Concentração anti-capitalista

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LOBO SOLITÁRIO
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Concentração anti-capitalista

Mensagem por LOBO SOLITÁRIO »

Publicidade Removida

Hesitei antes de fazer isto, porque ainda houve quem se tenha esforçado para manter uma discussão, mas o autor do tópico limitou-se a fazer copy/paste de spam político. Estive para o fechar logo quando ele se limitou a responder com copy/pastes que nada tinham a ver com o que estava a ser dito, mas deixei continuar para ver se ele corrigia a atitude. Como não mudou, e face ainda à sua atitude final, penso ser melhor bloqueá-lo, removendo também o cartaz da manifestação. Este fórum não é para ser utilizado para spam. Se só querem fazer publicidade e não pretendem discutir o tema dentro das regras, não abram o tópico.

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Lino
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Mensagem por Lino »

Ora aí está algo interessante, mas ao qual deveriam ir muitas pessoas. Pena que alguns o sigam apenas por ser da moda, mas depois continuem a consumir produtos capitalistas. O caminho para acabar com o capitalismo é muito longo e acidentado. E o que sugerem como alternativa?? Pois, que isso não é o fim do caminho, mas o início de outro!

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bluestrattos
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Mensagem por bluestrattos »

Se depois dessa concentração, prometerem que jamais voltam a pôr os pés, num qualquer McDonalds, a fazer compras num qualquer Continente ou outro grande Hipermercado, que jamais voltam a beber Coca-Cola ou outras bebidas desse mesmo tipo de empresas, que jamais voltam a entrar em cadeias de fast-food, então apoio a 100% essa manifestação.

Mas eu apesar de ser contra o capitalismo, reconheço a minha hipocrisia, e vou continuar a fazer tudo aquilo que acima referi.

SilentNoise
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Mensagem por SilentNoise »

Epá, se não gostam de ter dinheiro, comecem a distribuir pelo pessoal... :roll:
Não nos podemos dar ao luxo de viver sem recorrer ao capital. Então para mais numa sociedade já por si globalizada.
Ou propõe voltarmos a viver do que a terra nos dá, criar umas galinhas, umas vacas? Querem distanciar-se tanto do Estado Novo que acabam por querer voltar para essa altura...

E que tal lutar por algo que valha realmente a pena?
Make Trade Fair
ControlArms
GreenPeace
Oxfam

Um pequeno aparte...
Komité Kontra o Kapital... Muito boa escolha. Espero que não usem siglas.

Lino, já agora: o que é um produto capitalista? É algo comprado com dinheiro? Olha que se calhar é... E que tal se, em vez de pagarmos com dinheiro, voltarmos às trocas que se faziam na época medieval?

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

SilentNoise Escreveu:Epá, se não gostam de ter dinheiro, comecem a distribuir pelo pessoal... :roll:
É mais fácil formar grupos e organizar manifestações. Sinceramente, eu não entendo estes grupos contra o capitalismo... é certo que tem aspectos negativos, mas vejo aspectos ainda mais negativos nas alternativas. É como vocês disseram... é fácil protestar, mas o pessoal que protesta também gosta de ter dinheiro e duvido que nunca vá a um hipermercado ou que nunca beba Coca-Cola ou que nunca use qualquer outro "produto do capitalismo". Há lutas que valem a pena, não vejo que esta seja uma delas.

SilentNoise Escreveu:Komité Kontra o Kapital... Muito boa escolha. Espero que não usem siglas.
Também reparei nisso. Será que se trata de ignorância na escolha do nome ou foi propositado, para "arrastar" pessoas para uma manifestação com outro fim? :?

LOBO SOLITÁRIO
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Mensagem por LOBO SOLITÁRIO »

Quais são os modelos propostos à juventude? Riqueza fácil, sucesso fácil. Sempre a facilidade. Os heróis propostos ganham depressa dinheiro como corredores de automóveis, cantores, futebolistas. São os únicos exemplos oferecidos de uma certa virilidade, em que o indivíduo é mero espectador.

Os heróis propostos são heróis de prazer. De facto, os heróis de prazer consomem, enquanto os heróis de sacrifício não consomem.

A publicidade comercial, por embrutecimento científico das massas que condiciona para o consumo, depois de terem sido preparadas para necessidades artificiais, destrói o equilíbrio moral e psíquico das vítimas.

