Não é natural que as tradições, sejam elas quais forem, tenham a tendência a ir-se perdendo com o passar dos anos(séculos)??
Não é, também, natural que as pessoas que tenham vivido essas tradições quando elas estavam no auge, experienciem um sentimento de perda quando vêem que as tais tradições se estão a perder?
A riqueza nao-material da vida academica de Coimbra
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Lino
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Chanterella
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Estou farta de aturar pessoas desprovidas do mínimo de sentido cívico.
Não é uma questão de tradições, é um problema de modos e educação, que é uma coisa que está a "passar de moda" e há cada vez menos! E a inteligência também escasseia...
Mas se os papás não sabem, como hão de saber as criançinhas? Os professores que os eduquem porque eles andam demasiado ocupados para isso. Fazê-los é giro, agora o resto... que maçada.
As pessoas em vez de procurarem aperfeiçoar-se, melhorar e aprender, procuram é denegrir os outros que estão num patamar superior para não se sentirem tão mal consigo próprios. Na escola básica até gozavam comigo por não dizer palavrões... onde isto chegou.
Agora chego ao ensino superior e tenho um rapaz atrás de mim na Serenata a gritar as letras das canções em altos berros enquanto o estudante canta... só com duas bofetadas!
E os braços no alto a brandir os telemóveis. Esta geração já nasceu com eles agarrados à mão (coitadinhos) e erguem-nos para tirar fotografias daquele momento especial - sim, porque o que importa é tirar fotos fixes para pôr no hi5, não é ouvir alguma coisa!
E os bêbados... irritam-me mais os que fingem que estão e os que bebem mesmo não gostando.
Cada vez me lembro mais daquelas festas romanas onde eles tinham relações sexuais em público, bebiam e comiam, e depois vomitavam de propósito para poderem beber e comer mais. Só que os romanos já foram há algum tempo... não evoluimos ou estamos a regredir?
As pessoas estão cada vez mais ocas. Os adolescentes desta geração não sabem manter uma conversa... tudo o que faça uma ínfima alusão intelectual é uma seca: a política, a educação, a cultura, as tradições, etc.
Depois querem-se manifestar na televisão contra as reformas que lhes dizem respeito e só sabem falar na porcaria das aulas de educação sexual... enfim. E qualidade do sistema educativo? "Ahn? Ora diga lá outra vez."
Estas coisas irritam-me, não sei se nota.
Parece que têm a massa verde em vez de cinzenta... de bolor ou musgo.
Não é uma questão de tradições, é um problema de modos e educação, que é uma coisa que está a "passar de moda" e há cada vez menos! E a inteligência também escasseia...
Mas se os papás não sabem, como hão de saber as criançinhas? Os professores que os eduquem porque eles andam demasiado ocupados para isso. Fazê-los é giro, agora o resto... que maçada.
As pessoas em vez de procurarem aperfeiçoar-se, melhorar e aprender, procuram é denegrir os outros que estão num patamar superior para não se sentirem tão mal consigo próprios. Na escola básica até gozavam comigo por não dizer palavrões... onde isto chegou.
Agora chego ao ensino superior e tenho um rapaz atrás de mim na Serenata a gritar as letras das canções em altos berros enquanto o estudante canta... só com duas bofetadas!
E os braços no alto a brandir os telemóveis. Esta geração já nasceu com eles agarrados à mão (coitadinhos) e erguem-nos para tirar fotografias daquele momento especial - sim, porque o que importa é tirar fotos fixes para pôr no hi5, não é ouvir alguma coisa!
E os bêbados... irritam-me mais os que fingem que estão e os que bebem mesmo não gostando.
Cada vez me lembro mais daquelas festas romanas onde eles tinham relações sexuais em público, bebiam e comiam, e depois vomitavam de propósito para poderem beber e comer mais. Só que os romanos já foram há algum tempo... não evoluimos ou estamos a regredir?
As pessoas estão cada vez mais ocas. Os adolescentes desta geração não sabem manter uma conversa... tudo o que faça uma ínfima alusão intelectual é uma seca: a política, a educação, a cultura, as tradições, etc.
