880.11€ de propina!!!

[Jeordie]

amigos, o egoismo existe.

[ShichiAkaAkuma]

Continuo a achar que os estudantes do DEIUC deviam pagar tudo.........

[Allex]

Já muita coisa foi dita sobre as propinas e sobre o ensino publico, mas aqui ficam mais umas reflexões:

Acho k em Portugal deveriamos ter um sistema como na Suecia.

Lá quando entras para a universidade em vez de pagar, recebes.

Para alem do ensino ser gratuito, todos os alunos recebem bolsas e por isso é que lá é tradição os jovens sairem de casa dos pais cedo e terem a sua vida independente.

O que acontece é que depois quando acabam os estudos para alem dos impostos normais ( k são bastantes ) pagam um imposto suplementar ( uns 3 ou 4 % dos rendimentos por ano ) para devolver a bolsa que receberam do estado.

Tenho um professor sueco que tem uns 60 anos e vai acabar em breve de pagar a bolsa que recebeu para fazer a licenciatura.

Assim conseguem ter uma vida independente mais cedo e depois vão pagando aos poucos o que receberam.

Enquanto a sociedade não lhes conseguir dar um emprego, não pagam o que receberam (porque o pagamento é feito na forma de percentagem dos rendimentos).

Admito que Portugal possa não ter condições para colocar em practica este esquema a curto prazo, mas podiasse ao menos andar um pouco nesse sentido.

Tambem admito que Portugal possa não ter condições para ter um ensino superior publico gratuito mas mesmo pagando propinas, poderia adoptar-se o esquema como na suecia, de pagamento em forma de imposto posterior. Assim o estudante paga os seus proprios estudos e os que não estudam na universidade já não dizem que andam a pagar os estudos dos outros!

Mas depois há outra questão, toda a gente quer ter uma universidade na sua terra, mas isso não é possivel! É devido a isso que hoje não há dinheiro para pagar as universidades. Abriram universidades em tudo o que é sitio e depois estão todas a 50%, mas um professor ou um funcionario não recebe 50% do salario so porque a universidade não esgotou as vagas!

Mas em Portugal parece que se quer continuar a fazer universidades em tudo o k é cidade em vez de se apoiar a deslocação dos estudantes para universidades maiores.

Mas pronto...Isto é so a minha opnião...

[NiGhT]

Um exemplo muito bom do quanto é eficaz a economia dos países nórdicas. De facto tens absoluta razão. Tendo em visto o actual panorama económico, é totalmente inviável por este plano em acção para daqui a pouco tempo. Mas pensando a médio-termo, penso que se pode levar isto a bom porto... Quem sabe se os nossos políticos não se lembram de que existem 10 milhões de pessoas para além deles...

[Pedro]

Yep, é o que mencionei no segundo post. E basta ver como são esses países a nível económico e social. Provavelmente Portugal só se irá aperceber de que essa é a "saída" deste problema quando for tarde demais. Nessa altura, teremos a economia completamente debilitada por andarmos a tentar competir em termos de mão-de-obra barata... e aí já não há hipótese de avançarmos para esta opção porque a economia definitivamente não a irá suportar.

[Pedro]

200 alunos do Minho de fora por causa das propinas

O reitor da Universidade do Minho (UM), Guimarães Rodrigues, estima que cerca de duas centenas de aluno tenham abandonado a instituição devido ao aumento da propina.

De acordo com o Diário Económico, aos 200 alunos que desistiram por causa dos 740 euros que a instituição adoptou, somam-se cerca de 800 estudantes que, de acordo com declarações de Guimarães Rodrigues ao programa Rádio - Universidade (que passa na TSF), "aceleraram para terminar a licenciatura".

Esta redução do número de alunos terá estado na base da diminuição em 2,4 milhões de euros do orçamento para a UM em 2005.

A UM tem já previsto um aumento do valor da propina para o ano lectivo de 2005.

Fonte: acabra.net

Não só forçaram alunos a abandonar a Universidade com o aumento de propinas, como também viram o orçamento a diminuír devido a essas desistências. Como se isso não bastasse, vão aumentar novamente as propinas para compensar o dinheiro que perderam devido às desistências que ocorreram quando as aumentaram.

É impressão minha ou quem está a dirigir a UM é completamente bronco? Em relação à UC, que eu saiba não foi divulgada nenhuma estimativa do género... mas considerando que a nossa propina é mais alta, o número de alunos nas mesmas condições cá ainda deve ser maior. E nem assim se decidem a baixar as propinas...

[Pedro]

DG-AAC - Reitoria “fora” da tomada de posse

A reitoria não foi convidada para a tomada de posse dos novos corpos gerentes da AAC. Mantém–se, assim, o “corte de relações” entre os estudantes e o reitor.

A tradição, este ano, não será cumprida. Tudo porque a tomada de posse da nova direcção–geral da Associação Académica de Coimbra (DG-AAC) não vai contar com a presença do reitor da Universidade de Coimbra, Seabra Santos.

Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o presidente cessante da Mesa da Assembleia Magna, Cláudio Schulz, disse que “a reitoria não foi convidada” para estar presente na cerimónia. É “da praxe” o reitor em funções ser convidado pela DG–AAC para autenticar a acta. Mas, de acordo com o estudante trata–se apenas de um acto simbólico “que faz parte da tradição”. Por isso, a validade da tomada de posse estará fora de questão.

