Mas o voto não é secreto? Como é que eles vão saber quem votou sim ou não?! Esta declaração é um bocado idiotaChong Li Escreveu:Quem votar 'sim' fica sem funeral religioso
"Os cristãos que vão votar 'sim' no referendo serão alvo de excomunhão automática, a mais pesada das censuras eclesiásticas", garante o cónego Tarcísio Alves, pároco há cinco anos em Castelo de Vide (Portalegre). A excomunhão automática atinge ainda "todos os intervenientes na execução do crime, como, por exemplo, médicos e enfermeiros", sublinha, enquanto consulta página a página o Código Canónico.
"Se um católico aceitar a liberalização do aborto incorre na censura da excomunhão e não poderá ser reintegrado na comunidade cristã sem intervenção do bispo", sustenta ainda. Doutorado pela Universidade Católica de Salamanca em Direito Canónico, Tarcísio Alves tem distribuído nos últimos tempos, pelos paroquianos, um boletim informativo em que adverte os devotos para os "perigos" de votar "sim" no próximo referendo e as consequências, junto da Igreja, que poderão sobrevir. "Não fui eu que inventei estas regras, está tudo bem explícito no Cânone 1398" sublinha.
Mas o vigário judicial da diocese de Portalegre e Castelo Branco vai mais longe ao alertar os fiéis para "outros perigos" que podem surgir, se no próximo referendo o voto recair no "sim". "Se votar no 'sim' ou se se abstiver, poderá estar também a cometer um pecado mortal gravíssimo. No referendo até as irmãs vão sair dos conventos porque senão também incorrem num pecado de omissão", adverte.
Para o clérigo trata-se de "um caso grave", porque todos aqueles católicos que violarem as leis da Igreja sobre este ponto "não podem casar, baptizar-se e nem poderão ter um funeral religioso - Cânone 1331."
Tarcísio Alves garantiu ao DN que "não faz política nem fala do caso durante as missas de domingo, mas no seu boletim paroquial e através de e-mails". O cónego promete continuar a "esclarecer a população e a prova disso passa pela edição, ainda hoje, de mais um boletim que no último parágrafo apela mais uma vez ao voto no 'não'".
A comunidade católica de Castelo de Vide encara estes "avisos" de forma natural e aplaude a atitude do cónego. "Acho bem que expliquem os perigos do aborto às pessoas, principalmente a nós, os mais velhos, que nunca estudámos. O que sabemos é através daquilo que vemos na televisão", diz Piedade Godinho à entrada da igreja.
DN
Referendo 11 de Fevereiro sobre o aborto!
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duffy
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solum_blonde
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Com este argumento a Igreja perdeu o meu respeito. Sinceramente!
Há pouco ouvi dois velhotes no meu bairro a falar com uma tal clareza que me retrato do que escrevi atrás sobre "velhos jarretas".
Ambos defendiam que o aborto não é uma decisão do Estado, nem da Igreja, ou dos srs. moralistas...mas da mulher.
Diziam eles: quem arvora histericamente a bandeira do "Não", alguma vez dará emprego e subsídios às mães que consideram abortar, para que possam ter o filho? O Estado oferece alternativas? Não!
E referiam também...muita gente que anda aí a pregar NÃO, é na verdade donade clínicas onde se aborta, sem limite de 10 semanas e a preços chorudos...caso o aborto seja legalizado, lá se vai a árvore das patacas!
Há pouco ouvi dois velhotes no meu bairro a falar com uma tal clareza que me retrato do que escrevi atrás sobre "velhos jarretas".
Ambos defendiam que o aborto não é uma decisão do Estado, nem da Igreja, ou dos srs. moralistas...mas da mulher.
Diziam eles: quem arvora histericamente a bandeira do "Não", alguma vez dará emprego e subsídios às mães que consideram abortar, para que possam ter o filho? O Estado oferece alternativas? Não!