Depois querem-se manifestar na televisão contra as reformas que lhes dizem respeito e só sabem falar na porcaria das aulas de educação sexual... enfim. E qualidade do sistema educativo? "Ahn? Ora diga lá outra vez."
Estas coisas irritam-me, não sei se nota.
Parece que têm a massa verde em vez de cinzenta... de bolor ou musgo.
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lily!
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Nota-se só um bocadinho..Chanterella Escreveu:Estas coisas irritam-me, não sei se nota.
Parece que têm a massa verde em vez de cinzenta... de bolor ou musgo.
Quanto a cor da massa acho que nao é sempre verde, penso que se vai alterando consoante a cor que as magnifcas personagens dos morangos usarem mais.
Isto é 1 facto.
Agora não quer dizer que isto não seja evolução. Pode é ser uma evolução na direcção errada. Mas se todos forem na mesma direcção então deixa de ser errada e passa a ser a unica.
Aahhahahahah, acabei de dar um nó ao meu próprio cerebro.
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Lino
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gunky
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Ha já algum tempo e nao e so em Viseu........Lino Escreveu:Por exemplo, o traje... se falo a alguém que os óculos à Brigitte Bardot são contra a praxe, as pessoas olham de soslaio... já tive pessoal de outros lados a dizer que nas terras deles (ex. em Viseu) se respeita mais a praxe que em Coimbra.
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dawn_to_dusk_
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A praxe deixou de ser cultivada nos caloiros e os professores são dos primeiros a avisar para os alunos deixarem isso de lado, portanto a tendencia natural é a maioria afastar-se da praxe. Quem for mais conservador vai sempre tentar descobrir as raizes dos movimentos tradicionais e populares...
c'est la vie
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sou
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o problema da praxe... ou da perda da tradição... é que a perda de valores morais e culturais não é de agora... não atirem as culpas todas para cima da geração morangos que antes dessa já o declinio era visivel... o problema é que estudar actualmente já não é o mesmo acto privilegiado que era antigamente... desapareceu o romantismo da vida de estudante que lemos em Eça e assim, mudam-se os tempos... mudam-se as vontades.
dá pena sim sr. mas a culpa não é da geração morangos, essa diga-se de passagem acabou de cá chegar e o que faz ou deixa de fazer é por ensinamento a mais ou a menos dos que já cá estavam (mais geração new wave e malhação), fale-se dos veteranos também, que tendo uma posição tão favorecida no nosso código parece esquecerem-se das responsabilidades que vêm com ela.
falo por mim, muitas vezes quero saber o porquê de determinado procedimento e acabo a ter de googlar por aí para obter resposta, o mais interessante é que realmente quando encontro resposta nunca é dada relativamente à praxe de Coimbra) (geralmente é relativa ao Porto) ( e mesmo assim me lembro de ouvir uma palestra de um exmo veterano em que orgulhosamente afirmava que praxe era o conjunto bla bla bla DE COIMBRA, o que os outros sítios tinham era no máximo rituais praxisticos...)
ps: e só assim para resumir, o maior problema é que o blá blá blá já não se conhece, os caloiros chegam são gozados e a praxe não vai além disso... houve já quem tenha dito inventem-se novos pais... aqui será mais novos padrinhos/madrinhas/drs/dras (os caloiros esses pouca culpa têm por mais morangos que consumam)
dá pena sim sr. mas a culpa não é da geração morangos, essa diga-se de passagem acabou de cá chegar e o que faz ou deixa de fazer é por ensinamento a mais ou a menos dos que já cá estavam (mais geração new wave e malhação), fale-se dos veteranos também, que tendo uma posição tão favorecida no nosso código parece esquecerem-se das responsabilidades que vêm com ela.
falo por mim, muitas vezes quero saber o porquê de determinado procedimento e acabo a ter de googlar por aí para obter resposta, o mais interessante é que realmente quando encontro resposta nunca é dada relativamente à praxe de Coimbra) (geralmente é relativa ao Porto) ( e mesmo assim me lembro de ouvir uma palestra de um exmo veterano em que orgulhosamente afirmava que praxe era o conjunto bla bla bla DE COIMBRA, o que os outros sítios tinham era no máximo rituais praxisticos...)
