Encontrei este artigo hoje no As Beiras. É impressão minha, ou a parte que coloquei a itálico não faz grande sentido, ainda mais vinda de um licenciado em Matemática?Disciplina antiga... profissão nova
Dar aulas deixou de ser a única motivação para tirar um curso de matemática. Hoje, muitos dos alunos encontram emprego na banca, seguradoras, empresas de software e administração pública.
Quem olhar apenas para os números, sem fazer uma análise detalhada, até pode pensar que a matemática está em crise. Há 10 ou 15 anos atrás, refere Paula de Oliveira, presidente da Comissão Científica do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra (DMUC), “o número de alunos era muito elevado. Rondaria os 100, 150 alunos por ano”. No último ano, foram apenas 25 os estudantes que entraram para o curso de Matemática.
Para a docente, esta diminuição de alunos deve-se a uma razão conjuntural: “há 10 anos atrás, nós tínhamos um ensino básico e secundário que estava em crescimento e havia uma necessidade enorme de professores”, pelo que qualquer aluno de Matemática sabia que “tinha uma colocação”. Actualmente, a realidade é diferente. Houve uma diminuição da natalidade, há menos jovens para ensinar “e, portanto, esse aspecto do ensino [da matemática] perdeu um pouco da sua importância, porque o acesso à carreira está difícil”. conclui Paula de Oliveira. No entanto, observando o que se passa hoje em outros países europeus, em que há escassez de professores, tudo indica que a situação é transitória e que se deverá alterar a breve termo.
O que espera, então, os 25 alunos que este ano entraram para o curso de Matemática? A resposta é surpreendente: “hoje, o nosso grau de empregabilidade, na licenciatura de Matemática, ultrapassa os 100 por cento”, afirma a presidente da Comissão Científica. É na administração pública, na banca, nas seguradoras ou nas empresas de consultoria. Os pedidos das entidades empregadoras chegam mesmo a superar a capacidade de resposta do departamento, o que leva a responsável a concluir que, no DMUC, se forma hoje “ uma matéria-prima rara”: “rara no sentido em que me pedem e eu não tenho”, acrescenta.
A docente considera ainda que “o problema das entradas em matemática não é um problema de Coimbra nem de Lisboa nem do Porto”. É um assunto global: “os únicos países onde isto não acontece é nas novas economias. É na China, na Coreia, porque, nos Estados Unidos, na Austrália, na Inglaterra, em toda a Europa, há uma crise nas vocações científicas”, destaca.
Fonte: As Beiras
Para mim, se em 4 pessoas 2 estiverem empregadas, dá um grau de empregabilidade de 50%. Se cada uma dessas duas tiver dois empregos em vez de apenas um, não dá 100%, mantém os 50%, porque metade deles continuam desempregados. Que contas é que andam a fazer no departamento de Matemática?
Será que se estão a referir ao facto de haver mais pedidos de emprego do que alunos? Mas, nesse caso, isso também não é uma estatística realista... se houver 100 pedidos de emprego para 25 pessoas e 90 forem uma porcaria que ninguém aceita, qual o benefício de existirem esses 90 e incluí-los numa estatística?





