Obras na Universidade

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ShichiAkaAkuma
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Obras na Universidade

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Grandes obras na Universidade

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A poucos dias da anunciar o programa de recuperação da Alta, directamente ligada à candidatura a Património Mundial, o reitor da Universidade conduziu o Diário de Coimbra numa visita pelos pólos II e III, onde está em marcha um conjunto de intervenções que ultrapassa um investimento de 80 milhões de euros

Seabra Santos conduziu o Diário de Coimbra numa visita-guiada pelos pólos II e III da Universidade, onde está em marcha o maior volume de construção simultânea da história da instituição. Segundo o reitor, trata-se de compensar os últimos 15 anos marcados por um «défice de investimento» do Estado. A partir de agora, continua, importa «manter o ritmo», para que Coimbra se afirme como «base de grande investigação científica».
A primeira paragem da visita aconteceu no “campus” das Ciências da Saúde, concluído, se tudo correr como previsto, em 2008. Nessa altura, os andaimes e o pó das obras já farão parte do passado. Aí, a “ dois passos” de várias unidades hospitalares, ensino e investigação “dão as mãos” nos diversos edifícios que irão nascer numa área com mais de 63 mil metros quadrados.
Com um investimento superior a 60 mil milhões de euros (contabilizando valores de projectos e obras), o Pólo das Ciências da Saúde será o que o reitor da Universidade de Coimbra define como uma das maiores áreas de cuidados de saúde da Europa, apostando numa «grande qualidade».
Concluída a Sub-Unidade 1 da Faculdade de Medicina, a aguardar equipamento, os trabalhos estão no terreno. No interior do edifício, sente-se a modernidade e funcionalidade de um empreendimento que custou mais de dois milhões de euros e que no próximo ano lectivo deverá começar a ser a nova casa dos futuros médicos.
A Biblioteca Central, que custará quase 2,5 milhões de euros, já vai em adiantado estado de construção (Abril de 2006 é a previsão de abertura), enquanto, ali ao lado, a Faculdade de Farmácia, o mais caro investimento da Universidade (nove milhões de euros), dá os primeiros passos e deverá estar pronta em Setembro de 2006, ainda que só no ano lectivo de 2008/2009, os estudantes ocupem a nova faculdade.
Em execução está também o PET – Centro de Tecnologia Nuclear Aplicada à Saúde, um edifício «tecnicamente muito sofisticado» e que Seabra Santos considera determinante para a investigação nacional. «É uma unidade única no país. Neste momento, importamos moléculas de Espanha com custos muito superiores. Temos de importar muito mais do que o que precisamos», explica.
Para a Sub-Unidade 2 – a terceira a ser construída - está a ser preparado o processo de concurso. A Unidade Central, cujo concurso será lançado até meados de 2005, para o início da obra acontecer entre Dezembro e Janeiro de 2006, o biotério da Sub-Unidade 4, a Sub-Unidade 3, onde está inserido o Instituto Nacional de Medicina Legal, a residência para estudantes com capacidade para 270 camas (que obrigará a um investimento a rondar os cinco milhões), a cantina (dois milhões) que poderá servir até 500 pessoas são outros dos edifícios do Pólo III. Tudo isto se vai juntar aos já existentes AIBILI e IBILI.
As obras obrigarão a que as bombas de gasolina à saída da entrada principal dos HUC sejam transferidas para a Avenida Gouveia Monteiro. Certo é que a Capela de Santa Comba, monumento classificado, ali vai permanecer em pleno “campus”, sendo sujeita a uma requalificação, supervisionada pelo IPPAR.

