FCTUC quer contrariar insucesso escolar

Para professores, alunos e funcionários do ensino superior
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Pedro
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FCTUC quer contrariar insucesso escolar

Mensagem por Pedro »

FCTUC quer contrariar insucesso escolar

Cerca de 300 alunos da faculdade desistiram dos estudos em 2005, é o que dizem as inscrições no ano lectivo que agora se iniciou. A grande maioria foi incapaz de concluir uma única cadeira

Mais de 70% dos alunos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) que, no último ano lectivo, abandonaram o curso não obtiveram aprovação a nenhuma disciplina.
Juntando os que, em 2004-2005, conseguiram classificação positiva em apenas uma ou duas cadeiras, este número eleva-se para quase 80%.

Os dados foram recolhidos pelo docente João Gabriel Silva, que pretende, agora na qualidade de presidente do Conselho Científico do mesmo estabelecimento (ver caixa), «apostar fortemente na avaliação contínua, nomeadamente para os alunos do 1.º ano» das licenciaturas, revelou, ontem, o presidente do Conselho Directivo da FCTUC.

Ao Diário de Coimbra, Lélio Quaresma Lobo explicou que os alunos vão ser acompanhados, devendo, por exemplo, «de 15 em 15 dias, fazer trabalhos pelos quais serão avaliados». «A ideia é atenuar o insucesso, contratando estudantes de doutoramento ou licenciados para a função de coadjutores dos professores», disse, ainda, Quaresma Lobo.

De acordo com o catedrático de Engenharia Química, «o abandono» na FCTUC, frequentada por pouco mais seis mil alunos, «rondará os 5%». Ou seja, três centenas de estudantes não se inscreveram, este ano, nos respectivos cursos.

Quaresma Lobo ressalva que «com a introdução do valor máximo das propinas, o número de abandonos aumentou relativamente pouco, na ordem de algumas dezenas em relação a anos anteriores», o que «significa que não é por esse factor que os alunos deixam de estudar».

Ontem, durante a sessão de abertura do ano escolar no Departamento de Engenharia Civil da FCTUC, também o reitor da instituição se mostrou preocupado com o facto de o número de anos de permanência dos estudantes nas licenciaturas ser «muito superior» ao número de anos de duração do curso. «Há uma ligação muito forte entre insucesso escolar e abandono», frisou Fernando Seabra Santos.

Para o reitor da Universidade de Coimbra, vai ser preciso «ter imaginação para apresentar soluções» que contrariem os níveis de insucesso, muito associados à «baixa preparação» que os alunos trazem do ensino secundário.

No entanto, há «soluções» que diz estarem dentro da esfera de competências da UC, que não devem deixar de ser tomadas, sublinhando «a relação directa entre o número de horas que o aluno dedica às aulas e o resultado final nos exames e nas avaliações».

Para Seabra Santos, é importante «ajudar os que têm dificuldade e valorizar os que têm mérito», o que, de alguma forma, a UC já faz – dispõe de um fundo de apoio social que permite atribuição de 1200 bolsas, além de premiar 3% dos melhores alunos todos os anos.

Mas nem tudo é mau. Pelo segundo ano consecutivo, a UC assegura a terceira posição na taxa de ocupação de vagas (94% foram preenchidas nas duas primeiras fases do concurso nacional de acesso ao ensino superior). Logo a seguir à Universidade Técnica de Lisboa e à Universidade do Porto, situadas nas «grandes bacias demográficas de recrutamento». O que para Seabra Santos significa um «êxito» assinalável.

Por outro lado, notou o reitor, «em três anos, o número de alunos de pós-graduação subiu de 6% para 16%», uma curva que «deverá manter-se nos próximos anos» e que, «longe de ser vivida como um drama, deve ser entendida como mais um desafio, que grandes instituições da Europa já atravessaram num passado recente».