A insatisfação é o estado para o qual é necessário levá-los. Simultaneamente, a «felicidade» que lhes é proposta é representada por um carro, um whisky, um cigarro... Os imperativos comerciais, na sua monstruosa hipertrofia, estão aqui em oposição formal com as exigências da saúde moral de uma nação.

Há milhões de homens que alcançaram os gozos da sociedade material. Entre os beneficiários desta situação, a grande maioria cai na monotonia, na falta de controlo, no excesso. Basta observar os novos-ricos. Contudo emergem, aqui e além, homens que ultrapassam esse estado. É necessário ter experimentado todos os prazeres para conhecer o seu carácter vão e há que desconfiar do ascetismo dos pobres, porque está sujeito a quedas!

Isto vale para a futura elite dirigente, que deverá apresentar qualidades morais essencialmente diferentes das que são exibidas actualmente pelos que detêm o poder no mundo partidocrático. Não há na realidade instituições milagrosas destinadas a fazer a felicidade do povo. As coisas serão o que os homens forem.

É preciso, portanto, preocuparmo-nos com estes homens e dar-lhes uma preparação adequada e exemplos edificantes.

Falta ao homem dominar-se a si próprio.

Ao homem de «felicidade» que nos propõe o mundo plutocrático, devemos opor um homem de equilíbrio, equilíbrio interior.

Estamos muito longe dos moralizadores que pensam que a pobreza é geradora de virtudes. Um homem que tem fome, frio e medo, não está nas condições requeridas para se aperfeiçoar. O progresso material é, pois, uma das condições de elevação do Homem, porém, uma só entre muitas outras.

Uma outra condição é o conhecimento da lei do esforço, sempre presente na realidade das coisas. À moral da facilidade é necessário opor a moral do esforço, a moral da exigência.

O homem que correr para a «felicidade» nunca a encontrará; o homem que procurar o equilíbrio poderá, na melhor das hipóteses, lá chegar. Esse é o problema fundamental.

As disposições colectivas, religiosas, sociais, materiais, não são mais do que um quadro, um suporte. O trabalho deve ser terminado a título individual.

A sociedade materialista americana mostra-nos o beco sem saída em que cai uma sociedade que negligencia a preparação moral de seu quadro e das massas.

A sociedade material foi alcançada, mas à custa de um desequilíbrio psíquico generalizado. País de riquezas, país de nevroses; país de gozos, país de psiquiatras, igualmente. Depois de ter sublinhado a inutilidade relativa das instituições públicas perfeitas, deveremos ensinar que os homens — ou, pelo menos, imperativamente os chefes — devem realizar-se, terminar, concluir, isolados.

À moral gregária da facilidade e do gozo deveremos opor a moral do esforço constante e da exigência cumprida individualmente.

No decorrer dos séculos de História, os povos experimentaram todas as instituições com mais ou menos felicidade. Pois bem! Alguns homens gastarão a liberdade, como outros desperdiçaram a independência ou mesmo a prosperidade.

A maioria dos jovens encara com enorme ingenuidade os simples mecanismos das instituições, na crença do seu poder maléfico ou benéfico. Não se pode culpar os jovens revolucionários que imaginem poder chegar à Idade do Ouro com a ajuda de uma receita mágica que baptizamos de reforma de estruturas, de socialismo, de marxismo, ou de qualquer outra coisa.

Pelo contrário, não se deve subestimar a importância das estruturas legais e imaginar que as simples virtudes dos indivíduos chegam para solucionar os problemas.

Estas estruturas serão aplicáveis ou aplicadas apenas na medida em que, de princípio, os acontecimentos e as suas consequências o permitirem e, em seguida, sobretudo, na medida em que alguns homens as edificarem.

É o problema do homem europeu, da sua ética, do seu estilo.

De que serviria tentar o enxerto do patriotismo em cobardes, ou do socialismo em preguiçosos?

As coisas serão pois, em grande parte, o que os homens forem. Como são eles actualmente e como serão eles amanhã?

É necessário eliminar aqui toda uma série de lugares comuns, ultrapassar ingenuidades demasiado difundidas. Simultaneamente, é preciso propor valores, explicar que o homem forte deve limitar-se — essa é a marca da sua superioridade — e como a vontade de poder devidamente conduzida pode transformar-se em vontade de superioridade. A uma sociedade mergulhada na facilidade, nas combinações, será necessário opor uma moral da exigência.