Habitação e comércio fazem parte da estratégia
Parcerias público/privado no Pólo II

Das Ciências da Saúde para a Boavista. A visita continuou pelo Pólo II da Universidade de Coimbra, onde Seabra Santos revelou as maquetas das principais obras da instituição. Para os trabalhos nessa área, a instituição conta alcançar parte do financiamento através de parcerias entre entidades públicas e privadas, sendo a habitação uma fonte de receita privilegiada. O comércio também será uma fonte de receita. Por exemplo, no edifício central da FCTUC há espaço para seis explorações.
Com o avanço da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, que deverá custar cerca de nove milhões de euros, e da de Ciências do Desporto e Educação Física, orçada em pouco mais de oito milhões, por um lado. E a transferência de mais alunos da Faculdade de Ciências e Tecnologia, por outro, o pólo da Boavista deverá albergar, num futuro próximo, oito mil estudantes, o que significa mais do dobro.
A pensar especificamente na diversão e momentos de lazer da comunidade universitária, foi inaugurada recentemente a Casa de Pedra, um centro cultural do género do conhecido D. Dinis, onde os estudantes podem descontrair e divertir-se até um pouco mais tarde do que nas unidades comerciais existentes na zona.
No Pólo II destaque também para a extensão da Associação Académica de Coimbra e para o edifício da Casa do Pessoal da Universidade, ambos em fase final de projecto. Cada um deverá custar cerca de 350 mil euros.
Uma das paragens do reitor com a equipa do Diário de Coimbra aconteceu na Residência de Estudantes II, com capacidade para 168 camas. Inaugurada em 2003, situa-se no meio da encosta do Pinhal de Marrocos, oferecendo aos universitários do Pólo II uma relação privilegiada com a paisagem. Conforme realça o reitor, todos os quartos estão virados a sul, o que quer dizer que durante grande parte do dia beneficiam da luz solar.
«Esta é a melhor [das residências]», reconhece Seabra Santos. Em breve, nascerá uma terceira residência no Pólo II, que poderá acolher quase 400 estudantes.
No final da visita, o reitor da mais antiga universidade portuguesa esclareceu que a intenção «não é fazer betão». Esta fase marcada por um «ritmo de construção alucinante» traduz-se num «momento de viragem» para que a instituição se afirme como nunca como uma universidade de excelência.
Segue-se a intervenção da Alta Universitária, directamente relacionada com a candidatura a Património da Humanidade. O programa deverá ser apresentado em Abril, sabendo-se, para já, que a recuperação começa na Casa das Caldeiras, para onde passará a licenciatura de Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Aquando a apresentação do programa para o Pólo I, deverá também ser divulgado qual o destino para os actuais edifícios, como as faculdades de Farmácia ou de Medicina.

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INTERVENÇÕES AVANÇAM - Artes na Alta universitária

A Casa das Caldeiras e o Teatro Paulo Quintela encerram dois “velhos” projectos de reabilitação da Universidade de Coimbra que finalmente parecem ter reunido condições para avançar.

Projectos com pelo menos uma década, a reconstrução da Casa das Caldeiras e do Teatro Paulo Quintela, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, encontraram finalmente condições para serem concretizados. Os grandes beneficiados parecem ser, para já, os alunos da licenciatura em Estudos Artísticos que, além de passarem a beneficiar de uma sala de espectáculos com todas as condições técnicas, passarão ainda a ocupar o espaço disponibilizado com a recuperação e o novo edifício previsto para a Casa das Caldeiras.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Seabra Santos, reitor da Universidade de Coimbra, disse que estes são dois projectos “antigos”, cujo financiamento está previsto no fundo de investimento aprovado em Senado no último mês de Outubro, embora com critérios diferenciados.
Mais adiantada em termos de lançamento da obra, a intervenção na Casa das Caldeiras - que, ainda de acordo com Seabra Santos, passará a servir a licenciatura em Estudos Artísticos ao invés dos Encontros de Fotografia de Coimbra, como esteve planeado durante anos - irá custar um total de um milhão e 500 mil euros, totalmente financiado pela Universidade de Coimbra.
Quanto ao projecto de recuperação do Teatro Paulo Quintela - entregue inicialmente a uma equipa coordenada pelo arquitecto Fernando Távora e a transitar depois, por motivos de saúde, para o arquitecto João Mendes Ribeiro (que já integrava a equipa original) -, a Universidade está ainda à procura de parceiros para co–financiarem a obra avaliada em cerca de 650 mil euros.
Quando tal acontecer, a sala de espectáculos deverá estar apta a funcionar independentemente da Faculdade de Letras - uma vez que um dos últimos pedidos de alteração do projecto de arquitectura se refere a uma entrada autónoma -, servindo então a população estudantil, mas também o público em geral.

