Três ciclos juntos numa só escola
A Solum poderá vir a acolher a nova escola que se quer construir em Coimbra, sendo a primeira a erguer de raiz destinada a acolher todos os ciclos da escolaridade obrigatória, do 1.º ao 9.º ano. Para resolver o excesso de alunos em algumas primárias de Coimbra, há ainda a intenção de juntar os três primeiros ciclos numa só escola
Uma nova “super escola” e a reformulação das tipologias das escolas que já existem, são intenções definidas pela tutela, na reunião de ontem entre o Ministério da Educação, a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) e a Câmara de Coimbra.
«Temos uma rede do primeiro ciclo sobrelotada em Coimbra e por isso 50% das escolas do 1.º ciclo funcionam em regime de desdobramento», um dado que justifica as alterações agora definidas e que estão na base da «reformulação da tipologia de algumas escolas». Ou seja, em escolas do 1.º ciclo com muitos alunos, que obriga a funcionarem em desdobramento – um horário de manhã e outro de tarde – as turmas serão distribuídas e irão integrar escolas dos 2.º e 3.º ciclos.
«Já há vários exemplos desta metodologia na região Centro e há duas décadas que se aposta neste tipo de escolas. Claro que os espaços são diferentes, apesar de existirem alguns pontos de contacto comuns, como seja o refeitório e a biblioteca. Mas, os horários serão desencontrados e haverá controlo sobre tudo, os miúdos não estarão abandonados», explica José Manuel Silva. Como exemplo, é sabido que a escola do 1.º ciclo de Montes Claros está sobrelotada e «algumas aulas serão transferidas», tal como também sempre esteve a escola do Vale das Flores, ambas com desdobramento de horários. «Estamos a estudar os processo com a equipa da rede escolar de Coimbra», acrescentou o director regional da Educação, sem garantir que estas alterações que se preparam tenham efeitos já no próximo ano lectivo.
Em paralelo, está decidido que Coimbra vai receber uma nova escola, já adaptada a esta nova tipologia, dos três em um, ou seja, a acolher num mesmo espaço físico os três níveis de ensino, logo, crianças a partir dos cinco ou seis anos, até aos 15 anos, ou mais, uma vez que a escolaridade obrigatória – até ao 9.º ano, pode não ser atingida neste limite de idade.
«Uma zona privilegiada de expansão da cidade» é a localização apontada para acolher a escola que se pretende construir de raiz e tudo aponta que a opção será uma área da Solum. «Este será um projecto para construir de raiz e em conjunto com a Câmara de Coimbra», uma vez que os equipamentos do 1.º ciclo são da responsabilidade das autarquias. O IV Quadro Comunitário de Apoio poderá vir a financiar este novo projecto, que será submetido ao Programa de Reequipamento Escolar como «uma solução para descongestionar escolas do 1.º ciclo de Coimbra».
Ainda no âmbito do parque escolar, José Manuel Silva afirmou estar a tentar resolver «o problema da Jaime Cortesão», uma escola secundária que «precisa de alguma atenção», por isso mesmo pretende reunir com o conselho executivo em breve, para que, juntos, «possamos estudar o seu futuro».
in http://www.diariocoimbra.pt/11957.htm