O que fazer com a velha Penitenciária?

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daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Chong Li Escreveu:Há uma casa para os lados de S. Martinho, nova, que é revestida a uns lindíssimos mosaicos amarelos e roxos... um mimo. :dis:
já reparei.. é quem vem de fala para s. martinho.. é mesmo horrível..
Chong Li Escreveu:
daniel322 Escreveu: nem acho q fiquem desenquadrados do local (pois não há ali mais nada) :wink:

Bolas! Gostas desses caixotes cor de laranja??
não gosto nem desgosto.. tanto me faz, pois estão ali escondidos ao fundo de uma rua sem saída.. ;)

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Lino
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Mensagem por Lino »

Mas o significado dos muros é diferente. Neste caso, deixem parte do muro, por exemplo, do lado da Sereia e do Quartel. Na praça podem abrir, na minha opinião, para aquilo deixar de ser claustrofóbico...

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

acho q devia ficar apenas a parte mais antiga, aquela em frente ao quartel, com a aparencia de muralha com ameias. o resto... pode ir abaixo

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CoolSpot
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Mensagem por CoolSpot »

Lino Escreveu:Mas o significado dos muros é diferente. Neste caso, deixem parte do muro, por exemplo, do lado da Sereia e do Quartel. Na praça podem abrir, na minha opinião, para aquilo deixar de ser claustrofóbico...
Não vejo grande (para não dizer qualquer) significado histório no muro da Penitenciária. Há que abrir completamente aquele espaço à cidade. Parte dos Arcos do Jardim encontram-se atrás do muro, secção essa que tanto quanto sei não sofreu qualquer intervenção nesta última restauração do aqueduto.

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Utilização do edifício principal da Penitenciária gera...

Mensagem por CoolSpot »

Utilização do edifício principal da Penitenciária gera controvérsia

Quase todos concordam com a transferência do Estabelecimento Prisional de Coimbra para a freguesia de Botão, nos arredores da cidade. Mas há quem se oponha à reconversão do edifício principal da Penitenciária num espaço cultural e desconfie do que pode nascer em seu redor

A Câmara Municipal apresentou ontem uma espécie de ante-projecto daquilo que pretende ver no espaço ocupado pelo Estabelecimento Prisional de Coimbra (EPC). O desenho, explicado pelo vereador João Rebelo no decorrer de um debate público promovido pela Assembleia Municipal, assenta em dois grandes pressupostos: criar um anel verde desde a Sereia à Quinta das Lágrimas, já na margem esquerda do rio; e transformar o edifício central do EPC num grande espaço cultural, que até já foi apelidado de casa do conhecimento. Carlos Encarnação fala, por isso, num «projecto sério» que «não pode ficar encalhado», mas avisa que o critério de intervenção tem que ser «muito bem definido para não haver surpresas». «A intervenção deve ser disciplinada pela câmara», reforçou.
PS e CDU partilham, na generalidade, daquilo que a autarquia preconiza para o local, ainda que falem na necessidade de «blindar» o projecto face aos apetites imobiliários. Claramente oposta é a posição do Bloco de Esquerda (BE), que até admite a possibilidade de, face à falta de dinheiro, a tal casa do conhecimento dar lugar a uma «monstruosidade imobiliária» – a ideia foi vincada, não por um, mas por quatro ou cinco destacados elementos do BE de Coimbra.
A questão central prende-se com a funcionalidade do edifício principal do EPC. Para o arquitecto Alves Costa, não há quaisquer dúvidas: «aquele edifício tem uma vocação própria, quer ser uma prisão». Por isso, nem quer ouvir falar em casa do conhecimento ou coisa parecida. «Não podemos vir para aqui lançar programas», criticou. Esta opinião é, de resto, partilhada por outro conhecido arquitecto, José António Bandeirinha, que vai mais longe nesta tese: ou o edifício fica destinado ao fim para que foi construído ou então é melhor demoli-lo.
O vice-presidente da Pro Urbe, Martinho do Rosário, disse não querer que o espaço se transforme numa «casa de venda de tremoços», defendendo a sua reconversão numa «estabelecimento prisional moderno», para presos preventivos ou em fase final de execução de pena.

É melhor mudar de sítio

Para o presidente da câmara, nem uma das cadeias do actual EPC poderá permanecer onde está, segundo informações técnicas que recolheu. «Não é possível fazer daquele edifício uma nova cadeia. Quero as melhores condições para os presos e por isso é melhor que se faça noutro lado uma coisa melhor», esclareceu, adiantando, por outro lado, ser «muito difícil que o actual conjunto penitenciário cumpra as novas regras das cadeias». A par disso, continuou, «toda a área envolvente ao edifício principal está cheia de construções de péssima qualidade».
A propósito dos supostos interesses imobiliários, sublinhados nalgumas intervenções, Encarnação fez questão de sublinhar duas questões: a ideia da mudança do EPC para o Botão não é sua; por outro lado, os terrenos e o projecto para aquele são da inteira responsabilidade do Ministério da Justiça.

