Couceiro? Tira-se um pseudo-treinador e mete-se outro... espero que seja só especulação do jornal para vender.Couceiro na calha
A SAD apoia Peseiro até ao fim mas, perante a eventualidade de novo descalabro e o cenário hipotético da demissão do treinador, acautelaram-se alternativas à possível sucessão: José Couceiro encabeça a lista
Uma eventual derrota do Sporting em Paços de Ferreira pode comprometer em definitivo a permanência de José Peseiro no comando da equipa leonina. A contestação já manifestada pela larga maioria dos sócios e adeptos do emblema de Alvalade ao treinador agudizou-se sobremaneira com a prematura e humilhante saída das provas europeias na passada quinta-feira e, pese embora a confiança depositada no líder do corpo técnico por parte da direcção e SAD leoninas, afigura-se mesmo provável que, a confirmar-se o pior cenário para os lisboetas no encontro de hoje, seja o próprio José Peseiro a apresentar a demissão das funções exercidas desde o Verão de 2004, quando preencheu o lugar deixado por Fernando Santos. Caso a saída de verifique, existem alternativas em carteira, com José Couceiro a figurar no topo da lista.
Depois de, na passada temporada, ter orientado Vitória de Setúbal e FC Porto, o antigo director-geral poderá estar a um passo de regressar ao clube. José Couceiro deverá já ter sido sondado para suceder ao seu antigo colega do curso de treinadores no banco leonino, muito embora tal, no imediato, não passe de uma hipótese. A reacção da turma verde e branca hoje, na Capital do Móvel, será decerto determinante.
Fonte: O Jogo
SCP 05/06 | Sporting - Sp. Braga (Vamos lá guardar o 2º )
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Pedro
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Corsario-Negro
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O problema está mais no balneário e não tanto no treinador (que também tem as suas deficiências tácticas e que devia controlar o balneário menos democraticamente).
Os adeptos é que também deviam ter comportamentos mais civilizados... é nas alturas dificeis que mais se deve apoiar o clube e as equipas.
Ms vá lá... tlvz com esta eliminação não haja dinheiro para pagar aos jogadores Polgas e Liedsons possam ser vendidos (pq a meu ver começam a ser mais prejudiciais que benéficos... então o Liedson parece que falha golos de propósito).
Os adeptos é que também deviam ter comportamentos mais civilizados... é nas alturas dificeis que mais se deve apoiar o clube e as equipas.
Ms vá lá... tlvz com esta eliminação não haja dinheiro para pagar aos jogadores Polgas e Liedsons possam ser vendidos (pq a meu ver começam a ser mais prejudiciais que benéficos... então o Liedson parece que falha golos de propósito).
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Pedro
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O problema está no treinador. Um treinador com capacidades de liderança tinha controlado a equipa. O que não se pode ver é o que aconteceu contra o Halmstads, em que a equipa estava completamente perdida. E, quando isso acontece, é porque há falta de liderança. Sobre os adeptos, não se pode pedir mais... apoiar um treinador que já devia ter saído há muito e uma direcção que só prejudica o clube?
Em relação ao Polga e ao Liedson, discordo. São dos melhores jogadores que temos. Agora, é preciso um treinador que os saiba usar... e não aquela amostra de treinador que temos agora.
Em relação ao Polga e ao Liedson, discordo. São dos melhores jogadores que temos. Agora, é preciso um treinador que os saiba usar... e não aquela amostra de treinador que temos agora.
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Maia
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Maia
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o problema esta mesmo no treinador! ele nem saber falar sabe! as conferencias de imprensa dele sao uma mrd! uma linguagem fuebolistica de MRD q ele tem!Corsario-Negro Escreveu:O problema está mais no balneário e não tanto no treinador (que também tem as suas deficiências tácticas e que devia controlar o balneário menos democraticamente).
Os adeptos é que também deviam ter comportamentos mais civilizados... é nas alturas dificeis que mais se deve apoiar o clube e as equipas.
