Carros Eléctricos em Coimbra

[bru_nex]

A Câmara de Coimbra quer isentar, total ou parcialmente, de pagamento de taxa de estacionamento os veículos elétricos para estimular o uso deste tipo de viaturas na cidade.
A medida, a aplicar em zonas de aparcamento “pago de duração limitada ou parque municipal pago não concessionado”, é um dos incentivos que a instituição quer instituir, no âmbito do envolvimento do município na fundação da rede nacional de mobilidade elétrica.
A criação de “estacionamento dedicado para veículos elétricos”, em áreas de aparcamento gratuito, é outra das medidas preconizadas e que serão apreciadas pelo executivo municipal na reunião de amanhã, segunda feira.
O vereador responsável pelo pelouro do trânsito, Paulo Leitão, adiantou, à agência Lusa, que também vai propor que, nos “programas de renovação de frotas dos serviços e empresas municipais”, sejam, adotados veículos elétricos.
A “microgeração de energia junto das áreas de carregamento de veículos elétricos”, sobretudo através da instalação de painéis solares, faz igualmente parte do plano.
Simultaneamente, “pretende-se dotar a rede” da cidade de pontos de abastecimento de energia a veículos elétricos de “capacidade bidirecional”, isto é, com condições de abastecer veículos de duas e quatro rodas, revelou o autarca.
Também está prevista a instituição da tarifa bi horária, no sentido de fomentar “o carregamento noturno pelos residentes”.
A promoção de sistemas de partilha de veículos (car-sharing) é outro dos estímulos previstos, propondo-se a Câmara apoiar privados na instalação deste sistema, desde que com recurso a veículos elétricos.
No âmbito da primeira fase do Programa para a Mobilidade Elétrica (Mobi-e), que se prolonga até final de 2010, serão instalados em Coimbra postos de abastecimento simultâneo de 27 veículos.
Na segunda fase do programa (2011) serão colocados, naquela cidade, mais 37 postos de carregamento lento (quatro a seis horas) e três de abastecimento rápido (vinte a trinta minutos).
Coimbra é um dos 21 municípios do país envolvidos na fase piloto do Mobi-e, para a criação da rede de abastecimento de veículos elétricos, uma das primeiras da Europa.
O programa prevê, para este ano, a instalação de 320 postos naqueles municípios e um total de 1300 pontos de carregamento até final de 2011, sendo os custos suportados pela administração central.


Boas notícias.
Embora eu acho que mais tarde isto vai tudo ter de ser revisto. Porque se no futuro todos os carros fossem eléctricos: a) andar de carro eléctrico seria tão barato que ninguém andaria de transportes públicos (a menos que estes tb fossem eléctricos, logo, tivessem preços mais baixos); b) a cidade ficaria inundada de carros eléctricos. Não poluem mas iam sobrecarregar as estradas e causar engarrafamentos.

[mix]

Coimbra recebe 27 carregadores
de veículos eléctricos até 2012

Distribuídos por nove locais, os pontos de carregamento lento estão
integrados na fase piloto do Programa para a Mobilidade Eléctrica
Os 27 pontos de carregamento lento a instalar em Coimbra, integrados na fase piloto do Programa para a Mobilidade Eléctrica, foram aprovados, ontem, pelo executivo municipal. Ao todo, são nove os locais onde ficarão os 27 carregadores de veículos eléctricos. O município de Coimbra, juntamente com mais 24 autarquias, inovou ao avançar com esta rede, assumindo o desafio de a concluir até 2012.

Além dos três pontos de carga lenta na Avenida Sá da Bandeira, em frente às Galerias Avenida, serão instalados dois pontos junto à Direcção Regional de Educação do Centro, na Rua General Humberto Delgado. A Praça D. Dinis, na Alta universitária, receberá quatro carregadores, com o parque de estacionamento do actual Hospital Pediátrico, na Alameda Armando Gonsalves, a acolher outros quatro pontos de carga.

