Cabem 20 pessoas. E funciona porquê? Porque é um espaço pequeno e acolhedor. Tenta pôr isso no TAGV .. não funciona. O espaço é uma imagem de marca, passa uma mensagem e é se calhar é também em parte por isso que tem o sucesso que tem.
Entre 20 a 30 pessoas... se vires 10 estudantes... Se calhar é sempre o mesmo universo de 100-150 estudantes que vai. Que representa isso em 18,000 ou 20,000?
Eu continuo na minha, podiamos ter mais companhias a passar por Coimbra por 2, 3 dias... São espectáculos que esgotam às vezes, mas mais vale isso do que ter a sala meio vazia. Isso sim, é verdadeiramente triste.
Salas de "espetáculo" em Coimbra
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daniel322
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porque o TAGV é um teatro académico que dá prioridade a peças de grupos académicos/amadores.. é normal que não chame a atenção do público.mustiness Escreveu:Cabem 20 pessoas. E funciona porquê? Porque é um espaço pequeno e acolhedor. Tenta pôr isso no TAGV .. não funciona. O espaço é uma imagem de marca, passa uma mensagem e é se calhar é também em parte por isso que tem o sucesso que tem.
mas por exemplo em Braga e até em Aveiro tens um teatro municipal e nenhum deles está às moscas
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mustiness
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daniel322
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Pormenores..
retirei estes valores da publicação do INE "Anuário Estatístico da Região Centro - Ano de 2005"
Municipio de Coimbra
Recintos culturais - 4
Lotação - 1214 lugares
Sessões - 584
Espectadores - 101459
Bilhetes vendidos - 46089
Receitas - 339 milhoes euros
realmente é pouco.. dava cerca de 10 mil espectadores por mês, aproximadamente 10% da população da cidade
retirei estes valores da publicação do INE "Anuário Estatístico da Região Centro - Ano de 2005"
Municipio de Coimbra
Recintos culturais - 4
Lotação - 1214 lugares
Sessões - 584
Espectadores - 101459
Bilhetes vendidos - 46089
Receitas - 339 milhoes euros
realmente é pouco.. dava cerca de 10 mil espectadores por mês, aproximadamente 10% da população da cidade
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daniel322
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mustiness
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Lino
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Também há peças do meu gosto e outras não tanto, além do preço dos bilhetes.mustiness Escreveu:Oh Lino... tu achas que grandes teatros se aguentam com uma percentagem minima da população a ir "há poucos meses"? E tu ainda te dizes interessado, imagina os 70% que dizem logo à partida que não gostam e não vão!
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daniel322
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exacto. além de que duvido que venham de fora para vir ao teatro enquanto que naturalmente vêm de fora para vir aos museus..mustiness Escreveu:Isso é diferente. Muitos dos visitantes vêm e não pernoitam, logo não vão ao teatro porque vão dormir a outro lado. O nosso teatro não é mau. É bom.
só por curiosidade, Coimbra registou 336349 dormidas no ano de 2005..
O nosso teatro (edificio) não é mau, mas também está longe de ser bom..
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TrêsPês
- Regular

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Os espaços pequenos deverão sempre existir, têm a sua função, torna
o ambiente mais acolhedor e permite outro tipo de diálogos e interacção sobretudos nas peças teatrais, mas se queremos democratizar o acessos aos espectáculos não podemos continuar a ter uma sala de referência com capacidade limitada no número de espectadores para a nossa cidade e região. Infelizmente temos que viver às custas de um auditório que vendo bem as coisas pertence à universidade, o palco provoca, quer queiramos quer não limitações às companhias de dança, para não falar na acústica.
Já se falou neste forum do futuro da penitênciária, mas se calhar seria aí uma boa localização para um verdadeiro Coliseu Municipal com referência nacional. Se nós vamos às grandes cidades ver espectáculos únicos porque não podem vir o público dessas cidades até aqui ? Quando um simples festival de tunas (FESTUNA) em dia de jogo da selecção
coloca o TAGV nos limites demonstra bem o que a cidade pode oferecer ao país tal como ela própria consegue aderir a certos espectáculos.
