Eu não diria que o Basófias é essencial para o turismo em Coimbra, mas se tiver de parar é uma perda infeliz. Já as constantes reduções do trajecto são aborrecidas, então uma paragem total...Basófias em risco de paragem obrigatória
A “jóia do Mondego” está em risco de deixar de navegar. A areia que existe no rio afecta cada vez mais a circulaçao do barco que assinala mais um aniversário.
O Basófias vive por estes dias momentos dificeis. O barco, que já faz parte da paisagem habitual da cidade de Coimbra corre “sérios” riscos de deixar de navegar no Rio Mondego. O alerta foi feito por Renato Ladeiro, da Odabarca Animação Turística do Mondego. Durante uma década, a sociedade gestora soube “renovar”, conseguindo vencer as “marés mais agitadas”. Contudo a situação está a tornar-se cada vez mais “incontornável”. O Basófias tem vivido colado ao Mondego, ouvindo os seus segredos, num namoro que perdura há 10 anos. Contudo, já na altura, os problemas existiam. “Quando inaugurámos o barco o percurso chegava até à Ponte de Ceira. Depois passou a chegar só até ao Rebolim”, relembra Renato Ladeiro, aproveitou para frisar que desde há cinco anos, a redução do percurso é cada vez maior. “Chegar até à Ponte Rainha Santa Isabel é um desafio traiçoeiro”, disse.
A “jóia do Mondego” tem capacidade para 50/60 pessoas na zona de restaurante e 80 na área de passeio. O trajecto vai do Parque Manuel Braga até ao açude-ponte e, daqui, até à curva da Portela, onde não passa devido ao assoreamento do rio, O percurso ronda os oito quilómetros, demorando à volta de uma hora.
As entidades competentes foram recentemente alertadas, porém até ao momento não deram qualquer resposta à Odabarca, entidade gestora do barco. Renato Ladeiro referiu ainda ao DIÁRIO AS BEIRAS, que a Região de Turismo do Centro foi a “única” entidade a mostrar algum interesse pelo problema. Porém e como fez questão de mencionar Renato Ladeiro, a Câmara Municipal de Coimbra “diz sempre que vai ser para o ano mas prometem, prometem e não fazem nada”. Renato Ladeiro disse ainda que a autarquia se desculpa que o assoreamento é dispendioso, porém “ todos saíam a ganhar com a areia a ser extraída. A venda da areia pagaria a obra e o arranjo das margens”. Mas os problemas não ficam por aqui. Renato Ladeiro aproveitou ainda o contacto do DIÁRIO AS BEIRAS para referir que o muro, localizado no Parque Manuel Braga está partido, e que é “urgente fazer obras de requalificação”.
Apesar do futuro incerto, no dia 13, assinala-se mais um aniversário da embarcação que os turistas já não dispensam e a cidade aprendeu a venerar.
Fonte: As Beiras
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