Metro Mondego

Para conversar e discutir temas relacionados com Coimbra
Avatar do Utilizador
bru_nex
Experiente
Experiente
Mensagens: 467
Registado: sexta-feira, 03 abril 2009 10:52

Mensagem por bru_nex »

Claro que não. NEM TEM DE SER. Mas em vez das pessoas irem viver para o meio do monte onde não há nada, podem escolher sítios onde são mais bem servidas em termo de transportes. É esse o exemplo que ele dá. É perfeitamente compreensível.

Avatar do Utilizador
Ruizito
Lendário
Lendário
Mensagens: 1035
Registado: terça-feira, 25 março 2008 14:36

Mensagem por Ruizito »

bru_nex Escreveu:Claro que não. NEM TEM DE SER. Mas em vez das pessoas irem viver para o meio do monte onde não há nada, podem escolher sítios onde são mais bem servidas em termo de transportes. É esse o exemplo que ele dá. É perfeitamente compreensível.
Concerteza que é compreensivel, mas não é isso que ele diz. Segundo as suas palavras parece que no canal do metro é possivel construir muito mais e meter lá muito mais gente do que a que já lá está. E é precisamente aí que eu duvido, pois parece-me que pelo menos até Miranda, onde era possivel construir, já está construído. Mesmo que haja ainda alguns pequenos "buracos" pelo meio, não é aí que se vai enfiar assim tanta gente.

Avatar do Utilizador
bru_nex
Experiente
Experiente
Mensagens: 467
Registado: sexta-feira, 03 abril 2009 10:52

Mensagem por bru_nex »

Eu não disse nada disso. Quem disse foi o Maia Seco!

Primeiro: eu estou a dar o exemplo de Ceira. Em Ceira eu compreendo porque conheço a zona.

Segundo: nunca disse que se devia construir ao longo do canal do metro, até porque não sei se isso é possível... Mas, do que eu me lembro de ver no Google Earth, grande parte da linha da Lousã está a passar no meio do mato, por isso... se alguém quiser urbanizar alguma dessas zonas, não me parece nada do outro mundo.

daniel322
Lendário
Lendário
Mensagens: 3525
Registado: quarta-feira, 21 junho 2006 18:25

Mensagem por daniel322 »

bru_nex Escreveu:Mas, do que eu me lembro de ver no Google Earth, grande parte da linha da Lousã está a passar no meio do mato, por isso... se alguém quiser urbanizar alguma dessas zonas, não me parece nada do outro mundo.
a mim parece.. se bem que o êxodo do concelho de Coimbra é "culpa" da própria cidade de Coimbra, mas o estar a facilitar que ainda mais gente saia para zonas periféricas continua a ser um erro, mesmo que neste caso o meio de transporte preferencial seja hipoteticamente o metro.. o país devia adoptar medidas de densificação das suas cidades, numa lógica até de economia de recursos pois é obviamente mais caro fornecer água, luz e gás a uma série de moradias a centenas de metros umas das outras que a um edifício situado em zona urbana..

compreendo a especificidade da linha da Lousã e o porquê da necessidade de a adequar ao sistema ligeiro mas continua a fazer-me alguma confusão a ideia de atrair mais população para fora da cidade..

Avatar do Utilizador
bru_nex
Experiente
Experiente
Mensagens: 467
Registado: sexta-feira, 03 abril 2009 10:52

Mensagem por bru_nex »

Mas não é isso que está em causa. Ninguém quer levar mais pessoas para fora da cidade! Não é isso que está em causa.

Ele não está a dizer para investirem fora da cidade, junto ao metro, em vez de investirem na cidade... Não! O que ele está a dizer é que, NO CASO DE quereres viver em Ceira, ou noutro sítio qualquer onde o metro passe, em vez de ires construir uma casa no meio do monte, constrói-a num sítio que te dê um bom acesso à estação do metro. É isso.