Ms vá lá... tlvz com esta eliminação não haja dinheiro para pagar aos jogadores Polgas e Liedsons possam ser vendidos (pq a meu ver começam a ser mais prejudiciais que benéficos... então o Liedson parece que falha golos de propósito).
EU VOTO EM CAMACHO!
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duffy
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Pedro
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Oka_Game
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"Paços" em volta de um leão ferido
A um ponto da liderança, o Sporting visita esta noite Paços de Ferreira vergado a crise profunda - que pode, eventualmente, custar o comando técnico a José Peseiro. A capacidade de sacudir a pressão e concretizar o pragmatismo reclamado pelo treinador é o teste decisivo para... os jogadores
Os leões estão fracos. A confissão foi feita publicamente, pelo técnico que na última semana viu a sua posição fragilizada a ponto próximo da ruptura: José Peseiro disse-o ontem, em conferência de Imprensa. As posições foram inexplicavelmente extremadas na rendição do goleador Liedson pelo capitão Beto ao minuto 80 do triunfo do Sporting sobre o Setúbal, na ronda anterior da Liga em que os leões ocupam o segundo lugar, a um ponto do líder FC Porto. Dando sequência à confrangedora recepção aos sadinos e em divórcio iminente com os adeptos - e desquite assumido temporariamente com Liedson -, Peseiro procurou o esboço da reconciliação - que teria de conciliar à vitória uma exibição condizente com a de finalista da Taça UEFA, na segunda mão da primeira eliminatória em que partia em vantagem (mercê do 2-1 verificado na Suécia) - e... falhou. Clamorosamente. O Sporting perdeu a capacidade de posse e circulação de bola que lhe conferia o estatuto legítimo de equipa que melhor futebol praticava na última época e não ganhou ainda a profundidade e pragmatismo reclamados pelo técnico para a nova temporada: o resultado é uma equipa fragilizada, nos diversos momentos de jogo, que conseguiu, ante Setúbal e Halmstads, as mais pobres exibições de que há memória - porque a memória, já se sabe, no futebol, é muito curta.
O jogo de Paços de Ferreira assume, assim, especial relevo para os leões, extravasando os três pontos em disputa para a Liga e que serão discutidos pelos anfitriões. Em jogo, para o Sporting, pode estar a estabilidade e... o comando técnico da equipa que quer títulos para brindar o Centenário.
A primeira vez... sem o capitão
José Peseiro defronta hoje pela primeira vez - embora ensombrado pela "obrigatoriedade" de vencer - o Paços de Ferreira no comando técnico do Sporting. A última visita dos leões à Mata Real aconteceu em Novembro... de 2003. A equipa então orientada por Fernando Santos saiu vencedora de um jogo "só" com três golos: os do Sporting foram apontados por Pedro Barbosa (19' e 74', de penálti).
Equipas prováveis
21h30 | SPORT TV
Estádio: Mata Real
Árbitro: Carlos Xistra [Castelo Branco]
Assistentes: Alfredo Braga [Braga] e Luís Castainça [Viseu]
Paços de Ferreira
1 Pedro GR
2 Primo LD
3 Geraldo DC
14 Luiz Carlos DC
21 Fredy LE
6 Paulo Sousa MD
25 Júnior MD
8 Pedrinha MO
9 Didi AD
7 Edson AE
99 Ronny AV
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33 Rui Dolores AD
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treinador: José Mota
Sporting
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34 João Alves MO
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treinador: José Peseiro
A um ponto da liderança, o Sporting visita esta noite Paços de Ferreira vergado a crise profunda - que pode, eventualmente, custar o comando técnico a José Peseiro. A capacidade de sacudir a pressão e concretizar o pragmatismo reclamado pelo treinador é o teste decisivo para... os jogadores
Os leões estão fracos. A confissão foi feita publicamente, pelo técnico que na última semana viu a sua posição fragilizada a ponto próximo da ruptura: José Peseiro disse-o ontem, em conferência de Imprensa. As posições foram inexplicavelmente extremadas na rendição do goleador Liedson pelo capitão Beto ao minuto 80 do triunfo do Sporting sobre o Setúbal, na ronda anterior da Liga em que os leões ocupam o segundo lugar, a um ponto do líder FC Porto. Dando sequência à confrangedora recepção aos sadinos e em divórcio iminente com os adeptos - e desquite assumido temporariamente com Liedson -, Peseiro procurou o esboço da reconciliação - que teria de conciliar à vitória uma exibição condizente com a de finalista da Taça UEFA, na segunda mão da primeira eliminatória em que partia em vantagem (mercê do 2-1 verificado na Suécia) - e... falhou. Clamorosamente. O Sporting perdeu a capacidade de posse e circulação de bola que lhe conferia o estatuto legítimo de equipa que melhor futebol praticava na última época e não ganhou ainda a profundidade e pragmatismo reclamados pelo técnico para a nova temporada: o resultado é uma equipa fragilizada, nos diversos momentos de jogo, que conseguiu, ante Setúbal e Halmstads, as mais pobres exibições de que há memória - porque a memória, já se sabe, no futebol, é muito curta.
