SCP 05/06 | Sporting - Sp. Braga (Vamos lá guardar o 2º )

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Lino
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Mensagem por Lino »

Ele queria dair do Sporting e o clube não o vendeu para outro que o queria contratar só porque o valor estava abaixo do pedido. :roll:

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Dias da Cunha confirma a entrada de João Alves

O presidente do Sporting, Dias da Cunha, confirmou a contratação do médio João Alves (ex-Sporting de Braga) e a saída do futebolista brasileiro Fábio Rochemback para o Middlesbrough, que classificou como um bom negócio para os "leões".

Segundo Dias da Cunha, para que se efectivem as contratações de Wender e João Alves, falta apenas a formalidade de inscrever os dois jogadores até às 18:00 de hoje na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

O dirigente leonino não quis confirmar os valores envolvidos na transferência dos dois jogadores, dando apenas a entender que o Sporting de Braga terá baixado o valor pedido e ficado com parte do passe dos jogadores.

Para Dias da Cunha, a saída de Rochemback, que estava em Alvalade emprestado pelo Barcelona, para os ingleses Middlesbrough foi um "belíssimo negócio para o Sporting".

"O Sporting não arrecadaria nada caso o jogador saísse de Alvaldade no próximo ano, devido ao acordo com o Barcelona", referiu, sem adiantar pormenores sobre os valores envolvidos na transferência de "Roca" para o "Boro".

Apesar de ter garantido que em matéria de compras o plantel está fechado, Dias da Cunha confirmou a existência de uma proposta de venda do defesa brasileiro Rogério.

Dias da Cunha não revelou se a proposta foi apresentada pelo Santos, limitando-se a lembrar que no Brasil o prazo de inscrição de jogadores "não fecha a 31 de Agosto".

O presidente dos "leões" não teme que a saída de Rochemback, jogador influente na equipa, possa motivar críticas dos adeptos.

"Quando se partilha as mais altas responsabilidades deve-se pensar no melhor para o clube e não no que os adeptos vão pensar", disse.

Fonte: O Jogo
As entradas do Wender e do João Alves parecem-me mais orientadas para o banco do que para a equipa titular... espero que esteja enganado (o Edson acabou por me surpreender positivamente). Quanto à saída do Rochemback, pode ser um bom negócio em termos monetários, mas perdeu-se um dos melhores jogadores da equipa (e que não tem substituto à altura).

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peace^^
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Mensagem por peace^^ »

Em termos desportivos penso que terá sido um negócio já que no final da época ele sairia a custo zero e o Sporting não teria condições para o manter (o Sporting só pagava 35% do ordenado).

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Pelo que vi agora, o Rochemback não saíu porque quis e ficou surpreendido e um bocado aborrecido com o modo como a transferência foi realizada, porque preferia ficar no Sporting. Começo a notar um padrão negativo... todos os jogadores que saem do Sporting queixam-se do modo como são tratados em determinadas situações. Acho que está na altura de mudar de direcção... :?

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Lino
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Mensagem por Lino »

O Dias da Cunha pensa que é chefe supremo. E parece que tá sempre co's copos. :P

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Oka_Game
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Mensagem por Oka_Game »

E o leão não deu troco...

Ronald Koeman arriscou a remodelação profunda. Manteve os três centrais e colocou os dois mais recentes reforços quase às cegas na nova equipa. Mas só com Nuno Gomes, já na segunda parte, é que os encarnados conseguiram levar perigo à baliza de Nélson. O Sporting foi muito mais equipa e soube responder ao golpe inesperado do senhor 20 (milhões). E vão oito pontos de vantagem, sem regatear


Acentuou-se ontem o fosso entre os dois arqui-rivais de Lisboa, e acentuou-se o dramático início de época do Benfica - um ponto dos nove possíveis nas três primeiras jornadas é o pior registo da história do clube com mais títulos conquistados no País -, conseguindo os leões, por sua vez, um pleno inicial que já não acontecia há 11 anos. Como previamente se percebera, Ronald Koeman confirmou no onze inicial os dois mais recentes reforços, tentando jogar com um efeito-surpresa mas também com o estímulo dos recém-chegados. Acrescentou Carlitos ao naipe de inovações e avançou com uma equipa sem bússola, sem mecanização, parasita da inspiração individual. Resistiu bem na defesa - ainda o sector mais consistente -, mas acabou por sucumbir a um adversário com arsenal conhecido.

