Falha na ETAR não originou mau cheiro
João Damasceno, administrador da empresa que gere a estação de tratamento de águas residuais (ETAR) do Choupal, admitiu, ontem, que este equipamento teve um "problema com um decantador", há alguns dias atrás, mas garantiu que essa avaria não foi a causa do mau cheiro que se fez sentir na cidade de Coimbra.
O mau cheiro, como também explicou o provedor do Ambiente de Coimbra, Salvador Massano Cardoso, deveu-se à utilização de toneladas de lamas, provenientes de algumas ETAR, na fertilização de campos agrícolas próximos da zona da Geria.
"Após contacto com o agricultor proprietário dos referidos terrenos, este informou que o procedimento se encontra legalizado, sendo o fornecedor deste tipo de composto um operador legal e autorizado para tal", informou um comunicado da provedoria do Ambiente, que diz ter sugerido, ao agricultor, medidas para atenuar o mau cheiro.
João Damasceno, o administrador da empresa multimunicipal Águas do Mondego, assegurou, por outro lado, que a avaria verificada "na roda de um decantador" da ETAR do Choupal (em data que não precisou) nem sequer obrigou a descarregar efluentes não tratados no rio Mondego. Segundo a explicação que deu ao JN, a ETAR tem dois decantadores e um deles estava em funcionamento, enquanto o outro era reparado.
O responsável insistiu na ideia de que a ETAR do Choupal "é robusta, segura", mas, tal como uma "fábrica", também tem as suas avarias. Na última sexta-feira, quando contactado pelo JN, a propósito do mau cheiro que se sentia em boa parte da cidade de Coimbra, João Damasceno negara que tivesse ocorrido qualquer avaria na ETAR do Choupal.
in Jornal de Notícias