Espaços culturais a
funcionarem “em rede”
A propósito desta maior “abertura” à cidade de mais um espaço da Universidade de Coimbra, Seabra Santos recordou um projecto antigo e que parece reunir algum consenso junto dos diversos responsáveis envolvidos: o funcionamento em “rede” daqueles que a Reitoria considera serem os três espaços fundamentais da sua intervenção cultural, nomeadamente o Teatro Académico de Gil Vicente, o Teatro Paulo Quintela e o auditório da Reitoria.
Quanto à casa vizinha do edifício da Associação Académica de Coimbra, um dos mais importantes exemplares da arqueologia industrial da cidade, irá agora servir um fim diverso daquele que durante muito tempo lhe esteve reservado: ao invés dos Encontros de Fotografia, o espaço da antiga central térmica dos hospitais universitários, a que se juntará o de uma nova edificação, irá acolher a Licenciatura de Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Seabra Santos disse que está a ser ultimado o concurso para a empreitada, pelo que a obra de recuperação e edificação deverá ter início ainda em 2005, lá para Setembro/Outubro.
A alteração do fim a que se destinará a (nova) Casa das Caldeiras deve–se, de acordo com declarações do reitor, a duas razões fundamentais: à instalação dos Encontros de Fotografia no Centro de Artes Visuais (no antigo edifício do Colégio das Artes/Celas da Inquisição, cujo projecto de recuperação tem ainda a autoria de João Mendes Ribeiro), bem como à absoluta necessidade de encontrar espaços alternativos à Faculdade de Letras, destinados nomeadamente aos novos cursos, como é o caso da Licenciatura em Estudos Artísticos.

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PATRIMÓNIO MUNDIAL - Projecto para a Alta apresentado em Abril

Mesmo que o não seja em termos de visibilidade ou até de montante de investimento, o plano de intervenção e recuperação da Alta universitária - o designado Poló I - é o de maior ambição e, sobretudo, de indiscutível importância patrimonial e arquitectónica. Estabelecida há muito, esta é uma realidade que ganhou novos contornos a partir do momento em que a candidatura a Património Mundial se transformou num objectivo assumido em conjunto pela cidade e pela Universidade de Coimbra.
Com apresentação pública agendada para meados de Abril, de acordo com fonte da Reitoria da Universidade de Coimbra, o plano de intervenção na Alta Universitária, coordenado pelo arquitecto Gonçalo Byrne, ganhou nos últimos tempos e mercê da candidatura a Património Mundial - que vai para lá do património monumental, fixando–se nos valores imateriais encerrados na história e na vivência académicas - novos objectivos e, sobretudo, maior ambição.
Em termos de intervenção física, ainda que Seabra Santos se tenha escusado a “levantar demasiado o véu” ao projecto global, o grande objectivo centra–se na aposta da requalificação com uma finalidade clara: levar a toda a Alta universitária um pouco mais de “vida extra–universitária”, como disse ao DIÁRIO AS BEIRAS, em finais dos anos 90, a então responsável Teresa Mendes.

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CASA DAS CALDEIRAS - Revolução na encosta

A intervenção na Casa das Caldeiras marcará o início de uma verdadeira “revolução” urbanística a envolver toda a encosta e a prolongar-se até ao espaço junto às Escadas Monumentais.

