dias, os dois jogadores e abrir um inquérito disciplinar, que inclui também Pedro Barbosa, embora o capitão não cumpra, por agora, qualquer jogo de castigo. Até porque não recebeu ordem de expulsão do árbitro setubalense.
Por outras palavras, Rui Jorge e Sá Pinto vão ser suspensos na sequência do cartão vermelho que lhes foi exibido e, em simultâneo, decorrerá o inquérito disciplinar, que poderá conduzir à instauração de um processo, que poderá, ele sim, determinar o agravamento da pena aplicada.
Demorado
Uma fonte da Liga de Clubes ontem contactada por Record, admitiu ser, neste momento, impossível saber se o inquérito vai desencadear num processo disciplinar e se essa decisão será tomada antes de terminar o período de suspensão de doze dias. Se assim não suceder, então Rui Jorge e Sá Pinto regressarão à equipa no encontro da 29ª jornada da SuperLiga, em Moreira de Cónegos, podendo ser penalizados mais tarde, quando o processo – caso ele venha a existir – ficar concluído.
A Comissão Disciplinar da Liga de Clubes tem, pois, pouco mais de uma semana para “averiguar” com exactidão quais as condutas de Sá Pinto, Rui Jorge e Pedro Barbosa nos incidentes ocorridos “no túnel de acesso aos balneários no intervalo e final do jogo”.
Silêncio
Os responsáveis leoninos receberam com tranquilidade a decisão da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, que acaba por ir ao encontro daquilo que já era esperado. E, por esse motivo, não vão tomar qualquer posição pública sobre o assunto. Aliás, os leões só vão voltar a “pegar” no assunto, se, por algum motivo, forem convocados a prestar declarações na Liga.
Relatórios ainda não chegaram ao Sporting
Os dirigentes do clube de Alvalade continuavam ontem, ao final da noite, a aguardar que lhes fossem enviados pelos serviços da Liga de Clubes os relatórios realizados por Lucílio Baptista e pelos delegados da Liga no final do encontro do Estádio do Bessa. A situação não causou estranheza, já que, por vezes, tem sucedido que os relatórios cheguem por fax, apenas na quarta-feira. Ou seja, deverão chegar apenas hoje.
Delegado da "camisola rasgada" esteve no Bessa
Paulino Carvalho vê-se, pela segunda vez, em pouco mais de um ano, envolvido num final de jogo polémico com o Sporting. O delegado da Liga residente em Braga, que desta vez teve a companhia de Alcino Campos e Moisés Silva, é o mesmo que, a 31 de Janeiro de 2004, estava em Alvalade e viu, ou melhor, não viu, mas pensava que tinha visto Mourinho rasgar a camisola de Rui Jorge. Parece perseguição, mas pode ser apenas coincidência.
Sá Pinto e Rui Jorge falham Beira-Mar
O clube de Alvalade conheceu ontem a primeira decisão da Comissão Disciplinar da Liga em relação aos acontecimentos verificados no final do jogo do Bessa, no túnel de acesso aos balneários. Dirigentes leoninos continuam à espera que lhes sejam enviados os relatórios
Rui Jorge e Sá Pinto vão ficar fora do próximo encontro da SuperLiga, frente ao Beira Mar, em Alvalade. Esta é, para já, a única certeza que existe em relação aos dois jogadores expulsos, no sábado à noite, no túnel de acesso aos balneários do Estádio do Bessa. Os relatórios do árbitro Lucílio Baptista e dos observadores da Liga de Clubes coincidem no que diz respeito à ocorrência de desacatos no local, mas são, aparentemente, pouco explícitos em relação ao que realmente se passou.
Por isso, a Comissão Disciplinar decidiu suspender preventivamente, por doze dias, os dois jogadores e abrir um inquérito disciplinar, que inclui também Pedro Barbosa, embora o capitão não cumpra, por agora, qualquer jogo de castigo. Até porque não recebeu ordem de expulsão do árbitro setubalense.
Por outras palavras, Rui Jorge e Sá Pinto vão ser suspensos na sequência do cartão vermelho que lhes foi exibido e, em simultâneo, decorrerá o inquérito disciplinar, que poderá conduzir à instauração de um processo, que poderá, ele sim, determinar o agravamento da pena aplicada.
Demorado
Uma fonte da Liga de Clubes ontem contactada por Record, admitiu ser, neste momento, impossível saber se o inquérito vai desencadear num processo disciplinar e se essa decisão será tomada antes de terminar o período de suspensão de doze dias. Se assim não suceder, então Rui Jorge e Sá Pinto regressarão à equipa no encontro da 29ª jornada da SuperLiga, em Moreira de Cónegos, podendo ser penalizados mais tarde, quando o processo – caso ele venha a existir – ficar concluído.
A Comissão Disciplinar da Liga de Clubes tem, pois, pouco mais de uma semana para “averiguar” com exactidão quais as condutas de Sá Pinto, Rui Jorge e Pedro Barbosa nos incidentes ocorridos “no túnel de acesso aos balneários no intervalo e final do jogo”.
Silêncio
Os responsáveis leoninos receberam com tranquilidade a decisão da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, que acaba por ir ao encontro daquilo que já era esperado. E, por esse motivo, não vão tomar qualquer posição pública sobre o assunto. Aliás, os leões só vão voltar a “pegar” no assunto, se, por algum motivo, forem convocados a prestar declarações na Liga.
Relatórios ainda não chegaram ao Sporting
Os dirigentes do clube de Alvalade continuavam ontem, ao final da noite, a aguardar que lhes fossem enviados pelos serviços da Liga de Clubes os relatórios realizados por Lucílio Baptista e pelos delegados da Liga no final do encontro do Estádio do Bessa. A situação não causou estranheza, já que, por vezes, tem sucedido que os relatórios cheguem por fax, apenas na quarta-feira. Ou seja, deverão chegar apenas hoje.
Delegado da "camisola rasgada" esteve no Bessa
Paulino Carvalho vê-se, pela segunda vez, em pouco mais de um ano, envolvido num final de jogo polémico com o Sporting. O delegado da Liga residente em Braga, que desta vez teve a companhia de Alcino Campos e Moisés Silva, é o mesmo que, a 31 de Janeiro de 2004, estava em Alvalade e viu, ou melhor, não viu, mas pensava que tinha visto Mourinho rasgar a camisola de Rui Jorge. Parece perseguição, mas pode ser apenas coincidência.
