É pena a notícia estar algo incompleta, seria interessante saber mais alguns detalhes. Paga por erro, porque é cobrado um valor fixo, porque é cobrado um valor acima da média...? Em qualquer dos casos, parece mais uma situação de aproveitamento de dinheiros públicos que deveria estar nos tribunais...Água/Coimbra: Sociedade pública esmifra empresa municipal
A empresa municipal Águas de Coimbra (AC) paga à sociedade Águas do Mondego (AdM), controlada pelo Estado, mais 25 por cento do que deve, lamentou, hoje, o economista Manuel Machado.
O autarca fez o lamento durante uma reunião da Câmara de Coimbra, proprietária da AC, fazendo notar que a empresa municipal paga, anualmente, 17 milhões de metros cúbicos de água, apesar de só vender 12,70 milhões.
Urge reequacionar o teor do acordo outorgado pela AC e pela AdM, pois trata-se de um contrato «leonino» para os cofres da sociedade pública, alegou o presidente da Câmara conimbricense.
O capital social da Águas do Mondego, grossista da distribuição, é maioritariamente detido pelo Grupo Águas de Portugal, cabendo à AC o papel de principal cliente da sociedade pública.
Fonte: Campeão das Províncias
Água/Coimbra: Sociedade pública esmifra empresa municipal
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Pedro
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Água/Coimbra: Sociedade pública esmifra empresa municipal
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pauloms
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Re: Água/Coimbra: Sociedade pública esmifra empresa municipa
E será que haveria interesse por quem "mandou" a informação, o tal economista, de dar mais detalhes? Se calhar a noticia não tinha tanto impacto...
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Ruizito
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Re: Água/Coimbra: Sociedade pública esmifra empresa municipa
Esclarecimentos:
Primeiro: não há aqui aproveitamento de dinheiros públicos, pois quer a AC, quer a AdM são 100% públicas;
Segundo: O valor pago pela AC foi estimado e contratualizado aquando da concessão do serviço em "alta" à AdM. O valor foi estimado por excesso (mais aí a culpa é das duas partes), no entanto tal deveu-se ao facto de nessa data as duas redes estarem interligadas e ser impossível contabilizar a água que a AC recebe da AdM. Desde essa altura decorreram obras de separação das redes, com colocação de caudalímetros nos pontos de entrega, para poder contabilizar a água toda. Só que, e aí a culpa é da AdM, essa separação nunca mais está concluída, e por isso ainda não é possivel contabilizar os reais valores, logo o pagamento continua a ser feito pelo valor estimado inicial;
Terceiro: a CMC é também accionista da AdM e a sua principal cliente (mais de 50% dos consumidores) logo, em vez de se queixar, meta mãos à obra e acabe com essa pouca vergonha que é o Estado estar a sugar o dinheiro autárquico para manter uma empresa megalómana com um buraco financeiro gigantesco (o grupo Águas de Portugal, da qual a AdM faz parte tem uma dívida acumulada semelhante à da CP, Carris, Estradas de Portugal etc, que como é sabido são as maiores do país);
Quarto: E aqui o ponto é a favor da AdM. Se na água o prejuízo é claramente do lado do municipio, já no saneamento é do lado oposto. Fazendo as contas, e mesmo assumindo que o prejuízo continua do mesmo lado, se calahr já não será assim tão grande.
Primeiro: não há aqui aproveitamento de dinheiros públicos, pois quer a AC, quer a AdM são 100% públicas;
Segundo: O valor pago pela AC foi estimado e contratualizado aquando da concessão do serviço em "alta" à AdM. O valor foi estimado por excesso (mais aí a culpa é das duas partes), no entanto tal deveu-se ao facto de nessa data as duas redes estarem interligadas e ser impossível contabilizar a água que a AC recebe da AdM. Desde essa altura decorreram obras de separação das redes, com colocação de caudalímetros nos pontos de entrega, para poder contabilizar a água toda. Só que, e aí a culpa é da AdM, essa separação nunca mais está concluída, e por isso ainda não é possivel contabilizar os reais valores, logo o pagamento continua a ser feito pelo valor estimado inicial;
Terceiro: a CMC é também accionista da AdM e a sua principal cliente (mais de 50% dos consumidores) logo, em vez de se queixar, meta mãos à obra e acabe com essa pouca vergonha que é o Estado estar a sugar o dinheiro autárquico para manter uma empresa megalómana com um buraco financeiro gigantesco (o grupo Águas de Portugal, da qual a AdM faz parte tem uma dívida acumulada semelhante à da CP, Carris, Estradas de Portugal etc, que como é sabido são as maiores do país);
Quarto: E aqui o ponto é a favor da AdM. Se na água o prejuízo é claramente do lado do municipio, já no saneamento é do lado oposto. Fazendo as contas, e mesmo assumindo que o prejuízo continua do mesmo lado, se calahr já não será assim tão grande.