in Diário de Coimbra
Era o que já desconfiava: segundo o arquitecto Alves Costa, o edifício só serve para cadeia. Ou seja, há que demolir. Não me escadaliza nada, aquilo de monumento não tem nada. Não gosto de prisões. Concordo com a ideia do corredor verde. Ainda digo mais: criem infrastruturas de apoio ao lazer e às actividades desportivas. Isso sim, ajudaria as famílias a estabelecerem-se no centro da cidade. Mas tenho grande receio porque as máfias imobiliárias vão-se atirar àquela zona como abutres esfomeados. Há que estar atento.

daniel322
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Habitação poderá ocupar 20% dos terrenos da cadeia

Mensagem por daniel322 »

Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e o Ministério da Justiça deverão autorizar a construção de edifícios, ao que tudo indica, de habitação em cerca de 20% dos terrenos da Penitenciária de Coimbra (PC) - mais de sete mil metros quadrados, num total de 37500.

Isto é o que se deduz de informações prestadas pelo vereador do Urbanismo, João Rebelo, no debate promovido ontem pela Assembleia Municipal, sobre a construção da nova cadeia, na freguesia do Botão, e a utilização a dar aos espaços da actual. Mais de cem pessoas ouviram o vereador esclarecer que a ocupação dos terrenos por edificações "não deverá ultrapassar os 30%". Ora, como o edifício principal da PC ocupa 10% da área total e é o único que não será demolido, os outros 20% estão destinados a novas construções.

Em três horas e meia de debate, vários oradores insistiram para que Rebelo e o presidente da Câmara, Carlos Encarnação, abrissem mais o jogo. "Qual o valor [comercial] dos 30%, o tipo de construção e a sua volumetria?", perguntou André Pereira, da Junta de Freguesia da Sé Nova.

Rebelo e Encarnação não responderam - nem sequer sobre a altura dos edifícios a construir. Mas, na última reunião do Executivo municipal, fora distribuído um documento que adianta que "a área bruta de construção a instalar (incluindo o edificado existente a manter) é de 20 mil metros quadrados".

Edifício principal será preservado, mas os anexos serão demolidos, para criar um corredor verde, estacionamento e habitação

Dada a localização privilegiada da PC, pairou sobre o debate a suspeita de que estará a gizar-se um grande negócio imobiliário naqueles terrenos do Ministério da Justiça. Encarnação, no final, reagiu "Especulação imobiliária é uma coisa, rentabilizar terrenos públicos é outra", asseverou o edil, que terá de aprovar um plano de pormenor para contornar o facto de o Plano Director Municipal só ali permitir equipamentos públicos.

De resto, a autarquia quer criar um corredor verde do Botânico ao Jardim da Sereia, que ocupará 15 mil metros quadrados da actual cadeia, e transformar o edifício da penitenciária em "Casa do Conhecimento". Neste espaço, o reitor da Universidade e o director da Biblioteca Geral, sobrelotada, defenderam a criação de uma grande biblioteca. A Câmara quer ainda criar no local estacionamento público.

http://jn.sapo.pt/2006/07/09/centro/hab ... enos_.html

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Lino
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Mensagem por Lino »

Bah, e os construtores batem palmas! Epá deixem o edifício e recuperem-no! Façam-no mais amplo e será um grande centro cultural!

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

já seria de esperar entregaram este espaço à máfia imobiliaria.... :roll:
cá em coimbra é o prato do dia....

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Mensagem por dawn_to_dusk_ »

tnta merda de predios, ainda nao acabaram uns já tão com ideias de fazr mais. nao ha estacionamentos no centro, nao ha espaços verdes, nao há espaços de lazer com dimensões para coimbra. o que fazer?

mais prédios de habitaçao para os contrutores e pessoal da nota xular o estudante.

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Lino
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Mensagem por Lino »

Fogo, precisamos de um Scolari na nossa câmara... :?

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Mensagem por CoolSpot »

Torre sem guarda facilita fuga de recluso

Duas torres de vigilância que se encontravam sem guarda terão facilitado a fuga de um recluso, no domingo, da cadeia de Coimbra. Esta é a convicção do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, tendo um representante garantido ao JN que se as duas torres, por cima das quais o preso passou, estivessem a funcionar" seria impossível" não ser detectado. Já há um ano terá sido determinante para a evasão de cinco presos o facto de não se encontrar a funcionar um posto de vigilância, situação que é atribuída "à escassez de pessoal".

O fugitivo, de 53 anos, começou por serrar as grades da cela com uma folha de serração, conseguindo depois saltar o muro. Mas antes de sair da cela, alegadamente para ganhar tempo, fez um boneco que colocou na cama, para, à hora em que é feita a contagem dos presos (8.30 horas), "iludir o guarda", como referiu ao JN fonte da Direcção Geral dos Serviços Prisionais. As circunstâncias da fuga estão agora a ser analisadas, tendo sido também dado o alerta a todas as autoridades para que o fugitivo seja capturado, o que não tinha acontecido até ontem.

