Eu não costumo ir à baixa, por isso... alguém sabe se este "centro comercial a céu aberto" traz benefícios sérios e notórios para os utilizadores ou é apenas mais uma manobra de marketing para disfarçar a degradação da baixa?Coimbra já tem centro comercial a céu aberto
O primeiro centro comercial a céu aberto de Portugal abriu ontem em Coimbra. Uma inauguração em que o presidente da Câmara primou pela ausência, o que motivou críticas do líder da Agência para a Promoção da Baixa
O Condomínio Comercial de Coimbra foi ontem inaugurado na Baixa da cidade, assumindo-se como o primeiro centro comercial a céu aberto do país. A presença de dezenas de crianças de quatro escolas da Baixa deu vida a uma iniciativa em que foram descerradas 50 placas identificadoras de loja aderente ao “Baixa ConVida” e que ficou marcada pelas críticas ao “presidente ausente” Carlos Encarnação.
Raul Marques, presidente em exercício da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), começou por dizer que «queria poder agradecer a presença do senhor presidente da Câmara, que infelizmente não nos pôde honrar com a sua presença», lamentando, mais tarde, o facto de «não ter estado aqui presente, certamente por motivos justificáveis».
O mítico Café Santa Cruz recebeu a cerimónia de apresentação do Condomínio Comercial de Coimbra, ao qual já aderiram 100 empresas, que pretende constituir-se como «uma nova visão para a Baixa». Segundo Raul Marques, trata-se de uma «ferramenta imprescindível ao desenvolvimento do comércio tradicional e revitalização desta área, que ainda é o primeiro eixo de compras da cidade».
Ao longo do discurso, o presidente em exercício da APBC deixou várias convicções, começando por dizer que «não basta o esforço empenhado dos comerciantes, é também imprescíndivel o envolvimento da Câmara e demais identidades públicas», de forma a que o projecto se desenvolva no sentido de uma Baixa «mais confortável que mereça a visita de consumidores e turistas».
“Cassete que já ouvimos há pelo menos 20 anos”
Sem pausas no raciocínio, Raul Marques assegurou ser possível gerir a Baixa «por forma a trazer mais habitantes, comerciantes e turistas», razão pela qual apontou para a necessidade de a tornar «um ponto de encontro de gerações», dotando uma das suas praças com «um parque das famílias, onde crianças e seniores se encontrem, e os equipamentos de exercício físico sejam uma realidade».
A criação de linhas de autocarros tipo Ecovia, chamando-lhes “Autocarros Baixa ConVida”, e de três linhas tipo Pantufinhas, a circular ininterruptamente, provenientes de Santa Clara, Celas e S. José e paragem nas ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz foi avançada como possibilidade, para além do Metro, de «trazer à Baixa as pessoas e não os automóveis».
As críticas à autarquia mantiveram-se, quase do início ao fim, nas palavras do presidente em exercício da APBC. «O discurso de que tudo é mau, a imagem de degradação dos prédios, falta de segurança, falta de limpeza, mendicidade, venda ambulante é uma cassete que já ouvimos há pelo menos 20 anos», sublinhou, para logo lembrar que «o futuro se faz preservando o que de bom o passado nos legou».
A abertura de espaços e oficinas e a sua viabilidade comercial, criando na Baixa um Centro de Artes e Ofícios para promover artes como o ferro forjado e a louça de Coimbra, assim como o artesanato, não esquecendo nunca a promoção ligada ao turismo e restauração, foi uma solução avançada por Raul Marques, dizendo ainda que «a Baixa precisa de uma gestão menos burocrática».
De forma a desburocratizar, sugeriu a criação de uma linha de apoio telefónico gratuita nos serviços da Câmara, por exemplo no Gabinete do Centro Histórico, em que as reclamações dos comerciantes e habitantes sejam monitorizadas para que substituir uma lâmpada da iluminação pública ou um banco partido do mobiliário urbano «não demore um ano».