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pauloms
- Veterano

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Re: Água/Coimbra: Sociedade pública esmifra empresa municipa
Ruizito Escreveu:Esclarecimentos:
Primeiro: não há aqui aproveitamento de dinheiros públicos, pois quer a AC, quer a AdM são 100% públicas;
Segundo: O valor pago pela AC foi estimado e contratualizado aquando da concessão do serviço em "alta" à AdM. O valor foi estimado por excesso (mais aí a culpa é das duas partes), no entanto tal deveu-se ao facto de nessa data as duas redes estarem interligadas e ser impossível contabilizar a água que a AC recebe da AdM. Desde essa altura decorreram obras de separação das redes, com colocação de caudalímetros nos pontos de entrega, para poder contabilizar a água toda. Só que, e aí a culpa é da AdM, essa separação nunca mais está concluída, e por isso ainda não é possivel contabilizar os reais valores, logo o pagamento continua a ser feito pelo valor estimado inicial;
Terceiro: a CMC é também accionista da AdM e a sua principal cliente (mais de 50% dos consumidores) logo, em vez de se queixar, meta mãos à obra e acabe com essa pouca vergonha que é o Estado estar a sugar o dinheiro autárquico para manter uma empresa megalómana com um buraco financeiro gigantesco (o grupo Águas de Portugal, da qual a AdM faz parte tem uma dívida acumulada semelhante à da CP, Carris, Estradas de Portugal etc, que como é sabido são as maiores do país);
Quarto: E aqui o ponto é a favor da AdM. Se na água o prejuízo é claramente do lado do municipio, já no saneamento é do lado oposto. Fazendo as contas, e mesmo assumindo que o prejuízo continua do mesmo lado, se calahr já não será assim tão grande.
Mande esses factos para o tal economista. Ele, com certeza, não estava (está?) ao corrente disso quando julgou por bem enviar a "bomba" para os jornais.
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Pedro
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Re: Água/Coimbra: Sociedade pública esmifra empresa municipa
Assinaram mesmo um contrato de valores fixos válido até 2039?Águas de Coimbra paga quatro milhões de metros cúbicos de água que não consome
A empresa municipal Águas de Coimbra paga 17 milhões de metros cúbicos de água à Aguas do Mondego devido ao contrato de fornecimento celebrado em 2004 e que consome apenas 13 milhões.
A diferença de quatro milhões de metros cúbicos entre o pago e o consumido representa “dois milhões de euros que a Águas de Coimbra paga em troco de nada”, criticou Pedro Coimbra, presidente do conselho de administração da empresa municipal.
O responsável da Águas de Coimbra afirmou à agência Lusa que estão a ser “estudadas todas as soluções” em relação ao contrato assinado entre as duas entidades, que termina em 2039.
“O contrato é lesivo para o cidadão”, disse Pedro Coimbra, salientando que mesmo a quantidade de água consumida “tende a descer”, por a empresa municipal estar “a apostar na eficácia e a combater as perdas de água”.
A Águas de Coimbra apenas “vende 10 milhões de metros cúbicos, sendo os restantes três milhões estimados para perdas e doações”, esclareceu, acrescentando que, em 2015, está previsto no contrato um aumento de cerca de 61 mil metros cúbicos a pagar pela empresa municipal à Águas do Mondego.
Esse aumento traduz-se em mais 30 mil euros que a empresa municipal tem de pagar à Águas do Mondego.
Pedro Coimbra recordou ainda que a totalidade dos investimentos em falta por parte da Águas do Mondego no concelho de Coimbra está estimada em cerca de 13 milhões de euros.
“A não realização dos investimentos já acarretou um prejuízo de cerca de três milhões de euros para a Águas de Coimbra”, referiu.
A empresa Águas de Coimbra registou um aumento de consumo de água em janeiro e fevereiro de 2014, relativamente ao período homólogo, considerando Pedro Coimbra que tal se deve “à qualidade do serviço prestado”.
Pedro Coimbra disse ainda à Lusa que a Águas de Coimbra irá investir 6,4 milhões de euros em 2014 na “melhoria da eficiência das infraestruturas da rede de abastecimento de água” e na “continuação do investimento em novas infraestruturas” para o alargamento da rede de saneamento, que abrange cerca de 96% do concelho.
Os investimentos no saneamento serão feitos em Almalaguês e na Pedrulha.
Fonte: As Beiras
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Re: Água/Coimbra: Sociedade pública esmifra empresa municipa
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