E referiam também...muita gente que anda aí a pregar NÃO, é na verdade donade clínicas onde se aborta, sem limite de 10 semanas e a preços chorudos...caso o aborto seja legalizado, lá se vai a árvore das patacas!
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Lino
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Já tivémos a Maria de Lurdes Pintassilgo como PM, mas por pouco tempo. Deveríamos ter mais como por exemplo uma Ana Gomes que é frontal e que atira a pedra ao charco como foi agora dos vôos da CIA que o Governo quer esconder... claro que sabemos porquê...
Portugal é um país com mentalidade fechada e dominada ainda pelo Salazarismo, em que as pessoas dizem que antigamente é que era bom. Não há manifestações a sério e o Governo quer lá saber de quem vota neles... dão beijos e frigoríficos aos eleitores e depois esquecem-nos.
Gasta-se mais do que se pode e cada vez há mais pessoas desempregadas. As pessoas, devido à sua situação profissional, ignoram os outros e rejeitam-nos.
Okis finito... voto pela dignidade e respeito das pessoas que procuram maior qualidade de vida.
Portugal é um país com mentalidade fechada e dominada ainda pelo Salazarismo, em que as pessoas dizem que antigamente é que era bom. Não há manifestações a sério e o Governo quer lá saber de quem vota neles... dão beijos e frigoríficos aos eleitores e depois esquecem-nos.
Gasta-se mais do que se pode e cada vez há mais pessoas desempregadas. As pessoas, devido à sua situação profissional, ignoram os outros e rejeitam-nos.
Okis finito... voto pela dignidade e respeito das pessoas que procuram maior qualidade de vida.
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carlacs
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Ok é por estas e por outras que eu acho que o Sim vai perder e o Não vai ganhar...Decidimos lançar uma nova acção de rua de autocolantes no âmbito da campanha pelo SIM no referendo de 11 de Fevereiro.
Criámos 6 autocolantes diferentes, com as seguintes frases:
- "Se os homens engravidassem, o aborto seria um sacramento." (Autocolante com imagens de bispos)
- "Se os homens engravidassem, o aborto seria um sacramento." (Autocolante com imagens de políticos)
- "Em 98 o voto ficou em casa. Agora tem que sair à rua. Dia 11 vota no SIM."
- "Educação sexual para escolher. Contracepção para não abortar. Aborto legal para não morrer."
- [Imagem de um par de algemas] "Isto não é solução. Sim à despenalização!"
- "Achas que dá muito trabalho ir votar no referendo? Vai dar-te mais trabalho fazer um aborto ilegal se um dia tiveres um azar."
Estas frases têm algum jeito? Atacar os homens e os bispos? Para além de ser um tanto infantil, perdem-se do foco da questão...
Enquanto que o Não faz propaganda com frases que conseguem sensibilizar, por exemplo, «Aborto por opção quando já bate um coração?», grupos do Sim aparecem com isto....
Acho que o melhor slogan do Sim é mesmo que o aborto vai sempre existir, com melhores ou piores condições, não é uma lei que vai obrigar uma mulher a ser mãe se ela não quiser...e é triste haver tanta gente a fazer fortuna com o aborto clandestino.
(não tenho fonte porque recebi por email)
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Pedro
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carlacs
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solum_blonde
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"Aborto por opção quando já bate um coração?",
Desculpa discordar de ti, Carla...mas esta frase é tão pirosa....que foleirada, credo....se eu já não fosse pelo sim, convertia-me só de ler uma treta delicodoce como esta.
Desculpa discordar de ti, Carla...mas esta frase é tão pirosa....que foleirada, credo....se eu já não fosse pelo sim, convertia-me só de ler uma treta delicodoce como esta.
Última edição por solum_blonde em terça-feira, 23 janeiro 2007 8:32, editado 1 vez no total.
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duffy
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Também pensei nisso por esta frase :carlacs Escreveu:Até já pensei se não será pessoal do Não a fazer-se passar por pessoal do 'Sim'..... Lol tao mesmo más...
