Video RTPMondego inunda esplanadas
Rio atingiu caudal significativo e extravasou as duas margens, na zona das esplanadas do Parque Verde e no Choupalinho.Se as condições não melhorarem, Protecção Civil deverá recorrer a “diques” de recurso com sacos de areia
Os bombeiros e a Protecção Civil continuavam, ontem ao início da noite, a acompanhar a evolução do nível das águas do Rio Mondego, que inundou a zona do Choupalinho (entre as bombas de gasolina e as instalações de remo) e a Rua das Parreiras (junto à discoteca Ar D’Rato), na margem esquerda, assim como as esplanadas do Parque Verde, na margem direita.
Aqui, nas “docas”, o rio começou por inundar a zona das esplanadas, durante a madrugada, situação que se foi agravando ao longo do dia com o aumento da intensidade da chuva. Os bombeiros referiram igualmente inundações em caves de alguns edifícios em Santa Clara.
Ontem à noite, à hora de fecho desta edição, a situação continuava a preocupar as autoridades, que não descartavam a possibilidade de levar sacos de areia para aquela zona para levantar uma barreira e impedir a passagem da água. O caudal, alvo de constantes medições, continuava a subir, mas a incógnita sobre o evoluir da situação mantinha-se.
Ainda assim, todos apontavam a madrugada e o início da manhã como os períodos mais críticos, avançando mesmo com a possibilidade forte do Mondego invadir totalmente a zona das esplanadas das “docas”, assim como algumas habitações situadas nas proximidades das margens do rio.
Serra Constantino, director do Gabinete de Protecção Civil e Segurança Municipal de Coimbra, disse ao nosso Jornal que, cerca das quatro horas da madrugada de ontem, o rio atingiu o patamar das esplanadas. «Inundou mesmo», sublinhou, ressalvando que se trata de uma «zona inundável».
O caudal de água que ontem passou na Ponte-Açude andou na ordem dos 850 metros cúbicos por segundo (cerca das 17h30), um volume «muito significativo», analisou Serra Constantino, que vaticina prováveis inundações na zona do Baixo Mondego se o caudal atingir os 1.000 metros cúbicos/segundo.
Embora desdramatizando a situação, Serra Constantino lembrou que, atendendo ao facto de estar previsto um agravamento das condições meteorológicas para este fim-de-semana, as populações ribeirinhas deverão estar atentas e adoptar cuidados redobrados com bens e animais.
O responsável acrescentou que os bombeiros estavam a fazer medições do caudal do Mondego de duas em duas horas e a proceder igualmente a verificações do Rio Ceira, na bacia dos Fornos e a jusante da Ponte-Açude. Independentemente das medições efectuadas por outras entidades responsáveis pela gestão das barragens, salientou.
Terrenos saturados
Para além das “docas”, os Sapadores de Coimbra tiveram de intervir numa inundação na cave de uma moradia, na Rua das Parreiras, em Santa Clara. No Ribeiro de Vilela, as águas ameaçavam galgar as margens. Por precaução e para acompanhar a situação, os Voluntários de Brasfemes e os de Coimbra deslocaram-se, ontem à tarde e de madrugada, para o local.
Ricardo Rodrigues, presidente da Junta de Freguesia de Torre de Vilela, disse estar atento e recordou que a limpeza do leito do ribeiro poderá contribuir para atenuar os riscos de uma cheia na problemática zona dos Fornos, onde as águas costumam invadir o IC2. De seguida, lembrou que os terrenos começam a ficar saturados de água e se as condições atmosféricas se agravarem «poderemos vir a ter pequenas inundações».
Descargas necessárias nas Fronhas e na Aguieira
A necessidade de fazer descargas nas barragens das Fronhas, no concelho de Arganil, e da Aguieira, no município de Penacova, devido à elevada quantidade de água acumulada, levou a que o caudal do Rio Mondego, ontem à tarde, na Ponte-Açude, em Coimbra, aumentasse de forma significativa. Contactado pelo Diário de Coimbra, Ferreira Martins, comandante operacional distrital de Coimbra, divulgou que, durante a tarde, percorreu, acompanhado por outros elementos da Protecção Civil, as margens do Mondego, garantindo, de pronto, que «os diques estão muito longe de estarem em risco». A zona dos Fornos merecia especial atenção, enquanto a estrada municipal que liga Pereira do Campo à Estrada Nacional 111 se encontrava cortada.
Estradas cortadas em Vilela e Fala
Ontem, por volta das 20h30, a estrada junto às instalações dos Transportes Cardoso, em Vilela, e a Rua das Granjeiras, em Fala, estavam cortadas. A água inundou as duas vias, fazendo o mesmo no caminho entre o Picoto, em Cernache, e a entrada da empresa Probar. Na zona de Cernache e da Palheira, a chuva deve, segundo os Sapadores de Coimbra, ter caído com muita intensidade, o que fez com que a presença dos bombeiros fosse bastante solicitada. À hora de fecho desta edição, os Bombeiros Voluntários de Brasfemes acompanhavam a situação na zona Norte do concelho, mostrando particular preocupação relativamente à Adémia e aos Fornos.
Fonte: - Diario de Coimbra
Rio Mondego galgou as margens
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DaniFR
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Rio Mondego galgou as margens
Última edição por DaniFR em sábado, 31 janeiro 2009 19:18, editado 2 vezes no total.
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Pedro
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Deja vu... aconteceu o mesmo durante as obras da ponte pedonal, se não me engano (embora causado pelas obras).
Uma nota, é aconselhável colocar os textos (indicando a fonte e link) em vez de apenas link. Basta o Diário de Coimbra alterar o funcionamento do site (como aconteceu recentemente, com a mudança de site) e o link deixa de funcionar, "perdendo-se" informação que pode ser importante.
Uma nota, é aconselhável colocar os textos (indicando a fonte e link) em vez de apenas link. Basta o Diário de Coimbra alterar o funcionamento do site (como aconteceu recentemente, com a mudança de site) e o link deixa de funcionar, "perdendo-se" informação que pode ser importante.
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DaniFR
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Exactamente! Foi um risco assumido pois os próprios estudos já previam que as esplanadas ficassem inundadas com uma probabilidade de X em X anos. Agora não vale a pena reclamar de uma coisa que estava definida logo à partida.duffy Escreveu:A esplanada está feita por cima do rio, além disso não é nada que eles já não soubessem que iria acontecer quando fizeram a obra
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duffy
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