O jogo de Paços de Ferreira assume, assim, especial relevo para os leões, extravasando os três pontos em disputa para a Liga e que serão discutidos pelos anfitriões. Em jogo, para o Sporting, pode estar a estabilidade e... o comando técnico da equipa que quer títulos para brindar o Centenário.
A primeira vez... sem o capitão
José Peseiro defronta hoje pela primeira vez - embora ensombrado pela "obrigatoriedade" de vencer - o Paços de Ferreira no comando técnico do Sporting. A última visita dos leões à Mata Real aconteceu em Novembro... de 2003. A equipa então orientada por Fernando Santos saiu vencedora de um jogo "só" com três golos: os do Sporting foram apontados por Pedro Barbosa (19' e 74', de penálti).
Equipas prováveis
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Estádio: Mata Real
Árbitro: Carlos Xistra [Castelo Branco]
Assistentes: Alfredo Braga [Braga] e Luís Castainça [Viseu]
Paços de Ferreira
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Oka_Game
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Leão à deriva
O leão perdeu a oportunidade de responder à crise com a liderança do Campeonato e, com uma boa dose de infelicidade - e de mérito do Paços de Ferreira -, saiu da capital do móvel com uma pesada derrota. Mesmo se os jogadores não viraram as costas a José Peseiro, o futuro do comandante é incerto...
Todo o Portugal do futebol sabia que o técnico do Sporting jogava o seu futuro nesta partida onde, mais do que o resultado, o comportamento da sua equipa seria decisivo. A verdade é que os leões evidenciaram debilidades, sofreram uma derrota pesada, mas ninguém poderá dizer que os jogadores viraram as costas ao seu treinador.
Mediante a situação difícil em que se encontrava, José Peseiro optou por uma postura cautelosa, promovendo o regresso ao 4-1-3-2, sistema que lhe garantiu sucesso no passado, mas cometeu um erro que haveria de se revelar decisivo: perante a inconsistência e imaturidade futebolística de Paíto, apostou em Polga para a ala esquerda da defesa. Ora, o brasileiro foi incapaz de travar a velocidade irreverente de um endiabrado Edson, cujas iniciativas garantiram ao Paços de Ferreira os desequilíbrios necessários para chegar aos dois primeiros golos. A infelicidade na solução adoptada estendeu-se, com juros, ao desenrolar do encontro, já que o resultado (muito) pesado foi construído com base em golos apontados no quinto minuto de compensação de cada período.
Paço(s) doble
O Sporting entrou no terreno com nítidas cautelas, procurando encontrar nas movimentações básicas a organização que lhe tem faltado e, apesar da dificuldade na recuperação e gestão da posse de bola, era claro que o objectivo passava por devolver solidez ao conjunto. A distância e falta de ligação entre os sectores eram, porém, obstáculos de monta às intenções verde e brancas, até porque, consciente da ansiedade leonina, José Mota não abdicou de um 4-3-3 estruturalmente compacto, que tinha num inspirado Edson a arma letal - e em Polga a vítima ideal. Foi assim que, nos primeiros 45 minutos, os anfitriões demonstraram maior capacidade para chegar com perigo à baliza contrária, sendo de aceitar a vantagem proporcionada pelo grande tiro de Ronny (42'). Já o segundo tento (45'+5') acabava por penalizar em demasia um visitante que ameaçava o empate.
