Pedro se te estás a referir ao exemplo que te dei estás redondamente enganado... Em primeiro não há humilhação, pois muitos tentam dar a volta à questão e lá tentam, tentam mas não conseguem, nos damos pistas e colocamos vários caloiros para tentarem solucionar a questão, logo integram-se e divertem-se... E há 3 anos que a faço e nunca houve niguém que se recusasse a fazê-la... Ao contrário de outras que nem vou aqui comentar...
Não to a ver porque falas-te em humilhação por amor de... Ao divertirem-se os caloiros, ao conhecerem novas pessoas - caloiros e dótorx - não to a ver mesmo o que isso tem de humilhação... Penso que será mais Integração...
É a tua opinião, respeito-a, mas não concordo!
Praxe criativa
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Pedro
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- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
O facto de não recusarem não é indicativo de nada. Como já deu para ver por algumas respostas neste tópico, muitas vezes os caloiros ainda são pior tratados se recusarem uma praxe que não gostam. Logo, é normal que não recusem.
Quanto a praxes, eu não entendo que integração poderá ser feita com um grupo de pessoal trajado a gozar com um caloiro por estar a apanhar um pau da maneira errada. Isso é puramente gozar com o caloiro, fazê-lo passar por uma figura triste enquanto o resto do pessoal se ri. Não vejo que vantagens integracionais tem isso, coloco-a ao mesmo nível daquelas de medir a distância em palitos (que também só servem para divertir quem está a praxar).
Quanto a praxes, eu não entendo que integração poderá ser feita com um grupo de pessoal trajado a gozar com um caloiro por estar a apanhar um pau da maneira errada. Isso é puramente gozar com o caloiro, fazê-lo passar por uma figura triste enquanto o resto do pessoal se ri. Não vejo que vantagens integracionais tem isso, coloco-a ao mesmo nível daquelas de medir a distância em palitos (que também só servem para divertir quem está a praxar).
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carlacs
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- Registado: sexta-feira, 30 setembro 2005 11:32
Obturador para ser honesta o exemplo que deste também não parece ser do melhor cariz.. Já vi caloiras fazerem coisas (do género da que disseste) que se tivesse sido eu ia-me sentir bastante denegrida, mas é a tal coisa, a pessoa quando está a ser praxada pensa «Se me recusar fico anti-praxe e depois não posso trajar, ir na latada, cortejo...» E aguentam.
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{mineirinha}
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- Registado: segunda-feira, 03 janeiro 2005 20:33
Não achei que a minha ideia fosse para humilhar... Uma das minhas ideias, foi sugerida inclusive por um caloiro.
E aonde eu ia humilhar caloiros ao pedir que cumprimentem os "doutores"?
A ideia de chupar um limão sem fazer careta de todo humilha,pois eu ja fiz isso em brincadeira e achei giro.
Eu mesma já disse que sou contra abusos e não os faço.
Não entendo aonde no meu post havia algum tipo de humilhação.
Até porque pensei neles a divertirem-se com eles mesmos do que eu a rir...
E aonde eu ia humilhar caloiros ao pedir que cumprimentem os "doutores"?
A ideia de chupar um limão sem fazer careta de todo humilha,pois eu ja fiz isso em brincadeira e achei giro.
Eu mesma já disse que sou contra abusos e não os faço.
Não entendo aonde no meu post havia algum tipo de humilhação.
Até porque pensei neles a divertirem-se com eles mesmos do que eu a rir...
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Corsario-Negro
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- Registado: domingo, 24 julho 2005 13:40
Eu acho que quando há respeito, a integração feita pode ser uma boa experiência de humildade e benéfica para todos. Apesar de estarmos na Universidade não devemos deixar de ser humildes e muitas das brincadeiras obrigam-nos a isso, assim como a fazer coisas que possamos à partida não gostar, apesar de inócuas, no entanto vejo isso como um treino para o resto da vida, onde vamos ser obrigados a fazer coisas que não queremos/gostamos.
Por outro lado só nos poderemos rir dos outros se soubermos rir de nós próprios.
A integração (vulgarmente designada por praxe) é um teatro e é assim que tem que ser encarada, por muito que alguns berrem é mais que provável que no outro dia nos estejam a pagar uma bebida ou a ajudar-nos com alguma dificuldade que tenhamos. Acho que também é isto que tem que ser transmitido aos caloiros para que estes não interpretem mal a forma como, teatralmente, são tratados (óbvio que aqui não incluo abusos mais que reprováveis e outros que coloquem em risco a integridade física da pessoa).