"- "Achas que dá muito trabalho ir votar no referendo? Vai dar-te mais trabalho fazer um aborto ilegal se um dia tiveres um azar." "
Isto não me parece nada feito por alguém que defenda o sim, ou então foi algum puto que está a pensar em safar-se se algum dia fizer uma asneira, porque neste caso acho que não passa bem por azar ou acidente.
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solum_blonde
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Atrevo-me a colocar aqui este texto de Abílio Pereira de Carvalho, que considero o texto mais belo que já li sobre esta temática (é incrível como um homem é capaz de defender, desta maneira, os direitos da mulher).
«Subida e descida da estrada de terra batida que, em ziguezague, se estendia da base ao topo do monte de Santo Estêvão, ladeada de árvores e de pedintes sem conto. Inchaços, furúnculos vermelhos como tomates, escrófulas enrugadas e secas como pregas de montanha, manetas, pernetas, aleijados, chagados de toda a espécie, crianças ranhosas a lamberem o monco, narinas a purgarem gotinhas amarelas, quais lágrimas de figos pingo de mel, que horror de analogia, leitor, crianças, que mal fizeram elas, Senhor? Planeamento familiar? O que é isso? «Crescei e multiplicai-vos», vinde ao mundo da fome, do ranho, do surro e sarro, da piolheira aos montes, do pulguego a granel, da promiscuidade, da pedinchice, engrossai as hordas famélicas dos miseráveis, dos que se curvam e ajoelham à frente de uma malga de caldo, vinde a este mundo de pedintes, de pastorinhos sem escola, inocentes, probrezinhos, tão pequeninos, Deus meu, de barriga ao léu a bater horas, sem ter côdea de pão para roer, sem verem brinquedo que seja seu, sem verem o que deviam ver, terço na mão, Avé Maria, cheia de graça, pois então, deliram a ver coisas invisíveis, a ver o «nada» na imensidão do horizonte, o princípio e o fim, na vastidão do céu, segredos moldados por anseios e medos... vinde ao mundo «gozar» a sorte que Deus vos deu, vinde ao redil dos submissos, onde não faltará pastor a falar de resignação, de obediência, de perdão, da culpa da Eva e do Adão, da felicidade eterna à mão direita do Criador, vinde, o rosário é infindável...
(...)
Portugal em meados do século XX. Uma fotografia que deveria estar, obrigatoriamente pendurada, noite e dia, em lugar destacado, na sala de visitas de todos os abencerragens que, cegos à mudança dos tempos, na imprensa nacional, regional e local, continuam, hoje, a cantar hosanas à justiça, à ética e à moral que formavam, então, os pilares da nação. Os mesmos que agitam a bandeira do «direito à vida». Nada de planeamento familiar. Do passado cativos, numa atitude velha e relha, nem preservativos, nem quaisquer métodos que a ciência aconselha. Vinde, vinde e enxameai o mundo, nascei a duplicar, a triplicar, gémeos, trigémeos, quadrigémeos, às ninhadas, todos os que o útero aguentar. Mulheres ao lar, à meia, à agulha, ao ferro de engomar, à cozinha, às panelas, à frigideira, nem médica, nem professora, nem secretária, nem jornalista, nem enfermeira, nada. Doméstica, obediente e domesticada, a mulher nasceu, somente, para fêmea parideira. Nada de interrupção. É a receita da Direita. Com a Esquerda é só perda. Ele é a droga, ele é o charro, ele é a homossexualidade, é ele as uniões de facto. Com os socialistas, comunistas, bloquistas, esquerdistas e outros que tais e tantos é o fim dos nossos valores pátrios, é o fim da nossa glória de heróis e santos.