Caíram de pé
Encostado às cordas pelo marcador adverso, José Peseiro apostou tudo na segunda parte: Ricardo regressou (em bom plano) à baliza, rendendo Nelson, lesionado, Paíto (re)ocupou o lugar de defesa-esquerdo e Wender substituiu um perdido João Alves. O Sporting evoluía num 4-1-3-2, que rapidamente se desdobrava num 4-2-4: Deivid actuava como pivot ofensivo - missão para a qual revelou alguma inaptidão - mas surgia com facilidade junto a Liedson, na zona de finalização. Com superioridade no marcador, José Mota optou por fortalecer o sector intermédio, pois o adversário evidenciava, a espaços, alguns lampejos do seu potencial. O leão dominou, então, as operações, procurou com dignidade a reviravolta e, por diversas ocasiões, teve o golo à vista. A sorte, contudo, nada queria com os verde e brancos, que viram a falta de serenidade de Miguel Garcia ser castigada com um cartão vermelho capaz de retirar o pouco ânimo que ainda sobrava no interior dos homens de Alvalade. No último fôlego da partida (90'+5'), em bela jogada de contra-ataque, Júnior selou o cruel castigo com o terceiro do Paços.
O Sporting perdeu a oportunidade de responder com a liderança da Liga à crise anunciada e, nos próximos dias, os responsáveis leoninos e José Peseiro deverão reflectir sobre o rumo a tomar.
Ficha de jogo
Estádio Mata Real | relvado: razoável | espectadores: 3 500 | árbitro: Carlos Xistra [Castelo Branco] | assistentes: Alfredo Braga [Braga] Luís Castainça [Viseu]| 4º árbitro: Cosme Machado
Paços de Ferreira 3 - Sporting 0
GOLOS [1-0] Ronny 42', [2-0] Didi 45'+5', [3-0] Júnior 90'+5'
Paços de Ferreira
1 Pedro GR
2 Primo LD
3 Geraldo DC
14 Luiz Carlos DC
23 Fredy LE
6 Paulo Sousa MD
25 Júnior MD
8 Pedrinha MO
7 Edson AD 90'+4'
9 Didi AE 73'
99 Ronny AV 82'
T: José Mota
12 Pinho GR
28 João Duarte DC
15 Emerson DC
20 Alexandre MD 73'
11 Tiago Martins MO 90'+4
33 Rui Dolores AD
23 Edinho AV 82'
Amarelos 31' Edson, 75' Fredy
Sporting
1 Nélson GR 45'+
15 Miguel Garcia LD
13 Tonel DC
22 Beto DC 45'+
4 Polga LE
27 Custódio MD
34 João Alves MO 45'+
28 João Moutinho MO
17 Douala MO
31 Liedson AV
23 Deivid AV
T: José Peseiro
76 Ricardo GR 45'+
3 Semedo DC
21 Paíto LE 45'+
18 Nani MO
51 Wender AE 45'+
9 Silva AV
87 Pinilla AV
Amarelos 32' Tonel, 41' João Moutinho, 45'+2' Beto, 83' Deivid, 90'+3' Paíto, 90'+3' Polga
Vermelhos 82' Miguel Garcia
ESTATÍSTICA DO JOGO
PAÇOS DE FERREIRA
14 remates
1 poste
7 à baliza
3 golos
3 fora
1 pequena-área
2 grande-área
10 fora da área
21,4% eficácia remate/golo
23 faltas cometidas
4 cantos
5 foras-de-jogo
SPORTING
13 remates
0 poste
6 à baliza
0 golos
7 fora
3 pequena-área
2 grande-área
8 fora da área
0% eficácia remate/golo
16 faltas cometidas
5 cantos
0 foras-de-jogo
O leão perdeu a oportunidade de responder à crise com a liderança do Campeonato e, com uma boa dose de infelicidade - e de mérito do Paços de Ferreira -, saiu da capital do móvel com uma pesada derrota. Mesmo se os jogadores não viraram as costas a José Peseiro, o futuro do comandante é incerto...
