Diáro de CoimbraO gestor e antigo presidente do Clube de Empresários de Coimbra, Pedro Vaz Serra, confessou, ontem, no Tribunal de Coimbra, ter praticado todos os actos que levaram o Ministério Público a acusá-lo por 12 crimes de falsificação de documentos e 12 crimes de burla qualificada. Ou seja, confessou que forjou cheques e emails de um cliente seu do Banco Privado Português (BPP) de modo a passar para a sua conta bancária um total de 700 mil euros de que precisou para concluir as obras de um palacete que estava a recuperar.
É sempre interessante assistir a estes espectáculos de "desmancha da máscara" dos membros do clube do fato e gravata, olhar honesto e firme, rigorosos e sapientes, muito.
São uma boa lição que, embora de periodicidade baixa, nos lembram, de tempos a tempos, que "quem vê caras e fatos, não vê corações nem consciências"! Infelizmente, a memória dos homens é curta e os erros repetem-se vezes sem conta...
Aqueles que tiverem melhor memória, certamente se lembrarão que a pessoa em causa não se cansou, em tempos idos mas não muito distantes, de dizer, e escrever, que as acusações que sobre ele recaíam eram meros ataques pessoais, sem qualquer fundamento...
Resta saber se a confissão, do criminoso confesso, foi por arrependimento ou por mera estratégia da defesa para atenuar os factos e as consequências de algo que, provavelmente, com as evidências existentes, o Tribunal não deixaria nunca de condenar e deliberar sentença.