Vinde, vinde todos, mas não vos resigneis à indigna condição de pedintes, de maltrapilhos, ranhosos, sebentos e marginais. Juntai-vos aos excluídos sociais, aos sem-abrigo, chamai ao vosso regimento, à vossa cruz, aqueles esqueletos sem nome, olhos sem luz, que morrem de fome lá pelas Àsias e pelas Áfricas, por todos os sítios onde o divinal acto sexual (a natureza não nega aos pobres essa riqueza), sem planeamento, segue livremente o curso natural, lá, onde a doença, a fome e a sida ditam o «direito à vida». Recusai pertencer à família referida por Japeto: pai Pinóquio, mãe Pinóquia, filhos Pinóquios, todos a viverem bem, sendo que o mais rico deles pedia esmola. Formai quadrilhas e assaltai a mesa, a casa, as algibeiras de todos os que, refastelados no sofá do bom viver, em nome desses outros princípios e valores, vos condenam a essa sorte de nascer e morrer, sem crescer nem viver. Recusai essa humilhante condição humana. Vós tendes «direito à vida». E, então, se isso acontecer, vereis que outros princípios e outros valores tomarão conta do discurso, da homilia e do sermão da conveniência que gira em torno da bíblica sentença: «crescei e multiplicai-vos» sem eira nem beira, sem peneiras nem crivos, à vontade do frei Franciscano Serras Pereira, que, aliviando a sua cruz, marca posição pública no «Público», fazendo saber que, no Convento da Luz, nega a comunhão aos que usam contraceptivos. Mas o Cardeal disse depois que essa não era a Pastoral. E isto dito, já que a tal chegámos neste rectângulo tão pequeno, correi, também, ao apelo do Pe. Lereno, ali, na Igreja de S. João de Brito, em Lisboa e, lá chegados, berrem-lhe em alto grito, em alta voz:
- Chamou por nós, aqui estamos! "
«Subida e descida da estrada de terra batida que, em ziguezague, se estendia da base ao topo do monte de Santo Estêvão, ladeada de árvores e de pedintes sem conto. Inchaços, furúnculos vermelhos como tomates, escrófulas enrugadas e secas como pregas de montanha, manetas, pernetas, aleijados, chagados de toda a espécie, crianças ranhosas a lamberem o monco, narinas a purgarem gotinhas amarelas, quais lágrimas de figos pingo de mel, que horror de analogia, leitor, crianças, que mal fizeram elas, Senhor? Planeamento familiar? O que é isso? «Crescei e multiplicai-vos», vinde ao mundo da fome, do ranho, do surro e sarro, da piolheira aos montes, do pulguego a granel, da promiscuidade, da pedinchice, engrossai as hordas famélicas dos miseráveis, dos que se curvam e ajoelham à frente de uma malga de caldo, vinde a este mundo de pedintes, de pastorinhos sem escola, inocentes, probrezinhos, tão pequeninos, Deus meu, de barriga ao léu a bater horas, sem ter côdea de pão para roer, sem verem brinquedo que seja seu, sem verem o que deviam ver, terço na mão, Avé Maria, cheia de graça, pois então, deliram a ver coisas invisíveis, a ver o «nada» na imensidão do horizonte, o princípio e o fim, na vastidão do céu, segredos moldados por anseios e medos... vinde ao mundo «gozar» a sorte que Deus vos deu, vinde ao redil dos submissos, onde não faltará pastor a falar de resignação, de obediência, de perdão, da culpa da Eva e do Adão, da felicidade eterna à mão direita do Criador, vinde, o rosário é infindável...
(...)