Todo o Portugal do futebol sabia que o técnico do Sporting jogava o seu futuro nesta partida onde, mais do que o resultado, o comportamento da sua equipa seria decisivo. A verdade é que os leões evidenciaram debilidades, sofreram uma derrota pesada, mas ninguém poderá dizer que os jogadores viraram as costas ao seu treinador.
Mediante a situação difícil em que se encontrava, José Peseiro optou por uma postura cautelosa, promovendo o regresso ao 4-1-3-2, sistema que lhe garantiu sucesso no passado, mas cometeu um erro que haveria de se revelar decisivo: perante a inconsistência e imaturidade futebolística de Paíto, apostou em Polga para a ala esquerda da defesa. Ora, o brasileiro foi incapaz de travar a velocidade irreverente de um endiabrado Edson, cujas iniciativas garantiram ao Paços de Ferreira os desequilíbrios necessários para chegar aos dois primeiros golos. A infelicidade na solução adoptada estendeu-se, com juros, ao desenrolar do encontro, já que o resultado (muito) pesado foi construído com base em golos apontados no quinto minuto de compensação de cada período.
Paço(s) doble
O Sporting entrou no terreno com nítidas cautelas, procurando encontrar nas movimentações básicas a organização que lhe tem faltado e, apesar da dificuldade na recuperação e gestão da posse de bola, era claro que o objectivo passava por devolver solidez ao conjunto. A distância e falta de ligação entre os sectores eram, porém, obstáculos de monta às intenções verde e brancas, até porque, consciente da ansiedade leonina, José Mota não abdicou de um 4-3-3 estruturalmente compacto, que tinha num inspirado Edson a arma letal - e em Polga a vítima ideal. Foi assim que, nos primeiros 45 minutos, os anfitriões demonstraram maior capacidade para chegar com perigo à baliza contrária, sendo de aceitar a vantagem proporcionada pelo grande tiro de Ronny (42'). Já o segundo tento (45'+5') acabava por penalizar em demasia um visitante que ameaçava o empate.
Caíram de pé
Encostado às cordas pelo marcador adverso, José Peseiro apostou tudo na segunda parte: Ricardo regressou (em bom plano) à baliza, rendendo Nelson, lesionado, Paíto (re)ocupou o lugar de defesa-esquerdo e Wender substituiu um perdido João Alves. O Sporting evoluía num 4-1-3-2, que rapidamente se desdobrava num 4-2-4: Deivid actuava como pivot ofensivo - missão para a qual revelou alguma inaptidão - mas surgia com facilidade junto a Liedson, na zona de finalização. Com superioridade no marcador, José Mota optou por fortalecer o sector intermédio, pois o adversário evidenciava, a espaços, alguns lampejos do seu potencial. O leão dominou, então, as operações, procurou com dignidade a reviravolta e, por diversas ocasiões, teve o golo à vista. A sorte, contudo, nada queria com os verde e brancos, que viram a falta de serenidade de Miguel Garcia ser castigada com um cartão vermelho capaz de retirar o pouco ânimo que ainda sobrava no interior dos homens de Alvalade. No último fôlego da partida (90'+5'), em bela jogada de contra-ataque, Júnior selou o cruel castigo com o terceiro do Paços.
O Sporting perdeu a oportunidade de responder com a liderança da Liga à crise anunciada e, nos próximos dias, os responsáveis leoninos e José Peseiro deverão reflectir sobre o rumo a tomar.