Por outro lado só nos poderemos rir dos outros se soubermos rir de nós próprios.
A integração (vulgarmente designada por praxe) é um teatro e é assim que tem que ser encarada, por muito que alguns berrem é mais que provável que no outro dia nos estejam a pagar uma bebida ou a ajudar-nos com alguma dificuldade que tenhamos. Acho que também é isto que tem que ser transmitido aos caloiros para que estes não interpretem mal a forma como, teatralmente, são tratados (óbvio que aqui não incluo abusos mais que reprováveis e outros que coloquem em risco a integridade física da pessoa).
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Obturador
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- Registado: terça-feira, 11 setembro 2007 0:05
loool... Ouçam...Antes de poder exercer a praxe, fui submetido a ela... Posso dizer que a experiência foi gratificante... Permitiu conhecer muitas pessoas e integrar-me num ambiente novo para nós - caloiros..
No meu primeiro ano fui submetido a esta praxe... Ainda me lembro de tar com alguns caloiros a tentar levantar o ramo, a tentar resolver a marosca dos que nos praxavam... Posso refererir que foi uma praxe que me permitiu conhecer caloiros, agora colegas, conhecer quem praxava e permitiu divertir-me, ri-me, foram momentos únicos para mim... Nesta praxe posso dizer que nós que eramos praxados riamo-nos de certeza muito mais do que quem nos praxava porque nos divertiamos... Porque eu jamais deixaria ser rebaixado ou achincalhado por alguém... olha quem...
Posto isto, se me diverti durante esta praxe, serviu para me integrar e ao mesmo tempo divertir-me achei por bem colocar aqui a sugestão...
Porque vocês só podem tar a recriar uma imagem mental diabólica da praxe... POR AMOR DA SANTA... Pelo que voces dizem tao ali os caloiros coitadinhos a chorarem e quem praxa a rirem-se que nem uns Belzebús...
Pedro eu não referi a palavra GOZAr... Tu é que a mencionas-te... Se consideras diversão, alegria e no fundo momentos de integração entre um novo grupo que chega a uma comunidade... Tenho pena!
To a lembrar-me por exemplo de praxes como cantar - imitar a música da olá, ou dos patinhos - nós rimo-nos e eles riem-se, isso é GOZAR?! é HUMILHAR?! Ainda gostava de saber quem é que não se ri durante a praxe... Até os pais se riem... e penso que um pai não ia rir-se do filho a ser GOZADO ou HUMILHADO como vocês referiram...
Mas fico desde já aberto às sugestões e inspirações de praxes, visto a que eu sugeri fere os mais....Humanistas!
No meu primeiro ano fui submetido a esta praxe... Ainda me lembro de tar com alguns caloiros a tentar levantar o ramo, a tentar resolver a marosca dos que nos praxavam... Posso refererir que foi uma praxe que me permitiu conhecer caloiros, agora colegas, conhecer quem praxava e permitiu divertir-me, ri-me, foram momentos únicos para mim... Nesta praxe posso dizer que nós que eramos praxados riamo-nos de certeza muito mais do que quem nos praxava porque nos divertiamos... Porque eu jamais deixaria ser rebaixado ou achincalhado por alguém... olha quem...
Posto isto, se me diverti durante esta praxe, serviu para me integrar e ao mesmo tempo divertir-me achei por bem colocar aqui a sugestão...
Porque vocês só podem tar a recriar uma imagem mental diabólica da praxe... POR AMOR DA SANTA... Pelo que voces dizem tao ali os caloiros coitadinhos a chorarem e quem praxa a rirem-se que nem uns Belzebús...
Pedro eu não referi a palavra GOZAr... Tu é que a mencionas-te... Se consideras diversão, alegria e no fundo momentos de integração entre um novo grupo que chega a uma comunidade... Tenho pena!
To a lembrar-me por exemplo de praxes como cantar - imitar a música da olá, ou dos patinhos - nós rimo-nos e eles riem-se, isso é GOZAR?! é HUMILHAR?! Ainda gostava de saber quem é que não se ri durante a praxe... Até os pais se riem... e penso que um pai não ia rir-se do filho a ser GOZADO ou HUMILHADO como vocês referiram...
