Linha aérea de alta tensão em Antanhol/Santa Clara/Alegria

[Pedro]

Barbosa de Melo diz que linha de alta tensão “não tem sentido”

Especialista em Direito alertou que legislação “é mais um problema do que solução”. Nova reunião deverá decorrer em breve na tentativa de chegar a um acordo com a EDP.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra afirmou ontem que a construção da linha aérea de alta tensão no troço Antanhol - Santa Clara - Alegria «não tem sentido», até porque há a indicação de que até 2023 todas as linhas devem ser enterradas.

Após ter assistido, por alguns momentos, ao debate sobre a responsabilidade social da EDP, João Paulo Barbosa de Melo referiu ao Diário de Coimbra que compreende «a indignação» dos moradores e proprietários e acrescentou que «há meses» que está a acompanhar o caso, nomeadamente exercendo alguma «pressão» sobre a empresa.

Fonte: Diário de Coimbra

Vão construir sabendo que daqui a 10 anos, no máximo, terão de destruir? O único motivo que vejo para isso, e é numa perspectiva "à SimCity", é não terem dinheiro para construir agora de forma correcta e aproveitam para a opção mais barata. Tirando isso, parece-me que vai ser desperdício de dinheiro (a menos que estejam a prever uma enorme redução de custos na construção de linhas enterradas daqui a uns anos).

[Hal9000]

Também não percebo quais são os benefícios de ter as linhas enterradas. O único que vejo é que deixam de haver cortes por causa de quedas de árvores...de resto...

[Tide]

Sinceramente, duvido dessa obrigação de enterrar as linhas, pelo menos procurei e não encontrei nada...e mesmo que haja, duvido que tenha efeitos retroactivos, ou seja, uma linha construída em 2022 não terá de ser enterrada em 2023.

Os benefícios das linhas enterradas podem ser a redução do impacto visual e das avarias por contacto..

[Pedro]

É a lei nº 30/2010 de 2 de Setembro. Para além de eliminar o impacto visual das linhas aéreas, esta lei visa também cumprir as orientações da OMS em relação à exposição de seres humanos a campos eléctricos e magnéticos (não tenho a certeza se foram confirmados, mas existem preocupações relativas ao aumento de risco de cancro e leucemia nas populações que residem junto a estas linhas).

[Tide]

O que indica a lei é que

"1 — No prazo de 13 anos contados da data da entrada em vigor da presente lei, todas as linhas, as instalações e os equipamentos de alta e muito alta tensão a que se refere o n.o 1 do artigo 1.o se devem encontrar localizados ou adaptados de forma a dar cumprimento aos limites de exposição humana a que se refere o artigo 2.o"

Sendo que o artigo 2º

1 — Compete ao Governo regulamentar, por decreto-lei, os níveis da exposição humana máxima admitida a campos electromagnéticos, derivados das linhas, instalações ou equipamentos de alta e muito alta tensão a que se refere o artigo anterior, tanto para os casos de campos magnéticos, como para os de campos eléctricos, no quadro das orientações da Organização Mundial de Saúde e das melhores práticas da União Europeia.

Parece-me um bocado exagerado afirmar que as linhas têm de ser enterradas quando o que a lei obriga é que tenham valores regulamentares de campos electromagnéticos...mas é ano de eleições.

Até ao momento ainda não foi confirmada uma relação de causa-efeito que prove que a exposição a estes campos tenha impacto na saúde...mas claro que é uma preocupação.

[Pedro]

Eu estou a assumir que enterrar as linhas é, pelo menos de momento, o método encontrado para fazer com que os limites sejam cumpridos. Pelo menos é a maneira que vejo de a notícia fazer sentido. Por outro lado, não é propriamente a minha área, pelo que não faço ideia se há outros métodos. Em todo o caso, a lei parece-me que se aplica a todas as linhas, tanto as que serão construídas como as que já existem.

[Hal9000]

É a lei nº 30/2010 de 2 de Setembro. Para além de eliminar o impacto visual das linhas aéreas, esta lei visa também cumprir as orientações da OMS em relação à exposição de seres humanos a campos eléctricos e magnéticos (não tenho a certeza se foram confirmados, mas existem preocupações relativas ao aumento de risco de cancro e leucemia nas populações que residem junto a estas linhas).

Não é por as enterrarem, que deixamos de estar expostos aos campos electromagnéticos ...deixamos é de saber que estamos expostos