A reunir a recuperação da central térmica dos antigos Hospitais da Universidade de Coimbra e a construção de um novo edifício, a intervenção na Casa das Caldeiras deverá dar início a um plano geral que trará um novo rosto ao espaço que marca hoje a Rua Padre António Vieira, o edifício da Associação Académica de Coimbra e as Escadas Monumentais.
Ao DIÁRIO AS BEIRAS, o reitor da UC adiantou um facto que muito contribuirá para a referida “revolução”: a Rua Padre António Vieira passará a estar ligada à Rua Oliveira Matos por uma nova via, o que implicará naturalmente o projecto global que Gonçalo Byrne traçou para a remodelação do Edifício da AAC.
Mas este foi também um “traço” do projecto que João Mendes Ribeiro - o arquitecto que partilhou com Cristina Guedes a sua elaboração - destacou. Para o especialista, a abertura de uma rua que, de resto, já existiu (a Rua de Entre–Muros) marca de forma indelével o projecto global para toda a área, estabelecido num diálogo permanente que manteve com Gonçalo Byrne.
E nem a “alteração” do fim para o qual projectou a recuperação e o novo edifício junto à Casa das Caldeiras trouxeram qualquer problema. De acordo com declarações de João Mendes Ribeiro, o projecto esteve sempre destinado a um “espaço multifuncional”, encontrando–se, por isso, apto a acolher a nova função a que foi destinado.
Aliás, à parte os laboratórios fotográficos previstos, todo o restante projecto é perfeitamente adaptável às funções pedagógicas apontadas agora com a “atribuição” aos Estudos Artísticos da Faculdade de Letras.
Em termos gerais, o espaço das Caldeiras será mantido “aparentemente inócuo”: conservam–se as duas caldeiras de interesse arqueológico e desenham–se alguns elementos para para retirar um maior usufruto do espaço (uma escada para o nível superior das caldeiras e uma varanda entre os dois edifícios). Uma cafetaria e uma estante–livraria ocuparão o restante espaço amplo.
Quanto ao edifício a construir, que expressará uma acentuada verticalidade em contraste ao volume da Casa das Caldeiras, ele “jogará” entre as duas distintas cotas. Uma escada única com três patamares e uma parede a integrar as infraestruturas básicas estruturam–no, dando lugar a um espaço livre, “passível de sucessivas composições”, e ainda a uma sala (de exposições) a receber luz natural.

Um exemplo (raro) da arqueologia industrial

Exemplo praticamente único da arqueologia industrial da cidade - condenada que foi, por exemplo, a Fábrica Triunfo na Baixa de Coimbra, espaço onde aconteceram algumas memoráveis manifestações culturais -, a Casa das Caldeiras encontra a sua história remota no ano de 1934, altura em que uma nova central térmica apareceu incluída no Plano Geral de Distribuição dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
No entanto, apenas em 1940 é elaborado o primeiro anteprojecto para o novo edifício da central térmica. A construção decorreu entre 1941 e 1944, tendo–se arrastado devido às dificuldades em obtenção de material, uma vez que se vivia a segunda guerra mundial. Entretanto, em 1943, é apresentado o projecto de Cotinelli Telmo para a Cidade Universitária de Coimbra.
Em 1946, os fumos provocados pela chaminé começaram a motivar alguns protestos públicos, até porque ao invés dos 60 metros indicados pela firma fornecedora para que não perturbasse as construções vizinhas e o núcleo hospitalar, a chaminé foi construída com apenas 8,5 metros. Mas, em 1953, a passagem do carvão para o fuel–oil passou a significar não apenas menos poluição, como mais economia.
A inauguração da sede da Associação Académica da Universidade de Coimbra, em 1964, trouxe à vizinhança das Caldeiras a génese do projecto que mais marcaria a central térmica já desactivada (em 1987): o Centro de Estudos de Fotografia (CEF)com os Encontros de Fotografia de Coimbra. A Universidade de Coimbra decidiu–se pela cedência em Janeiro de 1988 e, em Novembro, as Caldeiras recebem os IX Encontros de Fotografia com uma marcante homenagem a Robert Frank.
Um ano depois, o CEF encomendava aos arquitectos João Mendes Ribeiro e Cristina Guedes um projecto de recuperação e reutilização da ex–central térmica dos HUC, reconhecendo a extraordinária carga arquitectónica do edifício e o facto de este encerrar um raro exemplo da arquitectura industrial da cidade e do país.

