Em tempo de eleições á sempre dinheiro...Choupal mais perto da reabilitação
Recuperar e dar uma nova vida à mata do Choupal, é esta a intenção de um protocolo celebrado ontem. Ministro Nobre Guedes diz que há total disponibilidade financeira do Governo, mas não quantifica
Câmara Municipal de Coimbra e Instituto da Conservação da Natureza (ICN) assinaram, ontem à tarde, um protocolo que vai permitir a gestão partilhada da Mata do Choupal, numa cerimónia presidida pelo ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes.
Mediante aquele acordo, a autarquia e o ICN propõem-se definir as regras pelas quais vão elaborar os designados «planos de gestão florestal e de orientação da utilização pública da mata».
Mas, para a ambicionada «reabilitação e revitalização imediata e elementar da mata», uma das competências do ICN conforme consta do clausulado, o ministro Nobre Guedes, que falou do esforço imprimido pelo seu Ministério para «dar mais meios à valorização e conservação da natureza», assim como do total «à-vontade financeiro» para este projecto, não soube dizer que verbas vão ser destinadas ao Choupal.
Ao ICN compete, ainda, «promover as diligências para providenciar o financiamento necessário para o projecto, constituir uma comissão mista de acompanhamento para o processo de elaboração da proposta dos planos de gestão florestal e de orientação da utilização pública, a qual deverá integrar um representante da autarquia.
Já a autarquia, compromete-se a acompanhar a cooperação entre o ICN e as instituições públicas e privadas com actuação na área geográfica da mata, assim como a promover as acções de sensibilização ambiental que ali venham a acontecer, sobretudo quando intervenham escolas ou instituições do concelho.
Compete também à autarquia, desenvolver, em conjunto com o ICN, projectos de «recuperação e adaptação das infra-estruturas e equipamentos de apoio à visitação e uso público da mata».
O presidente da Câmara, Carlos Encarnação, destacou o facto de a tarde de ontem ter sido dedicada a questões ambientais – momentos antes, entrara em funcionamento o centro de compostagem em Taveiro –, ao declarar que se poderá dar definitivamente a Coimbra «um espaço aprazível», que é, ao mesmo tempo, «um símbolo da cidade de Coimbra».
Situada na margem direita do Rio Mondego, a Mata do Choupal, com 3,5 quilómetros de comprimento, é o resultado de uma importante plantação de choupos, realizada em 1791 para fixar os terrenos marginais de um novo leito do rio Mondego, no âmbito de obras orientadas pelo padre Estêvão Cabral, que veio a dar nome a uma rua da cidade.
Fixar as margens do rio foi a primeira função da Mata, à qual está aliada desde o início a de «repartidora das cheias», dispersando-se a água através de canais que a “cortam” na transversal.
Nestes dois séculos, o arvoredo foi crescendo e a Mata do Choupal tornou-se uma «referência da cidade» como espaço de recreio, lazer e desporto, mas uma quarta função, no domínio da educação e sensibilização ambiental, surgiu após 1989, com a passagem da sua gestão para o ICN.
in Diário de Coimbra
Acho muito bem q façam alguma coisa pelo choupal, aquilo tem andado um pouco abandonado, quando devia ser um espaço de eleição da nossa cidade. Podiam aproveitar, e arranjam uns campitos de futebol para o pessoal, e uns campos de volei de praia, como aquele q esteve no choupalinho na altura do Euro2004. Ficamos para ver se é mais uma promessa em tempo eleitoral.