Portugal em meados do século XX. Uma fotografia que deveria estar, obrigatoriamente pendurada, noite e dia, em lugar destacado, na sala de visitas de todos os abencerragens que, cegos à mudança dos tempos, na imprensa nacional, regional e local, continuam, hoje, a cantar hosanas à justiça, à ética e à moral que formavam, então, os pilares da nação. Os mesmos que agitam a bandeira do «direito à vida». Nada de planeamento familiar. Do passado cativos, numa atitude velha e relha, nem preservativos, nem quaisquer métodos que a ciência aconselha. Vinde, vinde e enxameai o mundo, nascei a duplicar, a triplicar, gémeos, trigémeos, quadrigémeos, às ninhadas, todos os que o útero aguentar. Mulheres ao lar, à meia, à agulha, ao ferro de engomar, à cozinha, às panelas, à frigideira, nem médica, nem professora, nem secretária, nem jornalista, nem enfermeira, nada. Doméstica, obediente e domesticada, a mulher nasceu, somente, para fêmea parideira. Nada de interrupção. É a receita da Direita. Com a Esquerda é só perda. Ele é a droga, ele é o charro, ele é a homossexualidade, é ele as uniões de facto. Com os socialistas, comunistas, bloquistas, esquerdistas e outros que tais e tantos é o fim dos nossos valores pátrios, é o fim da nossa glória de heróis e santos.
Vinde, vinde todos, mas não vos resigneis à indigna condição de pedintes, de maltrapilhos, ranhosos, sebentos e marginais. Juntai-vos aos excluídos sociais, aos sem-abrigo, chamai ao vosso regimento, à vossa cruz, aqueles esqueletos sem nome, olhos sem luz, que morrem de fome lá pelas Àsias e pelas Áfricas, por todos os sítios onde o divinal acto sexual (a natureza não nega aos pobres essa riqueza), sem planeamento, segue livremente o curso natural, lá, onde a doença, a fome e a sida ditam o «direito à vida». Recusai pertencer à família referida por Japeto: pai Pinóquio, mãe Pinóquia, filhos Pinóquios, todos a viverem bem, sendo que o mais rico deles pedia esmola. Formai quadrilhas e assaltai a mesa, a casa, as algibeiras de todos os que, refastelados no sofá do bom viver, em nome desses outros princípios e valores, vos condenam a essa sorte de nascer e morrer, sem crescer nem viver. Recusai essa humilhante condição humana. Vós tendes «direito à vida». E, então, se isso acontecer, vereis que outros princípios e outros valores tomarão conta do discurso, da homilia e do sermão da conveniência que gira em torno da bíblica sentença: «crescei e multiplicai-vos» sem eira nem beira, sem peneiras nem crivos, à vontade do frei Franciscano Serras Pereira, que, aliviando a sua cruz, marca posição pública no «Público», fazendo saber que, no Convento da Luz, nega a comunhão aos que usam contraceptivos. Mas o Cardeal disse depois que essa não era a Pastoral. E isto dito, já que a tal chegámos neste rectângulo tão pequeno, correi, também, ao apelo do Pe. Lereno, ali, na Igreja de S. João de Brito, em Lisboa e, lá chegados, berrem-lhe em alto grito, em alta voz:
- Chamou por nós, aqui estamos! "
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Maia
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- Registado: domingo, 02 janeiro 2005 19:37
voto SIM
1º Como é que alguém pode dizer que com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez vai ser uma correria nos hospitais, será que essas mesmas pessoas não são capazes de ver o sofrimento que deve ser para uma mulher fazer um aborto. Fisica e psicologicamente!!!
2º Uma educação sexual esclarecida?? As bases para uma educação sexual esclarecida simplesmente não existem. O acesso à cultura é, ainda, neste país um problema bastante grave. Será que a razão fala mais alto que o prazer do momento? Muito sinceramente não, senão tal questão nem se levantaria.
3º Um planeamento familiar sério e uma aposta decidida na prevenção?? Não brinquem comigo!!! Planeamento sério??? Nascer uma criança para ser violada, amarrada, tratada como lixo e por fim assassinada. Nascer uma criança para ser abandonada por quem talvez terá dito "sim quero abortar, mas não posso, não tenho dinheiro!" e ser entregue a uma instituição que da-lhe o fim mais triste que um ser humano pode ter.
