Viriato é certo que vivemos em democracia e vingança é coisa do passado...Mas verdade seja dita... Se estivesses no lugar dos pais daquela rapariga certamente nao pensarias dessa forma...
É triste começar assim a reabertura de um novo ano lectivo



Por um lado também tenho curiosidade em saber como reagem os pais dele ao saber uma coisa destas... também não deve ser fácil aceitar isto...Obturador Escreveu:Pelo que me disseram eles tinham terminado o namoro... Mas a verdade é que já não é o primeiro e infelizmente não será o último caso deste tipo!
Viriato é certo que vivemos em democracia e vingança é coisa do passado...Mas verdade seja dita... Se estivesses no lugar dos pais daquela rapariga certamente nao pensarias dessa forma...
É triste começar assim a reabertura de um novo ano lectivo


É normal que os familiares sintam isso...mas isso não é justiça.Viriato é certo que vivemos em democracia e vingança é coisa do passado...Mas verdade seja dita... Se estivesses no lugar dos pais daquela rapariga certamente nao pensarias dessa forma...


Aqui o caso nao tem a ver com declarar ninguem inocente e sim com tempo de prisao preventiva... se calhar a diminuição destes periodos até nem está mal; a justiça cá é que é tão lenta que permite que o periodo entre recursos faça expirar o tempo maximo em que é admitida.Por exemplo a nova reforma da justiça libertou um tipo que violou uma criança deficiente até à morte

Espero que nunca na vida nenhum azar deste género ou outro tão grave te bata à porta... imagina-te na pele dos pais da rapariga, assim como os pais do rapaz, andam-nos a criar por vezes com dificuldades e depois tudo acaba de uma maneira estupida e bruta...Hyper_Viriato Escreveu: Eu não posso concordar...acho que é uma observação infantil e paranóica...trata-se de fazer justiça e não vingança!

Nem me vou dar ao trabalho de responder...já vi esse tipo de entradas demagógicas várias vezes!Espero que nunca na vida nenhum azar deste género ou outro tão grave te bata à porta...



fonte: Diario de coimbra
Prisão preventiva para jovem homicida
A juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra aplicou a medida de coacção mais pesada ao jovem que assassinou a ex-namorada. O homicida, que ontem baixou a cabeça à entrada para o tribunal, vai aguardar julgamento em prisão preventiva. No Instituto de Medicina Legal, familiares e amigos da vítima não esconderam a dor e a revolta
A prisão preventiva foi a medida de coacção ontem aplicada pela juíza do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Coimbra ao jovem de 23 anos, que, na véspera, na Quinta da Portela, assassinou, com golpes no pescoço e no abdómen feitos com uma faca de cozinha, a ex-namorada, de 20 anos, e colega do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
Apesar da presença de Manuel Assunção no TIC ter sido anunciada para o período da manhã, o estudante do 4.º ano do curso de Engenharia Civil só entrou nas instalações por volta das 14h25. Algemado, com as mãos atrás das costas, foi acompanhado por três agentes da Polícia Judiciária (PJ) de Coimbra. Um de cada lado e outro na retaguarda.
Depois de ter passado a noite nos calabouços da PJ, o jovem percorreu o percurso entre o carro e a entrada do tribunal de cabeça baixa, com a intenção de não mostrar o rosto. Pelo meio, duas estudantes trajadas saíram, cerca de 30 minutos depois da entrada do homicida, do edifício do TIC, mas optaram por não prestar declarações.
Durante cerca de duas horas e meia, a juíza tentou perceber o que se tinha passado na manhã do dia anterior, escutando a versão de Manuel Assunção sobre os factos. Ao contrário do que tinha acontecido à entrada, o carro da PJ, que transportou os agentes e o jovem, saiu, poucos minutos antes das 17h00, pelas traseiras.
À saída do TIC, João Videira Lopes, advogado de Mangualde, de onde o jovem é natural, não prestou declarações. Refira-se que, durante todo o dia, não houve qualquer tipo de “manifestação” à porta do tribunal. Só a presença dos jornalistas motivou os olhares mais insistentes por parte de quem passava, acabando, alguns, por perguntar o que estava a acontecer.
Enquanto Manuel Assunção era ouvido no TIC, a família de Maria José Maurício aguardava no Instituto de Medicina Legal (IML) pela libertação do corpo da jovem natural de Vila Nova de Gaia, que, no ano lectivo 2007/2008, se preparava para frequentar o 4.º ano do curso de Engenharia Civil. A saída do carro fúnebre aconteceu às 16h40, sensivelmente à mesma hora que o homicida abandonou o tribunal.
Família da vítima ainda não acredita
O ambiente era de profunda tristeza. Sentados nos bancos existentes na entrada do IML, familiares, amigos e colegas de curso não escondiam a revolta e a profunda tristeza que os invadia. A morte trágica e inesperada foi «como se o mundo tivesse desabado». O entra e sai de alguns dos presentes explicava tudo. «Nem acredito no que aconteceu», ouviu-se.
Sempre com o telemóvel por perto, o pai recebeu várias chamadas. Do outro lado, os votos de condolências eram transmitidos.
Apesar do ar aparentemente calmo, o rosto angustiado transmitia a dor que lhe invadia a alma e o coração. Afinal de contas, Carlos Maurício perdeu uma filha na «flor da idade». «A minha Maria José», como disse.
Sentada na entrada do IML, a mãe não escondia a dor. As lágrimas corriam-lhe em bica pela face abaixo. O desespero era inexplicável. «Assassino», «a minha rica filha», «a minha menina» e «não acredito». Quatro afirmações que Maria Helena Maurício deixou escapar, ao mesmo tempo que não conseguia deixar de chorar.
Uma das amigas também não evitou as lágrimas e o choro convulsivo numa demonstração clara de impotência perante o trágico desaparecimento de uma jovem de 20 anos. «Ai Maria, o que ele te fez», afirmou, antes de ser reconfortada por outras amigas, que, mais calmas, tentaram minimizar a dor.
O pai, a mãe e a irmã seguiram viagem no carro fúnebre até Cabaços. É ali que Maria José Maurício vai ter a última morada. Antes de sair de Coimbra, um tio da vítima referiu-se a Manuel Assunção como sendo «sempre impecável», esclarecendo, de pronto, que não conhecia pessoalmente o jovem.
Apesar dos rumores de que a jovem iria trajada, o Diário de Coimbra apurou que a capa foi a única peça do traje académico que a acompanhou na urna. O funeral realiza-se hoje, às 17h00, em Cabaços, freguesia do concelho de Moimenta da Beira, localidade de onde os pais da vítima são naturais.