No Pólo II da Universidade de Coimbra e na Casa do Sal, no parque de estacionamento junto ao jardim, serão instalados mais oito carregadores, divididos de forma igual. Para o Largo das Ameias, em frente ao Hotel Oslo, o Pólo B da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e o Largo dos Olivais está prevista a instalação de dois pontos de carga lenta em cada um destes três locais.

Além dos 27 pontos de carregamento na fase piloto, a restante rede de abastecimento de carros eléctricos de Coimbra contemplará a médio prazo, a implementar até 2015, mais 34 pontos, estando estimado um total de 74 postos de carregamento lento (duração aproximada de quatro a seis horas) e três postos de carregamento rápido (duração de carregamento de 20 a 30 minutos).

O investimento da rede piloto será, segundo a informação distribuída, ontem, aos vereadores, «a custo zero para as autarquias, bem como a calendarização para a realização dos planos municipais para a mobilidade eléctrica, que define o dia 19 de Fevereiro para os municípios enviarem a localização dos pontos de abastecimento e 31 de Março deste ano para conclusão do Plano Municipal para a Mobilidade Eléctrica [PMME]».

O Gabinete para a Mobilidade Eléctrica em Portugal determinou a instalação de 27 pontos de carregamento para o município de Coimbra na fase piloto, tendo, no passado dia 9 de Fevereiro, sido dado parecer positivo aos lugares escolhidos. Rui Ramos, professor da Universidade do Minho, entidade gestora e responsável por dar apoio técnico aos municípios na elaboração dos PMME’s, concordou com a localização.

A nova era energética mundial propõe um modelo de mobilidade, verdadeiramente integrado, com base nas energias renováveis. Assumindo o pioneirismo na adopção de novos modelos energéticos para a mobilidade e no âmbito da execução do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética, o Governo criou o Programa para a Mobilidade Eléctrica em Portugal, visando a criação de condições para a introdução e massificação da utilização do veículo eléctrico.

Nunca mais instalam estes postos para poder andar pela cidade à vontade.
Já agora há mais alguém aqui no fórum com veiculo eléctrico?

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[gunky]

Eu acho 1 piada a estas medidas. Eu desafio alguem a comprar 1 carro electrico neste momento...

[mix]

Tenho uma mota eléctrica e vou para a faculdade (polo 2) praticamente todos os dias (de aulas) desde à quase 2 anos.
Já fiz mais de 10 mil Km e até ver ainda não me deixou a pé com a vantagem de ter gasto menos de 30eur em "combustível" desde que a tenho. E nem vale a pena falar em termos ambientais...
Tem as suas limitações em termos de autonomia, dai eu dizer que "Nunca mais instalam estes postos para poder andar pela cidade à vontade"...
Não é que não me sinta muito restringido pois ir e vir da faculdade são 20Km ficando com outros 20 a 30km para algo fora do normal que raramente utilizo. Estes valores são para a minha mota que é a mais "fraquinha" de todas, mas que serve bem para as minhas necessidades.

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[gunky]

Eu disse carro....

[bru_nex]

Ainda não há muitas soluções no mercado.
Mas além dos veículos eléctricos puros (isto é, que funcionam 100% com tracção eléctrica) também vão chegar ao mercado híbridos plug-in (isto é, veículos que funcionam a electricidade mas que têm um motor auxiliar que carrega a bateria quando ela acaba).

Isto para te dizer que os carros eléctricos podem ser uma boa alternativa. Claro que isso depende das tuas necessidades.
Por exemplo, comprar um carro a gasóleo ou a gasolina? Lá está, depende das necessidades que tu tens. Uma pessoa que viva na cidade e que use o carro para pequenas deslocações, do tipo ir trabalhar, sair à noite, ir à praia (50km da Fig da Foz), nada por aí além, um carro eléctrico é uma óptima escolha.
Repara que o modelo eléctrico mais básico de todos que vai ser o Mitsubishi i miev, ou o i-on da Citroen/Peugeot ou até o Smart edrive, são carros que custam cerca de €20 mil euros. Com apoio de €5 000 do Estado, mais os €1250 para veículos em fim de vida, este ano conseguirias um eléctrico puro básico a €13 000.

