Politécnico recorre à isenção de propinas

Para professores, alunos e funcionários do ensino superior
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Pedro
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Politécnico recorre à isenção de propinas

Mensagem por Pedro »

Politécnico recorre à isenção de propinas

O não pagamento da propina só vai abranger os alunos que, pela primeira vez, e exclusivamente no 1.º ano do curso, venham a frequentar o Politécnico de Coimbra

Os alunos que, este ano, ingressarem no Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) com melhores notas de candidatura não pagam propinas. A medida vai funcionar em cinco dos seis estabelecimentos do IPC – de fora, fica a Escola Superior Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital –, sendo que a instituição fixou classificações mínimas diferentes, consoante a unidade orgânica, para que os candidatos beneficiem da isenção.

Mais selectivos, o Instituto Superior de Engenharia (ISEC), a Escola Superior de Educação (ESEC) e a Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTSC) exigem uma média de candidatura que oscila entre os 17 e os 18 valores.

Já a Escola Superior Agrária (ESAC) e o Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCAC) pedem, respectivamente, os 15 e os 14 valores.

O não pagamento da propina só vai abranger os alunos que, pela primeira vez, e exclusivamente no 1.º ano do curso, venham a frequentar o IPC.

Esta é a mais recente estratégia da instituição para atrair estudantes, numa conjuntura em que as vagas postas a concurso pelos estabelecimentos de ensino superior já superam o número de candidatos.

No entanto, a classificação mínima exigida (9,5) nas provas de ingresso para todos os cursos superiores, que pela primeira vez vai vigorar nos dois subsistemas, terá, seguramente, contribuído para a esta decisão do último Conselho Geral do IPC. Recorde-se que um estudo dirigido pelo presidente do Centro de Investigação das Políticas do Ensino Superior (CIPES), Alberto Amaral, concluiu que 30% dos alunos colocados na 1.ª fase do concurso nacional de acesso, em 2002, não teriam entrado no ensino politécnico público se a obrigatoriedade da nota mínima de 9,5 nas provas específicas estivesse, na altura, em vigor.

Por outro lado, nos dois últimos anos, a maior ou menor procura das universidades e politécnicos públicos, e a respectiva capacidade de se tornarem atractivos, já ditou oscilações no valor da propina a pagar pelos estudantes – varia entre os 475 e os 880 euros, de acordo com a nova lei de financiamento do ensino superior.

Nesse sentido, as escolas do IPC deverão manter os valores fixados no último ano: 550 euros na ESAC e na ESEC, 500 euros no ISCAC, 487 euros no ISEC e 475 euros na ESTGOH.

Montantes que, segundo algumas escolas justificam, são fixados também em virtude da «actual conjuntura económica».

No caso da ESEC, a direcção do estabelecimento decidiu, mesmo, facilitar o pagamento das propinas através de prestações mensais, revelou o presidente do Conselho Directivo, João Orvalho – habitualmente, não excedem as três.

Inversamente, já a ESTGOH vai reduzir as prestações (de três para duas). A explicação prende-se com o atraso verificado no pagamento das propinas, explica o director, Francisco Neves.

Universidade premeia alunos desde o ano passado

No último ano lectivo, a Universidade de Coimbra atribuiu a 3% dos melhores alunos de cada uma das oito faculdades (de todos os anos das licenciaturas) – o que representou perto de mil alunos – um prémio em dinheiro, equivalente à diferença entre a propina mínima e a máxima (fixada pela instituição). Uma forma de cativar os bons alunos para a instituição.

Quanto aos estudantes com menos posses, que, apesar de não terem apoio da acção social, comprovaram não poder suportar o aumento da propina, a UC disponibilizou 1.200 bolsas – não chegaram, no entanto, a surgir 500 candidatos –, do mesmo valor.

Por outro lado, existe, ainda, um plano de pagamento faseado de propinas, para os estudantes devedores, um mecanismo encontrado pela Reitoria de Seabra Santos para evitar a exclusão desses discentes. É que, de acordo com a lei de financiamento, a quem não tem as propinas em dia é vedada a matrícula no ano seguinte.

Fonte: Diário de Coimbra
Isto lembra-me os anúncios dos cartões de crédito... "subscreva este cartão e a primeira anuidade é grátis". O ensino superior público está a caminhar para ficar igual ao privado... daqui a uns 5 anos devem passar a oferecer um telemóvel para as 10 primeiras pessoas a matricularem-se.

Pessoalmente, defendo a "propina zero" para todos os que demonstrarem aproveitamento. Não apenas no primeiro ano, mas em todo o curso. Acho que a única maneira de a nossa economia avançar é pararmos de tentar competir nos mercados de mão-de-obra barata e começar a oferecer mão-de-obra qualificada. E não vamos conseguir isso afastando as pessoas da universidade...

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Lino
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Mensagem por Lino »

O ensino superior na Hungria e República Checa é grátis e na Alemanha, excepto um ou outro estado, acontece o mesmo...
Coimbra tem mais encanto... terá?
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mustiness
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Registado: sexta-feira, 25 fevereiro 2005 1:07

Mensagem por mustiness »

"No último ano lectivo, a Universidade de Coimbra atribuiu a 3% dos melhores alunos de cada uma das oito faculdades (de todos os anos das licenciaturas) – o que representou perto de mil alunos – um prémio em dinheiro, equivalente à diferença entre a propina mínima e a máxima (fixada pela instituição). Uma forma de cativar os bons alunos para a instituição"


Ah ah ah... Esta dá-me vontade de rir...Era bom era! :roll:
Hakuna Matata

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