4º Porque razão a igreja teima em influenciar o voto das pessoas que por ela se guiam?? Como se pode deixar nascer alguem que não é desejado?? Rejeição deve ser dos sentimentos mais tristes de sentir na própria pele. Quantos de nós já nao levou "uma tampa" da pessoa que gostavamos MESMO, agora tentem se colocar na pele de um filho que é odiado, rejeitado e ABANDONADO pelos pais. Felizmente há pessoas que superam e seguem a vida de maneira honesta e muitas vezes com bastante sucesso. E os que decidem seguir uma via da droga, da prostituição, do crime...dá que pensar...
5º Outra das coisas que me incomodam é ouvir diversas pessoas dizer, "se eu engravidasse a minha mãe explusava-me de casa" ou até "a minha familia iria voltar-se contra mim". Sinceramente acredito que estes motivos sejam a favor do NÃO. Eu não me posso queixar pois sei que aqui em casa todos me apoiariam, mas claro que somos todos diferentes e cada um sabe de si. O aborto é uma questão que será sempre olhada com um certo "?".
Todos nós temos ideias diferentes e ainda bem que assim é! Não critico, longe de mim, quem vai votar não, mas critico sim quem vai ficar em casa porque nao lhe apetece sair de casa para ir votar. Felizmente este tema é tão importante para nós, jovens, logo penso que vai haver adesão, pena é ver que os tristes jovens deste país votar sem qualquer consciência, sem a minima noção no que estão a votar, isto porque votam na solução de um problema pessoal. Isto sim é triste ver e ouvir!
VOTO SIM
Agora, caso o SIM ganhe, a mentalidade das pessoas e a prevenção vai ter de se impor. As pessoas têm de ter a MINIMA noção das consequências de um aborto, porque muitos em desespero vão encontrar a resolução no aborto e claro mais tarde vêm os problemas.
Não sou médico nem tão pouco percebo do assunto mas posso crer que um aborto não deve ser em NADA benéfico para uma mulher, resolve o problema no momento, mas mais tarde poderá vir o grande problema.
Não gosto de falar da gravidez como um problema a resolver, mas sim das coisas mais bonitas que há, quando é DESEJADA.
1º Como é que alguém pode dizer que com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez vai ser uma correria nos hospitais, será que essas mesmas pessoas não são capazes de ver o sofrimento que deve ser para uma mulher fazer um aborto. Fisica e psicologicamente!!!
2º Uma educação sexual esclarecida?? As bases para uma educação sexual esclarecida simplesmente não existem. O acesso à cultura é, ainda, neste país um problema bastante grave. Será que a razão fala mais alto que o prazer do momento? Muito sinceramente não, senão tal questão nem se levantaria.
3º Um planeamento familiar sério e uma aposta decidida na prevenção?? Não brinquem comigo!!! Planeamento sério??? Nascer uma criança para ser violada, amarrada, tratada como lixo e por fim assassinada. Nascer uma criança para ser abandonada por quem talvez terá dito "sim quero abortar, mas não posso, não tenho dinheiro!" e ser entregue a uma instituição que da-lhe o fim mais triste que um ser humano pode ter.
4º Porque razão a igreja teima em influenciar o voto das pessoas que por ela se guiam?? Como se pode deixar nascer alguem que não é desejado?? Rejeição deve ser dos sentimentos mais tristes de sentir na própria pele. Quantos de nós já nao levou "uma tampa" da pessoa que gostavamos MESMO, agora tentem se colocar na pele de um filho que é odiado, rejeitado e ABANDONADO pelos pais. Felizmente há pessoas que superam e seguem a vida de maneira honesta e muitas vezes com bastante sucesso. E os que decidem seguir uma via da droga, da prostituição, do crime...dá que pensar...