Fonte: Diário de Coimbra
Centro comercial a céu aberto
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Pedro
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Centro comercial a céu aberto
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Chetas
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Re: Centro comercial a céu aberto
A não ser que as lojas não tenham tecto, um "centro comercial a céu aberto" não é um fenómeno novo. Qualquer concentração de lojas pode se considerar um "centro comercial de céu aberto".Pedro Escreveu:Eu não costumo ir à baixa, por isso... alguém sabe se este "centro comercial a céu aberto" traz benefícios sérios e notórios para os utilizadores ou é apenas mais uma manobra de marketing para disfarçar a degradação da baixa?Coimbra já tem centro comercial a céu aberto
O primeiro centro comercial a céu aberto de Portugal abriu ontem em Coimbra. Uma inauguração em que o presidente da Câmara primou pela ausência, o que motivou críticas do líder da Agência para a Promoção da Baixa
O Condomínio Comercial de Coimbra foi ontem inaugurado na Baixa da cidade, assumindo-se como o primeiro centro comercial a céu aberto do país. A presença de dezenas de crianças de quatro escolas da Baixa deu vida a uma iniciativa em que foram descerradas 50 placas identificadoras de loja aderente ao “Baixa ConVida” e que ficou marcada pelas críticas ao “presidente ausente” Carlos Encarnação.
Raul Marques, presidente em exercício da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), começou por dizer que «queria poder agradecer a presença do senhor presidente da Câmara, que infelizmente não nos pôde honrar com a sua presença», lamentando, mais tarde, o facto de «não ter estado aqui presente, certamente por motivos justificáveis».
O mítico Café Santa Cruz recebeu a cerimónia de apresentação do Condomínio Comercial de Coimbra, ao qual já aderiram 100 empresas, que pretende constituir-se como «uma nova visão para a Baixa». Segundo Raul Marques, trata-se de uma «ferramenta imprescindível ao desenvolvimento do comércio tradicional e revitalização desta área, que ainda é o primeiro eixo de compras da cidade».
Ao longo do discurso, o presidente em exercício da APBC deixou várias convicções, começando por dizer que «não basta o esforço empenhado dos comerciantes, é também imprescíndivel o envolvimento da Câmara e demais identidades públicas», de forma a que o projecto se desenvolva no sentido de uma Baixa «mais confortável que mereça a visita de consumidores e turistas».
“Cassete que já ouvimos há pelo menos 20 anos”
Sem pausas no raciocínio, Raul Marques assegurou ser possível gerir a Baixa «por forma a trazer mais habitantes, comerciantes e turistas», razão pela qual apontou para a necessidade de a tornar «um ponto de encontro de gerações», dotando uma das suas praças com «um parque das famílias, onde crianças e seniores se encontrem, e os equipamentos de exercício físico sejam uma realidade».
A criação de linhas de autocarros tipo Ecovia, chamando-lhes “Autocarros Baixa ConVida”, e de três linhas tipo Pantufinhas, a circular ininterruptamente, provenientes de Santa Clara, Celas e S. José e paragem nas ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz foi avançada como possibilidade, para além do Metro, de «trazer à Baixa as pessoas e não os automóveis».
As críticas à autarquia mantiveram-se, quase do início ao fim, nas palavras do presidente em exercício da APBC. «O discurso de que tudo é mau, a imagem de degradação dos prédios, falta de segurança, falta de limpeza, mendicidade, venda ambulante é uma cassete que já ouvimos há pelo menos 20 anos», sublinhou, para logo lembrar que «o futuro se faz preservando o que de bom o passado nos legou».
A abertura de espaços e oficinas e a sua viabilidade comercial, criando na Baixa um Centro de Artes e Ofícios para promover artes como o ferro forjado e a louça de Coimbra, assim como o artesanato, não esquecendo nunca a promoção ligada ao turismo e restauração, foi uma solução avançada por Raul Marques, dizendo ainda que «a Baixa precisa de uma gestão menos burocrática».