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
ENTREVISTA EXCLUSIVA RECORD
Sá Pinto: «Acreditamos no título e faremos tudo para ganhar a UEFA»
Cumpriu 200 jogos na SuperLiga no Bessa. Dentro do campo as coisas correram bem. Cá fora nem por isso. Aí Ricardo joga à defesa. No resto tudo ao ataque. Quer ser campeão, ganhar a UEFA e renovar. Naturalmente
RECORD – O que é que se passou no túnel do Bessa?
SÁ PINTO – Sobre esse assunto não posso pronunciar-me. Ainda não conhecemos o relatório do árbitro e por uma questão da minha defesa e da posição do Sporting sobre o assunto, não posso fazer quaisquer comentários. Tanto eu como o clube teremos uma posição conjunta.
RECORD – Trata-se de um caso de grande repercussão a nível nacional. Podemos saber o que sucedeu?
SÁ PINTO – Não posso mesmo fazer comentários. Terá de chegar o momento adequado para falar, que só sucederá depois de tudo resolvido.
RECORD – O Boavista tentou aproveitar-se da fama de jogador duro?
SÁ PINTO – A única coisa que posso dizer é que me sinto muito magoado com a forma injusta como fui tratado. E que não gostei de coisas que foram ditas e escritas.
RECORD – O caso acaba por afectar a sua imagem numa altura em que está em alta?
SÁ PINTO – O que lhe posso dizer é que desde o meu regresso que tenho tido um comportamento irrepreensível. Como profissional de futebol, quer com os meus companheiros, quer com os meus adversários, tudo tem corrido pelo melhor. Sempre respeitei todos, nestes 16 ou 17 jogos que fiz esta temporada vi apenas um amarelo, e penso que injusto. Tenho respeitado todos os árbitros, a minha ausência de sanções prova isso. Ou seja, não há nada a apontar-me em termos disciplinares, o que me satisfaz bastante, visto que muitas vezes me tentaram ligar a coisas menos positivas.
RECORD – Porque...
SÁ PINTO – Penso que se confunde a minha combatividade, a minha alegria de jogar, com outras situações de indisciplina em que, desde que regressei, nunca me vi envolvido.
RECORD – Teme algum castigo em particular?
SÁ PINTO – Mais uma vez, não posso comentar. Mas acho que o facto de me sentir magoado, sinceramente, diz tudo.
RECORD – Quem é, para si, João Freitas?
SÁ PINTO –?(pausa). Prefiro não falar. Não dou importância a quem a não têm.
RECORD – Mas fica alguma mensagem aos adeptos do Sporting?
SÁ PINTO – Não quero mesmo falar mais. Pelo que disse já conhecem o meu estado de espírito. E conhecem-me. Em relação à equipa podem ficar descansados. Estamos focados no que é importante.
RECORD – Ainda acredita na conquista do título?
SÁ PINTO – Claro que sim. Todos acreditamos na conquista do título. Mas mais preocupado estou é com o próximo jogo. Nesta altura, o próximo jogo é que conta.
RECORD – O próximo jogo é da UEFA e sobre ele vamos falar mais à frente, mas como explica a irregularidade da equipa?
SÁ PINTO – Já fizemos grandes jogos, a equipa em termos exibicionais tem estado muito bem, infelizmente, em termos de resultados as coisas não correram tão bem quanto desejaríamos ou mereceríamos. De qualquer forma, temos dado bons espectáculos, não só aos sócios do Sporting, como a todos os adeptos de futebol. Logicamente o nosso interesse é jogar sempre bem e conseguir bons resultados, mas do outro lado apanhamos equipas bem organizadas, orientadas e com bons jogadores, que muitas vezes não têm espaço nas equipas grandes e por isso fazem a diferença nas equipas pequenas. Para além disso, temos tido alguma infelicidade no meio disto tudo. Tirando um ou outro jogo, temos jogado quase sempre bem e não é só a irregularidade que explica a diferença pontual. Acho que este ano nos tem faltado aquela pontinha de sorte que acompanha as equipas que ganham. Em futebol jogado, temos sido quase sempre superiores.
RECORD – Para ganhar, o Sporting tem de jogar bem?
SÁ PINTO – Sim, é um pouco isso. Quando jogamos bem, acabamos por ganhar com naturalidade. Quando nos falta um pouco a inspiração, como acontece com tantas outras equipas que tenho visto, não temos a felicidade que compensa a falta de inspiração. Às vezes não chega a vontade de ganhar. O Chelsea do Mourinho ou o FC Porto do ano passado fartaram-se de ganhar jogos nos últimos minutos, isso também já aconteceu com o Boavista e o Benfica esta época, e é isso que nos tem faltado. Não justifica tudo e não estou aqui a fazê-lo, porque estamos aí na luta pelo título, mas essa é a grande diferença para os nossos adversários.
RECORD – Em que momentos?
SÁ PINTO – Por exemplo no recente jogo com o FC Porto. Toda a gente diz que se acreditássemos podíamos ter ganho por mais, até para resolvermos a questão do “goal-average”. Mas a equipa acredita, não é esse o problema. Sentimos é que apesar de eles estarem em inferioridade numérica, quando estavam com 10 podiam ter-se tornado até mais perigosos do que quando estavam com 11, e na fase em que estamos, ao mínimo percalço, numa bola parada ou num lance de infortúnio, podíamos ter deitado tudo a perder. Às vezes demasiada ambição pode custar caro.
RECORD – É quase unânime que o Sporting é quem melhor futebol joga, mas o Benfica tem 6 pontos de vantagem. Têm mais qualidade?
SÁ PINTO – Não. O Sporting é a equipa que tem demonstrado mais qualidade na Liga até à data. Agora, reconheço que outras equipas têm tido a felicidade que nos tem faltado. Mas faltam 7 jogos e entendo que ainda falta muito campeonato. As pessoas pensam que já está tudo ganho, mas não está. Faltam muitos jogos e muitos pontos. Nós tivemos agora três finais e ganhámos todas. Toda a gente abanou um bocado com o resultado menos positivo com o Penafiel, houve gente que inclusivamente desmarcou as viagens a Middlesbrough, onde nos ia apoiar. A equipa sentiu um bocado, houve aí uma falta de confiança. Mas nós conseguimos ser fortes psicologicamente.
RECORD – Responderam com vitórias?
SÁ PINTO – Sim, ganhámos a segunda mão com os ingleses, ganhamos ao FC Porto, que era de vida ou de morte, e agora mais um de vida ou de morte, em que alcançámos uma vitória brilhante no Bessa. Temos dado respostas de grande categoria. Estamos no caminho certo. Por isso, vou continuar a pensar assim. O próximo jogo é o mais importante. De vida ou de morte.
