Ou bebedeiras inesperadasanaallo Escreveu:O problema é que em relação às bebidas brancas o pessoal quando pedir já não vai ser servido das garrafas originais, pode acarretar algumas confusões...
Queima das fitas cortejo no domingo??
-
Infernalord
- Veterano

- Mensagens: 589
- Registado: terça-feira, 31 janeiro 2006 3:29
-
anaallo
- Experiente

- Mensagens: 261
- Registado: quarta-feira, 28 novembro 2007 20:09
-
Robick
- Iniciado

- Mensagens: 57
- Registado: sábado, 02 fevereiro 2008 19:35
1º Queima ao Domingo - Abominável ideia.
Acho que não deve mexer assim tão levianamente nas coisas. Embora compreenda que a queima não é uma coisa rígida, basta ver a sua história e as inovações que vão surgindo.
Estou lá no domingo para ver que ganho há em fazer o cortejo no 2º dia da queima.
Mas enfim, com esta rotação de estudantes daqui a três já ninguém se lembra que era à terça.
Para o pessoal que trabalha no centro de Coimbra, era meio feriado pela certa. O pessoal das escolas também ficou à arder.
Quanto às latas. Acho bem, nem é pela limpeza (que é eficiente), é pelo cortes. Ainda no ano passado, na Ferreira Borges, uma colega cortou-se numa garrafa de cerveja que foi partida por um pneu dum carro. Ainda hoje coxeia e não sei se alguma vez recuperará totalmente. Acham que ficará com uma boa recordação de Coimbra e da Queima?
Acho que não deve mexer assim tão levianamente nas coisas. Embora compreenda que a queima não é uma coisa rígida, basta ver a sua história e as inovações que vão surgindo.
Estou lá no domingo para ver que ganho há em fazer o cortejo no 2º dia da queima.
Mas enfim, com esta rotação de estudantes daqui a três já ninguém se lembra que era à terça.
Para o pessoal que trabalha no centro de Coimbra, era meio feriado pela certa. O pessoal das escolas também ficou à arder.
Quanto às latas. Acho bem, nem é pela limpeza (que é eficiente), é pelo cortes. Ainda no ano passado, na Ferreira Borges, uma colega cortou-se numa garrafa de cerveja que foi partida por um pneu dum carro. Ainda hoje coxeia e não sei se alguma vez recuperará totalmente. Acham que ficará com uma boa recordação de Coimbra e da Queima?
Última edição por Robick em quinta-feira, 01 maio 2008 15:00, editado 2 vezes no total.
-
Leia
- Lendário

