Governo contra Coimbra?

[daniel322]

São realmente muitos serviços que estão a passar para Aveiro.. não sei se o facto de termos governo PSD influencia assim tanto (digo isto sendo eu do PS) até porque o desleixo económico em Coimbra já se vem a notar há mais de 10 anos.. mas não entendo este desinteresse na cidade

Apenas economia passou para Aveiro.. São é muitos serviços a sair de Coimbra. O que é algo estranho o facto de existir tanta dispersão de serviços num governo essencialmente centralizador.. E governo PS.. PSD é a câmara de Coimbra
Isso pode explicar algo mas não tudo..

O facto do ministro da economia ser de aveiro tb deve explicar a mudança deste equipamento..

más linguas dizem que o sócrates não gosta de coimbra (nem admite o facto de ter estudado em coimbra), talvez isso tb tenha algo a ver..

sinceramente gostava de ver uma explicação racional por parte do governo para tais medidas

[carlacs]

Sim, quando disse "termos governo PSD" queria dizer poder PSD cá em Coimbra.. (tenho noção que o Sócrates é PS )

[Hal9000]

más linguas dizem que o sócrates não gosta de coimbra (nem admite o facto de ter estudado em coimbra), talvez isso tb tenha algo a ver..

Más línguas? Mas há alguma dúvida? eu acho que o gajo por cá não teve quem lhe alargasse aquele buraco que está directamente ligado ao cérebro dele

[daniel322]

hoje vem uma reportagem muito interessante no diário de coimbra sobre este tema

[loirituh]

ya...

[Lino]

Sim, quando disse "termos governo PSD" queria dizer poder PSD cá em Coimbra.. (tenho noção que o Sócrates é PS )

Ele é do PS, mas de esquerda é pouco, porque as medidas economicistas são de direita... é tudo a mesma coisa...
PS é de esquerda só em teoria, porque na prática PS e PSD é a mesma coisa: só fazem o país ir para o buraco.
Sou apartidário.

[daniel322]

agora são os huc? também querem levar os doentes para aveiro?...

HUC - Número de camas para metade, redução de pessoal e encerramento de serviços... Estas podem ser as consequências do processo de empresarialização dos Hospitais da UC.

“Fala-se da redução do número de camas e de pessoal e eventual amputação de serviços. É aquilo que se diz e estamos preocupados que tal facto venha a ser realidade”. O assunto – há muito sussurrado nos corredores dos Hospitais da Universidade de Coimbra e um pouco por toda a cidade – foi ontem levado à Assembleia Municipal de Coimbra pelo deputado do CDS/PP Serpa Oliva.

O Conselho de Administração – recorde-se – está a trabalhar no processo que irá levar à mudança do estatuto jurídico da unidade hospitalar para entidade pública empresarial (EPE), em Janeiro de 2008. Porém, ainda ninguém sabe quais vão ser as consequências da passagem do hospital universitário a EPE.
Aos jornalistas, Serpa Oliva disse estar "apreensivo", quer quanto ao número de doentes que vai poder acolher, no seu serviço, quer quanto ao futuro dos utentes, caso venha a concretizar-se a eventual "amputação" de sectores do serviço.
"Com a passagem a EPE, em Janeiro, os HUC vão ter que ser geridos de outra forma. Há serviços de excelência nos HUC, que são únicos no país, e que podem vir ser amputados num sentido mais economicista", adiantou. "É esta a ideia que eu transmito à assembleia [municipal]: que, junto do deputado Reis Marques, se esclareça esta situação".
O DIÁRIO AS BEIRAS sabe que, já há alguns meses, se fala na redução das actuais 1.500 camas para um número inferior, da ordem das 800 – ou mesmo 500.
Fala-se, igualmente, no eventual encerramento do Bloco de Celas – cujo espaço poderá vir a acolher uma unidade de cuidados continuados privada ou, mesmo, um empreendimento habitacional.

Entretanto, na próxima semana, Serpa Oliva vai apresentar um projecto para a Unidade de Patologia Séptica Osteoarticular do Serviço de Ortopedia C dos HUC, única do país e que está a celebrar 20 anos de existência.

[Corsario-Negro]

Não me surpreende... cheira-me a trabalhinho do Ministro da Saúde, especialmente com aquilo da unidade de cuidados continuados privada.

Se fosse pelo Ministro já tínhamos todos os hospitais, centros de saúde e afins privatizados... veja-se que em alguns locais onde fecharam unidades surgiram entidades privadas a prestar os serviços que desapareceram.