As expectativas em relação a este desafio foram parcialmente defraudadas. É verdade que se estreou a (quase) totalidade dos reforços que as duas equipas ainda tinham para apresentar (a excepção foi Léo), mas, qualitativamente (considerando também desempenhos individuais), o desafio ficou aquém do que se poderia esperar. Jogou-se, isso sim, muito do banco. Sabendo que o Benfica ia insistir num 3-4-3, José Peseiro apresentou um esquema táctico com uma frente de ataque mais alargada (Liedson no meio, com Deivid e Doaula encostados à linha) e desenhou um triângulo no meio-campo, com João Moutinho e Sá Pinto na frente de Luís Loureiro, para neutralizar a dupla Karagounis/Manuel Fernandes e apoiar na contenção das subidas dos dois laterais/médios-ala, João Pereira e Nélson.

Desta batalha resultava que nem os leões conseguiam contornar as boas compensações defensivas encarnadas, revelando dificuldades em encontrar linhas de passe e desenvolver o seu futebol mais apoiado, nem o Benfica lograva a operacionalidade de um jogo mais directo, com Miccoli escondido pelos centrais leoninos e com uma ala direita sem profundidade - a aposta em Carlitos voltou a revelar-se infrutífera.

Para resolver este imbróglio, foi necessário recorrer aos lances de bola parada, logo depois de um remate de João Moutinho ter permitido a Moreira fazer a defesa da noite. Do canto nasceu o golo inaugural, num sublime gesto técnico de Luís Loureiro, correspondendo à assistência de Tonel (uma exibição que serenou a já crónica intranquilidade defensiva da equipa).


Rocha, outra vez

Na segunda metade, Koeman decidiu lançar Nuno Gomes para o apoio a Miccoli, ficando Carlitos com a responsabilidade de fazer o corredor direito. Porém, com poucos minutos decorridos nesta etapa, Ricardo Rocha tem uma entrada fora de tempo sobre Rogério e é punido com vermelho directo. E a expulsão do camisola 33 est* longe de ser novidade em jogos deste calibre... A perder, o técnico encarnado pretende encontrar uma solução que não destape a defesa e dê algumas garantias na partida para o contra-ataque. Encontra Beto. Com Karagounis em perda física - alguns bons lances não foram suficientes para disfarçar o cansaço (e Manuel Fernandes também havia jogado na Rússia...) -, o Sporting está com a vantagem, e com muito maior posse de bola, apesar de Nuno Gomes conseguir levar o esférico com mais perigo à área leonina. Até que Polga comete uma falta à entrada da área e Simão cobra para o empate, beneficiando de um desvio na barreira defensiva leonina.

Koeman aceita este golo como uma oferta caída do céu e rapidamente substitui Karagounis por Alcides, enquanto Peseiro responde com a entrada de Wender para romper a defensiva contrária. O Sporting cai em cima da grande área encarnada e, pela segunda vez nesta noite, a bola é desviada em cima da linha de golo (agora é Nélson, depois de na primeira parte ter sido Ricardo Rocha o salvador). É, enfim, Liedson que dá cumprimento ao ritual iniciado na época passada e que carimba a vitória dos anfitriões, respondendo a excelente cruzamento de Tello. Viu-se depois o melhor lance do Benfica (entre Simão e Nuno Gomes) ser anulado por fora-de-jogo e, no desespero, Luisão falha o golpe final, isolado frente a Nélson. Um ponto que o Benfica não justificou no cômputo dos 90 minutos.

Estádio José Alvalade | relvado: em bom estado | espectadores: 43 162 | árbitro: Paulo Costa | Porto | assistentes: José Santos e António Perdigão | 4º árbitro: Paulo Pereira


Sporting 2 - Benfica 1

GOLOS [1-0] Luís Loureiro 38', [1-1] Simão 65', [2-1] Liedson 75'

1 Nélson GR
2 Rogério LD
13 Tonel DC
4 Polga DC
11 Tello LE
8 Luís Loureiro MD
10 Sá Pinto MO 85'
26 João Moutinho MO
17 Douala MO 77'
23 Deivid AV 66'
31 Liedson AV
José Peseiro
16 Tiago GR
15 Miguel Garcia LD
5 Carlos Martins MO
34 João Alves MO 77'
51 Wender AE 66'
87 Pinilla AV 85'
9 Silva AV