- Mensagens: 1519
- Registado: sábado, 15 abril 2006 14:31
-
Robick
- Iniciado

- Mensagens: 57
- Registado: sábado, 02 fevereiro 2008 19:35
Notícia no Sapo sobre o programa da Queima, não sei se será o melhor tópico, mas...
Coimbra: Serenata monumental inicia Queima das Fitas na madrugada de sábado
01 de Maio de 2008, 11:15
Coimbra, 01 Mai (Lusa) - Uma serenata monumental às 00:00 de sábado, com a participação de grupos de fado de estudantes, dá início à edição de 2008 da Queima das Fitas da Academia de Coimbra, que encerra no dia 10 de Maio.
A festa apresenta este ano algumas inovações impulsionadas pela reforma do ensino pelo plano de Bolonha, cujo aspecto mais visível é a transferência do cortejo dos quartanistas da terça-feira para domingo, no próximo dia 04.
Ainda na madrugada de sábado, após a serenata, realiza-se o primeiro dos concertos das Noites do Parque, com a actuação das bandas "Flingertips" e "Dapunksportif", e do grupo académico "As Fans".
A derradeira das nove Noites do Parque, já na madrugada do dia 11, encerra com concertos das bandas "James", "Mesa" e "Rags.
Gabriel, o Pensador, Yves LaRock, Jorge Palma, "Clã", "Primitive Reason", "Quinta do Bill", José Malhoa, "Ez Special", David Fonseca e "Hands On Approach" são outras atracções da maior festa estudantil do país.
A récita dos fitados (dia 05), o Baile de Gala das Faculdades (06), Sarau de Gala (07), Chá Dançante e Chá das Cinco (08) e Garraiada (10) são outras actividades tradicionais do programa.
A bênção das pastas, habitualmente na catedral da Sé Nova, na presença do Bispo de Coimbra, está este ano marcada para o dia 25 de Maio, já fora do programa tradicional, e a Venda da Pasta e Verbena, actividades para angariar fundos para instituições de apoio à infância, decorre no dia 09.
Sob o lema "A tradição de Sempre Numa Queima Diferente", a organização está apostada em realizar uma das maiores festas estudantis dos últimos anos. A Queima das Fitas de 2007 apresentou um lucro líquido superior a 800 mil euros.
FF.
Coimbra: Serenata monumental inicia Queima das Fitas na madrugada de sábado
01 de Maio de 2008, 11:15
Coimbra, 01 Mai (Lusa) - Uma serenata monumental às 00:00 de sábado, com a participação de grupos de fado de estudantes, dá início à edição de 2008 da Queima das Fitas da Academia de Coimbra, que encerra no dia 10 de Maio.
A festa apresenta este ano algumas inovações impulsionadas pela reforma do ensino pelo plano de Bolonha, cujo aspecto mais visível é a transferência do cortejo dos quartanistas da terça-feira para domingo, no próximo dia 04.
Ainda na madrugada de sábado, após a serenata, realiza-se o primeiro dos concertos das Noites do Parque, com a actuação das bandas "Flingertips" e "Dapunksportif", e do grupo académico "As Fans".
A derradeira das nove Noites do Parque, já na madrugada do dia 11, encerra com concertos das bandas "James", "Mesa" e "Rags.
Gabriel, o Pensador, Yves LaRock, Jorge Palma, "Clã", "Primitive Reason", "Quinta do Bill", José Malhoa, "Ez Special", David Fonseca e "Hands On Approach" são outras atracções da maior festa estudantil do país.
A récita dos fitados (dia 05), o Baile de Gala das Faculdades (06), Sarau de Gala (07), Chá Dançante e Chá das Cinco (08) e Garraiada (10) são outras actividades tradicionais do programa.
A bênção das pastas, habitualmente na catedral da Sé Nova, na presença do Bispo de Coimbra, está este ano marcada para o dia 25 de Maio, já fora do programa tradicional, e a Venda da Pasta e Verbena, actividades para angariar fundos para instituições de apoio à infância, decorre no dia 09.
Sob o lema "A tradição de Sempre Numa Queima Diferente", a organização está apostada em realizar uma das maiores festas estudantis dos últimos anos. A Queima das Fitas de 2007 apresentou um lucro líquido superior a 800 mil euros.
FF.
-
Robick
- Iniciado