RECORD – Esse pensar jogo a jogo é então a receita para o Sporting ainda chegar ao título?
SÁ PINTO – Sem dúvida. Concentrarmo-nos ao máximo no próximo jogo. Mais do que pensar em ganhar a Taça UEFA ou o campeonato. Não nos podemos dispersar. Não devemos pensar nos nossos adversários nem em fazer contas. Devemos sim pensar em ganhar como fizemos nos últimos jogos. São de vida ou de morte. O grupo está forte, fantástico mesmo, confiante, e quando isto acontece prevê-se que as coisas boas estão a chegar. É frustrante olhar para a classificação mas ao mesmo tempo sentimos que ainda podemos ser campeões. Dar a volta por cima e ultrapassar os grandes desafios que se avizinham.
RECORD – O Sporting já não está é na Taça de Portugal. Foi frustrante a eliminação na Luz?
SÁ PINTO – Muito mesmo. Foi um momento que nos marcou claramente. Não foi só esse. Tivemos outro jogo logo a seguir, com o Vitória de Setúbal, em que voltámos a jogar muito bem e tivemos um resultado menos positivo. Esses dois momentos foram frustrantes. A Taça era um objectivo claro. E sentimo-nos capazes de ganhar aquele jogo contra o Benfica. Mas penso que a expulsão acabou por ser determinante. Entre rivais, entre grandes equipas, tudo é importante. Já estivemos a 8 pontos, já disseram que este campeonato não tinha nada a ver connosco, mas estamos aí na recta final para discutir tudo. A época passada o Benfica estava a 8 pontos de nós nesta altura e depois chegou à nossa frente. Portanto, acredito que este ano podemos inverter essa situação. Mas volto a dizer: mais importante do que isso é encararmos todos os jogos como se fossem uma final.
RECORD – O balneário sente que vencer a Taça UEFA é um sonho possível ou uma miragem?
SÁ PINTO – Acreditamos desde o princípio. Mesmo sabendo que é difícil, acreditamos que é possível. É um sonho, porque o Sporting nunca ganhou uma Taça UEFA mas, como tal, pelo passado do clube e pelo prestígio do País, tudo faremos para cumprir essa grande responsabilidade. Vai ser um momento histórico. Vai ficar marcado para toda a vida. Mas agora vamos pensar no Newcastle.
RECORD – Então e como vai ser o jogo de amanhã com o Newcastle?
SÁ PINTO – Nesta altura o Villarreal e o Newcastle eram as duas equipas mais difíceis. E o seu comportamento europeu diz tudo. Prevejo uma percentagem de 50 por cento para cada lado. Não podemos assumir o favoritismo quando vamos jogar em casa do Newcastle que, temos de reconhecer, é uma grande equipa. Vai decidir-se tudo num momento, na inspiração. Hoje em dia, só durante o próprio jogo se percebe o que poderá acontecer. Mas tenho confiança em nós. Vamos sair de lá com um resultado positivo. E vamos ultrapassar a eliminatória.
RECORD – O Hugo Viana está impedido de jogar. Isso é importante para a equipa?
SÁ PINTO – É sempre importante. Ele é um jogador como todos os outros, mas era bom para o treinador ter todos à sua disposição para escolher a melhor equipa. O Hugo Viana, logicamente, teria uma motivação extra, pelo menos no seu subconsciente, mas eles no passado recente tiveram uma experiência menos positiva com um jogador emprestado que os afastou de uma competição e por isso não quiseram cometer o mesmo erro. Ele não está disponível, mas ele e todos os outros tudo farão para que nada falte à equipa.
RECORD – O Sporting tem-se dado bem contra adversários ingleses e equipas com um futebol atlético. Esse sucesso deve-se a quê?
SÁ PINTO – Penso que estamos no caminho certo. O talento da equipa é um dado adquirido. E temos capacidade para praticar um futebol vistoso e de grande qualidade. Agora, esta determinação e este empenhamento que estamos a demonstrar, que são muito precisos em alta competição, fazem com que todos os sectores da equipa funcionem melhor. É por isso que estou confiante. Porque estamos com a determinação e a vontade de ser campeões. Se mantivermos esta linha, podemos chegar longe.
RECORD – O caso do “penalty” com Liedson está resolvido?
SÁ PINTO – Completamente.
RECORD – Mas houve grande celeuma. Tem boa relação com ele?
SÁ PINTO – Tenho excelente relação com ele, como tenho com todos os companheiros de equipa. A situação não teve o significado nem a importância que muitos lhe quiseram dar. Não houve qualquer atitude individualista pela minha parte. Fiquei muito triste quando vi o que se escreveu ao longo disso tudo. Há uma interpretação da minha parte, mas que fica só para mim. Se eu fosse verdadeiramente individualista, explicava a minha razão. Mas eu não confundo o meu papel com a importância do Sporting.
RECORD – Mas quer explicar?
SÁ PINTO – Não se passou nada de especial. A prova é, e toda a gente vê, que nós temos uma excelente relação. E ele felizmente está integrado, gosta de estar no clube, faz golos, é importante, está feliz e eu também. Estou a jogar, com saúde e contente com o meu rendimento. No último jogo falhei na finalização, mas estamos todos em sintonia no sentido do que uma equipa precisa para ter sucesso. Mas é um assunto que nem merece que estejamos aqui a falar dele.
RECORD – Porque teve muita repercussão?
SÁ PINTO – Sim, mas depois de tudo o que eu passei, depois de voltar a jogar ao mais alto nível, lembro-me de ter ido à sala de imprensa para dizer isso e ter visto muitos sorrisos sarcásticos e irónicos, como quem diz: “Este gajo está aqui a vender-nos uma história”. Mas eu sabia que podia voltar a fazê-lo. E isso para mim é que é importante. Pegarem-me por uma coisinha dessas e dizerem que não tenho capacidade para liderar, que sou um elemento desestabilizador, isso é de uma injustiça... Se eu realmente tivesse faltado ao respeito do meu colega ou do treinador, logicamente teria de ser punido e não fui.
RECORD – Sente-se então com força para renovar pelo Sporting?
SÁ PINTO – Sinto. Esse é um dado adquirido e é o meu maior desejo. Mas neste momento não é o mais importante. O que mais quero é encarar os 7 jogos que faltam da SuperLiga e fazer tudo para vencer a Taça UEFA. Não vou pressionar o clube com palavras para apressar a minha renovação. Não quero que a SAD se sinta pressionada. Quero que acreditem no meu valor e que eles também queiram que eu fique. Que sintam que ainda posso ajudar o clube a atingir os seus objectivos.