Ficha de jogo
Estádio Mata Real | relvado: razoável | espectadores: 3 500 | árbitro: Carlos Xistra [Castelo Branco] | assistentes: Alfredo Braga [Braga] Luís Castainça [Viseu]| 4º árbitro: Cosme Machado
Paços de Ferreira 3 - Sporting 0
GOLOS [1-0] Ronny 42', [2-0] Didi 45'+5', [3-0] Júnior 90'+5'
Paços de Ferreira
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7 Edson AD 90'+4'
9 Didi AE 73'
99 Ronny AV 82'
T: José Mota
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20 Alexandre MD 73'
11 Tiago Martins MO 90'+4
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23 Edinho AV 82'
Amarelos 31' Edson, 75' Fredy
Sporting
1 Nélson GR 45'+
15 Miguel Garcia LD
13 Tonel DC
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27 Custódio MD
34 João Alves MO 45'+
28 João Moutinho MO
17 Douala MO
31 Liedson AV
23 Deivid AV
T: José Peseiro
76 Ricardo GR 45'+
3 Semedo DC
21 Paíto LE 45'+
18 Nani MO
51 Wender AE 45'+
9 Silva AV
87 Pinilla AV
Amarelos 32' Tonel, 41' João Moutinho, 45'+2' Beto, 83' Deivid, 90'+3' Paíto, 90'+3' Polga
Vermelhos 82' Miguel Garcia
ESTATÍSTICA DO JOGO
PAÇOS DE FERREIRA
14 remates
1 poste
7 à baliza
3 golos
3 fora
1 pequena-área
2 grande-área
10 fora da área
21,4% eficácia remate/golo
23 faltas cometidas
4 cantos
5 foras-de-jogo
SPORTING
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0 golos
7 fora
3 pequena-área
2 grande-área
8 fora da área
0% eficácia remate/golo
16 faltas cometidas
5 cantos
0 foras-de-jogo
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Oka_Game
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José Peseiro
"Equipa pode melhorar"
Uma estratégia que não resultou. A análise de José Peseiro à goleada que o Sporting sofreu em Paços de Ferreira assentou nesta ideia e nas melhorias que, na opinião do técnico, a equipa registou na segunda parte. "Tínhamos preparado uma estratégia que passava por ter mais segurança e nos protegermos da maior pressão que temos nesta fase. Queríamos controlar o jogo para passar este stress. Mas a estratégia não resultou e assumo a responsabilidade", começou por referir Peseiro.
Depois de uma primeira parte em que os leões foram "inferiores" ao adversário, o seu treinador notou evoluções significativas: "Tenho de enaltecer a segunda parte da minha equipa. Entrámos fortes e mostrámos qualidade de jogo. O 3-0 acaba por ser demasiado penalizante", considerou, reforçando a tese com o estado de espírito do grupo: "Encontrei um balneário revoltado, porque na segunda parte os jogadores fizeram tudo o que estava ao seu alcance, com entusiasmo e bom futebol. O Paços de Ferreira teve uma eficácia extrema."
Quanto à sua situação, José Peseiro foi mais evasivo: "Temos quinze dias para reflectir e dissecar o que está mal. Sabemos das dificuldades na construção da equipa. A vida do treinador é mesmo esta: analisar para melhorar." Estava dado o primeiro sinal de que, pelo menos ontem, o técnico sportinguista não pensava em demitir-se ou, sequer, colocar o lugar à disposição da SAD. "Reconheço que não estamos bem mas esta equipa tem condições para melhorar. Estamos todos tristes", acrescentou, antes de terminar, ele próprio, a conferência de Imprensa
"Equipa pode melhorar"
Uma estratégia que não resultou. A análise de José Peseiro à goleada que o Sporting sofreu em Paços de Ferreira assentou nesta ideia e nas melhorias que, na opinião do técnico, a equipa registou na segunda parte. "Tínhamos preparado uma estratégia que passava por ter mais segurança e nos protegermos da maior pressão que temos nesta fase. Queríamos controlar o jogo para passar este stress. Mas a estratégia não resultou e assumo a responsabilidade", começou por referir Peseiro.
Depois de uma primeira parte em que os leões foram "inferiores" ao adversário, o seu treinador notou evoluções significativas: "Tenho de enaltecer a segunda parte da minha equipa. Entrámos fortes e mostrámos qualidade de jogo. O 3-0 acaba por ser demasiado penalizante", considerou, reforçando a tese com o estado de espírito do grupo: "Encontrei um balneário revoltado, porque na segunda parte os jogadores fizeram tudo o que estava ao seu alcance, com entusiasmo e bom futebol. O Paços de Ferreira teve uma eficácia extrema."