- Mensagens: 57
- Registado: sábado, 02 fevereiro 2008 19:35
O que hoje está a dar são notícias, vejam esta (abaixo) que saiu no Diário de Coimbra de hoje.sobre a estrutura da Queima deste ano,
Se bem que concordo com as dúvidas deles em relação à estrutura da Queima deste ano, parece-me que acordaram um pouco tarde. Esto tipo de reclamação devia ter sido à meses, ou não estarei a ver bem as coisas.
Parece-me que há dois tipos de problemas: 1º - estrutura da queima (ex: cortejo ao domingo); 2º - Adaptação a Bolonha (ano em que se vai no carro, em que queimam as fitas, etc).
Na minha opinião, estes últimos é que tinham que ser resolvidos, depois de ser ouvidos os representantes de cada curso. Isto aconteceu ou não?
Para além disso, há as dúvidas do género. O curso agora acaba na licenciatura ou mestrado?
Acho que cada vez temos que enfrentar a realidade que um curso "normal" é um curso com mestrado. E, isto pode signficar que haverá pessoas que só vão fazer cá três anos e não fazem cá o mestrado. E outros que só chegam cá no 2º ciclo, para além daqueles que têm o 2º ciclo integrado, que ainda não representam a maioria.
A praxe tem que se adaptar a isto tudo. Adaptou-se? CNo passado remoto já se adaptou quando a UC formava bacharéis e licenciados.
A praxe é uma prática, não um dogma, não deve é ir contra os interesses dos estudantes.
Porque é que não se abre um petição na petição online para que a estrutura volte à do ano passado.
NOTÍCIA NO DIÁRIO DE COIMBRA
Estudantes contestam Queima
Com a Queima das Fitas “à porta”, os núcleos de estudantes de Medicina, Farmácia e Direito contestam as alterações introduzidas pelo Conselho de Veteranos. «Somos o rosto da discórdia por uma Queima das Fitas que não queremos, nem podemos deixar que seja desvirtuada», assumem
“Por todos os estudantes da Universidade de Coimbra [UC] - Apelo à tradição”. É este o mote para o mega convívio organizado pelos núcleos de estudantes (NE) de Medicina, Direito e Farmácia da Associação Académica de Coimbra (AAC). Marcada para amanhã, no parque de estacionamento da Faculdade de Medicina, a iniciativa coincide com a noite da serenata e pretende «mostrar a união da Academia», assim como fazer um «apelo à tradição».
Segundo o comunicado, por não poderem «ficar indiferentes», os três núcleos apelam «aos estudantes da UC para que se unam na defesa de uma tradição única e marcante que, decisivamente, não queremos ver morrer». «Somos o rosto da discórdia por uma Queima das Fitas que não queremos, nem podemos deixar que seja desvirtuada», lê-se na nota. «Agarra a tradição!», «mostra o que sentes!» e «pela tradição, sempre!» são frases chave de uma «forte contestação» às alterações introduzidas pelo Conselho de Veteranos (CV).
As críticas não são dirigidas à Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) 2008. «Não tem qualquer responsabilidade nesta calendarização, sendo esta da inteira responsabilidade do CV da Universidade de Coimbra», referem os autores do comunicado, antes de destacarem que «a COFQ 2008 apenas põe em prática a calendarização dada pelo CV».
Desenvolvida inicialmente pelo NE de Medicina da AAC, a campanha de sensibilização às alterações do Código da Praxe, à qual se juntou, mais tarde, os núcleos de Direito e Farmácia, apresenta «as razões da forte contestação que os estudantes na sua generalidade têm levado a cabo na UC». «Relatar factos que julgamos gravemente lesivos para o percurso tradicional académico dos estudantes da Academia de Coimbra, indo contra tudo o que de profundo se sente ao vestir e viver a nossa capa e batina», foi um dos objectivos.
Com 90% de adesão nos abaixo assinados referentes à situação mencionada, os mentores da campanha, «enquanto legítimos representantes dos estudantes», dizem que não podiam «ficar indiferentes a tal onda de protesto». Por isso, abordaram o CV da UC, responsável pela calendarização e definição das actividades tradicionais e praxísticas da Queima das Fitas, na pessoa do dux veteranorum, «transmitindo o descontentamento dos estudantes, no sentido de corrigir, atempadamente, algumas situações».
Reestruturação do código
vai de encontro a Bolonha
«O CV não foi sensível a nenhum dos pontos apresentados, tendo-se recusado a efectuar qualquer alteração ao plano já delineado, dizendo mesmo que não concordava com a opinião dos estudantes da Academia, que ele próprio representa e respeita», acrescenta o comunicado assinado pelos presidentes dos NE de Medicina, Farmácia e Direito. «Obviamente, a tradição, que nos faz sentir estudantes da UC está a ser completamente desvirtuada», finaliza o documento, que também informa que «nenhum veterano de Medicina foi consultado aquando destas alterações».