O recluso tinha praticamente cumprida a pena de 12 anos e meio a que fora condenado por tráfico de estupefacientes, mas faltava-lhe ainda cumprir mais 14 anos, pena que lhe foi aplicada, em 1998, por tentativa de homicídio de um polícia que o capturou por o recluso não ter regressado à cadeia depois de beneficiar de uma saída precária.

Paula Gonçalves in Jornal de Notícias
Aqueles moradores em redor da Penitênciaria andam sempre "com eles nas mãos"... É de lamentar a falta de pessoal em áreas tão críticas assim como é por demais óbvio que um estabelecimento como este não deveria de existir dentro de um perímetro urbano.

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dawn_to_dusk_
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Mensagem por dawn_to_dusk_ »

nao devia era haver falta de policias/guardas, isso é 1 das principais razões para este pais andar mal

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Mensagem por CoolSpot »

dawn_to_dusk_ Escreveu:nao devia era haver falta de policias/guardas, isso é 1 das principais razões para este pais andar mal
Foi precisamente o que quis dizer com a falta de pessoal em áreas críticas.
E ainda acrescento que pior que a falta de agentes de autoridade é a falta de autoridade nos agentes. Andam mal equipados, mal armados, mal remunerados e depois espera-se que arrisquem a vida a perseguir um foragido. Antes andar a varrer a estrada que pelo menos assim trabalham "na noite" e não se sujeitam a levar um tiro (excepto se andarem a varrer nas imediações de uma cadeia pouco segura).

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Lino
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Mensagem por Lino »

Os agentes ainda têm que pagar a sua própria farda com o seu parco dinheiro e se dão um tiro numa pessoa, por exemplo um criminoso como já aconteceu, eles é que são tidos como criminosos e o outro é santo.
Eu vejo pelas minhas bandas, poucas vezes vejo a polícia. :?

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Robick
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Mensagem por Robick »

Transferi esta mensagem para a aqui, depois do Pedro me ter informado que já havia um tópico sobre o assunto. :( Obrigado Pedro:wink:

Algumas notícias como a que reproduzo a abaixo, não auguram nada de bom. Será que teremos um estádio nº 2

Principalmente, porque temos um Presidente que nunca sabe de nada. Mas isso já é um hábito, termos presidentes que nunca sabem de nada

A transferência da cadeia para uma zona do Botão, numa freguesia rural, encontra-se em projecto há alguns anos, tendo sido já objecto de protocolo entre o Ministério da Justiça e a autarquia, surgindo agora um alegado interesso do Grupo Amorim, que tem desenvolvido vários empreendimentos na cidade.

Serafim Duarte, deputado municipal do Bloco de Esquerda, questionou o presidente sobre a entrada nos serviços camarários de um projecto para aquele espaço com a assinatura do arquitecto Mário Sna Kay, ao qual Carlos Encarnação respondeu dizendo não se pronunciar em virtude de a autarquia não ser a dona do espaço.

«O Ministério da Justiça é que é dono daquele terreno. Qualquer projecto para ali é com o Ministério da Justiça e não quero pronunciar-me sobre isso», sublinhou o presidente da Câmara.

Para Serafim Duarte, a reacção de Carlos Encarnação foi de «chutar para canto», dado que a Câmara Municipal é que decide o que quer para a cidade e um empreendimento imobiliário para ali exigirá sempre uma alteração ao Plano Director Municipal.

«Conhecendo todos nós a enorme apetência deste e de outros grupos económicos pela ocupação de espaços públicos desta cidade e, conhecendo as intenções deste executivo camarário de aí promover a construção de um hotel e outro edifícios de apropriação privada, não podemos deixar de ficar preocupados, exigindo ao executivo que torne claras as suas intenções e programa para aquele espaço», sublinhou.

Em declarações à agência Lusa, o deputado salientou que o Bloco de Esquerda nem é contra a construção nos quatro hectares de terreno, circundantes ao edifício central que ocupa dois hectares mas que sejam equipamentos de fruição pública.

«Não tem de ser Coimbra a financiar o novo estabelecimento prisional», sustentou, acrescentando que a Câmara terá de ter poder negocial para reaver para a cidade importantes espaços públicos na zona central adstritos aos Ministérios da Defesa e Justiça.

Há uns anos atrás, o físico e director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, numa ideia corroborada pelo Reitor e pelo próprio Carlos Encarnação, veio defender a criação aí de uma "Casa do Conhecimento».

Pela centralidade e grande proximidade ao núcleo antigo da Universidade, o edifício da cadeia deveria servir de nova Biblioteca Geral da Universidade, pela exiguidade da actual para exibir o extenso acervo, e para acolher unidades de investigação e ligadas à criação e experimentação artística.

Hoje, a Assembleia Municipal de Coimbra aprovou também a adesão à futura Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses.

Esta instituição, com sede em Portalegre, pretende promover a preservação e recuperação de actividades, tradições e produtos, que possam valorizar as regiões e um turismo de qualidade.

Lusa/SOL