Olá,
Sou mãe de um adolescente autista, com 16 anos. Chegámos a Coimbra há cerca de 1 ano. O meu menino autista frequenta a Escola Básica 2,3 Martim de Freitas e é seguido na Consulta de Autismo do Hospital Pediátrico.
No próximo ano lectivo ele deverá ingressar numa Instituição, visando a sua formação profissional e subsequente ingressão na actividade económica. As escolhas são reduzidas à APPACDM, de acordo com os Protocolos existentes nas Escolas Públicas.
Apesar do acompanhamento (o melhor possível) que lhe é prestado tanto na Escola quanto na Consulta, continuo a sentir-me solitária em sem norte neste percurso sinuoso, misterioso e angustiante.
Não conheço Coimbra nem o que por cá se faz para apoiar e encaminhar estes adolescentes, no sentido de lhes proporcionar alternativas e novas oportunidades visando a sua inserção na sociedade.
Romper com preconceitos infundados, baseados apenas na ignorância sobre as diferenças, não tem sido tarefa fácil e tão pouco conseguida com sucesso e por isso, o meu filho continua isolado de outros jovens da mesma idade pois, não tem amigos ou familiares da mesma faixa etária com os quais partilhe os seus tempos de lazer.
Trago este tema ao fórum na esperança de encontrar outros pais, com vivências semelhantes, que se encontrem disponíveis para trocar informações a respeito, deixando também aqui o apelo a quaisquer outras pessoas que tenham conhecimento de Instituições que forneçam apoios, formação em várias áreas, práticas desportivas, terapia ocupacional... a adolescentes autistas.
Grata pela atenção e disponibilidade.
Autismo
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Pedro
- Administrador

- Mensagens: 12067
- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
Há alguns anos dei aulas a um aluno autista na D. Dinis que frequentava um curso tecnológico de informática (12º ano). Ele disse-me que tinha estado algum tempo em estágio na Quinta da Conraria e que tinha gostado bastante dessa experiência. Pode ser uma hipótese a verificar, pois eles possuem várias actividades.
Na escola é capaz de ser boa ideia verificar se há apoio especial com aulas de informática (grupos de 2 a 4 alunos), pois é uma área à qual estes alunos têm tendência a reagir muito bem. Eu não tenho formação específica de ensino especial, mas como sou professor de informática, em anos anteriores fui colocado a dar apoio nesta vertente a alunos com necessidades educativas especiais (com o apoio da psicóloga da escola). A minha "abordagem" passava pela utilização de jogos de computador (preferencialmente para vários jogadores) para melhorar a coordenação, cooperação, relacionamento social e resolução de problemas. Os resultados foram, regra geral, bastante positivos. Não sei que escolas implementam algo similar (ou sequer se há escolas que usam a mesma abordagem que eu usava), mas pode ser uma alternativa a analisar.
Na escola é capaz de ser boa ideia verificar se há apoio especial com aulas de informática (grupos de 2 a 4 alunos), pois é uma área à qual estes alunos têm tendência a reagir muito bem. Eu não tenho formação específica de ensino especial, mas como sou professor de informática, em anos anteriores fui colocado a dar apoio nesta vertente a alunos com necessidades educativas especiais (com o apoio da psicóloga da escola). A minha "abordagem" passava pela utilização de jogos de computador (preferencialmente para vários jogadores) para melhorar a coordenação, cooperação, relacionamento social e resolução de problemas. Os resultados foram, regra geral, bastante positivos. Não sei que escolas implementam algo similar (ou sequer se há escolas que usam a mesma abordagem que eu usava), mas pode ser uma alternativa a analisar.