Todas as semanas dirigem-se a esta cidade inúmeras pessoas que participam em congressos. Coimbra felizmente é uma cidade de eleição para este tipo de "turismo" que consegue cativar quase só pela cidade em si, mas será que consegue aproveitar essa vinda da melhor forma? Pergunto-me porque não transformar esta cidade estrategicamente implantada numa verdadeira capital nacional da cultura...
Sem ovos não há omoletes.
o ambiente mais acolhedor e permite outro tipo de diálogos e interacção sobretudos nas peças teatrais, mas se queremos democratizar o acessos aos espectáculos não podemos continuar a ter uma sala de referência com capacidade limitada no número de espectadores para a nossa cidade e região. Infelizmente temos que viver às custas de um auditório que vendo bem as coisas pertence à universidade, o palco provoca, quer queiramos quer não limitações às companhias de dança, para não falar na acústica.
Já se falou neste forum do futuro da penitênciária, mas se calhar seria aí uma boa localização para um verdadeiro Coliseu Municipal com referência nacional. Se nós vamos às grandes cidades ver espectáculos únicos porque não podem vir o público dessas cidades até aqui ? Quando um simples festival de tunas (FESTUNA) em dia de jogo da selecção
Todas as semanas dirigem-se a esta cidade inúmeras pessoas que participam em congressos. Coimbra felizmente é uma cidade de eleição para este tipo de "turismo" que consegue cativar quase só pela cidade em si, mas será que consegue aproveitar essa vinda da melhor forma? Pergunto-me porque não transformar esta cidade estrategicamente implantada numa verdadeira capital nacional da cultura...
Sem ovos não há omoletes.
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DaniFR
- Lendário

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- Registado: segunda-feira, 01 outubro 2007 21:41
Concordo a 100% contigo.
Vai publico da regiao centro a outras cidades ver espectaculos, pois Coimbra nao tem capacidade de os acolher, se existisse na cidade um local digno, as coisas invertiam-se e passava a vir publico a Coimbra ver grandes espectaculos, que fazem muita falta por estas bandas.
O local da penitenciaria é fantastico para fazer um coliseu, ou um centro de congresso ou ate quem sabe a casa municipal da cultura, que podesse acolher peças de teatro, concertos, conferencias, congressos, exposiçoes e muito mais.

Vai publico da regiao centro a outras cidades ver espectaculos, pois Coimbra nao tem capacidade de os acolher, se existisse na cidade um local digno, as coisas invertiam-se e passava a vir publico a Coimbra ver grandes espectaculos, que fazem muita falta por estas bandas.
O local da penitenciaria é fantastico para fazer um coliseu, ou um centro de congresso ou ate quem sabe a casa municipal da cultura, que podesse acolher peças de teatro, concertos, conferencias, congressos, exposiçoes e muito mais.
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Miguel_Silva
- Lendário

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dentro da cultura conimbricense e mais propriamente falando a nível de filarmónicas, que é naquilo que eu presentemente estou dentro do assunto a Câmara Municipal de Coimbra não merece todo o trabalho que se tem tido a bem da cultura da nossa cidade
quando Coimbra foi Capital Nacional da Cultura (penso que em 2004), a Filarmónica de Ceira durante os meses de Verão desse ano efectuou quase todos os sábados um concerto do Parque D. Manuel de Braga, ou seja segundo o contracto que foi assinado pela Filarmónica e pela Câmara Municipal de Coimbra esses concertos iriam ser pagos por um valor próximos dos 15.000 €
estamos em 2007 (quase em 2008) e a Câmara ainda só se lembrou de pagar 750€
quando Coimbra foi Capital Nacional da Cultura (penso que em 2004), a Filarmónica de Ceira durante os meses de Verão desse ano efectuou quase todos os sábados um concerto do Parque D. Manuel de Braga, ou seja segundo o contracto que foi assinado pela Filarmónica e pela Câmara Municipal de Coimbra esses concertos iriam ser pagos por um valor próximos dos 15.000 €
estamos em 2007 (quase em 2008) e a Câmara ainda só se lembrou de pagar 750€
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daniel322
- Lendário

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Diário de CoimbraCine-teatro Avenida pode ser transformado em sala de espectáculos com discoteca
Condóminos aprovaram por unanimidade alteração do uso da antiga sala de cinema do piso zero das Galerias Avenida
A sala 3 das Galerias Avenida – o antigo cine-teatro – deverá ser transformada numa sala de espectáculos, com venda de bebidas e pista de dança. A alteração do uso daquele espaço foi aprovado por unanimidade numa assembleia-geral extraordinária de condóminos, que decorreu no sábado, e onde marcaram presença cerca de 80% dos proprietários.
