Estes tipos da ASAE andam por aí e não estão para brincadeiras!Feira inspeccionada de uma ponta à outra
Uma grande operação de fiscalização que mobilizou cerca de 80 inspectores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) “alterou” ontem a normalidade da feira do bairro Norton de Matos, tendo sido apreendidos produtos cuja venda poderia “render” 75 mil euros
Nunca a feira do bairro Norton de Matos conseguiu ser tão silenciosa. A entrada, de rompante, de várias dezenas de agentes do Corpo de Intervenção da Polícia de Segurança Pública, assim como cerca de 80 inspectores da ASAE, silenciou grande parte da actividade regular daquele que é um dos pontos de venda mais concorridos de Coimbra, aos sábados.
A operação, apesar de alguns comerciantes demonstrarem intuição para antecipar a salvaguarda dos seus produtos, saldou-se por duas carrinhas cheias de material contrafeito que, após ser comercializado, poderia render qualquer coisa como 75 mil euros.
A ASAE começou por ser “meiga” na primeira abordagem ao mercado de rua, enviando apenas “meia dúzia” de inspectores e outros tantos polícias, ainda que a espingarda “shotgun” fosse motivo de algumas queixas de uso de meios intimidatórios «para tão pouca coisa».
Na realidade, foram apenas fiscalizados os vendedores de bens alimentares, tendo sido levantados alguns autos, por questões que se prendem com a falta de condições sanitárias.
Trata-se, concretamente, dos comerciantes de peixe, proibidos de apresentar o produto livremente, a não ser que disponham de uma vitrina. Um vendedor, apesar de toda a boa vontade, e convicção de estar legal, também não escapou a um contra-ordenação por estar a vender as caras de bacalhau sem refrigeração.
Menos sorte teve uma comerciante de verduras que “ocultava” uma caixa cheia de roupa contrafeita. Calças e camisolas onde se podia ler “Lacoste”, “Paul & Shark”, material que foi imediatamente selado e levado para a esquadra da Elísio de Moura.
Por volta do meio-dia, o quotidiano da feira voltou a ser alterado, mas desta vez o recinto foi cercado por muitas dezenas de agentes do Corpo de Intervenção da PSP, ajudados por elementos das Brigadas Rápidas e equipas cinotécnicas, assim como pela presença discreta de membros da investigação criminal.
Entrando de rompante, cerca de 80 inspectores da ASAE passaram a “pente fino” as bancas, procurando roupa, cd’s, perfumes, etc., sendo certo que, cerca de uma hora depois de iniciada a operação, eram duas as carrinhas carregadas de material apreendido.
No decorrer desta acção, que alterou a normalidade da zona, foram detidas cinco pessoas pessoas, pelo crime de contrafacção, por permanecerem ilegalmente no país, e por se recusarem a identificar perante a autoridade.