Mais. «Daqui a dez anos, as universidades europeias vão ser classificadas em termos da qualidade das suas pós-graduações», salientou, numa alusão ao processo de Bolonha, que visa tornar as formações de nível superior facilmente comparáveis entre os vários países. Pelo que é desejável «evitar que a UC possa vir a ser considerada exclusivamente como uma universidade de graduação», disse.

Fonte: Diário de Coimbra
Escolher o João Gabriel Silva para tomar decisões para combater o insucesso escolar... um professor que tinha a "honra" de ter a cadeira com a mais elevada taxa de reprovação do DEI e que passava metade do tempo a falar de política em vez de dar aulas. Mais um pouco e colocamos o Saddam a liderar uma comissão para proteger os direitos humanos. :lol:

A "maravilhosa" avaliação contínua proposta é utilizada no DEI e levantou muitos mais problemas do que trouxe. Os alunos ficaram com excesso de trabalho porque os professores não fazem a mínima ideia sobre se a carga que aplicam é excessiva ou não (a maioria parece pensar que a sua cadeira é a única) e a qualidade dos trabalhos foi-se completamente abaixo. Querer agora fazer o mesmo com toda a FCT é completamente aberrante. É como tentar resolver a sinistralidade rodoviária espalhando óleo nas estradas.

usaralho
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Mensagem por usaralho »

Estes gajos são burros. Avaliação continua? O resultado é porem os alunos a trabalhar que nem porcos, com trabalhos atráz de trabalhos esquecendo-se que tem que ensinar os alunos a fazer alguma coisinha. Como uma aluna do dei me disse "só avaliam e esquecem-se de ensinar". Avaliação continua só dá para fazer com poucos alunos, dá mais trabalho aos professores, teóricamente pois dão-lhe a volta de modo a dar menos.
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Lino
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Mensagem por Lino »

Issodos trabalhos é absurod, há profsquenos fazem fazer imensos trabalhos pensando que só temos aquilo, e há alguns mais idiotas e inúteis que os outros...
Coimbra tem mais encanto... terá?
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Dracula
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Mensagem por Dracula »

Para fazer trabalhos, nunca há tempo...

Para andar na noite nas festas e convivios todos os dias, já há :roll: :roll:

Quero ver metade desta gente, quando chegar apor os pés numa empresa, em que tenham de passar lá noitadas para acabar um projecto a tempo :lol:

NiGhT
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Mensagem por NiGhT »

Convido o Sr. Pr. Dracula a ver quantos dos que aqui estão registados no fórum e são alunos do DEI, se vão a convívios e se andam na noite nas festas. Só para título de exemplo, eu tenho estado a trabalhar nos projectos que já por aí andam. E ontem saí do DEI às 3h50m. E não estive a brincar. Nem todos são cábulas. E é verdade: há muito professor no DEI com um défice descomunal a nível de qualidade na componente lectiva.

Dracula
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Mensagem por Dracula »

Só te fez bem...assim quando chegares ao mercado de trabalho, já não apanhas com o choque :lol: :lol:

Vocês fazem-me lembrar o governo e os papás dos meninos do secundário:

Se um aluno tem boas notas, é porque é um bom aluno, é aplicado, é trabalhador...Se o aluno tem más notas, é porque a culpa é do professor, que é mau professor, que não explica, etc.... :evil:

Curioso...nunca há bons professores, então... :evil:

NiGhT
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Mensagem por NiGhT »

Há bons professores. Ninguém o nega. O Professor Vitaly, o Professor J. Neves (associados do DEI) são muito bons professores. O Professor Alberto Cardoso tenta também sê-lo. Mas infelizmente estamos a falar de um espectro mto curto da gama de professores do DEI. E só falo desses, uma vez que lá estudo.

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Corsario-Negro
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Mensagem por Corsario-Negro »

Quaresma Lobo ressalva que «com a introdução do valor máximo das propinas, o número de abandonos aumentou relativamente pouco, na ordem de algumas dezenas em relação a anos anteriores», o que «significa que não é por esse factor que os alunos deixam de estudar».
Falam das pessoas como se fossem apenas números... enfim.