Ao que o Diário de Coimbra apurou, o espaço destina-se a todo o tipo de oferta cultural, desde teatro a cinema, passando pela revista, ópera ou bailado, complementado com a vertente comercial de animação, que funcionará também durante o dia. Numa ronda pelo centro comercial da Avenida Sá da Bandeira, o projecto – liderado por um médico de Coimbra, um deputado e um engenheiro - representa uma «esperança» para os comerciantes, no sentido de devolver «alguma vida» a um espaço que cada vez tem menos lojas abertas.
Nesta fase das negociações, os interessados agem com todas as cautelas e ninguém ainda “dá a cara” por esta mudança no cine-teatro, sabendo-se apenas que da parte da Câmara Municipal de Coimbra foi dado o aval para a concretização do projecto. Aliás, também para as outras duas salas de cinema, uma delas integrada na chamada primeira fase das Galerias Avenida no sétimo piso, existem propostas em estudo.
Entretanto, na fachada do edifício está colocada há largos meses uma faixa onde se indica a venda urgente das três salas de cinema, sendo a do cine-teatro a maior de todas, com 1.450 metros quadrados. No início de 2008, o administrador Fernando Alexandre confirmava ao Diário de Coimbra a intenção de vender estas três fracções, mostrando também disponibilidade para a transacção de todo o rés-do-chão, no entanto, não mostrava interesse em avançar com uma hipótese como a que agora surge em cima da mesa.
As Galerias Avenidas, compostas por dois prédios – um com entrada pela Avenida Sá da Bandeira e outro pela Rua Antero de Quental – começaram a ser construídas em 1990.
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Lino
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DaniFR
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ABRE SEXTA-FEIRA
Theatrix devolve o cine-teatro Avenida a Coimbra
Assistir a uma sessão de cinema no cine-teatro do centro comercial Avenida vai voltar a ser possível já a partir desta sexta-feira. A sala foi recuperada e baptizada com o nome Theatrix e por lá vão passar espectáculos de música, stand-up comedy, dança e circo. Joaquim Lourenço é o director artístico e apresentou ontem o projecto, que ele próprio definiu como «um risco assumido de recuperar uma sala mítica desta cidade, reconvertê-la e apresentar um projecto artístico, cultural e lúdico, inovador na cidade e no país».
Emídio Guerreiro, Luís Soares, Hélder Sousa e um quarto sócio que prefere manter o anonimato são os investidores do Theatrix e colocaram cerca de um milhão e meio de euros no projecto. Foram eles que decidiram recuperar o espaço e dotá-lo de capacidade técnica, logística, infra-estrutural e cénica. O objectivo é que qualquer tipo de espectáculo possa ali acontecer. «É uma aposta privada, sem fundos públicos», salientou Joaquim Lourenço, sublinhando que esta sala «será de todos e para todos». O director de programação acredita que, em «época de descrença e depressão colectiva, é preciso uma resposta ousada, ambiciosa e de optimismo». Por isso mesmo classifica este projecto como «serviço público», justificando que «em Coimbra é difícil fazer alguns espectáculos e o que propomos aqui é uma sala para todo e qualquer tipo de espectáculo».