Ele até dá o exemplo do Porto, onde, depois de ser construída a linha do Metro, a cidade (área metropolitana) começou a crescer junto aos canais do metro, com maior incidência nas zonas onde há uma paragem.

Eu acho que é isto. Parece-me que, muitas pessoas que compram casa fora de Coimbra, gostariam muito mais de ter uma dentro da cidade. Não o fazem porque os construtores abusam nos preços que pedem.

daniel322
Lendário
Lendário
Mensagens: 3525
Registado: quarta-feira, 21 junho 2006 18:25

Mensagem por daniel322 »

Eu sei o que ele está a dizer.. mas uma coisa é o discurso de construir junto ao metro, outra é ler o desenvolvimento territorial nos últimos anos e prever o que irá acontecer.. mas, como disse, tentar precaver esta situação está em boa parte nas mãos da CMC

Avatar do Utilizador
bru_nex
Experiente
Experiente
Mensagens: 467
Registado: sexta-feira, 03 abril 2009 10:52

Mensagem por bru_nex »

Sim. Eu concordo contigo. Acho que isso é uma coisa quem nem tem a ver, directamente, com o metro. Tem crescido a oferta de habitações em Coimbra. E nos próximos anos deve continuar a crescer... Não há motivo para continuar a ser tão caro comprar em Coimbra. Acho que é por aí que se deve ir!

Avatar do Utilizador
Ruizito
Lendário
Lendário
Mensagens: 1035
Registado: terça-feira, 25 março 2008 14:36

Mensagem por Ruizito »

bru_nex Escreveu:Eu não disse nada disso. Quem disse foi o Maia Seco!

Primeiro: eu estou a dar o exemplo de Ceira. Em Ceira eu compreendo porque conheço a zona.

Segundo: nunca disse que se devia construir ao longo do canal do metro, até porque não sei se isso é possível... Mas, do que eu me lembro de ver no Google Earth, grande parte da linha da Lousã está a passar no meio do mato, por isso... se alguém quiser urbanizar alguma dessas zonas, não me parece nada do outro mundo.
Também não disse que tu disseste. Disse "segundo as suas palavras" ou seja dele, do Maia Seco.
Também conheço bem Ceira, e tirando os terrenos inundáveis das margens do Ceira e Dueça, ou as escarpas entre Sobral e Vale do Açor, não estou a ver mais local nenhum onde se possa construir assim tanto.
Quanto ao facto do metro passar no meio do mato é verdade, mas parece-me que deverá continuar a ser mato, pois não tem aptidão para construção.
Já agora se prevêem o desvio da linha na Solum para se aproximar das pessoas, porque não desviá-la também entre o Sobral e Miranda, passando por zonas mais populosas, já que neste percurso de muitos quilómetros serve apenas três ou quatro aldeias? (já sei que é irrealista e os custos são incomportáveis, mas como parece que para outras opções os custos não são problema, fica a sugestão.)

Avatar do Utilizador
bru_nex
Experiente
Experiente
Mensagens: 467
Registado: sexta-feira, 03 abril 2009 10:52

Mensagem por bru_nex »

Atrasos nas demolições na baixa podem atrasar METRO MONDEGO?
Demolições na Baixa
atrasadas meio ano

Álvaro Maia Seco lamenta que “tantas exigências” entravem o processo, mas acredita que projectos estarão aprovados, para lançamento do concurso, no início de 2010