Amarelos 31' Luís Loureiro, 77' Tonel, 85' Nélson

1 Moreira GR
3 Anderson DC
4 Luisão DC
33 Ricardo Rocha DC
27 João Pereira AD 45+
10 Karagounis MD 68'
14 Manuel Fernandes MD
22 Nélson AE
7 Carlitos MO 57'
20 Simão MO
30 Miccoli AV
Ronald Koeman
12 Quim GR
13 Alcides DC 68'
5 Léo LE
16 Beto MD 57'
17 Karyaka MO
11 Geovanni AD
21 Nuno Gomes AV 45+

Amarelos 90'+4' Beto
Vermelhos 51' Ricardo Rocha

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Oka_Game
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O Sporting um a um

A ESTRELA: Luís Loureiro 8

"Veterano"... na estreia

O médio recrutado ao Dínamo de Moscovo foi um dos cinco - com Tonel, Deivid, Wender e João Alves - debutantes na condição de leões em mais este capítulo do dérbi dos dérbis. O herdeiro da camisola oito de um capitão não acusou a pressão de um jogo que eleva os níveis de ansiedade em proporção directa à paixão despertada e à envolvência diabólica. Foi com uma tranquilidade desarmante que Loureiro se exibiu - sem pressas despropositadas, com uma certeza invulgar. Depois, acabou por apresentar a melhor justificação possível para a "teimosia" dos responsáveis leoninos em inclui-lo no negócio da transferência de Enakarhire, ao surgir na área e a rematar fulgurante, de primeira, para o fundo da baliza guardada por Moreira. Preponderante.


... E Liedson resolveu

Os leões conseguiram o mesmo triunfo da época passada, pelos mesmos 2-1. Além da serenidade de Loureiro e da preponderância de Liedson, os anfitriões contaram ainda com a experiência de Sá Pinto, o acerto no eixo da defesa, o espírito "indomável" de Moutinho e a meia-distância de Tello. No dia em que deixou o Benfica a oito pontos, Peseiro teve ainda tempo para apresentar Wender e João Alves


MÁRIO DUARTE


Nélson 6

Noite tranquila... um golo sofrido. O momento de maior acção na primeira metade do encontro aconteceu aos 38'... para celebrar o golo de Luís Loureiro. Opôs-se ainda com bravia e efic*cia à incursão do seu homónimo de vermelho... quando Nélson se encontrava fora-de-jogo. É traído pelo ressalto na barreira no golo de Simão e volta a ter grande intervenção a cabeceamento de Nuno Gomes... quando o 21 estava em posição irregular.


Rogério 6

Começou por concentrar-se (quase em exclusivo) na vigilância de Simão, mas, perante a inoperância do capitão encarnado, e acompanhando o "crescer" da equipa, foi subindo no terreno, combinando ora com Douala ora com Deivid em acções ofensivas que iam levando perigo para junto da baliza de Moreira. Foi ainda vítima de um "atropelamento" de Ricardo Rocha - que deixaria os leões em vantagem... numérica.


Tonel 7

Ninguém sabia, mas entrou em campo apostado em exorcizar o "fantasma" do lance do jogo de estreia, ante o Belenenses. Ganhou pontos com a tranquilidade e confiança com que abordou o seu primeiro dérbi - e ganhou confiança em desarme autoritário sobre Simão (24'), deixando o 20 contrário postado no chão. Não tremeu em novo grande "contra" sobre Miccoli, à boca da baliza (37'), e até foi à área forasteira... assistir, nas alturas, Luís Loureiro para o golo. Exibição sem erros em noite de estreia nos dérbis.


Polga 7

Personalidade, serenidade e autoridade voltaram a pautar a exibição do campeão do mundo. Chamou a si a vigilância mais efectiva a Miccoli, libertando Tonel para a cobertura "à zona". Compensou, sempre que necessário, a diferença de velocidade face ao italiano com inteligência e um sentido posicional irrepreensível. Aos 26', na sequência de um canto, cabeceia com "selo" de golo... que é negado no limite por Ricardo Rocha. Comete, desnecessariamente, a falta que Simão cobraria... com golo.