De forma a desburocratizar, sugeriu a criação de uma linha de apoio telefónico gratuita nos serviços da Câmara, por exemplo no Gabinete do Centro Histórico, em que as reclamações dos comerciantes e habitantes sejam monitorizadas para que substituir uma lâmpada da iluminação pública ou um banco partido do mobiliário urbano «não demore um ano».
Fonte: Diário de Coimbra
Enfim, é o "marketing", como diz o Português...
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gunky
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Corsario-Negro
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A feira ali do Norton de Matos é um autêntico "centro comercial a céu aberto" 
A meu ver se os comerciantes ali da Baixa querem sobreviver (aqueles que estão à rasca, porque deve haver muitos que não têm assim tantos problemas pois há muita gente que prefere lá ir) têm que entrar no século XXI e inovar: presença o mais completa possível na Internet, encomendas pela mesma (quando possível), entrega ao domicílio, organizarem todos espectáculos e outros eventos de carácter lúdico por forma a atrair clientes para a Baixa, etc.
A partir das 19h...20h a Ferreira Borges fica praticamente vazia... acho que a CMC devia apostar ainda mais na revitalização desta zona, mais policiamento, reparação e modernização dos edifícios e benefícios para os jovens comprarem/alugarem lá casa, etc. Com isto talvez também ajudasse o comércio da zona.
A meu ver se os comerciantes ali da Baixa querem sobreviver (aqueles que estão à rasca, porque deve haver muitos que não têm assim tantos problemas pois há muita gente que prefere lá ir) têm que entrar no século XXI e inovar: presença o mais completa possível na Internet, encomendas pela mesma (quando possível), entrega ao domicílio, organizarem todos espectáculos e outros eventos de carácter lúdico por forma a atrair clientes para a Baixa, etc.
A partir das 19h...20h a Ferreira Borges fica praticamente vazia... acho que a CMC devia apostar ainda mais na revitalização desta zona, mais policiamento, reparação e modernização dos edifícios e benefícios para os jovens comprarem/alugarem lá casa, etc. Com isto talvez também ajudasse o comércio da zona.
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MoRtYMer
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Pois realmente há coisas que não entendo, a baixa precisa de movimento, não sei porquê não arranjarem maneira de abrirem uns bares ou cafés que estejam abertos até mais tarde, pois acho que isso é que vai ajudar a trazer mais pessoal à baixa...
Quando houve a descida de BTT no Diario de Coimbra vinha a falar que o pessoal das lojas andou a refilar, porque era muito barulhento, e não havia espaços para passar, não sei exactamente como aquilo estava, pois infelizmente não estive em Coimbra nesse dia, mas disto só tiro que o pessoal nunca está bem...
Quando houve a descida de BTT no Diario de Coimbra vinha a falar que o pessoal das lojas andou a refilar, porque era muito barulhento, e não havia espaços para passar, não sei exactamente como aquilo estava, pois infelizmente não estive em Coimbra nesse dia, mas disto só tiro que o pessoal nunca está bem...
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bluestrattos
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O que ajudaria trazer mais gente à baixa seria a segurança. Se durante o dia a coisa ainda escapa, a partir das 18...19....20 em diante, a coisa pia mais fino, e só em grandes grupos é que se pode andar pela rua.
Como disseram e bem, é preciso inovar, e ver a presença na Internet, não como mais um gasto, mas sim um investimento.
Como disseram e bem, é preciso inovar, e ver a presença na Internet, não como mais um gasto, mas sim um investimento.
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Pedro
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Ricky147
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Já me disseram que existe um projecto para transformar a Praça do Comércio numa zona de bares. Quanto a mim, seria muito interessante e seria uma forma de trazer pessoas à baixa. Se os conimbricences não passeiam na baixa, deve-se, fundamentalmente, à falta de atractivos; isto aliado aos bandos de gente com má cara que povoa a baixa ao cair da noite.
