Renovação da Alta

[Pedro]

Uma nova Alta por 50 milhões de euros

Programa ontem aprovado pela Câmara mudará por completo, em nove anos, a “fisionomia” da Alta de Coimbra. Seguem-se Baixa e Baixa-Rio.

O Governo Civil de Coimbra transformado em unidade hoteleira ou o Jardim Botânico ligado à Baixa por teleférico ou escadas rolantes. São apenas hipóteses, mas com grandes probabilidades de concretização, que constam do documento “Estratégia de Reabilitação Urbana da Alta de Coimbra”, ontem aprovado na reunião quinzenal do executivo municipal.

Centrado na Área de Reabilitação Urbana (ARU) da Alta de Coimbra, o documento resulta de um estudo da Parque Expo, com o objectivo de “recentrar o Centro Histórico” em três frentes de reabilitação urbana: na Alta, através do documento ontem aprovado, e depois na Baixa e Baixa-Rio, com a Sociedade de Reabilitação Urbana de Coimbra incumbido de providenciar estudos idênticos para estas duas áreas.

Fonte: Diário de Coimbra

É uma zona que precisa de renovação mas, tal como na Baixa, a renovação "física" deveria ser acompanhada de tentativas de resolução de outros problemas, como a segurança. Caso contrário, como aconteceu no Jardim da Sereia, é dinheiro desperdiçado. Em relação às ideias em si, espero que o programa tenha algo melhor do que escadas rolantes e teleféricos entre o Jardim Botânico e a Baixa...

[DaniFR]

Coimbra: Aprovada estratégia para a reabilitação da Alta

A Câmara Municipal de Coimbra aprovou hoje, na reunião do executivo, o documento “Estratégia de Reabilitação Urbana da Alta de Coimbra”, um estudo que define uma visão de conjunto e integradora para aquela zona da cidade, centrando-se na Área de Reabilitação Urbana (ARU) da Alta de Coimbra.

Segundo nota de imprensa da autarquia, “a estratégia é desenvolvida a partir da reafirmação do centro histórico como elemento central e de coesão do sistema urbano da cidade, reconhecendo que a missão de Coimbra a nível regional e nacional deverá ter um centro histórico fortalecido, com um papel determinante e competitivo no sistema urbano”.

De acordo com o estudo, da responsabilidade da ParqueExpo, a ideia é “Re:Centrar o Centro Histórico”, desdobrando-se em três áreas de reabilitação (a Alta, cuja estratégia foi hoje definida, e a Baixa e a Baixa-Rio, com documentos próprios ainda em elaboração pela mesma empresa, por encomenda da Sociedade de Reabilitação Urbana Coimbra Viva).

A estratégia hoje aprovada vai agora recolher pareceres e ser apreciada em discussão pública. A aposta centra-se em seis eixos fundamentais: “densificar a multifuncionalidade; reforçar conexões e facilitar a mobilidade; valorizar a paisagem e consolidar a continuidade ecológica; valorizar o ambiente urbano; valorizar o património cultural; desenvolver o turismo), desdobrados em trinta projectos estruturantes”.

Com o objetivo global de promover “a revitalização económica, cultural e social da Alta de Coimbra, através da fixação e atração de moradores, investidores, trabalhadores, visitantes e turistas”, a estratégia para a Alta, definida na sequência das orientações que vêm sendo preconizadas pelo Gabinete para o Centro Histórico, recentemente englobado na Direção Municipal de Administração do Território, implica um investimento global de quase 50 milhões de euros para os nove anos de desenvolvimento do programa (até ao fim de 2020).

Deste investimento, cerca de 30,9 milhões de euros dizem respeito a ações de reabilitação do edificado (prevendo âncoras funcionais em edifícios notáveis, fixação de estudantes, residências temporárias para “city users” e residências assistidas), com um esforço municipal de cerca de três milhões de euros. Os restantes 18,2 milhões de euros referem-se a acções complementares, representando uma comparticipação municipal variável entre 10,2 e 11,4 milhões de euros.

Neste âmbito, está prevista a valorização do percurso Universidade/Almedina (essencial para a candidatura a Património Mundial), a criação de percurso entre a Alta e a Baixa, pelo Jardim Botânico (com ou sem sistema de teleférico ou funicular), a valorização do Largo da Sé Velha e da Cerca de Santo Agostinho e outros projectos de intervenção (rede de miradouros, “rua para todos”, instalação de zonas com “wi-fi” e instalação de unidades hoteleiras em edifícios notáveis, entre outros).

Revista C

[Ricky147]

A iniciativa parece ser boa e poderá devolver o centro histórico aos cidadãos. Vamos ver é se não vai ser mais um daqueles projectos que vão andar de gabinete em gabinete para aprovação. Coimbra é exemplar em projectos falhados!

[Hal9000]

Tendo em conta que a ideia do teleférico já existia no tempo do polis e nunca passou do papel, já estou a ver qual vai ser o resultado final disto (ainda por cima, um projecto para 9 anos)...

[banjix]

Eu não quero parecer pessimista, mas parece-me que a ideia do teleférico ou funicular é um bocado utópica, ainda para mais com as dificuldades que vivemos actualmente. É que se o dinheiro não fosse problema, o projecto do Metro Mondego para a cidade também poderia e deveria seguir em frente, o que não acontece.

[NiGhT]

Só vendo para crer mesmo.

[Ruizito]

Não duvido das boas intenções de quem fez estes estudos, mas não é assim que revitalizam a "alta". isto está cheio de frases feitas e plavras caras, que no fundo nada querem dizer. A revitalização da "alta" passa sobretudo pela capacidade de atrair moradores. Isso não está a acontecer e também não é com estas medidas que isso acontecerá.