Tello 7

Levou à letra a condição de defesa: anulou por completo Carlitos, mas não prestou, partindo de trás, o melhor apoio às investidas no ataque pela esquerda. Na segunda parte, mostrou-se mais ousado e ganhou preponderância a partir do momento em que o adversário passou a jogar com menos um: a meia-distância do chileno passa a ser mais uma preocupação para Moreira. Aos 55', desfere o primeiro de três portentosos remates a que o 1 encarnado se opõe superiormente, e é dos seus pés que sai o cruzamento para o golo de Liedson.


Sá Pinto 7

Capitão, de facto. Celebrou a vitória no 150.º jogo como leão e no último dérbi em Alvalade da sua carreira - que termina no final da época, como já anunciou. Apelou a toda a sua experiência, pautou jogo, ajudou Rogério a "fechar" à direita, e aconselhou calma aos companheiros, consciente de que o futebol (também) é um jogo de paciência. Recorreu a toda a garra e entrega que são seu apanágio para empurrar a equipa para a frente (principalmente após o empate). Quase marcava, na sequência de um canto, em lance que Nélson, em cima da linha, anula (70'). Deu o lugar a Pinilla (85'), merecendo a ovação da noite.


João Moutinho 7

Travou duelo de que (também) saiu vencedor com Manuel Fernandes, mas, como sempre, nunca se intimidou diante do campeão europeu Karagounis - ou fosse quem fosse. Já um "veterano" nestas andanças, festejou a vitória (a primeira) no dérbi dois dias depois de completar 19 anos, mas não celebrou o golo que tinha ganas de marcar (negado por Moreira aos 15' e aos 37', em remates de fora da *rea). A raça do miúdo pode ser ilustrada com o lance em que foi castigado por Karagounis ao longo de 20 metros, sem desistir e... sem ouvir o apito da falta.


Douala 7

Ganha projecção nas alas (que ocupou indiferenciadamente) e interpreta com acerto crescente as prescrições do técnico, tomando parte interveniente na movimentação defensiva. Castigou Nélson, João Pereira e quem lhe apareceu pela frente com a velocidade estonteante que o diferencia dos demais.


Liedson 8

O "matador" vive da ilusão. O 31 leonino não chega aos ombros de Luisão, mas venceu-o nas alturas e deixou os arqui-rivais a oito pontos. Começou algo perdido entre os centrais encarnados - pelo trio que eles compunham e pelo tridente ofensivo que integrava, com Deivid e Douala. O artista do golo foi inventando, contudo, espaços - e ameaçando perigo. Aos 55', já na pequena área, virando-se para a baliza, vê Luisão negar-lhe o golo em cima da linha. Resolveria o jogo 20 minutos depois.


Deivid 6

Menos expansivo, repentino ou intuitivo do que os companheiros de sector, não há que negar-lhe a condição de "harmónio" do trio de ataque, na medida em que articula a acção ofensiva (principalmente com Liedson). O entendimento, porém, continua a decorrer algo "preso", e Deivid cedeu o seu lugar aos 66'.


Wender 5

Estreia "anunciada" na confirmação declarada do 4-3-3 como modelo de jogo. O ex-bracarense alargou à esquerda e acusou alguma falta de entrosamento com os colegas. Foi ajuda preciosa a defender, no ataque desesperado dos visitantes.


João Alves 4

A outra estreia. Rendeu Douala (78') e integrou o trio do meio-campo, proporcionando a subida de Sá Pinto para o ataque. Sereno, apresentou-se a Alvalade com alguns bons pormenores, mas também mostrou que precisa de tempo para se integrar melhor na dinâmica da equipa.


Pinilla 3

Entrou a cinco minutos dos 90', teve um sprint louco para recuperar uma bola que perdera para Simão e uma boa movimentação que lhe permitiu surgir a rematar, em resposta a cruzamento de Tello, no último minuto da partida.

