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transportes publicos.
muito que se foi falado aqui,podia ir para este.
Senhas de autocarro a preto e branco...
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Lourenco
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Vê esta notícia do Diário de Coimbra:Lino Escreveu:Sobre os fios no ar, vais a muitas outras cidades e lá estão eles, não podes ter alimentação terrestre de uma linha de metro pois apresenta um risco grave de choque eléctrico para os transeúntes, pois a terra e o metal do carril são condutores eléctricos logo o risco é agravado.
Alstom apresentou os seus trunfos à Imprensa
“Citadis” é a proposta para o Sistema de Mobilidade do Mondego
A empresa francesa Alstom, conhecida pela criação do TGV, pretende ser uma forte concorrente ao Sistema de Mobilidade do Mondego, tendo na manga o versátil modelo “Citadis”, que, respeitando os requisitos até agora conhecidos, permite várias configurações de forma e estilo
Na fábrica de La Rochelle, a multinacional francesa Alstom está, neste momento, a fabricar várias dezenas de viaturas tram-train para responder às solicitações de cidades de toda a Europa e norte de África, aguardando a abertura do concurso do Sistema de Mobilidade do Mondego para também apresentar a sua candidatura.
Como trunfo, a Alstom tem o modelo “Citadis”, um veículo construído de forma modular, podendo ser adaptado às exigências do cliente, tanto em dimensões, como no design, exterior e interior. Podendo, na versão “Regio-Citadis” funcionar como suburbano, com propulsão eléctrica ou a diesel. Tem ainda vantagem de ter o piso a um nível inferior, possibilitando o acesso fácil a deficientes.
Fazendo da versatilidade o seu móbil, este modelo pode ainda ser equipado com um dos vários sistemas desenvolvidos pela empresa para poder circular sem catenárias, algo prestimoso quando as linhas cruzam zonas históricas ou estreitas, evitando-se assim os inestéticos cabos aéreos.
No caso do “Citadis” que percorre as ruas de Nice, o tram-
-train foi equipado com um sistema de baterias que permite percorrer cerca de um quilómetro com as catenárias recolhidas.
O sistema tem, contudo, o inconveniente de necessitar de cerca de 20 minutos para recarregar as baterias, algo que nesta cidade francesa é possível apenas pelo desenho das linhas, que percorrem grande distância com a catenária em funcionamento, antes de passar pelo centro histórico.
Mais versátil será o sistema APS, desenvolvido primeiramente para Bordéus, e que consiste na colocação de um terceiro carril, situado ao nível do solo, que, ao invés do que acontece nos sistemas de metro subterrâneos, não coloca os peões numa situação de perigo de electrocussão.
Trata-se de uma sistema inovador, desenvolvido pela Alstom e que funciona sem falhas em Bordéus, cidade em que é combinado com as tradicionais catenárias, podendo ser aplicado continuamente até 10 quilómetros.
Na cidade francesa, o APS é aplicado no centro histórico e nas zonas mais sensíveis, como na travessia da Pont-de-Pierre sobre o rio Garonne, ficando as catenárias reservadas para os subúrbios e avenidas novas e largas.
A comunicação social de toda a Europa e Mediterrâneo, onde o “Citadis” já circula ou onde existem projectos de tram-train, teve oportunidade de viajar neste modelo que, como todos os outros, tem um design exclusivo da própria cidade.
O design exclusivo é mais um trunfo, sendo vários os exemplos de grande criatividade. O mais espectacular ainda está no papel, mas a encomenda dos 18 tram-train que percorrerão os 11,2 km e as 22 estações a construir na cidade de Reims já é uma certeza para a Alstom.
Respeitando as exigências do município, o departamento de design da empresa concebeu um veículo que, à frente, apresenta a forma de um “flute” de champanhe, celebrando assim a bebida mais famosa de França.
Esta personalização vai também para o interior, tanto ao nível da decoração como das especificações, aplicando-se também às dimensões exteriores, podendo o “Citadis” variar a largura entre os 2,3 metros e os 2,65 metros, sendo que no comprimento pode ir dos 20 aos 50 metros.
Neste momento, o “Citadis” percorre as ruas de 24 cidades do mundo, num total de 840 veículos encomendados. Foram já percorridos 76 milhões de quilómetros e um bilião de passageiros transportados.
Alstom entre as maiores do mundo
Famosa pelo TGV
A Alstom é neste momento a segunda maior empresa do ramo ferroviário do mundo, com 19% do mercado, só superada pela Bombardier (21%), e à frente da Siemens (16%). Estas três companhias controlam 56% do mercado, sendo que todas as outras estão abaixo dos 10%.