[Lino]

Qualquer dia Coimbra é só para morar... aqueles cromos vivem em Lisboa e não conhecem a nossa realidade. Infelizmente quem governa não conhece a realidade.
Ainda onte tive que ir ajudar a levar uma vizinha às urgências. Será que qualquer dia tenho que a levar para Aveiro?

Empresarialização dos HUC? Ou seja, é o fim do SNS pelo qual se lutou estes anos todos e que vigora na Carta de Direitos Humanos da ONU e vai-se passar a pagar por cada agulha e frasco de álcool gastos com o tratamento? E quem não tem dinheiro, ou seguro de saúde?
O nosso país é para ricos.

[usaralho]

Qualquer dia Coimbra é só para morar... aqueles cromos vivem em Lisboa e não conhecem a nossa realidade. Infelizmente quem governa não conhece a realidade.
Ainda onte tive que ir ajudar a levar uma vizinha às urgências. Será que qualquer dia tenho que a levar para Aveiro?

Empresarialização dos HUC? Ou seja, é o fim do SNS pelo qual se lutou estes anos todos e que vigora na Carta de Direitos Humanos da ONU e vai-se passar a pagar por cada agulha e frasco de álcool gastos com o tratamento? E quem não tem dinheiro, ou seguro de saúde?
O nosso país é para ricos.

Isso já aconteçe, chamar-lhe SNS é tapar o sol com uma peneira. Se tiveres um problema que não seja visivelmente urgente, podes demorar meses a chegar ao médico especifico e assujeitas-te a uma consulta rápida e má educação por parte deste. E não estou a falar por falar. Para isso vai-se logo a uma consulta privada e fica o caso arrumado. Qual a diferença mesmo?

[Lino]

Pois, e paga-se um balúrdio para ir às urgências... há tempos no Centro de Saúde paguei entre 5 e 10€ por me estancarem uma hemorragia do nariz...

[Pedro]

Hmmm... isso é estranho. Eu paguei pouco mais de €2 quando foi da contractura... e ainda levei duas injecções. Estancar a hemorragia não se resume a usar algodão até parar?

[Lino]

Já não sei quanto foi, mas não foi tão pouco. Posso estar a exagerar, mas achei demasiado para me meterem numa marquesa deitado com uma esponja a estancar-me o sangue e depois receitarem-me exames ao sangue.

[daniel322]

um pouco de humor, que sempre faz menos mal ao coração:

O Barbeiro de Coimbra, uma opereta em dois actos



Desta vez Figaro chama-se Sócrates e em vez de ajudar o Conde de Almaviva a conquistar Rosina Coimbra, nesta adaptação, vai tentar fazer-lhes a folha!

Sócrates Figaro tinha vivido dois ou três anos com Rosina Coimbra, mas esta nunca lhe tinha dado a merecida importância.
Levado pela ambição e ciume rumou para junto do poder.
Na corte, Sócrates tirou um curso e chegou a comandante supremo dos destinos do país.
Apesar de não ver Rosina Coimbra há muito tempo, Sócrates Figaro achava que estava na altura de se vingar. E enviou-lhe o lixo para ser incinerado, e retirou-lhe as joias. E até os amigos de Sócrates Figaro se mostraram indignados perante tamanha canalhice.

A não perder... Conseguirá Rosina Coimbra resistir a Sócrates Figaro?

piolho da solum

[daniel322]

e é interessante ver que este tema já provoca tb reacções noutras zonas do país:

Um pouco mais de coerência, sff.
Como se mostra aqui, o Governo anda a dispersar as direcções regionais da Administração do Estado por várias cidades a nível de cada uma das cinco regiões-plano (NUTS II), serviços que até agora estavam, em geral, concentrados na sede das regiões, ou seja, respectivamente no Porto, em Coimbra, em Lisboa, em Évora e em Faro.
A política de repartição dos serviços da Administração desconcentrada pode reclamar-se de alguma virtude, distribuindo recursos pelas várias cidades regionais ("dividir o bem pelas aldeias"), o que pode remover um obstáculo à futura regionalização, embora afecte a coordenação transversal dos diversos serviços, bem como o uso comum de meios.
Todavia, essa política devia ser consistente, o que não é, pois não se aplica aos próprios serviços da Administração central do Estado, quase todos sediados em Lisboa. Se as direcções regionais dos vários ministérios têm de ser territorialmente repartidas dentro de cada região, por que é que os próprios ministérios e institutos públicos nacionais não são distribuídos por todo o território nacional?

Publicado por Vital Moreira
http://norteamos.blogspot.com/