ps: e só assim para resumir, o maior problema é que o blá blá blá já não se conhece, os caloiros chegam são gozados e a praxe não vai além disso... houve já quem tenha dito inventem-se novos pais... aqui será mais novos padrinhos/madrinhas/drs/dras (os caloiros esses pouca culpa têm por mais morangos que consumam)
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Lino
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E há aquele pessoal que vem com tradições inventadas à pressa e mal contadas... como padrinho, o meu conselho é ler o código oficial para se informarem do verdadeiro e das petas... há dias disse-me uma pessoa que lhe tinham dito que o grelo era para ser emprestado a alguém até ao fim do curso para dar sorte... nunca tinha ouvido falar dessa história...
O pessoal vai na cantiga dos mais velhos, inventa a praxe e deturpa-a... também fico triste com algumas praxes que vejo, sobretudo no Politécnico, como as pinturas da cara (não tem nada a ver com Coimbra)... e se falo em respeitar o código vêm dizer que sou snob e etc.
O pessoal vai na cantiga dos mais velhos, inventa a praxe e deturpa-a... também fico triste com algumas praxes que vejo, sobretudo no Politécnico, como as pinturas da cara (não tem nada a ver com Coimbra)... e se falo em respeitar o código vêm dizer que sou snob e etc.
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daniel322
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de Coimbra, sim.. Nas outras cidades também se pratica a praxe, mas copiada ou adaptada de Coimbra. Há dúvidas nisso?..sou Escreveu:( e mesmo assim me lembro de ouvir uma palestra de um exmo veterano em que orgulhosamente afirmava que praxe era o conjunto bla bla bla DE COIMBRA, o que os outros sítios tinham era no máximo rituais praxisticos...)
É claro que os tempos mudam e as mentalidades mudam com os tempos e hoje em dia as pessoas têm mais liberdade e privilégios que outras antigamente não tinham, e falo especificamente de 1961 em que o luto académico de Coimbra ficou célebre.. Mas, para mim, o principal problema não é a prática ou não da praxe, mas sim a forma como se aplica. A praxe não é mais do que uma forma de integrar os novos alunos e não apenas uma maneira de gozar ou humilhar os recém-chegados.. e é nisso que cada vez mais se torna.
E essa história de respeitarem mais o traje em Viseu ou Porto, desculpem-me a franqueza, mas é treta.. já estive na semana académica de Viseu e na Queima do Porto, para além de Leiria e Faro e não existe comparação. Não desrespeitam o traje pq não o usam.. 80% das pessoas simplesmente não usam o traje a não ser na primeira semana de aulas.. no Porto nem no Cortejo da Queima vão trajados, o pessoal vai todo com t-shirts de curso..
No entanto, se acham que as pessoas desrespeitam o traje, pq não as avisam na altura?..
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Lino
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gunky
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Nao quero começar a armar guerras em Politecnico e UC mas olha que o pessoal de direito mancha bem de vermelho a caloirada.Lino Escreveu:E há aquele pessoal que vem com tradições inventadas à pressa e mal contadas... como padrinho, o meu conselho é ler o código oficial para se informarem do verdadeiro e das petas... há dias disse-me uma pessoa que lhe tinham dito que o grelo era para ser emprestado a alguém até ao fim do curso para dar sorte... nunca tinha ouvido falar dessa história...
O pessoal vai na cantiga dos mais velhos, inventa a praxe e deturpa-a... também fico triste com algumas praxes que vejo, sobretudo no Politécnico, como as pinturas da cara (não tem nada a ver com Coimbra)... e se falo em respeitar o código vêm dizer que sou snob e etc.