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Oka_Game
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José Peseiro

"Faltou-nos serenar o jogo mas vencemos com justiça"


O treinador do Sporting, José Peseiro, viu ontem os seus desejos tornarem-se realidade em Alvalade: "Espectáculo e...uma vitória" sobre o Benfica, como havia confessado na véspera do dérbi lisboeta, eram o que queria. Depois do sucesso da sua equipa, o técnico era um treinador visivelmente satisfeito com o empenho dos seus jogadores, que conseguiram oito pontos de vantagem sobre os encarnados. "É melhor ter oito pontos de vantagem do que de desvantagem, mas ainda nada está decidido", avançou Peseiro, fazendo um apreciação global do encontro. "O Benfica, mesmo com dez jogadores, conseguiu criar algum perigo, mas vencemos com justiça! O Benfica arriscou tudo, os centrais subiram e nós fizemos algumas faltas precipitadas. Faltou-nos ter um pouco mais a bola e serenar o jogo. Não conseguimos, mas temos de dar mérito ao Benfica." O treinador recusou-se a fazer uma apreciação pormenorizada aos estreantes João Alves e Wender. "Não podemos exigir muito dos dois, pois estão a trabalhar connosco há oito dias. Mesmo assim, tiveram um bom desempenho."

Em relação aos dois guarda-redes, Nélson e Ricardo, que tem à sua disposição, o treinador reafirmou que são de grande qualidade, por isso a escolha é uma "excelente dor de cabeça, aliás, como acontece em todos os sectores da equipa".

Apesar do êxito, José Peseiro assegurou que este não serve para apagar o afastamento da Liga dos Campeões frente à Udinese. "Foi com tristeza que fomos eliminados, mas não ficámos frustrados. Há mais coisas para vencer. E o facto de começarmos melhor a época este ano foi uma exigência que fizemos a nós próprios. Existe um maior conhecimento do treinador e dos seus métodos", explicou, adiantando que a ambição do Sporting na Taça UEFA passa, primeiro, por alcançar a fase de grupos. "Temos de vencer o Halmstads. Temos responsabilidades na Taça UEFA e vamos disputá-la com a mesma ambição, e conscientes de que queremos fazer um bom percurso."


Festa interior

Foi um José Peseiro mais contido nas emoções aquele que ontem comandou a equipa do Sporting no dérbi dos dérbis. O técnico leonino esteve bem mais sereno do que lhe é habitual, num jogo electrizante por definição, mostrando sinais de maior ansiedade e agitação na fase em que a sua equipa procurava suster o 2-1 final. No lance do primeiro golo dos anfitriões, Peseiro não esboçou qualquer reacção, permanecendo sentado, mexendo na gola da camisa e pouco mais. Aliás, no primeiro tempo, apenas se levantou para dar algumas indicações para dentro de campo. Já na segunda parte, mostrou algum desalento com o tento encarnado, mas tornou a não cair na efusão gerada no seu banco quando os leões lograram novamente a vantagem. A serenidade imperou e a festa foi interior.


Liedson
"Resultado poderia ter sido mais dilatado"

Liedson voltou ontem a... resolver a partida a favor dos leões. O 2-1 teve a marca do brasileiro, que confirmou que quem sabe nunca esquece, mesmo perante um "gigante" como Luisão. Aliás, a altura parece não ter sido problema para o "baixinho", que até gracejou com o lance do golo. "Ele até é um ou dois palmos mais alto do que eu", referiu, rindo-se, o camisola 31, que definiu assim o tento obtido: "O lance foi muito rápido, com um bom cruzamento do Tello, e eu, bem posicionado, tive a felicidade de cabecear bem. Aliás, esta é uma das minhas principais características."

Liedson relegou para segundo plano a condição de goleador da equipa e esta sua faceta de teimar em resolver jogos deste género, preferindo enaltecer o triunfo - magro, na sua opinião - do Sporting. "Se o Benfica não tivesse tanta sorte, o resultado seria bem mais dilatado", sustentou o brasileiro.

Voltar a ser o melhor marcador do Campeonato também não é algo que lhe tire o sono: "A única coisa que eu quero é títulos. Claro que, para um avançado, é sempre bom marcar e eu tenho esse desejo. Por isso, de vez em quando l* vou marcando alguns..."

O pequeno conflito protagonizado com Ricardo Rocha não mereceu grandes comentários por parte de Liedson, que afirmou desconhecer o motivo de tanta exaltação. "Nem sei bem o que aconteceu. Só vi a falta dura do Ricardo sobre o Rogério e acho que ele deve ter ficado chateado com a expulsão", argumentou.