Com capacidade para cerca de 900 pessoas, o Theatrix conta com um palco hidráulico, elevatório, com 12 metros e meio de largura e sete metros de profundidade. Trata-se de uma espécie de palco arena, que permite às pessoas verem um espectáculo à frente, atrás ou nas laterais, possibilitando assim diferentes perspectivas. É por esse palco que passarão os mais variados estilos musicais, desde o pop rock à música clássica e ao jazz. No que toca ao teatro, uma das grandes apostas será a stand-up comedy e, numa vertente diferente, o Theatrix receberá ainda espectáculos de dança clássica, contemporânea e jazz. Foi também ontem anunciada uma clara intenção da direcção artística em trazer a esta sala espectáculos de circo contemporâneo.
Possibilidades quase ilimitadas
«Inevitável» foi a palavra utilizada quando se falou nas sessões de cinema. O facto de este espaço se tratar de uma sala com vasta história cinematográfica, justifica que todas as quartas-feiras à tarde e à noite seja projectado um filme. Para já falamos da parceria com os Caminhos do Cinema Português, sendo que grande parte dos filmes do festival vão ser passados no Theatrix. É também naquele espaço que vão acontecer as after parties do evento, todos os dias, durante 10 dias, logo a seguir à sessão, com a presença de actores, realizadores e público em geral.
«As possibilidades são quase ilimitadas». É esta a convicção de Joaquim Lourenço, que afirma estarmos perante um espaço com um «conceito revolucionário», que se traduz num desafio para quem vai realizar os espectáculos e também para o público que os irá ver. «O espaço é arrojado também na concepção da sua programação», até porque terá grandes nomes da música, stand-up, teatro musical, danças, novas artes circenses e música electrónica. A sala não se fixa a um género e não fecha a porta a nenhuma forma artística. São, por isso, espectáculos «feitos à medida», quer em termos de produção, quer no que toca à concepção artística.
O Theatrix abre esta sexta-feira, às 22h00 com um espectáculo inédito (ver caixa) e promete uma programação diária com eventos variados. O espaço funciona todos os dias, das 18h00 às 6h00.
Nome nacionais e internacionais na programação do Theatrix
Eric Kupper ganhou dois Grammys. Gravou e produziu nomes como Madonna, David Bowie, Enrique Iglesias, Depeche Mode e Shakira. No dia 11 de Dezembro estará no Theatrix, onde passará alguns dos maiores sucessos que ele próprio produziu. Este é apenas um dos nomes internacionais, adiantado ao Diário de Coimbra, que pisará o palco do antigo cine-teatro Avenida.
O Theatrix abre esta sexta-feira, às 22h00, com um espectáculo inédito de música, dança e novo circo, que vai acontecer na rua e dentro da sala. Assim, os convidados para a inauguração vão ser recebidos na rua e depois encaminhados para dentro por acrobatas e bailarinos. Uma hora depois o palco do Theatrix recebe a estreia nacional do espectáculo “Timeless Music, Um Século de Canções”, com Wanda Stuart e os Artist Academy Dancers (finalistas do programa “Achas que Sabes Dançar”). A partir das 24h00 chegam os Belle Chase Hotel, que protagonizam uma after party informal, após o espectáculo que vão dar nessa noite no Teatro Académico Gil Vicente. O dj, locutor e animador Fernando Alvim é outro dos convidados da noite e irá comandar a cabine de som a partir das 2h00.
No sábado a programação de abertura do Theatrix continua em grande, com a passagem por Coimbra de um dos projectos de música electrónica mais referenciado mundialmente neste momento. O dj Black Coffee actua ao vivo com a mc Bucie, numa performance de música electrónica e de canto integrada na tournée mundial do artista.