RECORD – Mas é um jogador já com longa história em Alvalade?
SÁ PINTO – Sim, é verdade, a minha vida de adulto está intimamente ligada ao Sporting. Foi aqui que nasceram as minhas filhas, foi aqui que me licenciei e doutorei como jogador de futebol. Mas volto a dizer: não quero que o clube se sinta pressionado. Acredito que estou num bom nível e inteiramente recuperado para voltar a dar tudo o que posso e sei ao Sporting. Mas tenho de sentir que acreditam em mim. Porque o Sporting já sabe que a minha lealdade ao clube será eterna. Sou sócio, sou um pequeno accionista e tenho um camarote no estádio. A minha história ficará ligada ao clube para sempre, independentemente do que se passe no final da época.
RECORD – E pensa que José Peseiro conta consigo para o ataque à próxima época?
SÁ PINTO – Essa é uma pergunta a que só ele pode responder na plenitude. Mas penso que sim, pela aposta que ele tem feito em mim na presente época e pela confiança que me tem dado. Mas não quero falar muito sobre isso, pois trata-se da opinião do treinador, que só ele poderá afirmar com certeza.
RECORD – Caso não renove, poderemos vê-lo, por exemplo, vestido com a camisola do velho rival?
SÁ PINTO – Nem pensar. Nunca. Com todo o respeito que me merece a instituição, um grande clube, sem dúvida, mas nunca vestiria a camisola do Benfica. Por dinheiro nenhum no Mundo. Tenho uma relação demasiado forte com o Sporting para poder fazer isso. E é preciso deixar isso claro, não existe nada nesse sentido. Nada mesmo. Mas eu nunca poderia tomar uma opção dessas. Gosto demasiado deste clube.
Curto e directo
Luís Duque – Um grande amigo, grande sportinguista, um presidente campeão e o grande responsável pelo meu regresso ao Sporting.
Ribeiro Teles – Também um grande amigo, igualmente campeão, que preferiu afastar-se mas que está sempre connosco. Apoia-nos muito, inclusivamente no estrangeiro. Grande sportinguista.
José Eduardo Bettencourt – Bom profissional. Uma pessoa que seria importante que fizesse parte da família sportinguista, mas noutro sector. A área em que está verdadeiramente vocacionado, a financeira. Tem grande qualidade e podia ser peça importante. Não como líder do futebol.
Carlos Freitas – Excelente profissional. Tem sido elemento de união do grupo. Atento a tudo o que anda à volta da equipa, pensa nas melhores condições para que só nos preocupemos em jogar. E amigo dos jogadores. Sempre comunicável e pronto a ajudar. Grande conhecedor do futebol nacional e internacional.
«Renovaria com eles»
RECORD – Jogadores como você, Rui Jorge e Pedro Barbosa terminam contrato. Qual poderá ser a sua mais-valia na próxima época?
SÁ PINTO – Não quero falar mais de mim. Quanto ao Rui e ao Pedro, não tenho dúvidas, renovava com eles.
R – Porquê?
SP – São grandes jogadores, com um papel importante não só pelo que fazem dentro do relvado mas também muito importantes no balneário. Isto, obviamente, se ambos quisessem renovar. Mas penso que já provaram, pelo rendimento esta época, que têm muito para dar e papel importante quando é preciso dar tudo.
«Final por cá é bonús especial»
RECORD – O facto de a final da Taça UEFA ser jogada em Alvalade dá motivação extra?
SÁ PINTO – É um facto que conhecemos desde o princípio e que, obviamente, não sai das nossas cabeças. Sendo cá ou noutro sítio, teríamos sempre a mesma atitude, mas sendo no nosso estádio é sempre especial. Mas não podemos pensar muito nisso. Temos de nos concentrar no que é realmente importante. O facto de podermos jogar em Alvalade é um bónus.
R – Mas há mais motivação...
SP – Sim, reconheço que pode existir. Desde o princípio que o treinador faz menção a isso e era extraordinário que pudéssemos oferecer essa prenda aos nossos adeptos. Vamos tentar lá chegar.
Sá Pinto: «Acreditamos no título e faremos tudo para ganhar a UEFA»
Cumpriu 200 jogos na SuperLiga no Bessa. Dentro do campo as coisas correram bem. Cá fora nem por isso. Aí Ricardo joga à defesa. No resto tudo ao ataque. Quer ser campeão, ganhar a UEFA e renovar. Naturalmente
RECORD – O que é que se passou no túnel do Bessa?
SÁ PINTO – Sobre esse assunto não posso pronunciar-me. Ainda não conhecemos o relatório do árbitro e por uma questão da minha defesa e da posição do Sporting sobre o assunto, não posso fazer quaisquer comentários. Tanto eu como o clube teremos uma posição conjunta.
RECORD – Trata-se de um caso de grande repercussão a nível nacional. Podemos saber o que sucedeu?
SÁ PINTO – Não posso mesmo fazer comentários. Terá de chegar o momento adequado para falar, que só sucederá depois de tudo resolvido.
RECORD – O Boavista tentou aproveitar-se da fama de jogador duro?
SÁ PINTO – A única coisa que posso dizer é que me sinto muito magoado com a forma injusta como fui tratado. E que não gostei de coisas que foram ditas e escritas.
RECORD – O caso acaba por afectar a sua imagem numa altura em que está em alta?
SÁ PINTO – O que lhe posso dizer é que desde o meu regresso que tenho tido um comportamento irrepreensível. Como profissional de futebol, quer com os meus companheiros, quer com os meus adversários, tudo tem corrido pelo melhor. Sempre respeitei todos, nestes 16 ou 17 jogos que fiz esta temporada vi apenas um amarelo, e penso que injusto. Tenho respeitado todos os árbitros, a minha ausência de sanções prova isso. Ou seja, não há nada a apontar-me em termos disciplinares, o que me satisfaz bastante, visto que muitas vezes me tentaram ligar a coisas menos positivas.
RECORD – Porque...
SÁ PINTO – Penso que se confunde a minha combatividade, a minha alegria de jogar, com outras situações de indisciplina em que, desde que regressei, nunca me vi envolvido.
RECORD – Teme algum castigo em particular?
SÁ PINTO – Mais uma vez, não posso comentar. Mas acho que o facto de me sentir magoado, sinceramente, diz tudo.
RECORD – Quem é, para si, João Freitas?
