U. Coimbra em fase decisiva
Quando faltam oito rondas para o final do campeonato, o União de Coimbra encontra-se em situação privilegiada para alcançar o regresso à 2.ª Divisão B, desiderato que poucos acreditariam ser atingível no início da temporada
A temporada de 2004/2005 promete ficar na memória dos adeptos do União de Coimbra. A equipa de futebol está em excelente posição para alcançar a subida de escalão, objectivo que poucos acreditariam ser possível de atingir no arranque da competição.
Partindo para o campeonato como “outsider”, com o modesto intuito de efectuar uma prova tranquila e longe dos sobressaltos vividos no ano anterior, o certo é que desde muito cedo se percebeu que o grupo de trabalho orientado por António Cortesão poderia almejar a voos bem mais elevados.
Contudo, o técnico teve sempre o cuidado de colocar um travão no ambiente de alguma euforia que se fez sentir em torno do plantel, alertando para as adversidades que os seus jogadores teriam de ultrapassar no decorrer de uma época longa e extenuante. Lesões, castigos e até algum cansaço poderiam fazer-se sentir num grupo de atletas bastante reduzido, com naturais repercussões não só na performance exibicional, como também nos resultados.
Foi este o discurso até à entrada para o último terço da prova. Aí, e com o sucesso a manter-se, a meta da subida de escalão foi finalmente assumida por direcção, jogadores e equipa técnica, referindo, em uníssono, que seria «frustrante» chegar ao final da época fora dos lugares que permitem o acesso à 2.ª Divisão B.
O segredo do sucesso
O treinador da turma da cidade do Mondego não tem regateado elogios à atitude e ao comportamento dos seus atletas, considerando que o grande trunfo do União de Coimbra passou por manter a estrutura do grupo do ano transacto, “polvilhado” com algumas “caras novas”, que se têm revelado verdadeiras mais valias. Carlo, Kadú e Mário João chegaram no defeso à Arregaça e, paulatinamente, conquistaram o seu lugar num grupo que conta ainda com a experiência de jogadores como Maná, do guardião Joca, ou até de Xirola, que apesar de ser ainda jovem, já evidencia uma maturidade assinalável.
Contudo, outros têm despontado. Paulo Soares, um dos valores que chegou no Verão, e Ciro, proveniente da “cantera” unionista, têm sido elementos fulcrais na estrutura da equipa, a tal ponto que já despertaram a cobiça de clubes que disputam campeonatos profissionais. Por outro lado, a integração de elementos mais jovens, casos de Mauro e Rafael tem sido deveras positiva, sinal que a aposta na formação é o garante para um futuro bem mais risonho.
Por outro lado, o êxito da campanha unionista fica igualmente ligado ao elevado aproveitamento do “factor casa”. O Estádio Municipal Sérgio Conceição tem sido uma verdadeira “fortaleza”, que ainda não conseguiu ser conquistada por qualquer “inimigo”. De facto, nos 13 encontros já realizados em Taveiro, a turma unionista tem como registo um saldo de oito triunfos e cinco empates. No entanto, os últimos três compromissos caseiros fizeram ecoar o “toque” de alerta. O conjunto da Arregaça não conseguiu vencer os embates frente a Satão, Cesarense e Anadia (todos terminaram com o resultado 1-1), permitindo que, precisamente, a turma de Cesar encurtasse a distância de nove para os cinco pontos actuais. Este será, sem dúvida, um aspecto a rever no seio do grupo de trabalho, tanto para mais porque começa a haver menos margem para cometer novos percalços.
“Sprint” final
Olhando para as jornadas que ainda faltam cumprir, chega-se à conclusão de que o União de Coimbra está, de facto, em situação privilegiada para consumar o regresso à 2.ª Divisão B.
Para além dos cinco pontos de vantagem em relação ao Cesarense, a única formação que poderá fazer frente aos conimbricenses, o conjunto liderado por António Cortesão tem a seu favor o facto de defrontar em Taveiro os adversários teoricamente mais difíceis, casos de Nelas (1.º) e Milheiroense (6.º). No capítulo das deslocações, aparentemente será a viagem a Souropires (7.º) aquela que poderá causar maiores transtornos aos atletas da Arregaça, embora as saídas a Castro Daire (17.º) e Santa Comba Dão (16.ª) possam igualmente traduzir-se em dificuldades, na medida em que as formações anfitriãs se encontram a lutar pela manutenção.
Mas, e se o campeonato da turma da cidade do Mondego não se poderá considerar propriamente acessível, também Nelas e Cesarense não terão vida facilitada. Os lideres da prova, no seu reduto, não deverão sentir problemas de maior. Contudo, já nos encontros que disputarão na condição de visitantes, a história será diferente. Para além das visitas a Coimbra e Cesar, constam ainda no cardápio as deslocações a Anadia (4.º) e Satão (10.º), redutos sempre complicados para qualquer equipa.
Por sua vez, o emblema de Cesar parece ser aquele que, à partida, terá maiores dificuldades. Assim, e depois de ter empatado em Coimbra e da já referida recepção ao primeiro classificado, terá ainda de receber Anadia, São João de Ver (9.º) e Milheiroense. No capítulo das deslocações, as “paragens” em Avanca (8.º) e na Gafanha (11.º) merecem particular destaque, embora também Castro Daire e Santacombadense sejam adversários a ter em conta.
in Diário de Coimbra
olha que nao sei! o sergio conceição tem a sua pinta, apesar de ser um estadio fracote! 300 lugares tem o estádio da minha terra que é em pelado e ainda tem mais 2 campos de treinos!