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TEATRO PAULO QUINTELA - Ligação ao exterior

À semelhança da Casa das Caldeiras, o projecto de recuperação do Teatro Paulo Quintela, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, arrasta–se há praticamente uma década e acabou por ser entregue a João Mendes Ribeiro devido ao agravamento do estado de saúde do arquitecto Fernando Távora. Marca maior do projecto, introduzida recentemente, será a ligação directa ao exterior da faculdade, o que permitirá ainda um funcionamento autónomo.
Contrariamente ao espaço destinado agora à licenciatura em Estudos Artísticos, o projecto para a recuperação do Teatro Paulo Quintela encontra–se substancialmente mais atrasado. Isto mesmo confessou ao DIÁRIO AS BEIRAS o reitor da Universidade de Coimbra, chamando a atenção para a necessidade de encontrar ainda parceiros junto das entidades públicas ou entre a sociedade civil que ajudem a reunir os 650 mil euros necessários à concretização da obra de remodelação da sala de espectáculos.
No entanto, o atraso não se estende ao projecto de arquitectura, praticamente concluído e a integrar um elemento fundamental fruto de um pedido feito recentemente pela Faculdade de Letras: a ligação do teatro ao exterior.
Ao DIÁRIO AS BEIRAS, João Mendes Ribeiro adiantou a solução encontrada para que seja possível “reformular” o espaço que conduz ao Teatro Paulo Quintela: após o horário lectivo, um sistema de “paredes” flexível transformará o acesso num caminho directo ao exterior. A entrada far–se-à por um elevador cuja entrada ficará situada entre as duas estátuas centrais que ornamentam a frontaria da Faculdade de Letras.
Ainda de acordo com o arquitecto responsável pelo projecto, o teatro ficará dotado de condições técnicas e de conforto para os artistas e o público, estando uma grande parte da intervenção prevista para o espaço fronteiro ao teatro, onde agora está uma papelaria e onde passará a funcionar uma cafetaria.

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pedrotuga
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Mensagem por pedrotuga »

oh chichi... epa isso é um pouco a abousar do copy paste, eu n li as noticias...e duvido que alguem leia..
lembra-te que isto é um local de debate e nao uma compilacao de noticias...

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Eles é que abusaram de notícias na mesma edição do jornal. :?
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Ao ler este texto d' As Beiras fica-se a saber que a área de intervenção na Alta, caso consiga tornar-se património mundial, não está definida. No fundo, até poderá ser alargada caso a Universidade de Coimbra se espalhe por vários locais. Poderia ser interessante que a UNESCO reparasse que toda a Alta de Coimbra tem história suficiente para financiar a sua recuperação, pois a Universidade e a Alta têm uma relação algo simbiótica.

Por outro lado, fico com uma dúvida. Com a actual mudança de cursos para zonas e polos fora do Polo I, qualquer a Universidade de Coimbra na Alta deixa de ser... Universidade. Por piores condições que ela possa oferecer, não me parece que haja interesse nem para a população, nem para a Universidade e muito menos para os turistas essa situação.

Não sei, isto pode ser de mim, sei lá......... :roll:

P.S.: Que relação a Rua da Sofia teve ou tem com a Universidade de Coimbra? :?
UNIVERSIDADE DE COIMBRA – O que vai ser da velha alta universitária?

O Pólo I, tal como é hoje conhecido,vai sofrer profundas alterações. Sobretudo invisíveis. O DIÁRIOS AS BEIRAS antecipa como vai ser, daqui a uns anos, a Alta universitária.