No dia 15 terão início as after parties da festival Caminhos do Cinema Português e está ainda agendada para essa noite a actuação dos portugueses Pinto Ferreira, a banda pop-rock revelação de 2010, e responsável pelo êxito “Violinos no Telhado”.
Dentro da grelha de programação já preenchida, há a destacar, no dia 23 de Novembro, a presença dos conimbricenses a Jigsaw, que vão protagonizar uma experiência inédita. Ao vivo, e em directo, a banda vai executar a banda sonora do filme de António Ferreira “Respirar (Debaixo de Água)”. No dia seguinte será exibido o filme vencedor do festival Caminhos do Cinema Português e para o dia 26 de Novembro está agendada a presença de Naná Sousa Dias, saxofonista que traz um espectáculo pedagógico em que toca alguns sucessos do jazz e explica o contexto dos temas. Este é o evento que vai abrir o ciclo de espectáculos de jazz que o Theatrix terá todos os finais do mês.
No dia 27 de Novembro o palco é dos músicos dos Corvos Pedro Teixeira da Silva e Cláudio Nunes. Respectivamente no violino e no violoncelo, os artistas irão tocar músicas conhecidas com uma batida house. Para fechar o mês de Novembro, no dia 30, os “bons rapazes” da Antena 3, Álvaro Costa e Miguel Quintão, irão passar pelo Theatrix.
Diário de Coimbra
Theatrix devolve o cine-teatro Avenida a Coimbra
Assistir a uma sessão de cinema no cine-teatro do centro comercial Avenida vai voltar a ser possível já a partir desta sexta-feira. A sala foi recuperada e baptizada com o nome Theatrix e por lá vão passar espectáculos de música, stand-up comedy, dança e circo. Joaquim Lourenço é o director artístico e apresentou ontem o projecto, que ele próprio definiu como «um risco assumido de recuperar uma sala mítica desta cidade, reconvertê-la e apresentar um projecto artístico, cultural e lúdico, inovador na cidade e no país».
Emídio Guerreiro, Luís Soares, Hélder Sousa e um quarto sócio que prefere manter o anonimato são os investidores do Theatrix e colocaram cerca de um milhão e meio de euros no projecto. Foram eles que decidiram recuperar o espaço e dotá-lo de capacidade técnica, logística, infra-estrutural e cénica. O objectivo é que qualquer tipo de espectáculo possa ali acontecer. «É uma aposta privada, sem fundos públicos», salientou Joaquim Lourenço, sublinhando que esta sala «será de todos e para todos». O director de programação acredita que, em «época de descrença e depressão colectiva, é preciso uma resposta ousada, ambiciosa e de optimismo». Por isso mesmo classifica este projecto como «serviço público», justificando que «em Coimbra é difícil fazer alguns espectáculos e o que propomos aqui é uma sala para todo e qualquer tipo de espectáculo».
Com capacidade para cerca de 900 pessoas, o Theatrix conta com um palco hidráulico, elevatório, com 12 metros e meio de largura e sete metros de profundidade. Trata-se de uma espécie de palco arena, que permite às pessoas verem um espectáculo à frente, atrás ou nas laterais, possibilitando assim diferentes perspectivas. É por esse palco que passarão os mais variados estilos musicais, desde o pop rock à música clássica e ao jazz. No que toca ao teatro, uma das grandes apostas será a stand-up comedy e, numa vertente diferente, o Theatrix receberá ainda espectáculos de dança clássica, contemporânea e jazz. Foi também ontem anunciada uma clara intenção da direcção artística em trazer a esta sala espectáculos de circo contemporâneo.
Possibilidades quase ilimitadas
«Inevitável» foi a palavra utilizada quando se falou nas sessões de cinema. O facto de este espaço se tratar de uma sala com vasta história cinematográfica, justifica que todas as quartas-feiras à tarde e à noite seja projectado um filme. Para já falamos da parceria com os Caminhos do Cinema Português, sendo que grande parte dos filmes do festival vão ser passados no Theatrix. É também naquele espaço que vão acontecer as after parties do evento, todos os dias, durante 10 dias, logo a seguir à sessão, com a presença de actores, realizadores e público em geral.