Relativamente ao processo de renovação, Liedson afirmou que tudo continua como dantes. "Já disse que estou disposto a renovar pelo Sporting. Já passámos algumas coisas para os responsáveis do Sporting, mas não estou preocupado. Se já houve proposta do Sporting? Em números, não", concretizou.


Douala
"Faltam-nos mais de 60 pontos para o título"

Douala manifestou enorme "satisfação pelo resultado obtido", destacando que é "sempre bom ganhar" ao grande rival. "Temos oito pontos de avanço sobre o Benfica, e eu não queria estar no lugar deles. Conseguimos três vitórias nos primeiros três jogos, mas ainda nos faltam mais de 60 pontos para chegarmos ao título nacional", analisou o camaronês.

Questionado sobre o posicionamento que teve no terreno de jogo, Douala referiu ser-lhe "indiferente jogar à direita ou à esquerda".


Wender
"Dar sequência a esta vitória"

Wender, antigo jogador do Braga - que se estreou com a camisola leonina logo num dérbi frente ao histórico rival do Sporting -, sentiu-se bem nos primeiros minutos como leão. "Foi muito positivo e toda a equipa está de parabéns. Vamos agora tentar dar uma boa sequência ao bonito trabalho efectuado", comentou o esquerdino.

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O Tribunal de O JOGO

Sporting 2-1 Benfica

Árbitro do jogo | Paulo costa
Árbitros assistentes | João Santos e António Perdigão


Ricardo Rocha bem expulso

Paulo Costa esteve bem ao expulsar Ricardo Rocha pela entrada sobre Rogério, de acordo com o Tribunal de O JOGO. Quanto aos outros casos, os especialistas consideraram que Simão não estava em fora-de-jogo em duas situações que poderiam ter levado perigo à baliza leonina.

51' Esteve bem o árbitro ao mostrar o cartão vermelho directo a Ricardo Rocha, depois de entrada sobre Rogério?

JORGE COROADO
Esteve exemplar na exibição do cartão vermelho, pois Ricardo Rocha, de forma extemporânea e descontrolada, projectou-se de sola sobre o adversário, atingindo-o na zona do tornozelo, em situação que a FIFA determina que seja exibido o cartão vermelho. (dedo para cima)

SOARES DIAS
O árbitro tomou a decisão correcta, porque, de facto, o Ricardo Rocha tem uma entrada deliberada às pernas do jogador Rogério e, como tal, é-lhe bem exibido o cartão vermelho. (dedo para cima)

ROSA SANTOS
Esteve bem. Foi uma entrada violenta, à queima - ali não há por detrás ou de lado... Foi bem exibido o cartão vermelho. (dedo para cima)

ANTÓNIO ROLA
Sim, Ricardo Rocha teve uma entrada lateral sobre o adversário, de forma perigosa, e sem qualquer hipótese de jogar a bola, tendo o árbitro base legal para exibir o cartão vermelho. (dedo para cima)


OUTROS LANCES

21' Ficou por assinalar falta de Karagounis, que agarrou João Moutinho?

29' Justifica-se o cartão amarelo mostrado a Luís Loureiro pela falta cometida sobre Karagounis?

40' Simão estava em fora-de-jogo?

73' Simão encontrava-se adiantado no momento do passe?

90'+3' A falta de Beto sobre João Moutinho merecia ser castigada com um cartão vermelho?


JORGE COROADO

João Moutinho rodou sobre a sua esquerda para fugir à marcação do benfiquista e este, insatisfeito com o movimento, quis experimentar a textura e resistência do têxtil do adversário. Falta que o árbitro não vislumbrou, pela distância a que se encontrava. (dedo para baixo)

Luís Loureiro rasteirou deliberadamente Karagounis, em típico "gesto técnico" de... passa a bola, mas não passa o homem. O cartão amarelo foi, por isso, muito bem exibido. (dedo para cima)

Simão, no momento em que a bola lhe foi endossada, tinha, entre ele e a linha de baliza adversária, o guarda-redes Nélson e Tonel, que o colocavam em posição regular. (dedo para baixo)

Simão não se encontrava em fora-de-jogo, tendo este sido assinalado numa situação sempre de difícil análise para os assistentes, já que o defesa subia no terreno em movimento contrário ao do jogador do Benfica. (dedo para baixo)