Seabra Santos calcorreia os corredores da Reitoria. Pede licença para entrar na cozinha, onde uma porta dá acesso às escadas que conduzem a outros corredores, escondidos. Lá, os armários, mais ou menos antigos, e as estantes de metal guardam anos de história e uma espécie de cozinha forrada a azulejo branco, que serve para depositar temporariamente achados arqueológicos da época romana ou medieval.
O reitor continua. Desce mais umas escadas que desembocam numa porta imponente que, por sua vez, dá acesso a um caminho de paralelos. Dali, Seabra Santos vai descendo até ao antigo Colégio da Trindade (do século XVI), paredes meias com o edifício da Reitoria. Entra. E sorri. Os trabalhos estão em curso. Contudo, avisa: “Este é um dos edifícios em que é mais difícil intervir”. Justifica, assim, o porquê dos consecutivos atrasos na obra. Há sobreposição de construções, há achados romanos, há objectos que testemunham a ocupação do espaço desde o período romano de antiguidade tardia até à actualidade.
Mas tudo valoriza o edifício e tudo, mesmo tudo - até os livros lá encontrados, do século XVII até aos tempos do PREC -, será preservado e guardado naquele que é um dos edifícios da Universidade de Coimbra (UC) candidatos a património da UNESCO. Como o colégio, todos os edifícios pertencentes à UC e aqueles que, de alguma forma estiveram ligados àquela instituição de ensino. Concretizando: para além de grande parte da Alta, da Sé Nova, da Sé Velha, do Laboratório Chimico (ver texto ao lado), do Museu Nacional Machado de Castro e do Colégio dos Órfãos, também serão candidatos os edifícios da Associação Académica de Coimbra (cujo novo projecto está a ser estudado por Gonçalo Byrne), da Rua da Sofia, o Jardim da Manga, o edifício da Câmara Municipal de Coimbra (onde esteve instalada a escola de Santa Cruz) e o Mosteiro de Santa Cruz.
A proposta, que foi ontem apresentada (ver texto na página 7) teve uma gestação de seis meses e será apenas a base para um outro trabalho de investigação a efectuar nos próximos dois anos e meio, tempo que deverá passar até à formalização da candidatura. Mas tudo começou a ser pensado há muito tempo. Ainda o Pólo II estava a arrancar. “No início dos anos 80, houve necessidade de se encontrarem alternativas, uma vez que a opção dos anos 50 de colocar tudo a funcionar na Alta era inadequada”, afirma Seabra Santos. Agora, alerta, é preciso “definir estratégias e mantê–las o tempo suficiente para as concretizar”.

Residência e comércio
A cumprir genericamente o que foi projectado com base no plano de reconversão da Alta da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne, aquela zona vai ter outra vida. Desde logo, o largo de D. Dinis, que vai ganhar uma nova imagem (ver texto ao lado). Na Faculdade de Medicina, edifício de meados do século XX, conviverão, lado a lado, as valências escolares ligadas às ciências da vida e as residenciais, de comércio e de serviços.
A Faculdade de Letras manter–se-á. Apenas os serviços a ela anexos sofrerão alterações, com a sua transferência para o Colégio das Artes. O departamento de Arquitectura vai mudar–se para o Colégio de S. Jerónimo.
Mais à frente, a Faculdade de Direito (que, em Setembro, deverá ocupar o Instituto de Coimbra) já se terá expandido para a Faculdade de Farmácia (que, entretanto, foi também transferida para o Pólo III), onde vai ser construída uma biblioteca, cujo projecto será do arquitecto Siza Vieira, e para parte do Palácio dos Grilos, agora afecto aos serviços centrais da UC. O Colégio da Trindade albergará também esta faculdade, que disporá de uma sala de conferências a criar na capela daquele colégio que ruiu no final dos anos 80, altura que a UC terá “herdado” o edifício, tendo sido obrigada a indemnizar as centenas de pessoas que lá viviam, conta o reitor.
Concluídas as obras e preservado o valor histórico e patrimonial, acrescenta Seabra Santos, será necessário manter o grupo de trabalho que está a preparar a candidatura (que está a ser suportado por um dos parceiros da UC, o grupo Santander Totta). E será também preciso procurar investimentos no âmbito do turismo, da cultura e da sociedade do conhecimento. “São investimentos muito altos que não podem ser suportados pela tutela”, concede.
Este é, aliás, um dos objectivos considerados pelo grupo que elaborou a proposta, “de primordial importância”: concretizar “um plano de gestão e promoção que garanta a reabilitação, a conservação e a sustentabilidade económica e ambiental do património cultural em questão”.


A candidatura é a história da universidade


“Temos que ter em atenção o facto da UC não ser só edifícios, canção, tradição e saber”, considera o coordenador da candidatura à UNESCO, Nuno Ribeiro Lopes.

A proposta a apresentar à UNESCO será a base que permitirá formalizar, dentro de dois anos e meio, a candidatura da Universidade de Coimbra (UC) a património mundial.