SÁ PINTO –?(pausa). Prefiro não falar. Não dou importância a quem a não têm.
RECORD – Mas fica alguma mensagem aos adeptos do Sporting?
SÁ PINTO – Não quero mesmo falar mais. Pelo que disse já conhecem o meu estado de espírito. E conhecem-me. Em relação à equipa podem ficar descansados. Estamos focados no que é importante.
RECORD – Ainda acredita na conquista do título?
SÁ PINTO – Claro que sim. Todos acreditamos na conquista do título. Mas mais preocupado estou é com o próximo jogo. Nesta altura, o próximo jogo é que conta.
RECORD – O próximo jogo é da UEFA e sobre ele vamos falar mais à frente, mas como explica a irregularidade da equipa?
SÁ PINTO – Já fizemos grandes jogos, a equipa em termos exibicionais tem estado muito bem, infelizmente, em termos de resultados as coisas não correram tão bem quanto desejaríamos ou mereceríamos. De qualquer forma, temos dado bons espectáculos, não só aos sócios do Sporting, como a todos os adeptos de futebol. Logicamente o nosso interesse é jogar sempre bem e conseguir bons resultados, mas do outro lado apanhamos equipas bem organizadas, orientadas e com bons jogadores, que muitas vezes não têm espaço nas equipas grandes e por isso fazem a diferença nas equipas pequenas. Para além disso, temos tido alguma infelicidade no meio disto tudo. Tirando um ou outro jogo, temos jogado quase sempre bem e não é só a irregularidade que explica a diferença pontual. Acho que este ano nos tem faltado aquela pontinha de sorte que acompanha as equipas que ganham. Em futebol jogado, temos sido quase sempre superiores.
RECORD – Para ganhar, o Sporting tem de jogar bem?
SÁ PINTO – Sim, é um pouco isso. Quando jogamos bem, acabamos por ganhar com naturalidade. Quando nos falta um pouco a inspiração, como acontece com tantas outras equipas que tenho visto, não temos a felicidade que compensa a falta de inspiração. Às vezes não chega a vontade de ganhar. O Chelsea do Mourinho ou o FC Porto do ano passado fartaram-se de ganhar jogos nos últimos minutos, isso também já aconteceu com o Boavista e o Benfica esta época, e é isso que nos tem faltado. Não justifica tudo e não estou aqui a fazê-lo, porque estamos aí na luta pelo título, mas essa é a grande diferença para os nossos adversários.
RECORD – Em que momentos?
SÁ PINTO – Por exemplo no recente jogo com o FC Porto. Toda a gente diz que se acreditássemos podíamos ter ganho por mais, até para resolvermos a questão do “goal-average”. Mas a equipa acredita, não é esse o problema. Sentimos é que apesar de eles estarem em inferioridade numérica, quando estavam com 10 podiam ter-se tornado até mais perigosos do que quando estavam com 11, e na fase em que estamos, ao mínimo percalço, numa bola parada ou num lance de infortúnio, podíamos ter deitado tudo a perder. Às vezes demasiada ambição pode custar caro.
RECORD – É quase unânime que o Sporting é quem melhor futebol joga, mas o Benfica tem 6 pontos de vantagem. Têm mais qualidade?
SÁ PINTO – Não. O Sporting é a equipa que tem demonstrado mais qualidade na Liga até à data. Agora, reconheço que outras equipas têm tido a felicidade que nos tem faltado. Mas faltam 7 jogos e entendo que ainda falta muito campeonato. As pessoas pensam que já está tudo ganho, mas não está. Faltam muitos jogos e muitos pontos. Nós tivemos agora três finais e ganhámos todas. Toda a gente abanou um bocado com o resultado menos positivo com o Penafiel, houve gente que inclusivamente desmarcou as viagens a Middlesbrough, onde nos ia apoiar. A equipa sentiu um bocado, houve aí uma falta de confiança. Mas nós conseguimos ser fortes psicologicamente.
RECORD – Responderam com vitórias?
SÁ PINTO – Sim, ganhámos a segunda mão com os ingleses, ganhamos ao FC Porto, que era de vida ou de morte, e agora mais um de vida ou de morte, em que alcançámos uma vitória brilhante no Bessa. Temos dado respostas de grande categoria. Estamos no caminho certo. Por isso, vou continuar a pensar assim. O próximo jogo é o mais importante. De vida ou de morte.
RECORD – Esse pensar jogo a jogo é então a receita para o Sporting ainda chegar ao título?
SÁ PINTO – Sem dúvida. Concentrarmo-nos ao máximo no próximo jogo. Mais do que pensar em ganhar a Taça UEFA ou o campeonato. Não nos podemos dispersar. Não devemos pensar nos nossos adversários nem em fazer contas. Devemos sim pensar em ganhar como fizemos nos últimos jogos. São de vida ou de morte. O grupo está forte, fantástico mesmo, confiante, e quando isto acontece prevê-se que as coisas boas estão a chegar. É frustrante olhar para a classificação mas ao mesmo tempo sentimos que ainda podemos ser campeões. Dar a volta por cima e ultrapassar os grandes desafios que se avizinham.
RECORD – O Sporting já não está é na Taça de Portugal. Foi frustrante a eliminação na Luz?
SÁ PINTO – Muito mesmo. Foi um momento que nos marcou claramente. Não foi só esse. Tivemos outro jogo logo a seguir, com o Vitória de Setúbal, em que voltámos a jogar muito bem e tivemos um resultado menos positivo. Esses dois momentos foram frustrantes. A Taça era um objectivo claro. E sentimo-nos capazes de ganhar aquele jogo contra o Benfica. Mas penso que a expulsão acabou por ser determinante. Entre rivais, entre grandes equipas, tudo é importante. Já estivemos a 8 pontos, já disseram que este campeonato não tinha nada a ver connosco, mas estamos aí na recta final para discutir tudo. A época passada o Benfica estava a 8 pontos de nós nesta altura e depois chegou à nossa frente. Portanto, acredito que este ano podemos inverter essa situação. Mas volto a dizer: mais importante do que isso é encararmos todos os jogos como se fossem uma final.
RECORD – O balneário sente que vencer a Taça UEFA é um sonho possível ou uma miragem?
SÁ PINTO – Acreditamos desde o princípio. Mesmo sabendo que é difícil, acreditamos que é possível. É um sonho, porque o Sporting nunca ganhou uma Taça UEFA mas, como tal, pelo passado do clube e pelo prestígio do País, tudo faremos para cumprir essa grande responsabilidade. Vai ser um momento histórico. Vai ficar marcado para toda a vida. Mas agora vamos pensar no Newcastle.
