13 cursos na Universidade e no Politécnico de Coimbra receberam menos de dez alunos
Candidatos que não conseguiram colocação na 1.ª fase têm, agora, outra oportunidade. Não faltam cursos à procura de novos estudantes.
Muitos terão, ainda, uma hipótese de alcançar a fasquia dos 20 alunos colocados no 1.º ano, abaixo da qual deixarão (salvo algumas excepções) de ter financiamento do Estado – o que já aconteceu com três deles. Os restantes poderão vir a encerrar.
Só na Universidade de Coimbra (UC) e no Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), são 30 os cursos que, na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior de 2006, não preencheram este número mínimo de vagas: 13 deles não chegaram sequer à dezena.
Ver-se-á o que vai resultar da 2.ª fase do concurso, cujo período de apresentação de candidaturas decorre entre hoje e a próxima sexta-feira, em que estão disponíveis as 11.687 vagas sobrantes da 1.ª fase do concurso (1.146 na UC e no IPC), além das vagas não preenchidas nos concursos especiais.
Treze destas 30 licenciaturas que obtiveram menos de 20 novos alunos são da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC): Engenharia do Ambiente (com 17 colocados), Engenharia Física (5), Engenharia Geográfica (3), Engenharia de Materiais (2), Engenharia Química (18), Física (6), Geologia (10), Matemática (16), Química (18), Química Industrial (16), Comunicações e Multimedia (15), Engenharia Geológica e de Minas (3) e Tecnologia de Informação Visual (8).
Três licenciaturas na UC sem financiamento
Atente-se que, para o ano lectivo de 2006/2007, que se está a iniciar, Engenharia Geográfica, Engenharia de Materiais e Geologia já só abriram, cada um, 10 vagas iniciais, fazendo parte dos 26 cursos do ensino superior público que vão funcionar sem financiamento público. Portanto, a expensas das instituições, que lhes atribuem interesse nacional.
Cinco cursos da Faculdade de Letras da UC receberam, também, menos de 20 candidatos. Foram eles Arqueologia e História (18 colocados), História de Arte (3), Geografia - área de especialização em ensino (5), Estudos Clássicos (4) e Geografia - área de especialização em Ambiente e Desenvolvimento (13).
Quanto ao IPC, o mesmo aconteceu com cursos de cinco unidades orgânicas. Na Escola Superior Agrária, com os cursos de Agricultura Biológica (12 colocados), Engenharia Agro-pecuária (11) e Engenharia dos Recursos Florestais (17). Na Escola Superior de Educação, com Professores de Educação Musical do Ensino Básico (10). No Instituto Superior de Contabilidade e Administração, com Contabilidade e Gestão Pública (13) e Informática de Gestão (19). No Instituto Superior de Engenharia, com Informática - Curso Europeu (9), Engenharia Eléctrica e Electrónica - Curso Europeu (1), Engenharia Electromecânica (13) e Engenharia Electrotécnica (19).
Por fim, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital, com Engenharia Civil e do Ambiente (6) e Engenharia de Computadores e Sistemas Informáticos (3).
Registe-se que nos dois cursos europeus do ISEC (cursos transnacionais, em que os alunos frequentam diferentes instituições europeias), as vagas iniciais foram inferiores a 20, sendo estes também uma excepção no panorama do ensino superior.
5.661 falharam a 1.ª tentativa
Estes e outros cursos têm, ainda, algumas centenas de vagas disponíveis para a 2.ª fase do concurso nacional de acesso: na UC há 667 vagas por ocupar (21,85% das 3.052 disponíveis na 1.ª fase); no IPC sobram 27,84% dos lugares postos a concurso (479 num total de 1.720).
Os resultados da 1.ª fase, divulgados sábado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, são hoje afixados, estando, desde o fim-de-semana, disponíveis na Internet (
http://www. acessoensinosuperior.pt).
Dos 40.521 estudantes que concorreram à 1.ª fase, 5.661 ainda não conseguiram um lugar no ensino superior.
Para a 2.ª fase do concurso, além das vagas libertadas do primeiro momento, estão disponíveis as vagas sobrantes dos concursos especiais, as vagas ocupadas na 1.ª fase em que não se concretizou a matrícula e inscrição e as vagas libertadas em consequência da recolocação de estudantes colocados na 1.ª fase. Os resultados serão afixados a 16 de Outubro.
Fonte: Diário de Coimbra