No DEI este ano reuniram-se antes das aulas para tentar enquadrar a carga horária.... diga-se que há semanas em que chegamos a ter perto de 50 horas de trabalho (-25h das aulas)... mas claro... basta um trabalho ser adiado pq o professor esqueceu-se de disponibilizar a tempo (ou nao o tinha preparado a tempo) o enunciado para o mapa de cargas ficar completamente baralhado e além disso aquilo são as estimativas dos Professores sobre o tempo que acham que nós vamos demorar em média... diga-se que em informática basta haver uma coisinha mal no meio de milhares de linhas de código para se poder demorar por vezes horas até conseguirmos isolar o erro.


Pessoalmente sou a favor de uma avaliação contínua, no entanto para isso as aulas puramente teóricas com "o ano todo" deveriam acabar e dar lugar a aulas mais personalizadas para pequenos grupos, algo que acontece por vezes nas ditas aulas teorico-práticas e nas quais se fica a perceber mt melhor a teoria (nada como praticar, errar e analisar para compreender a teoria).

E claro... alguns professores deveriam ter aulas de pedagogia para aprenderem a ensinar e técnicas de cativação dos alunos... debitar matéria dos acetatos nas teóricas quase sem espaço para análise critica e pausada assim como tempo suficiente para começarmos logo a assimilar conceitos, é o mesmo que estarmos a ler os acetatos e irmos expor as dúvidas ao gabinete.


Já agora... LEI irá ser um dos 4 cursos-piloto da UC a implementar Bolonha se calhar já para o ano... desde que não me obriguem a mim e aos que hão-de vir, a pagar propina de Mestrado para concluir o mesmo (isto é... ficar com os 5 anos da prestes-a-ser-antiga Licenciatura)...
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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Dracula Escreveu:Só te fez bem...assim quando chegares ao mercado de trabalho, já não apanhas com o choque :lol: :lol:
Yeah, afinal os professores não devem ensinar... devem é encher os alunos com trabalho para eles não notarem a diferença ao chegar ao mercado de trabalho. Acho que devíamos colocar essa definição no dicionário. :? São pagos para ENSINAR, façam-no! Trabalhem! Mas não... é fácil dar trabalhos aos alunos, mas adiar constantemente entregar esses mesmos trabalhos alterando por completo os planos (Henrique Madeira), é fácil decidir trabalhos e só os corrigir dois meses depois das aulas acabarem (Dias Figueiredo), é fácil pedir trabalhos e no fim nem sequer olhar para eles (Dias da Silva), é fácil pedir trabalhos estando consciente que os prazos são apertados demais e rir-se quando um aluno desiste (Paulo Marques)... yeah, a avaliação contínua vai salvar o mundo e são tudo óptimos professores.

Refira-se que a avaliação contínua que é dada no DEI pouco ou nada contribui para fazer com que a experiência na universidade seja igual à da vida real. Aliás, todo o curso está desfasado da realidade. Mas isso não interessa corrigir, interessa é instaurar a avaliação contínua como salvação do ensino. Parece que não é só no Ministério da Justiça que há incompetentes...

Curioso...nunca há bons professores, então... :evil:
Haver há. São é uma minoria bastante pequena. A grande maioria são maus professores que preferem culpar os alunos pelos maus resultados em vez de olhar para as suas próprias falhas. Mas lá está... são professores universitários e estão habituados a serem os maiores e não terem de responder pelos seus erros. Se isso algum dia mudar... a maioria muda de profissão rapidamente.

Dracula
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Mensagem por Dracula »

Quer me parecer é que tu queres é a papinha toda feita :lol: ..

Meu caro, isto não é o secundário...Já és maior de idade..."desenmerda-te"...

Parecem umas criancinhas...é só queixar, só queixar....

Por acaso pensas que quando chegares a uma empresa, vais ter lá alguem a quem pedir socorro, quando não souberes fazer uma coisa? :lol:

Não sabes, azar...aranja-se quem sabe fazer e tu podes ir à tua vida procurar outro emprego :roll:

Se achas que a coisa assim está mal, então espera até vir bolonha. :lol:

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Dracula Escreveu:Quer me parecer é que tu queres é a papinha toda feita :lol: ..

Meu caro, isto não é o secundário...Já és maior de idade..."desenmerda-te"...

Parecem umas criancinhas...é só queixar, só queixar....
Estamos a tentar discutir como resolver os problemas do ensino superior. Há quem prefira viver numa fantasia e achar que está tudo bem (principalmente porque os problemas não o afectam).

Dracula Escreveu:Por acaso pensas que quando chegares a uma empresa, vais ter lá alguem a quem pedir socorro, quando não souberes fazer uma coisa? :lol:

Não sabes, azar...aranja-se quem sabe fazer e tu podes ir à tua vida procurar outro emprego :roll:
Eu já estou numa empresa. E, aparentemente, só os professores é que acham que as empresas funcionam como a universidade funciona agora (deve ser de só saberem como funciona uma empresa pelos filmes). É que existe uma coisa muito gira nas empresas chamada "trabalho de equipa", que aumenta bastante a produtividade. Existe uma coisa chamada "responsabilidade", que faz com que as pessoas tenham noção do que devem fazer e de qual é a sua principal tarefa, o que não acontece na universidade. Agora, o que acontece nas empresas e não há na universidade é a responsabilização do trabalhador... se falha, sofre consequências. Na universidade, se falha, está tudo bem e pode ser que um dia chegue a professor catedrático.

Na vida real é necessário trabalhar bastante, mas também nos são dadas condições para o fazer e remunerações aceitáveis. Na universidade somos nós que pagamos para ver esse dinheiro ser usado para tudo menos melhorar as nossas condições de ensino. Algo está muito errado...

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freejoin
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Segundo o que li, é que LEI este ano já está pelas definições do Tratado de Bolonha.
Os xulos querem é dinheiro para os Jaguares :| bois do minho

usaralho
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Dracula Escreveu:Quer me parecer é que tu queres é a papinha toda feita :lol: ..

Meu caro, isto não é o secundário...Já és maior de idade..."desenmerda-te"...

Parecem umas criancinhas...é só queixar, só queixar....

Por acaso pensas que quando chegares a uma empresa, vais ter lá alguem a quem pedir socorro, quando não souberes fazer uma coisa? :lol:

Não sabes, azar...aranja-se quem sabe fazer e tu podes ir à tua vida procurar outro emprego :roll:

Se achas que a coisa assim está mal, então espera até vir bolonha. :lol:
Senhor professor, deve pensar que aqui nunca ninguem trabalhou. Se calhar falta ao senhor professor é umas noites de copos para desinibir e não ter medo de trabalho de equipa.
Ninguem pede trabalhos feitos, aliás, até sou contra a ajuda de professores que em certos casos chega a ser estupidamente exagerada. Pedimos sim é aquilo que compramos: que nos ensinem, se vamos às aulas que nos expliquem como deve ser, que não mandem a matéria ao ar. Penso que é esse o papel de um professor. Um bombeiro também não deixa as mangueiras no fogo a correr àgua e espera que ele se apague. Se não é para isso, fico em casa, leio livros, aprendo mais, faço umas coisas por iniciativa própria e no fim ainda posso passar à frente de quem tem um curso lindo, porque as empresas, apercebendo-se da triste realidade do ensino superior, começam a mandar as notas dar uma volta.
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usaralho Escreveu:porque as empresas, apercebendo-se da triste realidade do ensino superior, começam a mandar as notas dar uma volta.
A grande maioria das empresas da minha área já manda as notas dar uma volta (e eu admito que, nas contratações que fiz na empresa onde trabalho, também não liguei a esse aspecto). Interessa é a experiência que a pessoa tem. É o "ensino superior de qualidade" e "ultra-realista" a mostrar o seu valor...

mario
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Mensagem por mario »

usaralho Escreveu:Senhor professor, deve pensar que aqui nunca ninguem trabalhou.
Dracula é professor?

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