Mas fico desde já aberto às sugestões e inspirações de praxes, visto a que eu sugeri fere os mais....Humanistas!
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Pedro
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- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
Não... está quem praxa a gozar com os caloiros. "Oh, o pau é que se chama cucu e tu estás a apanhá-lo de forma errada"... wow, que piada brutal! Que integração magnífica!Obturador Escreveu:Porque vocês só podem tar a recriar uma imagem mental diabólica da praxe... POR AMOR DA SANTA... Pelo que voces dizem tao ali os caloiros coitadinhos a chorarem e quem praxa a rirem-se que nem uns Belzebús...
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Obturador
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Ainda admito que tenhas uma opinião diferente de quem praxa... Agora não permito que lá por teres uma opinião divergente e em vez de realizeres criticas construtivas... Estejas ai a mandar postas sobre o que tem piada e o que não tem piada e mais grave... a GOZAR...
«"Oh, o pau é que se chama cucu e tu estás a apanhá-lo de forma errada"... wow, que piada brutal! Que integração magnífica!» --> Isto és tu que dizes nao fui eu... e sinceramente acho que tiveste mal... Ainda se desses sugestões, sobre praxes Brutais que permitam uma integração magnifica... Tudo bem... Eu vim aqui na melhor das intenções dar uma sugestão, não concordas... bem tudo ok, azar... Tentei na melhor das intenções sugerir uma possível praxe, não querem, não concordam não a executem, tudo bem...
E pensa bem...No fundo estas a cometer um paradoxo... Em primeiro dizes que aquilo é gozar e tal isso é totalmente incorrecto... e depois respondes com postas a gozar...Hilariante no mínimo não?!
Mas o assunto para mim morre aqui, e deixo o desafio, deixa aqui a tua experiência e congratula-nos com as tuas praxes dignas...[/quote]
«"Oh, o pau é que se chama cucu e tu estás a apanhá-lo de forma errada"... wow, que piada brutal! Que integração magnífica!» --> Isto és tu que dizes nao fui eu... e sinceramente acho que tiveste mal... Ainda se desses sugestões, sobre praxes Brutais que permitam uma integração magnifica... Tudo bem... Eu vim aqui na melhor das intenções dar uma sugestão, não concordas... bem tudo ok, azar... Tentei na melhor das intenções sugerir uma possível praxe, não querem, não concordam não a executem, tudo bem...
E pensa bem...No fundo estas a cometer um paradoxo... Em primeiro dizes que aquilo é gozar e tal isso é totalmente incorrecto... e depois respondes com postas a gozar...Hilariante no mínimo não?!
Mas o assunto para mim morre aqui, e deixo o desafio, deixa aqui a tua experiência e congratula-nos com as tuas praxes dignas...[/quote]
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Pedro
- Administrador

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- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
Eu dei a minha opinião sobre a praxe que sugeriste. Tu respondeste com um post começado por "loool" e exageraste o meu comentário com a "boca" dos caloiros a chorar e os outros a rir "como belzebu" (o que geralmente é indicador que não vale a pena continuar a responder, mas dei o benefício da dúvida). Eu simplesmente respondi a isso dando novamente a minha opinião sobre a referida praxe. Se entendeste como gozar, o problema é teu, não é meu (se ficas todo irritado com isto, imagina como ficam os caloiros ao passarem por essa praxe). Tu é que sugeriste uma praxe e, ao fazê-lo, colocaste-a ao dispor de críticas. Eu acho essa praxe má e disse-o sem problemas (e não fui o único).Obturador Escreveu:Ainda admito que tenhas uma opinião diferente de quem praxa... Agora não permito que lá por teres uma opinião divergente e em vez de realizeres criticas construtivas... Estejas ai a mandar postas sobre o que tem piada e o que não tem piada e mais grave... a GOZAR...
P.S. - não tenho uma opinião diferente de quem praxa, até porque a praxe pode ser bem feita e servir para ajudar os caloiros. Apenas acho que esse não é o caso da praxe que propuseste. Tal como disse, em termos de valor coloco-a ao nível da praxe de andar a medir distâncias em palitos.
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Obturador
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Pedro pá eu nao fiquei chateado - pronto fiquei um pokito, lol - agora custa é aceitar que alguém venha dizer que estou a humilhar os caloiros se nunca a fez ou foi submetido a esse tipo de praxe, não sabe os sentimentos que cada um que a realiza experimenta... Não gosto de comentar sobre aquilo que nnnc presenciei, vivenciei ou não tenho conhecimento...E esta penso que é de todo divergente da praxe dos palitos...N to bem a ver a relação...