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daniel322
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sem duvida que seria o principal ponto para tornar a baixa mais atractiva (ou menos repelente)bluestrattos Escreveu:O que ajudaria trazer mais gente à baixa seria a segurança.
era uma boa ideia, faz falta a coimbra uma 2a zona de bares em alternativa à praça. mas quanto a mim, talvez fosse mais interessante uma zona criada de raíz no local das antigas fábricas da triunfo à beira rio. mas claro que só depois de uma requalificação profundaRicky147 Escreveu:Já me disseram que existe um projecto para transformar a Praça do Comércio numa zona de bares.
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duffy
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Mas movimento implica barulho, e depois são resmas e resmas de queixas dos moradores por causa do barulho, havia uma tasca muito porreira ali para os lados da loja do principezinho, até serviam umas jantaradas num pequeno largo que havia em frente, mas a partir das 22 mal se podia falar porque estavamos sujeito a levar com um balde de agua, se não fosse de outra coisa
em cima por causa do barulho.
Em parte se a baixa está como está também é por causa dos moradores, se abrem lá bares ou começa a haver movimento, os velhotes do sitio que é a maioria que habita a baixa, são capaz de criticar porque são só bebedos e vandalos, porque só fazem barulho... Em relação à segurança das vezes que ando pela baixa a noite, encontro sempre policias.
As lojas, também não se podem queixar muito, muitas das lojas que existem na baixa têm outras lojas nos centros comerciais e as que não têm, podiam alargar o horario, é normal que uma pessoa que entre as 9h e saia a 18h e queira fazer umas comprinhas prefira ir a um shopping, não tem que andar km's a pé desde o estacionamento, não tem de andar km's de loja em loja, não paga estacionamento e das 18:30 ate as 23h tem muito tempo para fazer as compras nas calmas, se optar por ir à baixa apenas tem 30 minutos para fazer as compras porque normalmente as lojas fecham as 19h. Ou nem precisavam de alargar o horario, depois da hora almoço abriam so as 15:30 e fechavam as 21h.
Desculpem o testamento
Em parte se a baixa está como está também é por causa dos moradores, se abrem lá bares ou começa a haver movimento, os velhotes do sitio que é a maioria que habita a baixa, são capaz de criticar porque são só bebedos e vandalos, porque só fazem barulho... Em relação à segurança das vezes que ando pela baixa a noite, encontro sempre policias.
As lojas, também não se podem queixar muito, muitas das lojas que existem na baixa têm outras lojas nos centros comerciais e as que não têm, podiam alargar o horario, é normal que uma pessoa que entre as 9h e saia a 18h e queira fazer umas comprinhas prefira ir a um shopping, não tem que andar km's a pé desde o estacionamento, não tem de andar km's de loja em loja, não paga estacionamento e das 18:30 ate as 23h tem muito tempo para fazer as compras nas calmas, se optar por ir à baixa apenas tem 30 minutos para fazer as compras porque normalmente as lojas fecham as 19h. Ou nem precisavam de alargar o horario, depois da hora almoço abriam so as 15:30 e fechavam as 21h.
Desculpem o testamento
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Lino
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Realeza
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Corsario-Negro
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"Não temos cunhas nem padrinhos"Realeza Escreveu:Voçês com tantas ideias, porque não ao PS ao lado das Cantinas Amarelas, oferecerem se como candidato à CMC, eles precisam de people
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Realeza
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Trata-se de eleições e não de cunhas, porque o candidato só é eleito pelo povo que elegeCorsario-Negro Escreveu:"Não temos cunhas nem padrinhos"Realeza Escreveu:Voçês com tantas ideias, porque não ao PS ao lado das Cantinas Amarelas, oferecerem se como candidato à CMC, eles precisam de people. As ideias que temos se quem está na Câmara ou quem se candidata não as tem, então é porque isto anda MESMO MUITO MAL de líderes (ou pseudo-lideres). Aliás, corrijo, ISTO ANDA MESMO MAL de pessoas com visão e com poder para a concretizar.
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Corsario-Negro
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