Quem entrou com contigente especial - medicina

Para professores, alunos e funcionários do ensino superior
daniel322
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Mensagem por daniel322 »

mas têm de fazer exames de acesso em espanhol..

wazdriak
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Re: Quem entrou com contigente especial - medicina

Mensagem por wazdriak »

morangada Escreveu:Bom Dia,

Falei a pouco tempo com uma rapariga que entrou na faculdade de medicina do Porto graças ao "contingente especial emigrantes". Gostava de falar com outros estudantes que entraram em Medicina (no Porto, em Braga, Coimbra, Lisboa, etc..) com essas vagas.

Obrigada
A moça diz que gostava de falar com pessoal que ENTROU em medicina nas mesmas condições... Comentam, comentam, mas não ajudam nada :P É claro que fico chateado...

Electris
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Mensagem por Electris »

Quanto aos portugueses em Espanha parece-me que a Leia falou neles por estarem a queixar-se dos que entram por este contingente tirarem o lugar aos outros.
De resto, não se esqueçam, que de uma forma ou outra estas pessoas têm ligação a Portugal e que estão numa situação especial, num sistema de ensino diferente, daí o contingente especial. Não percebo tanto incómodo com a situação.

Atheist
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Mensagem por Atheist »

bom, o incomodo é que se tiveres media de 18 e meio nao entras em medicina cá em coimbra, mas se fores filho de alguem que nunca cá pos os pés e não souberes quase falar portugues, entras e sem ter de fazer qualquer exame.... (e estou a falar porque conheço tal situaçao).
a questao é; se no fim do concurso de acesso houver lugares vagos, acho bem que se distribuam por estudantes desse contigente, ou entao fazerem os exames para entrar, como os portugueses que vao estudar para espanha fazem (e muito bem).

Leia
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Mensagem por Leia »

Desde pelo menos 2004, com média de 18,5 entra-se em medicina em coimbra.

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Leia Escreveu:Desde pelo menos 2004, com média de 18,5 entra-se em medicina em coimbra.
não é isso que está em causa.. o curso não interessa, isto é que acho injusto:
Atheist Escreveu:mas se fores filho de alguem que nunca cá pos os pés e não souberes quase falar português, entras e sem ter de fazer qualquer exame.... (e estou a falar porque conheço tal situaçao).

Leia
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Mensagem por Leia »

Eu sei que nao era o assunto, era apenas para contradizer.

Já agora, os regimes de acesso especial sao os seguintes:
odem beneficiar de condições especiais de acesso os estudantes que se encontrem numa das seguintes situações:

a) Funcionários portugueses de missão diplomática portuguesa no estrangeiro e seus familiares que os acompanhem;

b) Cidadãos portugueses bolseiros no estrangeiro ou funcionários públicos em missão oficial no estrangeiro e seus familiares que os acompanhem;

c) Oficiais do quadro permanente das Forças Armadas Portuguesas, no âmbito da satisfação de necessidades específicas de formação das Forças Armadas;

d) Estudantes bolseiros nacionais de países africanos de expressão portuguesa, no quadro dos acordos de cooperação firmados pelo Estado Português;

e) Funcionários estrangeiros de missão diplomática acreditada em Portugal e seus familiares aqui residentes, em regime de reciprocidade;

g) Atletas praticantes com estatuto de alta competição ou integrados no percurso de alta competição a que se refere o Decreto-Lei n.º125/95, de 31 de Maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 123/96, de 10 de Agosto, regulado pela Portaria n.º 94/95, de 1 de Agosto;

h) Naturais e filhos de naturais do território de Timor Leste

Não vejo onde possa existir nestas condiçoes pessoas que não saibam falar portugues.



Já agora, dou-vos a conhecer os dados de 2007 para verem que as vagas preenchidas por emigrantes são pequenissimas :

=> Universidade da Beira Interior:
27 Candidatos dos quais 7 entraram, o último com média de 141.7.

=> Universidade de Coimbra - Faculdade de Medicina
8 Candidatos dos quais 3 entraram, não chegando a preencher os 7 % das vagas, o último com média de 141.8.

=> Universidade de Lisboa - Faculdade de Medicina
1 Candidato, que entrou com média de 171.3. Mais uma vez não se preencheram os 7 % das vagas.

=> Universidade do Minho
7 Candidatos, dos quais 3 entraram, o último com média de 146.3. Também não se preencheram os 7 % das vagas.

=> Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Médicas
13 Candidatos, dos quais 9 entraram, o último com média de 154.5. Não se preencheram 7 % das vagas.

=> Universidade do Porto - Faculdade de Medicina
6 Candidatos dos quais só entrou 1 com média de 161.0. Não se preencheram novamente 7 % das vagas.

=> Universidade do Porto - Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar
Não concorreu ninguém por este contingente.

Electris
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Mensagem por Electris »

Neste caso o facto de ter 18 não assegura entrada no curso, quer haja ou não contingente de emigrantes. Continuarão a existir milhares de candidatos que não entram simplesmente porque não criam mais vagas, mas aí o problema é outro.
Com tanta falta de apoio que muitas vezes as comunidades portuguesas têm este parece-me um benefício legítimo para alunos que a verdade é que não estão na mesma situação que os outros. Não é por estarem em França, Suíça, Alemanha que são menos portugueses que nós, apenas estão ou vieram de outros países, outras culturas, outros sistemas de ensino.

Estes dados são de 2005 mas para o efeito servem.
Artigo 12.º
Contingente especial para candidatos emigrantes portugueses
e familiares que com eles residam
1. Para efeitos do disposto no presente diploma:
a) É emigrante português o nacional que tenha residido durante, pelo menos, dois anos, com
carácter permanente, em país estrangeiro onde tenha exercido actividade remunerada por
conta própria ou por conta de outrem;
b) É familiar de emigrante português o cônjuge, o parente ou afim em qualquer grau da linha
recta e até ao 3.º grau da linha colateral que com ele tenha residido, com carácter permanente,
no estrangeiro, por período não inferior a dois anos e que não tenha idade superior a 25 anos
em 31 de Dezembro de 2005.
2. Podem concorrer às vagas do contingente especial previsto na alínea c) do n.º 2 do artigo 9.º os
estudantes que, cumulativamente, satisfaçam as seguintes condições:
a) Sejam emigrantes portugueses ou familiares que com eles residam;
b) Apresentem a sua candidatura no prazo máximo de três anos após o regresso a Portugal;
c) Tenham obtido no país estrangeiro de residência:
c1) Diploma de curso terminal do ensino secundário desse país ou nele obtido que aí constitua
habilitação de acesso ao ensino superior; ou
c2) A titularidade de um curso de ensino secundário português;
d) À data da conclusão do curso de ensino secundário residam há, pelo menos, dois anos, com
carácter permanente, em país estrangeiro;
e) Não sejam titulares de um curso superior português ou estrangeiro.