A forma como Beto atingiu João Moutinho, com o pé na zona da coxa - e deliberadamente -, serviria para pôr Fafá de Belém a cantar o "Vermelho, Vermelhão"... (dedo para baixo)


ROSA SANTOS

Era falta contra o Benfica. Karagounis agarrou, efectivamente, João Moutinho pela camisola. (dedo para baixo)

O cartão é bem mostrado. Foi uma entrada sem qualquer intenção de jogar a bola. Esteve bem o árbitro. (dedo para cima)

Não, porque Simão não estava em posição irregular. Má decisão do assistente. (dedo para baixo)

Lance difícil de ajuizar, mesmo através da televisão, mas ficou-me a sensação que o jogador não estaria em fora-de-jogo. (dedo para baixo)

Desta vez, o árbitro trocou os cartões. Digamos que foi "amigo" do Beto, porque ele não tinha intenção de jogar a bola e acabou por atingir o adversário na zona do joelho. (dedo para baixo)


SOARES DIAS

João Moutinho foi, de facto, agarrado pela camisola. E a falta não foi marcada porque, provavelmente, o árbitro estava à frente de João Moutinho e não lhe vê as costas. (dedo para baixo)

Foi bem exibido o cartão amarelo a Luís Loureiro, pela entrada por trás, com algum perigo, sobre Karagounis. Segundo a lei, nestes casos deve-se exibir o cartão amarelo. Esteve muito bem o árbitro. (dedo para cima)

Não, não estava em fora-de-jogo. Foi mal assinalado pelo árbitro assistente, porque havia um jogador do Sporting na zona central do terreno a colocar o Simão em jogo (dedo para baixo).

A imagem deixa algumas dúvidas, mas dou o benefício ao árbitro assistente devido à velocidade do lance. (dedo para cima)

A decisão do árbitro foi pouco coerente, porque, ao ter expulso - e bem - Ricardo Rocha, Beto acaba por ter o mesmo tipo de entrada, ou seja, uma vez que esta é feita deliberadamente às pernas do adversário, era merecedora de cartão vermelho. O árbitro, aqui, tomou a decisão mais cómoda, que foi mostrar o amarelo. (dedo para baixo)


ANTÓNIO ROLA

João Moutinho foi puxado pelo jogador do Benfica. Falta técnica que ficou por sancionar contra os encarnados. (dedo para baixo)

Sim. Luís Loureiro, sem qualquer intenção de jogar a bola, impede o adversário de prosseguir uma jogada para a baliza leonina. O cartão foi, por conseguinte, bem exibido. (dedo para cima)

No momento do passe, encontravam-se dois jogadores do Benfica em posição de fora-de-jogo. Decisão acertada do árbitro assistente. (dedo para cima)

Não. Simão, no momento do passe, não se encontrava em fora-de-jogo, dado que havia dois jogadores, no centro do terreno de jogo, a colocá-lo em posição legal. Decisão desajustada, desta feita, do árbitro assistente. (dedo para baixo)

Tendo em conta o lance em si, aceita-se que o árbitro, neste caso, tenha exibido somente o cartão amarelo (dedo para cima).

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Lino
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Ponto negativo do jogo: o comportamento dos adeptos foi lamentável. Dois feridos devido a um petardo é muito mau. Como é que 400 seguranças privados mais PSP deixam isto mais os desacatos na rua acontecer? Que falta de civismo. Se não se sabem comportar no estádio, que os proíbam de lá entrar. Temos que aprender com o que os ingleses fizeram em relação ao hooliganismo (ter que obrigar esses indivíduos a apresentarem-se na esquadra à hora do jogo.

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Oka_Game
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Mensagem por Oka_Game »

Reviver o passado

Depois de falhar o acesso à Liga dos Campeões, os leões regressam à Taça UEFA para defrontarem uma equipa bem conhecida. Sem Liedson e Douala, José Peseiro pode recorrer aos últimos reforços para tentar bater os suecos

A viagem à Suécia marca o regresso do leão a uma competição cuja conquista esteve, na pretérita temporada, a poucos minutos de garantir, mas também a um estádio onde, em 2001/02, viveu alegrias que não eram mais do que o prenúncio de glória doméstica.