Eu já fui submetido à do pau, achei porreiro e por isso ainda hj a faço, assim como os meus colegas!
E volto a repetir pela...terceira vez pra aí... Os caloiros não ficam chateados com a praxe - eu próprio a experienciei e achei engraçado...Bolas não entra pois n?!... ficam sim chateados, como eu também não gostava com as praxes do tipo "tá de 4" e por isso não exerço esse tipo de praxe...
O que mais posso fazer é convidar-te a presenciar esta praxe
Eu já fui submetido à do pau, achei porreiro e por isso ainda hj a faço, assim como os meus colegas!
E volto a repetir pela...terceira vez pra aí... Os caloiros não ficam chateados com a praxe - eu próprio a experienciei e achei engraçado...Bolas não entra pois n?!... ficam sim chateados, como eu também não gostava com as praxes do tipo "tá de 4" e por isso não exerço esse tipo de praxe...
O que mais posso fazer é convidar-te a presenciar esta praxe
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duffy
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*Di
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Lipa89
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praxe-integraçao
Entrei na segunda fase e ja nao apanhei muito da praxe, mas algumas coisas foram engraçadas porque as fizemos em grupo e as doutoras foram simpaticas, nao nos trataram mal. As vezes mandavam-nos fazer coisas para elas, que eu nao me importo se nao tiver mais nada para fazer, e deram-nos desafios e assim, mas outras coisas como obrigar a comer sem um talher ou deitarem-nos ovos e farinha para cima acho mau, pelo menos a quem nao estiver disposto a isso. As pessoas tambem têm vida própria e essas coisas podem prejudica-las. nao digam para lhes falarmos nessas coisas, porque isso é confiar no bom senso das doutoras o que nem sempre dá bom resultado. A praxe nao devia ser como é, ha coisas que os caloiros nao concordam e sao obrigados a fazer. tal como aos nossos pais lhes dizemos que estao errados tambem deviamos poder dizer aos doutores que estao errados. os doutores deviam integrar os caloiros e nao humilha-los. isso nao é benéfico para ninguem, e só quem tem problemas consigo proprio é que precisa de se sentir melhor perante outra pessoa.
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A praxe. Eis algo que gera aqui uma grande discussão – pelo que vejo. Tal como disseram alguns, a praxe não pode ser explicada, mas sim vivida.
Contudo, um dia destes, por curiosidade e sobretudo porque não percebia o sentido da praxe, pesquisei um pouco sobre o assunto e eis que me deparo com uma explicação: a praxe serve, acima de tudo, para confrontar os novos alunos com situações imprevisíveis e que lhes permitam pensar e arranjar soluções originais, cujo objectivo é melhor prepará-los para um futuro profissional e, inevitavelmente, pessoal também; alem disso serve – como aqui foi dito – para integrar os novos alunos no ambiente académico e também ajudar à socialização entre toda a comunidade académica. Quando li isto disse cá para mim: “Hey! Quem diria!”. O que quero com isto dizer é que, pelo que pude assistir, infelizmente, as praxes estão a ser utilizadas para tudo menos para isso – e não quero com isto generalizar. É certo que nunca vivi nenhuma praxe, mas penso que posso divagar um pouco sobre o objectivo de determinadas práticas (muitas vezes mal intituladas de praxes) que apenas visam humilhar os novos alunos. Também pude constatar que muitos têm a ideia de que os que vêm do 12º ano pensam que têm o rei na barriga. Talvez tenham – mas não todos. Lá porque não quero ser “humilhada” à frente de umas tantas pessoas, não quero dizer que tenho o nariz empinado. Quer dizer que tenho valores. E defina-se o termo humilhar. Não me importaria de medir a praça com os palitos. Haveria tantas maneiras de o fazer, tantas soluções originais. Agora, ir para cima do leão farsar actos sexuais? Não, amigos, é algo demasiado privado para ser visto por meio mundo - e que interesse teria meio mundo em ver tal coisa? Podemos rir-nos de tantas maneiras, podemos fazer rir de tantas maneiras e de maneiras tão engenhosas e incríveis, para quê a humilhação? Além do mais, se acham mesmo que o rei anda aí na barriga de todos, confrontem essa barrigada de reis com problemas criativos para lhes mostrar quem é que afinal sabe mais – se é isso que está em questão.