O Diário de Coimbra tentou obter uma reacção de João Luís Jesus, dux veteranorum, mas o contacto telefónico não foi possível concretizar. Ainda assim, um comunicado de imprensa, assinado por João Luís Jesus, datado de Setembro de 2007 e disponível no site da AAC no espaço do CV, referente à apresentação do novo Código da Praxe, divulga que, «mais que uma revisão, o conselho apresentou uma reestruturação do código que vai de encontro ao Processo de Bolonha».
O documento alude, também, ao facto do dux veteranorum ter reunido «à sua volta um conjunto de pessoas que se destacaram pela sua passagem na vida académica coimbrã, o conselho permanente e alguns estudantes» para trabalhar neste processo, tendo ficado assente, desde logo, três pressupostos a seguir: «Evoluir as normas sem desvirtuar a essência das tradições; a não utilização de títulos de outras universidades para preservar a unicidade e identidade da praxe da UC e recuperar o mais possível tradições e termos esquecidos da Academia de Coimbra».
“Graves mudanças no calendário”
Das «fortes alterações ao Código da Praxe da Academia Coimbrã», levadas a efeito «em Julho de 2007» pelo Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra (UC), os núcleos de estudantes de Medicina, Direito e Farmácia insurgem-se, também, contra «as graves mudanças no calendário da Queima das Fitas», informando que «todo este processo de mudança fez com que inúmeros colegas manifestassem, ao longo dos meses, a sua profunda discórdia para com as situações criadas».
No documento enviado à nossa redacção, os contestatários destacam três situações. A primeira diz respeito à alteração cronológica dos eventos tradicionais, passando da sequência bênção das pastas, garraiada, cortejo dos quartanistas (quintanistas em Medicina) para a sequência inversa. «Uma modificação sem sentido e contraditória. A cartola e bengala são insígnias que se colocam ao retirar as fitas. Por exemplo, os cartolados, que vão no cortejo, no domingo da Queima das Fitas, abanam as fitas na garraiada, depois do cortejo, depois de já serem cartolados!», lamentam.
A noite da serenata monumental na primeira noite do parque também merece reparos. «Esta situação vai contra a tradição, já que a serenata sempre foi à quinta-feira, inaugurando a Queima das Fitas para os estudantes da Academia de Coimbra, sendo que apenas para eles faz sentido uma serenata monumental», divulga o comunicado, onde se pode ler: «Sendo esta a uma sexta-feira, deixa de ser apenas dirigida aos estudantes da Academia, perdendo a sua característica de fazer parte da vida única do estudante da UC».
«Além disto, a serenata na sexta-feira inviabiliza a realização dos tradicionais convívios organizados pelos núcleos de estudantes (Medicina, Direito e Farmácia), que têm marcado tantas gerações de estudantes, nos últimos anos, como símbolos das suas vivências únicas», completa a nota, antes de se debruçar sobre as «várias alterações ao Código da Praxe, nomeadamente em relação à hierarquia da praxe, que não tiveram em conta as especificidades dos diferentes cursos, nomeadamente Medicina e Farmácia, no âmbito do Processo de Bolonha».
«Não tem em conta que estes cursos se denominam, com o Processo de Bolonha, por mestrados integrados, sendo que apenas se pode ser médico ou farmacêutico com os dois ciclos (que existem apenas por mera superficialidade, sendo o curso, na realidade, um contínuum)», divulga o comunicado, que não termina sem sublinhar que «a praxe está elaborada apenas para quem faz o primeiro ciclo, não tendo em conta que, nos outros anos, os estudantes fazem parte da Academia como integrados numa licenciatura de seis anos». «Então, agora, os estudantes de Medicina e Farmácia vão no carro no terceiro ano e não no quinto? E o que lhes acontece depois? Colocam cartola durante três anos porque são finalistas a partir do terceiro ano?», questionam.
João Henriques
Se bem que concordo com as dúvidas deles em relação à estrutura da Queima deste ano, parece-me que acordaram um pouco tarde. Esto tipo de reclamação devia ter sido à meses, ou não estarei a ver bem as coisas.
Parece-me que há dois tipos de problemas: 1º - estrutura da queima (ex: cortejo ao domingo); 2º - Adaptação a Bolonha (ano em que se vai no carro, em que queimam as fitas, etc).