Halmstad foi palco para Jardel, João Pinto e companhia na época da conquista do último título nacional - e da Taça de Portugal -, num ano em que uma prometedora campanha europeia esbarrou apenas no "colosso" Milan.

Agora, sem Super-Mário e, até, sem Liedson, actual "matador" de serviço, o emblema verde e branco procura garantir a passagem à fase de grupos da Taça UEFA, gorada que ficou a hipótese de aceder a fase equivalente na liga milionária.

A tranquilidade assegurada pelos resultados obtidos na Liga permite ao conjunto português proceder a algumas alterações na sua estrutura sem que a confiança seja demasiado afectada, e a partida de hoje até poderá servir - sempre e quando a situação esteja controlada - para ver em acção alguns dos mais recentes reforços e até, porventura, um ou outro "miúdo". Os suecos não são, contudo, presa fácil - como o próprio José Mourinho poderá constatar, já que, então ao comando do Benfica, foi "corrido" da UEFA por este Halmstads - e, tendo em conta as características físicas dos seus jogadores e a verticalidade do seu futebol, tudo farão para criar dificuldades ao ilustre visitante.


"Armas" a estrear

Se o modelo táctico a utilizar em pouco ou nada deve diferir do habitualmente utilizado por José Peseiro, as ausências de Liedson e Douala obrigam a importantes reajustamentos. Relativamente ao posto do camaronês, Wender surge como sucessor ideal, mas é no render do 31 que surgem as dúvidas: Pinilla pode ocupar a vaga, ao lado de Deivid ou, numa solução alternativa, o treinador pode optar por colocar Sá Pinto na frente, abrindo a João Alves as portas da estreia como titular. Certo é que o objectivo passa por assegurar um resultado que permita uma segunda mão tranquila, em Alvalade.

19h45 | RTP1
Estádio: Orjans Vall, em Halmstad
Árbitro: Tomasz Mikulski [Polónia]
Assistentes: Piotr Sadczuk [Polónia]
Radoslaw Siejka [Polónia]
4º árbitro: Hubert Siejewicz [Polónia]

Halmstads
1 Conny Johansson GR
15 Peter Larsson LD
12 Tomas Zvirgzdauskas DC
4 Tommy Jonsson DC
2 Per Johansson LE
13 Andreas Johansson MC
9 Magnus Svensson MC
18 Bjorn Anklev MD
23 Emil Jensen ME
14 Dusan Djuric MO
10 Gunnar Thorvaldsson AV
22 Marcus Sahlman GR
19 Johan Mangfors MD
11 Sashcheka AD
17 Patrik Ingelsten AD
6 Yaw Preko AV
8 Eduardo Delani AV
24 Joel Johansson AV
Treinador: Jan Andersson

Sporting
1 Nélson GR
15 Miguel Garcia LD
13 Tonel DC
4 Polga DC
11 Tello LE
8 Luís Loureiro MD
10 Sá Pinto MO
26 João Moutinho MO
51 Wender MO
23 Deivid AV
87 Pinilla AV
76 Ricardo GR
2 Rogério LD
21 Paíto LE
18 Nani MO
34 João Alves MO
9 Silva AV
20 Varela AV
Treinador: José Peseiro

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Vamos lá ver como corre. Sem o Liedson, espero que ele aposte no Pinilla. O Deivid continua sem me convencer... ou ele não joga grande coisa ou está com sérias dificuldades em adaptar-se à equipa. Em todo o caso, por uns tempos (até se adaptar), penso que é jogador para entrar quando a equipa está a ganhar e não para começar a titular

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Oka_Game
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Registado: quinta-feira, 11 novembro 2004 15:04

Mensagem por Oka_Game »

Pedro Escreveu:Vamos lá ver como corre. Sem o Liedson, espero que ele aposte no Pinilla. O Deivid continua sem me convencer... ou ele não joga grande coisa ou está com sérias dificuldades em adaptar-se à equipa. Em todo o caso, por uns tempos (até se adaptar), penso que é jogador para entrar quando a equipa está a ganhar e não para começar a titular
Nisso tenho que concordar contigo Pedro...

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Deivid e Silva a titulares... :shock: o que vale é que o adversário é fraquito, senão tínhamos substituições na primeira parte.

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Ainda nem vamos com 4 minutos de jogo e o Miguel Garcia já mandou uma bola à trave e o João Alves uma ao poste. :shock: