"Ano zero" no ISEC?

Para professores, alunos e funcionários do ensino superior
usaralho
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Mensagem por usaralho »

Já agora sou contra qualquer tipo de explicação fora da escola até ao 12º ano :evil:
Gostas de bicicletas antigas? Então experimenta o Amigos das Pasteleiras

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Gold
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Mensagem por Gold »

pedrotuga Escreveu:A minha pergunta é: porque este ano no isec?
ha algum problema em frequentar uma escola secundaria da forma mais natural e obvia possivel?
Em resposta à primeira pergunta tenho de colocar outra: Porque não este ano no ISEC? Se é legal, é apenas mais uma escolha para os alunos que não entraram. Depois cada um faz o que lhe apetece. Se é para o ISEC ganhar dinheiro, logo que lá se continue a pagar propinas com um valor mais baixo que noutras instituições, tanto melhor.

Em relação à segunda questão. Não vejo qualquer problema em frequentar de novo uma escola secundária ou um explicador, tal como não vejo em frequentar este ano implementado no ISEC.
Deixa para amanhã, o que não te apetece fazer hoje.

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

ISEC abre ano zero

O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) vai ajudar os alunos que não tenham tido bom aproveitamento nas específicas de Matemática, Física e Química.

Tendo em conta as dificuldades dos alunos do ensino secundário em obterem a nota mínima (9,5) nas provas específicas das disciplinas base das engenharias, o ISEC decidiu dar uma “ajuda” e implementar o ano zero. Assim, todos os interessados que tenham concluído o 12.º ano podem agora aprofundar os seus conhecimentos em Matemática, Física e Química nas instalações daquele instituto.

“A ideia surgiu em Junho do ano passado, devido à necessidade de aumentar a qualidade de ensino nas áreas tecnológicas”, adiantou ontem Jorge Benardino, presidente do Conselho Directivo do ISEC. Uma medida que também tem em conta as dificuldades sentidas pelos alunos na área científica. “Temos notado que os alunos vêm muito mal preparados a nível das disciplinas de Matemática e Física”, realçou António Grade, vice–presidente do Conselho Directivo do ISEC.

“O que vamos oferecer é a formação das disciplinas base com os conteúdos programáticos do 12.º ano”, acrescentou.

Opcionalmente, os alunos podem frequentar duas disciplinas em cada semestre, disciplinas essas que serão definidas por cada departamento. Assim, se um aluno quiser entrar em Engenharia Informática, pode aprender alguns conceitos relacionados com aquela área. Todavia, o número de disciplinas (incluindo Matemática, Física ou Química) nunca pode ultrapassar as três por semestre.

Os estudantes podem vir a obter equivalência relativamente às disciplinas opcionais, caso o respectivo departamento assim o entenda e sempre que haja a aprovação do Conselho Científico.

“Com esta medida ajudamos os alunos a aumentarem as suas qualificações ao nível do ingresso ao ensino superior”, referiu Jorge Benardino. Além disso, pretende–se aumentar as vocações nas áreas tecnológicas, dando a possibilidade de frequentar e adquirir conhecimentos numa instituição “que seja credível”.

Para frequentar o ano zero, os interessados devem pagar uma propina de 500 euros por ano (pagamento até ao máximo de três prestações) o que, para Jorge Benardino, “não é um valor elevado já que, se os alunos tivessem que pagar explicações, pagariam muito mais”.

Além disso, com esta acção, “estamos a contribuir para o desenvolvimento do país e para que a franja dos mais de cinco mil alunos que não acederam ao ensino superior tenham mais sucesso para o ano”, realçou o responsável.

O prazo de candidatura à frequência do ano zero decorre entre os dias 26 de Setembro e 10 de Outubro. Os resultados são fixados a 13 de Outubro. Nesse dia começa o período de matrículas, que se prolonga até ao dia 19. Os alunos interessados devem apresentar um requerimento de candidatura Modelo 13 (disponível em www.isec.pt/ano_zero), um comprovativo de habilitações académicas, uma fotocópia do bilhete de identidade e do número fiscal e duas fotografias.

De salientar que esta formação não confere qualquer prioridade no acesso ao ensino superior no próximo ano lectivo.

Fonte: As Beiras
E aconteceu o que estava à espera... 500 euros por ano parece-me um valor exagerado para o que é oferecido, pessoalmente penso que mais vale gastar esse dinheiro em explicações privadas. Mas, com a quantidade de vagas deixadas em aberto, não me espanta que esta venha a ser considerada como uma boa fonte de rendimento e que a ideia venha a ser copiada por outros institutos (e espero que, ao menos, melhorada).

Dracula
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Mensagem por Dracula »

Gostas de falar mal sem saber :evil:

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Comentei a situação com base na minha experiência com aulas universitárias, com a informação dada até ao momento e com as várias alternativas existentes, pelas quais também passei. Ou sou obrigado a dizer bem de tudo? :?

Mas ok, para fundamentar mais profundamente a minha opinião... estamos a falar de 500 euros por 6 cadeiras, onde se dará o que é ensinado gratuitamente no secundário. Não se trata de explicações privadas em grupos de 2 a 4 alunos (que se consegue por menos dinheiro e onde se obtém um óptimo acompanhamento), mas sim de aulas normais (ou, pior ainda... aulas universitárias... a minha experiência indica que têm praí 1/10 da qualidade de uma aula normal). Considerando que um aluno "normal" irá ter duas específicas, apenas sobra uma cadeira introdutória por semestre (a tal que poderia fazer a diferença para justificar isto), o que me parece longe de merecer os 500 euros.

Acho que isto é um conceito interessante, mas nunca na forma como está a ser realizado: teria que ter um preço muito inferior ou, em alternativa, algo que justifique a diferença (um maior número de aulas que tratem de elementos relacionados com o curso que o aluno pretende seguir). Como está, parece-me uma forma de o ISEC ganhar dinheiro fácil e os alunos poderem "fingir" que são universitários.

Maia
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Mensagem por Maia »

Acho que mais uma vez o Politécnico mostra credenciais...

Segundo sei as inscriçoes avançam em bom ritmo, porque será????

Apesar de quererem fazer dinheiro as proprinas pagam-se bem é pros lados dos polos, digo-vos uma coisa absurda (2x mais do que no ISEC)

Eu acho esta medida uma boa iniciativa, se vai dar resultado não sei, acho que ninguem sabe!

;)

Maia
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Mensagem por Maia »

e atenção informem-se bem das condiçoes pois uma das coisas que ouvi no ISEC é que não passam a ser universitarios...

...e vão ter de fazer os exames nacionais como outra pessoa qualquer!

Têm sim a vantagem de ir ja fazendo cadeiras do cursos que querem...se optarem po ficar no ISEC claro.

Agora querem entrar nos polos???? Pa ha que tirar boas notas para isso, porque se o complexo de entrar num politecnico for grande então ai esta nova medida do ISEC nao vos diz nada!

;)

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Gold
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Mensagem por Gold »

500€ por 6 cadeiras,

880€ por 10, 11 ou 12...

Como diria alguém que muitos já não se lembram... "É fazer as contas..."
Deixa para amanhã, o que não te apetece fazer hoje.

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Mas, dessas 6, 4 são gratuitas na maioria dos estabelecimentos de ensino secundário. E refira-se que, pessoalmente, acho os 900 euros do ensino superior uma idiotice pegada, mas isso é outra discussão.

[^spoon^]
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Mensagem por [^spoon^] »

Sou da opinião do Pedro que o "ano zero" não vai trazer melhoramentos algum no sistema educacional, a não ser as escolas ganharem mais dinheiro com as propinas...


Abraço
Eu sou eu...tu és tu!