Estou prestes a iniciar uma nova etapa da minha vida. Não sei ainda se em Coimbra se noutra cidade qualquer – dia 15 saberemos! Mas espero ser recebida com praxes que me façam pensar e ao mesmo tempo rir: de mim e com os outros. E espero poder participar até ao fim nesta “integração” que se dá a todos os níveis.
Uma outra questão. Agora sobre o traje, mas ainda incluindo o assunto das praxes. Talvez esteja a falar sem saber – talvez, não! Estou mesmo. Mas pelo que li aí sobre não se dever poder usar traje sem ser antes praxado, não acho correcto, visto que muitas praxes não são realizadas como “devem ser” e o direito ao traje académico é de todos, tal como respeitar as suas regras. Acima de tudo porque o conceito do traje académico é de que todos são iguais, e são apenas distinguidos pela sua “riqueza intelectual” e não material. Por isso, não sei se é ou não proibido – perdoem-me se estou em erro – mas acho que não deveria ser obrigatório ser praxado para usar o traje.
Bem, já me alonguei.
Deixo-vos.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Rodrigues #
Contudo, um dia destes, por curiosidade e sobretudo porque não percebia o sentido da praxe, pesquisei um pouco sobre o assunto e eis que me deparo com uma explicação: a praxe serve, acima de tudo, para confrontar os novos alunos com situações imprevisíveis e que lhes permitam pensar e arranjar soluções originais, cujo objectivo é melhor prepará-los para um futuro profissional e, inevitavelmente, pessoal também; alem disso serve – como aqui foi dito – para integrar os novos alunos no ambiente académico e também ajudar à socialização entre toda a comunidade académica. Quando li isto disse cá para mim: “Hey! Quem diria!”. O que quero com isto dizer é que, pelo que pude assistir, infelizmente, as praxes estão a ser utilizadas para tudo menos para isso – e não quero com isto generalizar. É certo que nunca vivi nenhuma praxe, mas penso que posso divagar um pouco sobre o objectivo de determinadas práticas (muitas vezes mal intituladas de praxes) que apenas visam humilhar os novos alunos. Também pude constatar que muitos têm a ideia de que os que vêm do 12º ano pensam que têm o rei na barriga. Talvez tenham – mas não todos. Lá porque não quero ser “humilhada” à frente de umas tantas pessoas, não quero dizer que tenho o nariz empinado. Quer dizer que tenho valores. E defina-se o termo humilhar. Não me importaria de medir a praça com os palitos. Haveria tantas maneiras de o fazer, tantas soluções originais. Agora, ir para cima do leão farsar actos sexuais? Não, amigos, é algo demasiado privado para ser visto por meio mundo - e que interesse teria meio mundo em ver tal coisa? Podemos rir-nos de tantas maneiras, podemos fazer rir de tantas maneiras e de maneiras tão engenhosas e incríveis, para quê a humilhação? Além do mais, se acham mesmo que o rei anda aí na barriga de todos, confrontem essa barrigada de reis com problemas criativos para lhes mostrar quem é que afinal sabe mais – se é isso que está em questão.
Estou prestes a iniciar uma nova etapa da minha vida. Não sei ainda se em Coimbra se noutra cidade qualquer – dia 15 saberemos! Mas espero ser recebida com praxes que me façam pensar e ao mesmo tempo rir: de mim e com os outros. E espero poder participar até ao fim nesta “integração” que se dá a todos os níveis.
Uma outra questão. Agora sobre o traje, mas ainda incluindo o assunto das praxes. Talvez esteja a falar sem saber – talvez, não! Estou mesmo. Mas pelo que li aí sobre não se dever poder usar traje sem ser antes praxado, não acho correcto, visto que muitas praxes não são realizadas como “devem ser” e o direito ao traje académico é de todos, tal como respeitar as suas regras. Acima de tudo porque o conceito do traje académico é de que todos são iguais, e são apenas distinguidos pela sua “riqueza intelectual” e não material. Por isso, não sei se é ou não proibido – perdoem-me se estou em erro – mas acho que não deveria ser obrigatório ser praxado para usar o traje.
Bem, já me alonguei.
Deixo-vos.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Rodrigues #
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Gil
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