Na minha opinião, estes últimos é que tinham que ser resolvidos, depois de ser ouvidos os representantes de cada curso. Isto aconteceu ou não?
Para além disso, há as dúvidas do género. O curso agora acaba na licenciatura ou mestrado?
Acho que cada vez temos que enfrentar a realidade que um curso "normal" é um curso com mestrado. E, isto pode signficar que haverá pessoas que só vão fazer cá três anos e não fazem cá o mestrado. E outros que só chegam cá no 2º ciclo, para além daqueles que têm o 2º ciclo integrado, que ainda não representam a maioria.
A praxe tem que se adaptar a isto tudo. Adaptou-se? CNo passado remoto já se adaptou quando a UC formava bacharéis e licenciados.
A praxe é uma prática, não um dogma, não deve é ir contra os interesses dos estudantes.
Porque é que não se abre um petição na petição online para que a estrutura volte à do ano passado.
NOTÍCIA NO DIÁRIO DE COIMBRA
Estudantes contestam Queima
Com a Queima das Fitas “à porta”, os núcleos de estudantes de Medicina, Farmácia e Direito contestam as alterações introduzidas pelo Conselho de Veteranos. «Somos o rosto da discórdia por uma Queima das Fitas que não queremos, nem podemos deixar que seja desvirtuada», assumem
“Por todos os estudantes da Universidade de Coimbra [UC] - Apelo à tradição”. É este o mote para o mega convívio organizado pelos núcleos de estudantes (NE) de Medicina, Direito e Farmácia da Associação Académica de Coimbra (AAC). Marcada para amanhã, no parque de estacionamento da Faculdade de Medicina, a iniciativa coincide com a noite da serenata e pretende «mostrar a união da Academia», assim como fazer um «apelo à tradição».
Segundo o comunicado, por não poderem «ficar indiferentes», os três núcleos apelam «aos estudantes da UC para que se unam na defesa de uma tradição única e marcante que, decisivamente, não queremos ver morrer». «Somos o rosto da discórdia por uma Queima das Fitas que não queremos, nem podemos deixar que seja desvirtuada», lê-se na nota. «Agarra a tradição!», «mostra o que sentes!» e «pela tradição, sempre!» são frases chave de uma «forte contestação» às alterações introduzidas pelo Conselho de Veteranos (CV).
As críticas não são dirigidas à Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) 2008. «Não tem qualquer responsabilidade nesta calendarização, sendo esta da inteira responsabilidade do CV da Universidade de Coimbra», referem os autores do comunicado, antes de destacarem que «a COFQ 2008 apenas põe em prática a calendarização dada pelo CV».
Desenvolvida inicialmente pelo NE de Medicina da AAC, a campanha de sensibilização às alterações do Código da Praxe, à qual se juntou, mais tarde, os núcleos de Direito e Farmácia, apresenta «as razões da forte contestação que os estudantes na sua generalidade têm levado a cabo na UC». «Relatar factos que julgamos gravemente lesivos para o percurso tradicional académico dos estudantes da Academia de Coimbra, indo contra tudo o que de profundo se sente ao vestir e viver a nossa capa e batina», foi um dos objectivos.
Com 90% de adesão nos abaixo assinados referentes à situação mencionada, os mentores da campanha, «enquanto legítimos representantes dos estudantes», dizem que não podiam «ficar indiferentes a tal onda de protesto». Por isso, abordaram o CV da UC, responsável pela calendarização e definição das actividades tradicionais e praxísticas da Queima das Fitas, na pessoa do dux veteranorum, «transmitindo o descontentamento dos estudantes, no sentido de corrigir, atempadamente, algumas situações».
Reestruturação do código
vai de encontro a Bolonha
«O CV não foi sensível a nenhum dos pontos apresentados, tendo-se recusado a efectuar qualquer alteração ao plano já delineado, dizendo mesmo que não concordava com a opinião dos estudantes da Academia, que ele próprio representa e respeita», acrescenta o comunicado assinado pelos presidentes dos NE de Medicina, Farmácia e Direito. «Obviamente, a tradição, que nos faz sentir estudantes da UC está a ser completamente desvirtuada», finaliza o documento, que também informa que «nenhum veterano de Medicina foi consultado aquando destas alterações».
O Diário de Coimbra tentou obter uma reacção de João Luís Jesus, dux veteranorum, mas o contacto telefónico não foi possível concretizar. Ainda assim, um comunicado de imprensa, assinado por João Luís Jesus, datado de Setembro de 2007 e disponível no site da AAC no espaço do CV, referente à apresentação do novo Código da Praxe, divulga que, «mais que uma revisão, o conselho apresentou uma reestruturação do código que vai de encontro ao Processo de Bolonha».