DIÁRIO AS BEIRAS - Em que é que consiste a proposta que vai ser apresentada à UNESCO?
NUNO RIBEIRO LOPES - Nós vamos apresentar aquilo que é o guião do filme. O facto da universidade estar na lista indicativa da comissão nacional da UNESCO é já uma definição, uma vez que foram estabelecidas algumas pistas. Neste caso, vamos candidatar a história da UC e não um edifício. Começámos por analisar os períodos da história da UC, desde a sua fundação até aos dias de hoje e, a partir daí, tentámos perceber que efeitos é que a universidade teve na própria cidade, dividindo os diferentes períodos numa espécie de “dinastia”. É quase como fazer a história da nossa vida. A candidatura é a história da universidade e é a história de todo o Estado português, uma vez que aqui se formaram algumas das elites que influenciaram o império. Como isto é retratado por edifícios, o que vamos tentar cartografar é a forma como a UC nasceu, como cresceu e onde é que esteve. O que vem a seguir é a análise que determinará se a área proposta a património mundial diminui ou aumenta. Durante a interpretação dos próprios actores, e à medida que o filme se vai desenrolando, a história vai–se alterando.

E o que se pode fazer entretanto?
Numa candidatura deste tipo não há só trabalho de investigação. É preciso trabalhar sobre a cidade. Basta olharmos para a situação do centro histórico, da Rua da Sofia, da Alta universitária, para percebermos que, se a candidatura fosse apresentada neste momento, não tinha viabilidade. É necessário fazer obras, como já está a acontecer com o Laboratório Chimico. E temos de ter em atenção o facto da universidade não ser só edifícios, canção, tradição e saber. Existem colecções científicas às quais não se tem acesso. Há uma imagem muito construída com base no “diz que” e no “há”, mas não existe o acesso propriamente dito. Interessa perceber que não estamos a falar só sobre arquitectura ou de decoração. Também estamos a falar de espólio científico, investigação, nalguns casos património único.

A candidatura pode possibilitar o acesso a apoios financeiros?
Não há nenhuma linha especial, mas o facto da universidade estar na lista indicativa permite, de alguma maneira, como que pedir a solidariedade institucional para “refundar” a imagem exterior e interior da UC, que fica caro. Mas estar na lista indicativa significa um maior apelo à solidariedade governamental, deixando de ser cada um por si. É a oportunidade que temos, enquanto sociedade, de nos autocriticarmos e reorganizarmos e não deixarmos cair este património. Ao mesmo tempo, permite–se a consciencialização dos moradores, dos proprietários, dos utilizadores, que têm acesso a uma maior qualidade de vida.

O que interessa, de facto, ao cidadão...
Sim, e a verdade é que, quase todos os dias, surgem intenções de candidaturas que têm uma grande força mediática, que, por sua vez, acaba por inverter o princípio da UNESCO quando começou este tipo de projectos. O património transformou–se numa coisa mais emblemática, mais rica. Não é turismo de praia, é turismo de património mundial, que leva riqueza aos países mais cultos. A mediatização acaba por ter uma força tal que, passado algum tempo, os movimentos transformam–se e provocam revoluções internas sobre a forma como as pessoas olham para o património, muitas vezes considerado um impedimento do desenvolvimento. Mas o património não é uma arma de arremesso.

Depois de definida, a área a classificar pode ser alterada?
A definição guiou–se pelos edifícios pertencentes à UC. A nossa proposta é uma mera indicação, mas imaginemos que a UC instalava serviços num colégio que lhe havia pertencido mas que, até então, tinha tido outra finalidade. A UNESCO aceita a inclusão, mas tem que ser justificada. E há casos em que a candidatura não tem uma conexão física. Agora, como estamos a falar da UC, isso define, à partida, as regras do jogo. Até pode ser a própria UNESCO a decidir que deve unir zonas dispersas, mas, nesta fase, vamos respeitar o espírito da candidatura. É uma questão estratégica e não tem sentido propôr a cidade e depois ficar tudo reduzido a três metros quadrados. Tem um efeito perverso nas pessoas.

Criam-se expectativas...
Sim, e as pessoas não podem ser enganadas à partida. E este é um trabalho eminentemente técnico e temos que estar todos do mesmo lado para termos sucesso. Já há poluição em bastantes coisas.

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Lendo outra notícia percebi que afinal a relação não é nenhuma. Eles simplesmente decidiram criar duas zonas: Alta Universitária e Rua da Sofia. Podiam era fazer isso para o raio da Baixa toda!!! :roll:
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