RECORD – Então e como vai ser o jogo de amanhã com o Newcastle?
SÁ PINTO – Nesta altura o Villarreal e o Newcastle eram as duas equipas mais difíceis. E o seu comportamento europeu diz tudo. Prevejo uma percentagem de 50 por cento para cada lado. Não podemos assumir o favoritismo quando vamos jogar em casa do Newcastle que, temos de reconhecer, é uma grande equipa. Vai decidir-se tudo num momento, na inspiração. Hoje em dia, só durante o próprio jogo se percebe o que poderá acontecer. Mas tenho confiança em nós. Vamos sair de lá com um resultado positivo. E vamos ultrapassar a eliminatória.
RECORD – O Hugo Viana está impedido de jogar. Isso é importante para a equipa?
SÁ PINTO – É sempre importante. Ele é um jogador como todos os outros, mas era bom para o treinador ter todos à sua disposição para escolher a melhor equipa. O Hugo Viana, logicamente, teria uma motivação extra, pelo menos no seu subconsciente, mas eles no passado recente tiveram uma experiência menos positiva com um jogador emprestado que os afastou de uma competição e por isso não quiseram cometer o mesmo erro. Ele não está disponível, mas ele e todos os outros tudo farão para que nada falte à equipa.
RECORD – O Sporting tem-se dado bem contra adversários ingleses e equipas com um futebol atlético. Esse sucesso deve-se a quê?
SÁ PINTO – Penso que estamos no caminho certo. O talento da equipa é um dado adquirido. E temos capacidade para praticar um futebol vistoso e de grande qualidade. Agora, esta determinação e este empenhamento que estamos a demonstrar, que são muito precisos em alta competição, fazem com que todos os sectores da equipa funcionem melhor. É por isso que estou confiante. Porque estamos com a determinação e a vontade de ser campeões. Se mantivermos esta linha, podemos chegar longe.
RECORD – O caso do “penalty” com Liedson está resolvido?
SÁ PINTO – Completamente.
RECORD – Mas houve grande celeuma. Tem boa relação com ele?
SÁ PINTO – Tenho excelente relação com ele, como tenho com todos os companheiros de equipa. A situação não teve o significado nem a importância que muitos lhe quiseram dar. Não houve qualquer atitude individualista pela minha parte. Fiquei muito triste quando vi o que se escreveu ao longo disso tudo. Há uma interpretação da minha parte, mas que fica só para mim. Se eu fosse verdadeiramente individualista, explicava a minha razão. Mas eu não confundo o meu papel com a importância do Sporting.
RECORD – Mas quer explicar?
SÁ PINTO – Não se passou nada de especial. A prova é, e toda a gente vê, que nós temos uma excelente relação. E ele felizmente está integrado, gosta de estar no clube, faz golos, é importante, está feliz e eu também. Estou a jogar, com saúde e contente com o meu rendimento. No último jogo falhei na finalização, mas estamos todos em sintonia no sentido do que uma equipa precisa para ter sucesso. Mas é um assunto que nem merece que estejamos aqui a falar dele.
RECORD – Porque teve muita repercussão?
SÁ PINTO – Sim, mas depois de tudo o que eu passei, depois de voltar a jogar ao mais alto nível, lembro-me de ter ido à sala de imprensa para dizer isso e ter visto muitos sorrisos sarcásticos e irónicos, como quem diz: “Este gajo está aqui a vender-nos uma história”. Mas eu sabia que podia voltar a fazê-lo. E isso para mim é que é importante. Pegarem-me por uma coisinha dessas e dizerem que não tenho capacidade para liderar, que sou um elemento desestabilizador, isso é de uma injustiça... Se eu realmente tivesse faltado ao respeito do meu colega ou do treinador, logicamente teria de ser punido e não fui.
RECORD – Sente-se então com força para renovar pelo Sporting?
SÁ PINTO – Sinto. Esse é um dado adquirido e é o meu maior desejo. Mas neste momento não é o mais importante. O que mais quero é encarar os 7 jogos que faltam da SuperLiga e fazer tudo para vencer a Taça UEFA. Não vou pressionar o clube com palavras para apressar a minha renovação. Não quero que a SAD se sinta pressionada. Quero que acreditem no meu valor e que eles também queiram que eu fique. Que sintam que ainda posso ajudar o clube a atingir os seus objectivos.
RECORD – Mas é um jogador já com longa história em Alvalade?
SÁ PINTO – Sim, é verdade, a minha vida de adulto está intimamente ligada ao Sporting. Foi aqui que nasceram as minhas filhas, foi aqui que me licenciei e doutorei como jogador de futebol. Mas volto a dizer: não quero que o clube se sinta pressionado. Acredito que estou num bom nível e inteiramente recuperado para voltar a dar tudo o que posso e sei ao Sporting. Mas tenho de sentir que acreditam em mim. Porque o Sporting já sabe que a minha lealdade ao clube será eterna. Sou sócio, sou um pequeno accionista e tenho um camarote no estádio. A minha história ficará ligada ao clube para sempre, independentemente do que se passe no final da época.
RECORD – E pensa que José Peseiro conta consigo para o ataque à próxima época?
SÁ PINTO – Essa é uma pergunta a que só ele pode responder na plenitude. Mas penso que sim, pela aposta que ele tem feito em mim na presente época e pela confiança que me tem dado. Mas não quero falar muito sobre isso, pois trata-se da opinião do treinador, que só ele poderá afirmar com certeza.
RECORD – Caso não renove, poderemos vê-lo, por exemplo, vestido com a camisola do velho rival?
SÁ PINTO – Nem pensar. Nunca. Com todo o respeito que me merece a instituição, um grande clube, sem dúvida, mas nunca vestiria a camisola do Benfica. Por dinheiro nenhum no Mundo. Tenho uma relação demasiado forte com o Sporting para poder fazer isso. E é preciso deixar isso claro, não existe nada nesse sentido. Nada mesmo. Mas eu nunca poderia tomar uma opção dessas. Gosto demasiado deste clube.
Curto e directo
Luís Duque – Um grande amigo, grande sportinguista, um presidente campeão e o grande responsável pelo meu regresso ao Sporting.
Ribeiro Teles – Também um grande amigo, igualmente campeão, que preferiu afastar-se mas que está sempre connosco. Apoia-nos muito, inclusivamente no estrangeiro. Grande sportinguista.