As maiores expectativas apontavam o final deste ano e o início do próximo para o regresso (com vista à conclusão) das demolições na Baixa de Coimbra. Afinal, as máquinas terão de ficar paradas, pelo menos, mais seis meses, lamenta Álvaro Maia Seco que em Junho, numa entrevista ao Diário de Coimbra, estava confiante de que seria possível, ainda durante este mês de Dezembro, retomar os trabalhos de abertura do futuro canal do eléctrico rápido no centro histórico da cidade.
«O processo de aprovação administrativa das demolições é bastante mais complexo do que esperávamos que fosse», admite o presidente do Conselho de Administração da Metro Mondego. «O atraso vem da forma como a regulamentação funciona nestes casos. São tantas as exigências, que depois as coisas não andam», continua o responsável.
Recorde-se que um projecto como o das demolições na Baixa da Coimbra envolve, para além da Metro Mondego, a aprovação de vários projectos por várias entidades (Câmara Municipal de Coimbra/SRU, IGESPAR, Direcção Regional da Cultura, para além da Agência Portuguesa do Ambiente) o que, só por si, já complica o avanço de todo o processo.
Depois, e neste caso, houve ainda o facto de ter sido encontrado um elemento arquitectónico no edifício do restaurante Democrática – uma lógia (espécie de varandim) medieval – o que, de acordo com Álvaro Maia Seco, «obrigou à realização de três projectos» para adaptar este vestígio ao projecto do edifício.
«Vale a pena o esforço para trazer à luz um vestígio medieval perdido que vai, certamente, valorizar a zona da baixinha e a nova praça que ali aparecerá. Mas este esforço implica também dinheiro e tempo», adianta o responsável, que, como adianta, «por muito que queira que as demolições avancem», não pode «fazer milagres».

Calendário mais preciso lá para Março
De qualquer forma e, apesar de ser certo que as demolições na Baixa estarão paradas, pelo menos, até meio de 2010, Álvaro Maia Seco acredita que no início (durante o primeiro trimestre) deste ano, tanto o projecto que engloba este vestígio medieval, como todos os outros que envolvem o canal de passagem do metro naquela zona da cidade, estarão aprovados e, portanto, a Metro Mondego estará em condições para lançar o concurso para as demolições.
«Seja como for, o deslizamento será sempre de meio ano», confirma o responsável, fazendo questão de sublinhar que, depois de ultrapassada esta fase mais complicada e burocrática o projecto tem tudo para avançar «sem grandes entraves». «Ao contrário do que tem acontecido, depois, já não serão muitas as coisas que poderão dificultar o processo», garante.
Estão aceites por todas as entidades reguladoras os projectos de arquitectura – só o edifício da Farmácia Central teve três projectos desenvolvidos –, assim como a solução urbanística desenhada para o canal. Estão praticamente concluídos os estudos de arqueologia e de subsolo. Está, portanto, tudo encaminhado para que, uma vez reiniciadas as demolições, não existam razões para grandes interrupções, afiança o presidente da Metro Mondego e vereador socialista na Câmara Municipal de Coimbra.
«É preciso dizer que esta questão das demolições não está a colocar em causa o desenvolvimento do projecto do metro, mas está a colocar em causa a requalificação daquele espaço», admite Álvaro Maia Seco, garantindo que a estratégia da Metro Mondego para aquela zona tem um duplo objectivo: «libertar, o mais depressa possível, o canal para a linha do hospital e requalificar aquele espaço».
«Temos consciência que as demolições são uma ferida muito significativa naquela zona e, por isso, temos a obrigação de as fazer o mais depressa possível», admite o responsável, manifestando a esperança de, no final do primeiro trimestre de 2010, depois de aprovados todos os projectos, já ser possível à Metro Mondego «dar uma calendarização mais precisa sobre a duração dos trabalhos naquela zona».
Diário de Coimbra


Espero que se deixem de tretas e que despachem isto!

DaniFR
Lendário
Lendário
Mensagens: 1427
Registado: segunda-feira, 01 outubro 2007 21:41

Mensagem por DaniFR »

O problema dos atrasos não é da sociedade metro mondego, é das várias entidades que estão envolvidas e grande da burocracia que é necessária para efectuar as demolições.

