Aviões comerciais vão aterrar na Base de Monte Real
O Governo assinou ontem um protocolo que irá possibilitar a abertura da Base Aérea de Monte Real, em Leiria, à aviação civil, dentro de um ano. Na cerimónia, o primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, justificou a decisão de abrir a Base Aérea de Monte Real à aviação civil recordando que esta infra-estrutura estava «subaproveitada» e possui uma localização «única na região».
Santana Lopes, que chegou a Monte Real num Falcon da Força Aérea Portuguesa, lembrou ainda que a pista de 2,4 quilómetros de comprimento ali existente «é pouco menor que a pista do aeroporto de Lisboa».
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Carlos Encarnação considerou «da máxima importância» para Coimbra a abertura ao tráfego civil da Base Aérea de Monte Real, em Leiria, firmada ontem com a assinatura do protocolo entre os ministérios da Defesa e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
«É fundamental e traz vantagens enormes para o triângulo Leiria, Coimbra e Figueira da Foz», nomeadamente em termos de desenvolvimento económico de toda a zona, explicou o presidente da Câmara de Coimbra, mostrando-se satisfeito por, «com um investimento pequeno», conseguirmos ter aviões comerciais a aterrar na Região Centro.
«Teremos um aeroporto a pouco mais de 70 quilómetros de Coimbra», constatou Encarnação, deixando claro que «esta decisão é fundamental, mas nada tem a ver com o projecto do aeroporto da OTA» que, continuou, «deverá ser construído».
O autarca garante que esta decisão «em nada choca» com o plano director que está a ser elaborado para o Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, em Cernache. «São coisas totalmente diferentes», garantiu, explicando que «o aeródromo nunca poderá servir de base para grandes aviões como os Charter’s, o que irá acontecer em Monte Real».
Carlos Encarnação recordou que a abertura ao tráfego civil da Base Aérea não é uma ideia de hoje. Já há 25 anos, enquanto governador civil, o agora autarca de Coimbra foi, juntamente com Rui Garcia da Fonseca, falar com o responsável daquele espaço «para que essa ideia fosse possível». Um quarto de século depois, Encarnação fica satisfeito por «finalmente se concretizar».
Fonte: Diário de Coimbra
Base de Monte Real abre ao tráfego civil
Dentro de dois anos será possível apanhar ou aterrar numa aeronave civil em Monte Real. A abertura ao tráfego da base militar foi formalizado ontem por Santana Lopes.
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Jorge Costa, secretário de Estado adjunto e das Obras Públicas, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS que o Estado prevê investir cerca de cinco milhões de euros na construção de uma nova aerogare e num novo parque de estacionamento de aviões. O processo está em fase de elaboração de projectos e de expropriação de terrenos. De acordo com as contas do secretário de Estado, prevê–se que em Maio deste ano seja possível lançar a obra a concurso público e no final do ano começar a construção. A previsão dos governantes é abrir a base ao tráfego civil em dois anos.
O protocolo ontem assinado em Monte Real tem por base, como considerandos, o facto de ser a única infra–estrutura aeronáutica na região com capacidade para a operação regular de aeronaves civis empenhadas em transporte aéreo comercial. Além disso, no entender do Governo, a sua utilização “servirá o interesse público em virtude da racionalização e optimização dos recursos nacionais do sector aeronáutico e da promoção do bem–estar e fixação das populações locais”.
Fonte: As Beiras
Uns dizem que é daqui a um ano, outros que é daqui a dois... mas aparentemente vamos passar a ter um aeroporto a 70 km de Coimbra, que é cerca de 50 km mais próximo que o do Porto (se não me engano). Os grandes beneficiados disto serão os moradores de Leiria... mas também deve trazer benefícios para a nossa cidade.