Fonte: As Beiras

É só uma medida de protesto simbólica, mas acho uma boa decisão. Há muito tempo que o reitor deixou de representar a maioria dos estudantes... e este é mais um sinal.

[Uzumaki]

O reitor não representa os estudantes... esse é o papel do presidente da AAC.

[Pedro]

Estava a falar no sentido de ser um reitor de que os estudantes "gostassem", não de os representar. Ou seja, ser alguém que os estudantes quisessem nessa posição, em vez de ser alguém que os estudantes querem que se demita.

[Pedro]

Posse nas escadas

A nova direcção da AAC vai tomar posse ao ar livre. A Faculdade de Farmácia, quando soube que o reitor não é convidado, decidiu não ceder o espaço.

As escadas monumentais são o cenário escolhido para a cerimónia de tomada de posse dos novos corpos gerentes da Associação Académica de Coimbra (AAC), liderados por Fernando Gonçalves. Trata–se, todavia, de uma solução de recurso, decidida no fim–de–semana, após a recepção, sexta–feira, de um fax a “desmarcar” o espaço, na Faculdade de Farmácia, pedido há mais de um mês. Em causa a ausência de convite ao reitor.

“Na universidade, funcionamos como uma instituição”, prologa o presidente do conselho directivo da Faculdade de Farmácia, que recorda a tradição, “que vem desde o 25 de Abril”, de convidar o reitor, “até para homologar a posse”. Adriano Baptista de Sousa sabe que esta esta homologação não é legalmente necessária, mas “tem reconhecido valor simbólico”.

Está visto que o professor de Farmácia não gostou, mesmo nada, do que leu na manchete do DIÁRIO AS BEIRAS de quinta–feira. “Não posso aceitar uma desfeita destas à pessoa mais credível da Universidade de Coimbra, que coordena toda a instituição – e, por extensão, também a faculdade a cujo conselho directivo presido”. Nesse sentido, Adriano Baptista de Sousa tratou de comunicar, via fax e também através de um ofício, à direcção–geral da AAC, a indisponibilidade para a cedência do espaço.

Na AAC, a decisão da faculdade provocou uma mudança de planos. Assim, a opção foi pelo ar livre – se o tempo o permitir. Ocorre que, infelizmente para a agricultura e para as reservas hídricas do país, a seca e o tempo solarengo vão prolongar–se, pelo que a cerimónia vai mesmo ser nas escadas monumentais.

A cerimónia vai, também, ser a última aparição pública de Miguel Duarte, enquanto dirigente da AAC. A sua intervenção vai, portanto, ser uma espécie de legado político e, ao mesmo tempo, uma resenha dos principais pontos da sua visão do momento político, no ensino superior: a globalização neo–liberal; os desafios da internacionalização; a crise de missão da instituição universitária – cada vez mais uma “fábrica de licenciados, em vez de uma estrutura activa de formação de cidadãos”.

Ao DIÁRIO AS BEIRAS, Miguel Duarte adiantou que vai criticar a “lógica, dominante, de cedência à pressão da liberalização, no sentido da entrega das instituições universitárias ao mercado, obrigando as famílias a contribuir, no sector público, a níveis semelhantes aos do privado”. O ainda presidente da DG–AAC quer enfatizar a exigência de alteração do paradigma de intervenção do movimento associativo. “É preciso pensar globalmente e agir localmente”, refere, sublinhando a necessidade de discutir o modelo de ensino superior europeu, que conduza a uma “convergência real”.

Fonte: As Beiras

E cada vez vejo os alunos mais separados dos professores... compreendo a decisão da AAC em não convidar o reitor (acho até que seria ridículo fazê-lo), mas também compreendo o ponto de vista do presidente do CD da faculdade de farmácia, no sentido de entender a relação institucional que ele tem com o reitor. O que acho triste é ele não entender a posição dos alunos... apenas faz com que se aumente a distância já existente entre ambos os grupos. Acho que só mesmo a demissão do reitor é que poderá colocar um fim a isto tudo... mas não me parece provável que isso venha a acontecer.

[NiGhT]

A regra deles (professores) é muito simples. Ou estão connosco, ou estão contra nós. Querem saber mais? Que enfiem o dinheiro das propinas no rabo.

[Uzumaki]

Comparado com a situação da educação no ensino universitário e secundário, isto é mais uma novela do que outra coisa!

[peace^^]

Concordo com as propinas: não podemos esperar um Estado que nos dê tudo esperando que um dia nós possamos retribuir. Simplesmente não é lógico além de não ser lícitito

Não concordo é com este aumento abrupto. Quanto a mim o aumento (se é que tal deva existir!) deveria ser faseado e proporcional à inflação. Seria muito mais justo para todos.

I guess...

[Pedro]

Concordo com as propinas: não podemos esperar um Estado que nos dê tudo esperando que um dia nós possamos retribuir. Simplesmente não é lógico além de não ser lícitito

É tão pouco lógico e lícito que os países socialmente mais avançados da Europa têm esse sistema. Acho que obrigar as pessoas a pagar para aumentarem o seu conhecimento e, deste modo, auxiliarem o desenvolvimento do país, é que me parece pouco lógico e lícito.

[peace^^]

Não queiras comparar a economia portuguesa com a alemã ou inglesa. Ou até mesmo a Nórdica. Em Portugal quem quiser rastejar para fora da lama tem que pagar e pagar bem. É a nossa mentalidade. Mas entretanto constroem-se estádios vazios e pensam-se em candidaturas aos Jogos Olímpicos e tais...

É o país que temos...