Avatar do Utilizador
bru_nex
Experiente
Experiente
Mensagens: 467
Registado: sexta-feira, 03 abril 2009 10:52

Mensagem por bru_nex »

Sim. São muitas e como o nosso país é muito burocrático, umas atrasam-se às outras. Espero mesmo que no Verão de 2010 as demolições possam arrancar de vez para se fazer isto num instante. Aquela zona vai ficar brutal!

Avatar do Utilizador
Ruizito
Lendário
Lendário
Mensagens: 1035
Registado: terça-feira, 25 março 2008 14:36

Mensagem por Ruizito »

DaniFR Escreveu:O problema dos atrasos não é da sociedade metro mondego, é das várias entidades que estão envolvidas e grande da burocracia que é necessária para efectuar as demolições.
Não são só as burocracias. Trata-se também de chegar a acordo quanto às indemizações a pagar devido às demolições.

Avatar do Utilizador
bru_nex
Experiente
Experiente
Mensagens: 467
Registado: sexta-feira, 03 abril 2009 10:52

Mensagem por bru_nex »

Acho que essa parte já está toda tratada. Farmácia, restaurante e pastelaria vão ser alojadas nos novos edifícios, vão receber uma compensação equivalente ao que facturariam se estivessem abertas e mais algumas coisas....
Acho que agora é um processo meramente burocrático também relacionado com os achados importantes feitos no local.

DaniFR
Lendário
Lendário
Mensagens: 1427
Registado: segunda-feira, 01 outubro 2007 21:41

Mensagem por DaniFR »

Bar Navarro vai fechar para deixar passar o Metro

O conhecido Bar Navarro, situado na Portagem, em Coimbra, famoso pelo sinal de proibição de beijar, é um de vários espaços comerciais da cidade que deverão desaparecer para dar lugar aos carris do Metro.


António Francisco Pereira, o dono, mostra-se resignado com a situação e também um pouco ansioso porque não tem ainda uma data para o fecho definitivo do estabelecimento.

Segundo disse ao “Campeão”, cabe à Refer dar-lhe uma resposta. Enquanto isso, está sem saber o que fazer.

“Tenho uma máquina para consertar, mas não sei se vale a pena. E se a mando arranjar e pedem-me para fechar isto de repente? Começa a haver necessidade de encomendar mercadoria e sem uma data no horizonte não me posso orientar”, sublinha.

Se continuar aberto até Abril, no dia 10 desse mês, o Café Navarro faz 53 anos. Ao longo de cinco décadas, marcou a paisagem urbana, criou laços com a cidade e com quem a visita, turistas anónimos e também algumas figuras públicas.

“Este café funcionou sempre como um posto de turismo e eu sempre tive muito gosto em dar informações aos estrangeiros, até frequentei a Alliance Française para saber mais. Não gosto muito de inglês, mas isso nunca foi um entrave para mim. Atendo toda a gente. Ninguém sai do Bar Navarro sem ser atendido!”, diz, sorridente.

A saída do local ditará o fim do café. António Francisco, com 74 anos de idade e 63 anos dedicados à hotelaria, não tenciona deslocalizar o negócio. “O Bar Navarro deixa de existir, simplesmente”, afirma, o que não quer dizer que o dinâmico dono vá ficar de braços cruzados.

(Poderá ler a versão mais alargada deste artigo na próxima edição impressa do Campeão das Províncias, esta quinta-feira, dia 31)

Campeão das Províncias

Avatar do Utilizador
bru_nex
Experiente
Experiente
Mensagens: 467
Registado: sexta-feira, 03 abril 2009 10:52

Mensagem por bru_nex »

Como é óbvio, se o motivo do encerramento do café for o Metro, o senhor vai:
- ser indeminizado;
- tem direito a ter um local para fazer o seu negócio depois das obras;
- deve receber uma compensação mensalmente equivalente ao que recebia se o café estivesse a funcionar.

Muitas coisas têm de ser sacrificadas. Vai ser assim daqui para a frente. É preciso ter em conta que, depois, valerá a pena.