«As possibilidades são quase ilimitadas». É esta a convicção de Joaquim Lourenço, que afirma estarmos perante um espaço com um «conceito revolucionário», que se traduz num desafio para quem vai realizar os espectáculos e também para o público que os irá ver. «O espaço é arrojado também na concepção da sua programação», até porque terá grandes nomes da música, stand-up, teatro musical, danças, novas artes circenses e música electrónica. A sala não se fixa a um género e não fecha a porta a nenhuma forma artística. São, por isso, espectáculos «feitos à medida», quer em termos de produção, quer no que toca à concepção artística.
O Theatrix abre esta sexta-feira, às 22h00 com um espectáculo inédito (ver caixa) e promete uma programação diária com eventos variados. O espaço funciona todos os dias, das 18h00 às 6h00.
Nome nacionais e internacionais na programação do Theatrix
Eric Kupper ganhou dois Grammys. Gravou e produziu nomes como Madonna, David Bowie, Enrique Iglesias, Depeche Mode e Shakira. No dia 11 de Dezembro estará no Theatrix, onde passará alguns dos maiores sucessos que ele próprio produziu. Este é apenas um dos nomes internacionais, adiantado ao Diário de Coimbra, que pisará o palco do antigo cine-teatro Avenida.
O Theatrix abre esta sexta-feira, às 22h00, com um espectáculo inédito de música, dança e novo circo, que vai acontecer na rua e dentro da sala. Assim, os convidados para a inauguração vão ser recebidos na rua e depois encaminhados para dentro por acrobatas e bailarinos. Uma hora depois o palco do Theatrix recebe a estreia nacional do espectáculo “Timeless Music, Um Século de Canções”, com Wanda Stuart e os Artist Academy Dancers (finalistas do programa “Achas que Sabes Dançar”). A partir das 24h00 chegam os Belle Chase Hotel, que protagonizam uma after party informal, após o espectáculo que vão dar nessa noite no Teatro Académico Gil Vicente. O dj, locutor e animador Fernando Alvim é outro dos convidados da noite e irá comandar a cabine de som a partir das 2h00.
No sábado a programação de abertura do Theatrix continua em grande, com a passagem por Coimbra de um dos projectos de música electrónica mais referenciado mundialmente neste momento. O dj Black Coffee actua ao vivo com a mc Bucie, numa performance de música electrónica e de canto integrada na tournée mundial do artista.
No dia 15 terão início as after parties da festival Caminhos do Cinema Português e está ainda agendada para essa noite a actuação dos portugueses Pinto Ferreira, a banda pop-rock revelação de 2010, e responsável pelo êxito “Violinos no Telhado”.
Dentro da grelha de programação já preenchida, há a destacar, no dia 23 de Novembro, a presença dos conimbricenses a Jigsaw, que vão protagonizar uma experiência inédita. Ao vivo, e em directo, a banda vai executar a banda sonora do filme de António Ferreira “Respirar (Debaixo de Água)”. No dia seguinte será exibido o filme vencedor do festival Caminhos do Cinema Português e para o dia 26 de Novembro está agendada a presença de Naná Sousa Dias, saxofonista que traz um espectáculo pedagógico em que toca alguns sucessos do jazz e explica o contexto dos temas. Este é o evento que vai abrir o ciclo de espectáculos de jazz que o Theatrix terá todos os finais do mês.
No dia 27 de Novembro o palco é dos músicos dos Corvos Pedro Teixeira da Silva e Cláudio Nunes. Respectivamente no violino e no violoncelo, os artistas irão tocar músicas conhecidas com uma batida house. Para fechar o mês de Novembro, no dia 30, os “bons rapazes” da Antena 3, Álvaro Costa e Miguel Quintão, irão passar pelo Theatrix.
Diário de Coimbra
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