José Eduardo Bettencourt – Bom profissional. Uma pessoa que seria importante que fizesse parte da família sportinguista, mas noutro sector. A área em que está verdadeiramente vocacionado, a financeira. Tem grande qualidade e podia ser peça importante. Não como líder do futebol.
Carlos Freitas – Excelente profissional. Tem sido elemento de união do grupo. Atento a tudo o que anda à volta da equipa, pensa nas melhores condições para que só nos preocupemos em jogar. E amigo dos jogadores. Sempre comunicável e pronto a ajudar. Grande conhecedor do futebol nacional e internacional.
«Renovaria com eles»
RECORD – Jogadores como você, Rui Jorge e Pedro Barbosa terminam contrato. Qual poderá ser a sua mais-valia na próxima época?
SÁ PINTO – Não quero falar mais de mim. Quanto ao Rui e ao Pedro, não tenho dúvidas, renovava com eles.
R – Porquê?
SP – São grandes jogadores, com um papel importante não só pelo que fazem dentro do relvado mas também muito importantes no balneário. Isto, obviamente, se ambos quisessem renovar. Mas penso que já provaram, pelo rendimento esta época, que têm muito para dar e papel importante quando é preciso dar tudo.
«Final por cá é bonús especial»
RECORD – O facto de a final da Taça UEFA ser jogada em Alvalade dá motivação extra?
SÁ PINTO – É um facto que conhecemos desde o princípio e que, obviamente, não sai das nossas cabeças. Sendo cá ou noutro sítio, teríamos sempre a mesma atitude, mas sendo no nosso estádio é sempre especial. Mas não podemos pensar muito nisso. Temos de nos concentrar no que é realmente importante. O facto de podermos jogar em Alvalade é um bónus.
R – Mas há mais motivação...
SP – Sim, reconheço que pode existir. Desde o princípio que o treinador faz menção a isso e era extraordinário que pudéssemos oferecer essa prenda aos nossos adeptos. Vamos tentar lá chegar.
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
Isto é que é amor à camisola...RECORD – Caso não renove, poderemos vê-lo, por exemplo, vestido com a camisola do velho rival?
SÁ PINTO – Nem pensar. Nunca. Com todo o respeito que me merece a instituição, um grande clube, sem dúvida, mas nunca vestiria a camisola do Benfica. Por dinheiro nenhum no Mundo. Tenho uma relação demasiado forte com o Sporting para poder fazer isso. E é preciso deixar isso claro, não existe nada nesse sentido. Nada mesmo. Mas eu nunca poderia tomar uma opção dessas. Gosto demasiado deste clube.
-
Pedro
- Administrador
- Mensagens: 12067
- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
-
tofas
- Experiente
- Mensagens: 206
- Registado: sexta-feira, 21 janeiro 2005 12:19
-
Oka_Game
- Veterano
- Mensagens: 952
- Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04
Bolinha baixa
Se, com um futebol apoiado e geométrico, for capaz de confundir os artistas do Newcastle - que, na Europa, só cederam um empate... e frente aos "leões", na fase de grupos -, o Sporting - invencível fora de casa nesta campanha europeia - terá condições para, em St James' Park, desbravar meio caminho para as meias-finais da Taça UEFA
Custódio, que cometeu a proeza de ser o único jogador a marcar um golo ao Newcastle em toda a fase de grupos do novo formato da Taça UEFA, é menos uma fonte de preocupação - porque se encontra lesionado - para Graeme Souness, o treinador escocês que ainda não há muitos anos labutava em Lisboa, de fato de treino "à Benfica" vestido, e com o propósito assumido de devolver a "águia" a voos gloriosos no plano nacional e também no quadrante do futebol europeu.
No reencontro com o Sporting, equipa para a qual - e pode orgulhar-se disso quando olha para o seu currículo - Souness nunca perdeu um jogo oficial, o técnico, à margem das questões de disciplina interna decorrentes da pancadaria em que se envolveram, em plena competição - no último desafio perdido em casa para o Aston Villa (0-3) -, dois dos seus subordinados (Bowyer e Dyer), conta a seu favor, em termos históricos, com o facto de os "Magpies" somarem quase cem por cento de vitórias na presente campanha europeia.
E o "quase" referido na linha anterior justifica-se por uma razão simples... mas que adquire especial importância no enquadramento do primeiro passo dos quartos-de-final da prova: foi a equipa de José Peseiro que, no St James' Park, no encerramento do agrupamento D, forçou os "Geordies" a um empate a um golo.
E foi... Custódio que respondeu, de cabeça, a um golo do entretanto despachado - por incompatibilidade com Souness - Craig Bellamy, que, pela aurora do jogo, sorriu maliciosamente face a um brinde do trio de centrais utilizado inicialmente pelos "leões" nessa partida, a qual serviria para definir posições no plano do apuramento para a fase seguinte da competição - e para deixar Souness embeiçado por Fábio Rochemback.
Sporting invicto fora de casa...
Num jogo imprevisível como o desta noite no St James' Park, preocupante para Graeme Souness pode ser, entre outros considerados de índole mais técnica ou táctica, o facto de o Sporting, pela filosofia ofensiva de que está impregnado, permanecer invencível fora do seu ambiente neste percurso na Taça UEFA. Na pior fase da época, os lisboetas afastaram o Rapid de Viena, consolidando a superioridade num triunfo selado em Alvalade (2-0) e, duas semanas depois, num ardiloso esquema executado na capital austríaca para espantar qualquer sinal de aflição (0-0).
Esta faceta inequívoca - e atestada pela aritmética - de arrojo, eficácia, destreza e que, bem vistos os números, traduz um saldo amplamente positivo nas deslocações, é mais um factor de motivação para uma equipa que, mesmo não estando na sua máxima força - Custódio, por exemplo, foi operado a um joelho -, recebeu, sábado passado, um forte estímulo na sequência do robusto triunfo alcançado na casa de um dos candidatos velados ao título nacional (Boavista).
Jogando como o fez no Bessa, com a bolinha baixa, de pé para pé, variando o seu futebol com passes certeiros e tirados quase a régua e esquadro, e obrigando o antagonista a "reagir" mais depressa com os olhos do que com as pernas, o Sporting, ainda que frente a uma armada capitaneada por uma máquina de golos chamada Alan Shearer - e sempre perigosa no futebol directo -, ficará mais próximo de dar, com toda a certeza, um passo firme no sentido de se infiltrar nas meias-finais da Taça UEFA e de sonhar acordado com a final de 18 de Maio... em Alvalade.