No caso da empresa francesa, as 16 fábricas que detém produzem uma miríade de diferentes produtos, sendo mais famoso o comboio de alta velocidade TGV, que criou no final da década de 70 para a companhia de caminho-de-ferro francesa (SNCF).
Na fábrica de La Rochelle são fabricadas as carruagens TGV duplex (dois andares) que a empresa pretende candidatar para a linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto, sendo que, enquanto em toda a Europa, nomeadamente em Espanha e Itália, estão a surgir imensas novas linhas, a indefinição continua a marcar o arranque do projecto, impedindo a formulação de uma estratégia por parte da Alstom.
Na mesma unidade fabril, que emprega, nos seus 24 hectares, 1084 funcionários (2/3 são operários e engenheiros), vai ser iniciada brevemente a construção do protótipo do AGV, uma nova filosofia para a alta velocidade.
De acordo com Laurent Baron, director da alta velocidade da Alstom, o TGV emprega locomotivas, uma em cada extremidade, cheias de equipamento e motores de tracção, pelo que o aumento da capacidade de passageiros só pode ser feita com mais carruagens ou com vagões duplex.
Um estudo de mercado revelou que os potenciais clientes preferem carruagens de apenas um andar, pelo que foi decidido alterar a concepção do comboio de alta velocidade, que se mantinha igual desde há quase 30 anos.
Assim, foi desenvolvido o conceito AGV, em que todo o equipamento motriz será posicionado na parte inferior das carruagens, libertando o espaço das locomotivas para acolher mais passageiros.
O primeiro protótipo deverá estar finalizado no final do ano, passando então à fase de testes, numa linha que a Alstom tem junto à fábrica de La Rochelle.
Em termos de velocidade, o AGV não será muito diferente do TGV, mas ganha em capacidade para o mesmo comprimento.
Enquanto o TGV pode atingir 300 a 320 quilómetros hora com uma capacidade de 320 a 380 lugares, que sobe para 500 a 550 nos duplex, o AGV irá circular a 350 km/h podendo transportar 480 passageiros.
Este deverá ser o modelo a propor pela Alstom para a ligação da rede de alta velocidade nacional a Espanha, através da linha Lisboa-Madrid.
O sistema APS
Evitar as catenárias no centro histórico
Uma das novidades do modelo “Citadis” é o sistema APS, que dá a possibilidade de não serem usadas catenárias, retirando os, até agora inevitáveis, cabos eléctricos do panorama das cidades.
Desenvolvido para a cidade de Bordéus, é apenas dois a três por cento mais caro que o sistema tradicional e é uma forma de diminuir a poluição visual de zonas mais sensíveis das cidades, como os centros históricos, monumentos e pontes.
Este sistema usa um terceiro carril como forma de conduzir energia eléctrica aos motores do “Citadis”, mas elimina o risco de electrocussão dos peões, através da colocação de segmentos de oito metros, isolados entre si, que são activados via rádio, apenas quando estão por baixo da composição.
De acordo com a Alstom, trata--se de um método aplicável a um máximo de 10 km contínuos de via, podendo ser utilizado em combinação com o sistema tradicional de catenárias, aplicável em avenidas largas e onde os canais de tráfego são independentes dos automóveis e peões.
Para a cidade de Nice, a empresa francesa utilizou baterias de acumuladores para que os tram-train possam circular sem catenárias no centro histórico. Trata-se, contudo, de um sistema que tem grandes limitações, podendo ser aplicado apenas em situações especiais.
As baterias têm apenas cerca de um quilómetro de autonomia e necessitam de 20 minutos para recarregar, pelo que terá que haver um trajecto longo na catenárias antes de voltarem a ser usadas, o que limita a sua aplicação.
Como aplicação de futuro, a Alstom desenvolveu também um sistema que designou de “flywheel”, que consiste numa massa rotativa que acumula a energia cinética resultante das travagens, sendo depois usada para locomoção com as catenárias recolhidas.
Um protótipo desta inovação está a ser testado no tram-train de Roterdão, na Holanda, com aparente sucesso, uma vez que consegue percorrer cerca de dois quilómetros a 50 km/h sem a ajuda de qualquer outro tipo de motor. A Alstom espera poder certificar este produto nos próximos anos, adiantando que esta poderá ser a chave para as catenárias desaparecerem num futuro próximo.
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Lino
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Miguel_Silva
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banjix
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Lino
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