Quanto à sua situação, José Peseiro foi mais evasivo: "Temos quinze dias para reflectir e dissecar o que está mal. Sabemos das dificuldades na construção da equipa. A vida do treinador é mesmo esta: analisar para melhorar." Estava dado o primeiro sinal de que, pelo menos ontem, o técnico sportinguista não pensava em demitir-se ou, sequer, colocar o lugar à disposição da SAD. "Reconheço que não estamos bem mas esta equipa tem condições para melhorar. Estamos todos tristes", acrescentou, antes de terminar, ele próprio, a conferência de Imprensa
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duffy
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Pedro
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Parece-me uma troca justa... considerando que grande parte da responsabilidade da situação actual cai sobre o Paulo de Andrade e o Rui Meireles, que decidiram saídas de jogadores absolutamente estúpidas, vendas ridículas e contratações sem qualquer efeito.Pedro Barbosa pode regressar mas para a SAD - diz Rádio
Dias da Cunha estará a ponderar o regresso de Pedro Barbosa ao Sporting, agora na condição de elemento da SAD com ligação directa ao futebol do clube.
Trata-se de uma pretensão já anunciada pelo presidente do Sporting e, de acordo com a Antena 1, que avançou com a notícia, estará dependente das saídas de Paulo de Andrade e Rui Meireles, especialmente o primeiro.
A mesma Rádio estatal referiu-se também à possibilidade de Paulo Bento, treinador dos juniores do Sporting, e ex-jogador, ser «promovido» para o lugar de Peseiro.
Com o futebol leonino a manter-se em «black out», são diversas as equações que se colocam.
Fonte: A Bola
Era uma hipótese para substituír o Peseiro, mas não me parece muito provável que ele venha.Camacho disponível para «conversar» com o Sporting, desde que projecto seja sério
José António Camacho mostra-se disponível para «conversar» com o Sporting, desde que se trate de um projecto sério, disse hoje o empresário do técnico Pedro de Felipe adiantando que até agora ninguém falou com o treinador.
«Seja o Real Madrid, o Milan ou outro clube a interessarem-se por Camacho, terão de apresentar projectos sérios para uma possível contratação», referiu esta manhã à TSF o representante do antigo técnico do Benfica.
O nome de Camacho para substituir Peseiro já veio a público. De Felipe diz que aquele técnico espanhol está receptivo para voltar ao activo, já recebeu algumas propostas mas aguarda por um projecto sério e ambicioso.
«Camacho tem vindo a receber diversas propostas de trabalho, que não aceitou, mas neste momento está receptivo a qualquer tipo de oferta desde que se trate de um projecto sério», insiste o empresário.
Pedro de Felipe, representante de Camacho, garante desconhecer qualquer tipo de contacto com o técnico espanhol.
Fonte: A Bola
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Pedro
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E parece que o Peseiro já não tem o crédito que afirma ter. Finalmente.Paulo Autuori confirma ter recebido «uma proposta»
Paulo Autuori, técnico brasileiro que trabalhou durante vários anos no futebol português, confirma ter sido contactado para treinador do Sporting mas que recusou a proposta.
O jornal desportivo brasileiro Lance refere-se esta quinta-feira à possibilidade de Autuori regressar ao futebol português e transcreve declarações do ex-seleccionador do Peru e actualmente a liderar o São Paulo.
De acordo com a publicação, Paulo Autuori «confirma a proposta mas nega que vá deixar o São Paulo, principalmente porque a Direcção do clube sempre o apoiou mesmo quando a equipa passou por uma fase difícil».
«Trabalhar numa equipa como o Sporting é um orgulho mas tenho compromisso com o São Paulo. Por minha iniciativa não deixarei a equipa. Os meus objectivos aqui no Brasil são o Campeonato e o Mundial de Clubes no final deste ano», afirmou o treinador brasileiro bastante conhecedor do futebol português onde trabalhou durante dez anos.
Fonte: A Bola