Equipas prováveis
19h45 | RTP1
Estádio: St James Park [Newcastle, Inglaterra]
Árbitro: Yuri Baskakov [Rússia]
Assistentes: Vladimir Eniutin [Rússia] e Victor Lebedev [Rússia]
4º árbitro: Nikolay Ivanov [Rússia]
Newcastle
1 Shay Given GR
2 Stephen Carr LD
5 Andy O'Brien DC
27 Steven Taylor DC
18 Aaron Hughes LE
8 Kieron Dyer AD
7 Jermaine Jenas MO
15 Andy Faye MD
32 Laurent Robert AE
9 Alan Shearer AV
23 Shola Ameobi AV
-
12 Stephen Harper GR
3 Robbie Elliot LE
42 Peter Ramage DC
4 Nicky Butt MD
29 Lee Bowyer MO
17 Darren Ambrose MO
16 James Milner AD
Treinador: Graeme Souness
Sporting
76 Ricardo GR
37 Rogério LD
22 Beto DC
4 Polga DC
23 Rui Jorge LE
26 Rochemback MD
5 Carlos Martins MO
8 Pedro Barbosa MO
28 João Moutinho MO
31 Liedson AV
10 Sá Pinto AV
-
12 Tiago GR
14 Enakarhire DC
15 Miguel Garcia LD
18 Mário Sérgio LD
11 Tello MO
9 Niculae AV
99 Mota AV
Treinador: José Peseiro
Se, com um futebol apoiado e geométrico, for capaz de confundir os artistas do Newcastle - que, na Europa, só cederam um empate... e frente aos "leões", na fase de grupos -, o Sporting - invencível fora de casa nesta campanha europeia - terá condições para, em St James' Park, desbravar meio caminho para as meias-finais da Taça UEFA
Custódio, que cometeu a proeza de ser o único jogador a marcar um golo ao Newcastle em toda a fase de grupos do novo formato da Taça UEFA, é menos uma fonte de preocupação - porque se encontra lesionado - para Graeme Souness, o treinador escocês que ainda não há muitos anos labutava em Lisboa, de fato de treino "à Benfica" vestido, e com o propósito assumido de devolver a "águia" a voos gloriosos no plano nacional e também no quadrante do futebol europeu.
No reencontro com o Sporting, equipa para a qual - e pode orgulhar-se disso quando olha para o seu currículo - Souness nunca perdeu um jogo oficial, o técnico, à margem das questões de disciplina interna decorrentes da pancadaria em que se envolveram, em plena competição - no último desafio perdido em casa para o Aston Villa (0-3) -, dois dos seus subordinados (Bowyer e Dyer), conta a seu favor, em termos históricos, com o facto de os "Magpies" somarem quase cem por cento de vitórias na presente campanha europeia.
E o "quase" referido na linha anterior justifica-se por uma razão simples... mas que adquire especial importância no enquadramento do primeiro passo dos quartos-de-final da prova: foi a equipa de José Peseiro que, no St James' Park, no encerramento do agrupamento D, forçou os "Geordies" a um empate a um golo.
E foi... Custódio que respondeu, de cabeça, a um golo do entretanto despachado - por incompatibilidade com Souness - Craig Bellamy, que, pela aurora do jogo, sorriu maliciosamente face a um brinde do trio de centrais utilizado inicialmente pelos "leões" nessa partida, a qual serviria para definir posições no plano do apuramento para a fase seguinte da competição - e para deixar Souness embeiçado por Fábio Rochemback.
Sporting invicto fora de casa...
Num jogo imprevisível como o desta noite no St James' Park, preocupante para Graeme Souness pode ser, entre outros considerados de índole mais técnica ou táctica, o facto de o Sporting, pela filosofia ofensiva de que está impregnado, permanecer invencível fora do seu ambiente neste percurso na Taça UEFA. Na pior fase da época, os lisboetas afastaram o Rapid de Viena, consolidando a superioridade num triunfo selado em Alvalade (2-0) e, duas semanas depois, num ardiloso esquema executado na capital austríaca para espantar qualquer sinal de aflição (0-0).
Esta faceta inequívoca - e atestada pela aritmética - de arrojo, eficácia, destreza e que, bem vistos os números, traduz um saldo amplamente positivo nas deslocações, é mais um factor de motivação para uma equipa que, mesmo não estando na sua máxima força - Custódio, por exemplo, foi operado a um joelho -, recebeu, sábado passado, um forte estímulo na sequência do robusto triunfo alcançado na casa de um dos candidatos velados ao título nacional (Boavista).
Jogando como o fez no Bessa, com a bolinha baixa, de pé para pé, variando o seu futebol com passes certeiros e tirados quase a régua e esquadro, e obrigando o antagonista a "reagir" mais depressa com os olhos do que com as pernas, o Sporting, ainda que frente a uma armada capitaneada por uma máquina de golos chamada Alan Shearer - e sempre perigosa no futebol directo -, ficará mais próximo de dar, com toda a certeza, um passo firme no sentido de se infiltrar nas meias-finais da Taça UEFA e de sonhar acordado com a final de 18 de Maio... em Alvalade.
Equipas prováveis
19h45 | RTP1
Estádio: St James Park [Newcastle, Inglaterra]
Árbitro: Yuri Baskakov [Rússia]
Assistentes: Vladimir Eniutin [Rússia] e Victor Lebedev [Rússia]
4º árbitro: Nikolay Ivanov [Rússia]
Newcastle
1 Shay Given GR
2 Stephen Carr LD
5 Andy O'Brien DC
27 Steven Taylor DC
18 Aaron Hughes LE
8 Kieron Dyer AD
7 Jermaine Jenas MO
15 Andy Faye MD
32 Laurent Robert AE
9 Alan Shearer AV
23 Shola Ameobi AV
-
12 Stephen Harper GR
3 Robbie Elliot LE
42 Peter Ramage DC
4 Nicky Butt MD
29 Lee Bowyer MO
17 Darren Ambrose MO
16 James Milner AD
Treinador: Graeme Souness
Sporting
76 Ricardo GR
37 Rogério LD
22 Beto DC
4 Polga DC
23 Rui Jorge LE
26 Rochemback MD
5 Carlos Martins MO
8 Pedro Barbosa MO
28 João Moutinho MO
31 Liedson AV
10 Sá Pinto AV
-
12 Tiago GR
14 Enakarhire DC
15 Miguel Garcia LD
18 Mário Sérgio LD
11 Tello MO
9 Niculae AV
99 Mota AV
Treinador: José Peseiro
-
peace^^
- Veterano
- Mensagens: 660
- Registado: sexta-feira, 12 novembro 2004 0:23