Santo António dos Olivais precisa de novo cemitério
O Centro Educativo dos Olivais vai ceder duas parcelas de terreno para a ampliação do cemitério
da freguesia. Francisco Andrade, presidente da Junta, considera que a medida resolve os problemas mais imediatos, mas sublinha a necessidade de um novo cemitério
A cedência de duas parcelas de terreno do Centro Educativo dos Olivais para a ampliação do cemitério da freguesia é um dos assuntos levados hoje à reunião do executivo municipal. Um assunto que, segundo Francisco Andrade, presidente da Junta de Freguesia, devia estar já resolvido, uma vez que não são de hoje os problemas de falta de espaço, nem os contactos com o Ministério da Justiça, que tem a tutela do Centro Educativo.
«Trata-se de uma zona de pousio que pertence ao colégio e devem ser cedidas duas de três faixas disponíveis», explicou o presidente da Junta, notando que «o alargamento do espaço do cemitério permitirá colocar mais algumas sepulturas e construir 200 novos ossários». Segundo Francisco Andrade, este é um problema que se arrasta desde 1989. Agora deverá ser minimizado, mas não resolvido na sua totalidade, uma vez que a freguesia tem cerca de 60 mil habitantes e têm vindo a surgir novos aglomerados populacionais naquela zona da cidade. «Ficaremos bem no imediato, nos próximos quatro ou cinco anos, mas precisamos de um cemitério novo».
No ano que passou, o cemitério de Santo António dos Olivais esteve “fechado” três vezes, por períodos distintos, mas que, na sua totalidade, perfazem 45 dias. Isto porque, de acordo com o presidente da Junta, não existia capacidade para receber novos corpos, recusando-se, assim, funerais. «De cinco em cinco anos são levantadas as ossadas mas, mesmo assim, não conseguimos dar resposta à população», refere, notando que, não obstante a lei já permitir a exumação ao fim de três anos, em respeito às famílias tal não está já a ser feito.
Depois, acrescenta o autarca, o cemitério também não dispõe de ossários suficientes – «são agora cerca de uma dúzia» –, que podem ser usados, libertando espaço para novas campas. A situação, reconhece Francisco Andrade, não é exclusiva de Santo António dos Olivais – o mesmo se passará na Conchada –, o que reforça a necessidade de criar um novo cemitério. Não dispondo a Junta de um terreno, o responsável considera que «na nossa freguesia, a autarquia poderia ceder um terreno para essa construção, que abrangesse Solum, Norton de Matos, Chão do Bispo, Boavista».
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