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Gold
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Mensagem por Gold »

Uma pessoa que não entrava no ensino superior, se me esquecer de alguma outra hipótese avisem, podia:
  • Ir para as obras e depois tentar outra vez
    Passar o ano em casa sem fazer nada e tentar outra vez
    Ir ter explicações durante todo o ano e tentar outra vez
    Ir para uma escola secundária e tentar outra vez
    Arranjar um livro ou dois e estudar em casa e tentar outra vez
E este ano pode ainda:
  • Matricular-se no ano zero do ISEC e tentar outra vez
Agora digam-me qual é o problema da última hipótese?

Não é a única hipótese com custos. A cena de não apresentar melhoria no sistema educacional é engraçada... pois sinceramente das outras hipóteses qual é a que apresenta melhoria para esse tal sistema? Talvez a primeira, pronto.

É a única que permite fazer cadeiras/disciplinas, que podem dar, aquando da entrada no ensino superior, equivalência a cadeiras do curso no qual entrou.

Para o ano já se pode dizer se frequentar esse ano é benéfico ou não, mas até lá acho que ninguém tem capacidades para dizer se é bom ou não. Caso alguém tenha essas capacidades, peço que me informe também da chave do euromilhões desta semana. Obrigado.
Deixa para amanhã, o que não te apetece fazer hoje.

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Gold Escreveu:Para o ano já se pode dizer se frequentar esse ano é benéfico ou não, mas até lá acho que ninguém tem capacidades para dizer se é bom ou não. Caso alguém tenha essas capacidades, peço que me informe também da chave do euromilhões desta semana. Obrigado.
Eu acho que é fácil analisar o que está previsto, tendo em conta a experiência com aulas do secundário, a experiência com aulas da universidade e a experiência com explicações... pessoalmente, preferia gastar o meu tempo e dinheiro em explicações privadas em grupos pequenos, com garantia de aprender alguma coisa (porque já passei por isso e tive explicadores que me levaram da negativa ao 18 no 12º), do que a ter aulas normais e que são gratuitas em qualquer escola secundária. Posso não saber prever a chave do euromilhões, mas isso nada tem a ver com esta questão...

Dracula
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Mensagem por Dracula »

Aqui o nosso amigo Pedro passou umas "más experiências" com alguns professores que lhe fizeram a "vida negra" e gosta de generalizar a todas as instituições de ensino, mesmo que não as conheça :roll: :lol:

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Gold
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Mensagem por Gold »

Pedro Escreveu:... pessoalmente, preferia gastar o meu tempo e dinheiro em explicações privadas em grupos pequenos...
E eu preferia passar o ano a estudar por um livro ou dois.

As nossas preferências, ou experiências passadas, não fazem com que o ano zero do ISEC seja uma má ideia mesmo antes de ser aplicada e de se poder analisar os resultados.

E volto a lembrar que este ano zero do ISEC é apenas mais uma opção entre muitas e estar a criticá-lo apenas porque se prefere uma das outras hipóteses, na minha opinião, não faz muito sentido.
Deixa para amanhã, o que não te apetece fazer hoje.

[^spoon^]
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Mensagem por [^spoon^] »

Vejamos o porquê eu dizer que não trará vantagens...

1º Uma aula universitária é bem diferente de uma aula do secundário, isto porque, os professores não dão tanta atenção aos alunos como secalhar estes precisam para passar no exame nacional.
2º Como se aprende melhor? com 50 pessoas num anfiteatro ou com 20 ou com 5?
3º Pagar 500 euros em propinas não é assim tão pouco quanto isso quando se pode pagar aproximadamente 30 euros para se fazer um ano numa escola pública.
3º No 12º ano dá-se a matéria em que vão ser avaliados com conta peso e medida.
4º Cheira-me a medida para combater o não preenchimento de vagas na escola e forma mais simples de ir buscar dinheiro porque os professores e as infraestruturas são as mmas...
5º Por estes e outros motivos, a meu ver não trará nenhuma vantagem.


Sem mais,
Bruno
Eu sou eu...tu és tu!

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