5º Outra das coisas que me incomodam é ouvir diversas pessoas dizer, "se eu engravidasse a minha mãe explusava-me de casa" ou até "a minha familia iria voltar-se contra mim". Sinceramente acredito que estes motivos sejam a favor do NÃO. Eu não me posso queixar pois sei que aqui em casa todos me apoiariam, mas claro que somos todos diferentes e cada um sabe de si. O aborto é uma questão que será sempre olhada com um certo "?".
Todos nós temos ideias diferentes e ainda bem que assim é! Não critico, longe de mim, quem vai votar não, mas critico sim quem vai ficar em casa porque nao lhe apetece sair de casa para ir votar. Felizmente este tema é tão importante para nós, jovens, logo penso que vai haver adesão, pena é ver que os tristes jovens deste país votar sem qualquer consciência, sem a minima noção no que estão a votar, isto porque votam na solução de um problema pessoal. Isto sim é triste ver e ouvir!
VOTO SIM
Agora, caso o SIM ganhe, a mentalidade das pessoas e a prevenção vai ter de se impor. As pessoas têm de ter a MINIMA noção das consequências de um aborto, porque muitos em desespero vão encontrar a resolução no aborto e claro mais tarde vêm os problemas.
Não sou médico nem tão pouco percebo do assunto mas posso crer que um aborto não deve ser em NADA benéfico para uma mulher, resolve o problema no momento, mas mais tarde poderá vir o grande problema.
Não gosto de falar da gravidez como um problema a resolver, mas sim das coisas mais bonitas que há, quando é DESEJADA.
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Chong Li
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Lino
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Briooosa
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só queria dizer,para aqueles que acham que devemos sempre seguir a linha dos paises desenvolvidos,e que teimam em dizer que em espanha é diferente...
a lei em espanha é praticamente igual á nossa em relaçao ao aborto,existem casos especiais,mas aborto a pedido nao existe,para se abortar tem que se justificar,dizer o porque do aborto.
para mim o aborto a pedido,nao pode ser uma medida de um país desenvolvido...mas basta olhar para o país que vemos e tudo é possivel...
a lei em espanha é praticamente igual á nossa em relaçao ao aborto,existem casos especiais,mas aborto a pedido nao existe,para se abortar tem que se justificar,dizer o porque do aborto.
para mim o aborto a pedido,nao pode ser uma medida de um país desenvolvido...mas basta olhar para o país que vemos e tudo é possivel...
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Briooosa
- Banido
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e como é que isso se chama??sabes?Chong Li Escreveu:Isto é tão simples quanto isto. Quem é contra a despenalização, tem o direito de não fazer abortos. Os que estão a favor, "não podem" porque os outros não deixam.
Os outros é que mandam.
Espero que a partir do dia 11 cada qual possa decidir por si.
pronto,ainda bem,ninguem esta a impor nada,o voto é livre.
-
{mineirinha}
- Lendário

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- Registado: segunda-feira, 03 janeiro 2005 20:33
Ainda não compreendi uma coisa:
Como funciona isso de "aborto a pedido"?
Entendi que os que votam sim querem liberdade para a mulher e os que votam não talvez vejam isso como um assassinio.
Corrijam-me se estou errada.
Mas sinceramente se eu for contra o aborto e o "sim" ganhar, quando eu engravidar,vao me perguntar se eu quero abortar?
E se o "não" ganhar praticamente fica tudo como está certo?
"Estou confusa..."
Apesar de uma posição e de ter acompanhado todos os post's deste topico ainda não entendi.
Como funciona isso de "aborto a pedido"?
Entendi que os que votam sim querem liberdade para a mulher e os que votam não talvez vejam isso como um assassinio.
Corrijam-me se estou errada.
Mas sinceramente se eu for contra o aborto e o "sim" ganhar, quando eu engravidar,vao me perguntar se eu quero abortar?
E se o "não" ganhar praticamente fica tudo como está certo?
"Estou confusa..."
Apesar de uma posição e de ter acompanhado todos os post's deste topico ainda não entendi.