Fica aqui a notificação de que foi decretado luto académico, pelo que é sugerido que vejam o Código da Praxe para saberem o que isso implica. Embora o Conselho de Veteranos tenha sugerido apenas uma "praxe comedida", recomendo ser seguido o conselho do comunicado dos estudantes do Pólo II e simplesmente não praxar (mesmo que nada fosse dito a esse respeito, não me pareceria muito correcto praxar num período de luto académico... no entanto, o código especifica que, durante um período de luto académico, a praxe fica suspensa - daí não compreender o pedido de "praxe comedida" do Conselho de Veteranos).Conselho de Veteranos decretou luto académico
A Universidade de Coimbra está de luto. É verdade que o sentimento de luto envolveu a academia de Coimbra desde o momento em que uma jovem estudante foi assassinada. Mas de hoje, até sexta–feira, o luto académico apela a uma prática mais comedida da praxe e procura mostrar a solidariedade estudantil para com a família da jovem Maria.
Segundo o Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra, que ontem esteve reunido, está decretado o luto académico no período que medeia o primeiro toque matutino da Cabra até ao primeiro toque matutino do próximo dia 28 de Setembro. O mesmo é dizer, entre as 06H45 de hoje e as 06H45 de sexta–feira.
“Esta forma de manifestação académica, usada apenas em casos extremos será adoptada pelo facto de o Conselho de Veteranos, tal como toda a Academia, se encontrar chocada com os acontecimentos registados a semana passada e que terminaram no fim de vida abrupto de uma estudante desta universidade”, explica o Conselho de Veterenos num comunicado assinado pelo Dux Veteranorum e enviado aos órgãos de comunicação social ao início da noite de ontem.
E porque hoje, pelas 18H30, se celebra missa do 7.º dia na Capela de São Miguel, o Conselho de Veteranos apela a todos os estudantes que “sejam comedidos na prática da praxe académica demonstrando junto da familia e colegas a sua solidariedade”.
Relembrando que o luto académico não significa a suspensão da prática de praxe, o Conselho de Veteranos pede, somente, “para que a sua prática seja comedida”.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS e respondendo ao facto de já ter passado uma semana sobre a tragédia, o Dux Veteranorum explicou que foi decidido aproveitar a celebração da missa de 7.º dia na capela da universidade para dar à decisão de luto académico um maior simbolismo.
Explicando que tendo sido praticamente impossível decretar o luto académico no dia em que aconteceu o acidente, e não podendo este ser decretado no próprio dia do funeral, o Conselho decidiu aguardar por um momento com algum simbolismo para que fosse possível envolver toda a academia. “A celebração da missa de 7.º dia na própria capela da universidade é para nós esse momento e por isso ele foi só agora decretado”, reforçou João Luís.
Entretanto, os núcleos de estudantes do Pólo II da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra cancelaram o convívio de recepção ao caloiro do Pólo II e o almoço volante agendados para amanhã e para quinta–feira.
“Em sinal de respeito e após a trágica morte de Maria Maurício, a colega assassinada na semana passada”, os estudantes do Pólo II apelaram ainda à não existência de praxe até amanhã, num comunicado enviado às redacções dos órgãos de comunicação social. Uma forma de mostrar solidariedade para com a família da jovem colega.
Fonte: As Beiras