Se houver boa solução de carregamento, porque não?

[userN]

Não vale a pena falar em termos ambientais

Por acaso comecem a pesquisar sobre a duração das baterias em termos óptimos, as matérias primas usadas para as fabricar, o processo de reciclagem das mesmas; ah e no fim olhem para a v/factura da edp e vejam a % de energias renováveis que chega à v/ tomada..

Não é com os eléctricos que vamos la.

[mix]

Eu disse carro....

Eu sei, embora quando chove torrencialmente não me importava nada que a minha mota fosse um carro eléctrico, mas sim não há grandes soluções no mercado para carros eléctricos, mas se não existirem infraestruturas onde estes possam abastecer não serviram para muita coisa...imagina que não existiam bombas de gasolina, ainda era pior....

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[mix]

Não vale a pena falar em termos ambientais

Por acaso comecem a pesquisar sobre a duração das baterias em termos óptimos, as matérias primas usadas para as fabricar, o processo de reciclagem das mesmas; ah e no fim olhem para a v/factura da edp e vejam a % de energias renováveis que chega à v/ tomada..

Não é com os eléctricos que vamos la.

Devolvo-te o mesmo conselho que deste a tecnologia evolve tão rápido que às vezes temos surpresas...
Neste momento as baterias utilizadas em veículos eléctricos (VE) são de Litio (LiFePO4) que as marcas, que já comercializam os veículos com essas baterias, garantem 80 mil Km com uma perda máxima de 20% no desempenho, no meu caso que utilizo apenas 50% da autonomia as baterias vão-me servir para bem mais de 100mil km.
Depois não te esqueças que os carros a combustão interna (CI) também têm bateria e bateria de chumbo, que é bem mais poluente que qualquer bateria de litio, para além de que tem uma reciclagem com custos ambientais muito superiores à reciclagem da bateria de litio utilizada nos VE.

Sim também aconselho a olharem par a factura da edp, mas terem em atenção os gramas de CO2 emitidos por cada KWh produzido, podem consultar aqui a média nacional de +/- 400g/KWh(as emissões de CO2 em Coimbra costumam ser mais baixos que a média nacional), e fazerem as contas.

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[userN]

Não vale a pena falar em termos ambientais

Por acaso comecem a pesquisar sobre a duração das baterias em termos óptimos, as matérias primas usadas para as fabricar, o processo de reciclagem das mesmas; ah e no fim olhem para a v/factura da edp e vejam a % de energias renováveis que chega à v/ tomada..

Não é com os eléctricos que vamos la.

Devolvo-te o mesmo conselho que deste a tecnologia evolve tão rápido que às vezes temos surpresas...
Neste momento as baterias utilizadas em veículos eléctricos (VE) são de Litio (LiFePO4) que as marcas, que já comercializam os veículos com essas baterias, garantem 80 mil Km com uma perda máxima de 20% no desempenho, no meu caso que utilizo apenas 50% da autonomia as baterias vão-me servir para bem mais de 100mil km.
Depois não te esqueças que os carros a combustão interna (CI) também têm bateria e bateria de chumbo, que é bem mais poluente que qualquer bateria de litio, para além de que tem uma reciclagem com custos ambientais muito superiores à reciclagem da bateria de litio utilizada nos VE.

Sim também aconselho a olharem par a factura da edp, mas terem em atenção os gramas de CO2 emitidos por cada KWh produzido, podem consultar aqui a média nacional de +/- 400g/KWh(as emissões de CO2 em Coimbra costumam ser mais baixos que a média nacional), e fazerem as contas.

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Pois, 80mil kms... Pouca fiabilidade portanto no meu ponto de vista.