O documento alude, também, ao facto do dux veteranorum ter reunido «à sua volta um conjunto de pessoas que se destacaram pela sua passagem na vida académica coimbrã, o conselho permanente e alguns estudantes» para trabalhar neste processo, tendo ficado assente, desde logo, três pressupostos a seguir: «Evoluir as normas sem desvirtuar a essência das tradições; a não utilização de títulos de outras universidades para preservar a unicidade e identidade da praxe da UC e recuperar o mais possível tradições e termos esquecidos da Academia de Coimbra».
“Graves mudanças no calendário”
Das «fortes alterações ao Código da Praxe da Academia Coimbrã», levadas a efeito «em Julho de 2007» pelo Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra (UC), os núcleos de estudantes de Medicina, Direito e Farmácia insurgem-se, também, contra «as graves mudanças no calendário da Queima das Fitas», informando que «todo este processo de mudança fez com que inúmeros colegas manifestassem, ao longo dos meses, a sua profunda discórdia para com as situações criadas».
No documento enviado à nossa redacção, os contestatários destacam três situações. A primeira diz respeito à alteração cronológica dos eventos tradicionais, passando da sequência bênção das pastas, garraiada, cortejo dos quartanistas (quintanistas em Medicina) para a sequência inversa. «Uma modificação sem sentido e contraditória. A cartola e bengala são insígnias que se colocam ao retirar as fitas. Por exemplo, os cartolados, que vão no cortejo, no domingo da Queima das Fitas, abanam as fitas na garraiada, depois do cortejo, depois de já serem cartolados!», lamentam.
A noite da serenata monumental na primeira noite do parque também merece reparos. «Esta situação vai contra a tradição, já que a serenata sempre foi à quinta-feira, inaugurando a Queima das Fitas para os estudantes da Academia de Coimbra, sendo que apenas para eles faz sentido uma serenata monumental», divulga o comunicado, onde se pode ler: «Sendo esta a uma sexta-feira, deixa de ser apenas dirigida aos estudantes da Academia, perdendo a sua característica de fazer parte da vida única do estudante da UC».
«Além disto, a serenata na sexta-feira inviabiliza a realização dos tradicionais convívios organizados pelos núcleos de estudantes (Medicina, Direito e Farmácia), que têm marcado tantas gerações de estudantes, nos últimos anos, como símbolos das suas vivências únicas», completa a nota, antes de se debruçar sobre as «várias alterações ao Código da Praxe, nomeadamente em relação à hierarquia da praxe, que não tiveram em conta as especificidades dos diferentes cursos, nomeadamente Medicina e Farmácia, no âmbito do Processo de Bolonha».
«Não tem em conta que estes cursos se denominam, com o Processo de Bolonha, por mestrados integrados, sendo que apenas se pode ser médico ou farmacêutico com os dois ciclos (que existem apenas por mera superficialidade, sendo o curso, na realidade, um contínuum)», divulga o comunicado, que não termina sem sublinhar que «a praxe está elaborada apenas para quem faz o primeiro ciclo, não tendo em conta que, nos outros anos, os estudantes fazem parte da Academia como integrados numa licenciatura de seis anos». «Então, agora, os estudantes de Medicina e Farmácia vão no carro no terceiro ano e não no quinto? E o que lhes acontece depois? Colocam cartola durante três anos porque são finalistas a partir do terceiro ano?», questionam.
João Henriques
-
Lino
- Mítico

- Mensagens: 8082
- Registado: quinta-feira, 14 abril 2005 3:54
-
Leia
- Lendário

- Mensagens: 1519
- Registado: sábado, 15 abril 2006 14:31
-
Carol
- Veterano

- Mensagens: 887
- Registado: sábado, 11 novembro 2006 19:28
-
Lino
- Mítico

- Mensagens: 8082
- Registado: quinta-feira, 14 abril 2005 3:54
-
{mineirinha}
- Lendário

- Mensagens: 2443
- Registado: segunda-feira, 03 janeiro 2005 20:33
-
sou
- Iniciado

- Mensagens: 77
- Registado: domingo, 04 novembro 2007 21:06
eu cá acho interessante que no meio do desvirtuar da tradição, do perder da verdadeira queima (que com muita pena não conheci) se insurjam as vozes e renasça o que é o espírito do estudante de Coimbra - nem tudo é mau afinal. e se somos nós a academia não há-de durar para sempre
no ano que vem volta tudo ao normal, não? 