O espírito tolerante é indiscutivelmente uma meta do homem realizado, do homem feito. A tolerância pode ser ingenuidade, pode ser cobardia, mas também pode habitar o coração de homens decididos e aos quais o combate não assusta.

Homens sem ilusões sobre os seus semelhantes, espíritos abertos a todas as especulações intelectuais. Neles, a tolerância, em nada detém o espírito de iniciativa, não enfraquece uma vontade de poder, de um tipo aperfeiçoado e superior.

SilentNoise
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Mensagem por SilentNoise »

Bom copy-paste (literalmente, porque o assunto é discutivel)... E, afinal, qual é a tua opinião sobre o assunto?

LOBO SOLITÁRIO
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Mensagem por LOBO SOLITÁRIO »

A que está no copy-paste

SilentNoise
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Mensagem por SilentNoise »

Com o devido respeito, a falta de argumentos é uma coisa terrível... :lol:
Última edição por SilentNoise em quarta-feira, 13 setembro 2006 16:23, editado 1 vez no total.

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Lino
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Mensagem por Lino »

Realmente usem outra sigla pois KKK está em uso há muitos anos e tem muito má reputação e uso (descubram o que é). Usem bom Português pois com essa sigla nem serão levados a sério...
Produtos capitalistas... bem àquela hora não sabia o que lhes chamar, mas é isso: Mac's, Coca Cola, grandes marcas...

Comecem a implementar Mercados Sociais, o Comércio Justo e outras formas de trocas não capitalistas. Isso é mais eficiente que uma Manif. Hoje em dia usa-se a educação e não a força.

SilentNoise
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Mensagem por SilentNoise »

Lino, o mercado de produtos é livre de vender aquilo que quer, bem como nós temos a opção de escolher entre determinados produtos. É isso que faz do mercado um mercado livre.
Propões mercados de trocas? Foi esse o motivo que levou, na idade média, a optar por algo que tivesse valor simbólico: a moeda. A ideia era facilitar a transacção de produtos. Valerá a pena voltar atrás?

Que culpa tem a McDonnald's de vender alimentação financeiramente mais acessível e lucrar imenso com isso? Não é esse o objectivo de todas as empresas, desde a maior multinacional até à mais pequena mercearia aqui da zona?
Imaginem que, de um momento para o outro, essas mesmas multinacionais fechavam por qualquer razão. Pois é... Em vez de estarem a organizar movimentos anti-capitalistas e outros que tais, viravam-se para manifestações contra o fecho das mesmas e o respectivo desemprego...
Não queiram propor comunismos puros (utópicos) porque o tempo não é propício a isso.

Se há coisa de que não abdico é dos meus pequenos luxos diários. Se não fosse assim, para que é que estamos a perder tempo nesta grande bola azul? A esperança média de vida de um homem está nos 80 anos. Querem desperdiçar metade a pensar como seria bom viver da agricultura de subsistência e do racionamento de refeições?

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

SilentNoise Escreveu:Propões mercados de trocas? Foi esse o motivo que levou, na idade média, a optar por algo que tivesse valor simbólico: a moeda. A ideia era facilitar a transacção de produtos. Valerá a pena voltar atrás?
Depois era giro querer pagar o acesso à net... mandávamos umas 50 cenouras e 30 batatas para o ISP. :? Ninguém obriga os clientes a comprar em determinado sítio, excepto quando esse é o único fornecedor do bem em questão. Se querem protestar, não façam compras nos sítios que vocês consideram "pesadelos capitalistas". Mas, tal como já foi referido, se esses "pesadelos capitalistas" acabassem, a nossa qualidade de vida piorava de uma maneira incrível. Afinal, muito do progresso que temos efectuado é motivado pela perspectiva de lucro... e não o estou a ver a ocorrer de outra maneira.

SilentNoise
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Mensagem por SilentNoise »

50 cenouras e 30 batatas? Acho que não chegava... :lol:

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Pronto, eu acrescento duas cadeiras e cinco litros de leite.

SilentNoise
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Mensagem por SilentNoise »

O pessoal que trabalha nos ISPs, com certeza, não se iria queixar. Não precisavam de voltar a entrar em antros de capitalismo... B)