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Lino
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sou
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claro que se copia... pura e simplesmente porque foi em coimbra que surgiu a primeira Universidade (fora idas e vindas de Lisboa) acho extremamente de mau tom andarmos por aí a dizer que a praxe é nossa (é narcisico e egocêntrico) para além do que, o que mais vejo por aí e nos tempos que correm é ser Coimbra a imitar a praxe dos outros locais.daniel322 Escreveu: de Coimbra, sim.. Nas outras cidades também se pratica a praxe, mas copiada ou adaptada de Coimbra. Há dúvidas nisso?..
quanto ao ler o codigo para nos informarmos acerca das tradições... nem sempre serve de grande coisa. uma coisa é a lei e o que não se pode fazer, outra coisa são os ritus que se geraram paralelamente, passando a tradições. saber quais o são verdadeiramente e quais o são por invenção é que é praticamente impossível. muitas vezes resta-nos o bom senso...
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Chanterella
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Sim, acho que o site do CV de Coimbra devia modernizar-se e incluir mais informações. Também deviam ter um endereço de e-mail para que as pessoas realmente interessadas pudessem esclarecer as dúvidas.sou Escreveu: falo por mim, muitas vezes quero saber o porquê de determinado procedimento e acabo a ter de googlar por aí para obter resposta, o mais interessante é que realmente quando encontro resposta nunca é dada relativamente à praxe de Coimbra) (geralmente é relativa ao Porto) ( e mesmo assim me lembro de ouvir uma palestra de um exmo veterano em que orgulhosamente afirmava que praxe era o conjunto bla bla bla DE COIMBRA, o que os outros sítios tinham era no máximo rituais praxisticos...)
Há algum tempo vinha aqui o Jarod mas parece que desapareceu, é pena porque gostava de perguntar umas coisas!
Claro que a culpa não está totalmente na geração morangos, a questão é que poderia ser a essa geração a mudar o rumo das coisas e aparentemente não será. Porque a diferença entre essa geração e as outras é que nestas ainda há pessoas que pelo menos manifestam uma preocupação com a preservação dos valores e a geração morangos nem desconfia do isso é.
Pode ser que me engane quanto a isto e se assim for, ainda bem.
Também acho! Antigamente estudar na Universidade era um grande privilégio, hoje é mais comum e são muito mais pessoas.daniel322 Colocada: Dom Fev 03, 2008 2:44 am Assunto:
de Coimbra, sim.. Nas outras cidades também se pratica a praxe, mas copiada ou adaptada de Coimbra. Há dúvidas nisso?..
É claro que os tempos mudam e as mentalidades mudam com os tempos e hoje em dia as pessoas têm mais liberdade e privilégios que outras antigamente não tinham, e falo especificamente de 1961 em que o luto académico de Coimbra ficou célebre.. Mas, para mim, o principal problema não é a prática ou não da praxe, mas sim a forma como se aplica. A praxe não é mais do que uma forma de integrar os novos alunos e não apenas uma maneira de gozar ou humilhar os recém-chegados.. e é nisso que cada vez mais se torna.
E essa história de respeitarem mais o traje em Viseu ou Porto, desculpem-me a franqueza, mas é treta.. já estive na semana académica de Viseu e na Queima do Porto, para além de Leiria e Faro e não existe comparação. Não desrespeitam o traje pq não o usam.. 80% das pessoas simplesmente não usam o traje a não ser na primeira semana de aulas.. no Porto nem no Cortejo da Queima vão trajados, o pessoal vai todo com t-shirts de curso..
Não gosto que digam que a tradição em Coimbra se está a perder e nas outras universidades é que é. Faz-me aflição e também sei que não é verdade.
E outra questão é: de onde vêm as tradições? Penso que muitas tradições virão de ritos que foram sendo estabelecidos e que acabaram por ser adoptados.
Por exemplo, em lado nenhum do código diz que deve ser a madrinha ou o padrinho a traçar a capa ao afilhado na noite da Serenata Monumental. Mas é uma coisa bonita e inofensiva. Podia ser implementada... ou não?
Quanto às pinturas também não gosto. Não se deve sujar os caloiros!
Creio que outro motivo pelo qual as praxes se têm vindo a atenuar é o facto de haver uma preocupação maior com as notas e as médias. Graças aos trabalhos, frequencias, apresentações e outras formas de avaliação que Bolonha prevê, resta menos tempo para ir praxar.