Mas já que parece que percebes do assunto (não estou a ser irónico), explica então as grandes diferenças destas baterias de litio e das que temos nos nossos portáteis, telemóveis e afins.

[dryden]

A diferença principal está no cátodo. Os três principais cátodos utilizados em baterias de iões de Lithium são Manganésio, Cobalto ou Fosfato.

As mais utilizadas em portáteis são as de cobalto, no caso dos veículos as mais utilizadas são as de fosfato porque ao contrário das dos portáteis não perdem voltagem, isto é, os portáteis qd vão perdendo carga, se medires a voltagem, tb vai diminuindo, estas de fosfato mantêm a voltagem até estarem descarregadas, são também as menos poluentes.

[mix]

Pois, 80mil kms... Pouca fiabilidade portanto no meu ponto de vista.

Não percebi onde consideras a pouca fiabilidade. Num carro a ci também tens que mudar óleos(mais poluição), filtros, etc e aos 100mil Km a maioria dos carros tem que mudar de correia de distribuição...

Mas já que parece que percebes do assunto (não estou a ser irónico), explica então as grandes diferenças destas baterias de litio e das que temos nos nossos portáteis, telemóveis e afins.

Não sou grande entendido no assunto, encontras em outros fóruns pessoal técnico entendido, eu sou apenas um admirador e no que toca a tecnologias das baterias de lítio ainda percebo menos, mas posso dizer o pouco que sei.
Nas baterias normalmente utilizadas em VE a tecnologia é a LiFePO4, ou melhor o cátodo da bateria é de LiFePO4 enquanto as baterias de portáteis, se não estou em erro são de LiCoO2, mas podes por exemplo ver aqui algumas das tecnologias mais comuns.
A diferença entre tecnologias é muito grande, por exemplo as baterias dos portáteis, tlm, etc têm uma vida de 2 ou 3 anos a partir dai perdem muita performance, enquanto as utilizadas nos VE já duram muitos mais anos. A vantagem das baterias utilizadas nos portáteis, comparativamente às dos VE, é a capacidade de armazenamento por Kg e/ou por unidade de volume, e a dos VE é o numero de ciclos de carga/descarga, entre outras...
Espero ter contribuído para desmitificar algumas duvidas ou mal entendidos.

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[userN]

Eu acho 80mil kms muito pouco... Basta pensar no preço das baterias.

Hidrogénio, tudo o resto é para entreter.

[mix]

Sim o preço das baterias ainda assusta um bocado, mas com o aumento da produção ele vai descer. De qualquer maneira o $ que se gasta na manutenção de um CI e no combustível superam facilmente o preço da troca de baterias, que é o único gasto significativo num VE.

Em relação ao hidrogénio, sim a utilização de um veiculo a hidrogénio é melhor pois um veiculo a hidrogénio é um eléctrico que em vez de ter baterias tem uma célula de hidrogénio, que tem a vantagem de ter uma autonomia muito superior, mas tem um grande problema, onde é que se vai "buscar" o hidrogénio? existem duas fonte principais o petróleo, que não é solução pois voltamos ao mesmo e a hidrólise da água, que só é possivel com electricidade. Infelizmente gasta-se muito menos energia para percorrer os mesmos Km num carro puramente eléctrico do que produzir hidrogénio e utiliza-lo numa célula de hidrogénio.
Ou seja com a tecnologia que existe hoje é muito mais rentável e amigo do ambiente um VE do que um veiculo a hidrogénio.

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[bru_nex]

Já agora, uma curiosidade.
É mais barato fazer a electrólise da urina do que da água. Já foram feitos testes e, ao que parece, a urina é mais rentável para esse fim.
Isto para dizer que, com a evolução, é natural que a alternativa hidrogénio se venha a pôr. A tecnologia avança e descobrem-se novas formas de «ir buscar» o hidrogénio.

Neste momento existem carros e autocarros a hidrogénio. O preço do hidrogénio é que é assustador.