Novos Centros Comerciais em Coimbra!
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Sys7eM
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JulesS
- Lendário

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Ainda não tinha passado na zona onde estão as alterações ao trânsito.
eu costumava passar ali muitas vezes pra ir do lado norte para o lado sul de coimbra e vice versa. No sentido norte sul aquilo está mais ou menos e até estará melhor, mas so la passei uma vez e foi de noite, não sei como é durante o dia.
Mas quando vinha de sul, por ex da ponte europa, na rotunda ia para o lado da quinta das lagrimas até ao inicio da rua do bar galerias santa clara, depois virava a esquerda (pq em frente é sentido unico) depois a direita e ia dar a rotunda do portugal dos pequenitos, e estava na via rapida pra taveiro ou para a IC2 por exemplo.
Agora tenho que ir até a ponte e virar para a guarda inglesa? é que se for como antigamente, em horas de ponta fazia filas ate aos semaforos, por isso ia pelo atalho que disse
nao ha alternativa?
Ou seja o problema continua, pontes novas etc e entrar na cidade vindo de santa clara ou condeixa continua a ser uma seca!!
eu costumava passar ali muitas vezes pra ir do lado norte para o lado sul de coimbra e vice versa. No sentido norte sul aquilo está mais ou menos e até estará melhor, mas so la passei uma vez e foi de noite, não sei como é durante o dia.
Mas quando vinha de sul, por ex da ponte europa, na rotunda ia para o lado da quinta das lagrimas até ao inicio da rua do bar galerias santa clara, depois virava a esquerda (pq em frente é sentido unico) depois a direita e ia dar a rotunda do portugal dos pequenitos, e estava na via rapida pra taveiro ou para a IC2 por exemplo.
Agora tenho que ir até a ponte e virar para a guarda inglesa? é que se for como antigamente, em horas de ponta fazia filas ate aos semaforos, por isso ia pelo atalho que disse
Ou seja o problema continua, pontes novas etc e entrar na cidade vindo de santa clara ou condeixa continua a ser uma seca!!
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costa brites
- Estreante

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- Registado: segunda-feira, 04 julho 2005 23:21
A QUESTÃO DOS CENTROS COMERCIAIS...
A QUESTÃO DOS HIPERS, MEGA STORES, RETAIL PARKS E OUTRAS ENORMIDADES EM COIMBRA!...
Uma questão como esta, que aqui foi levantada por Sys7eM em Novembro do ano passado, sem ter suscitado nenhum comentário detalhado, é realmente da maior importância para avaliar o que a cidade é e, para além disso, o que a cidade quer ser.
Lembro-me que no início dos inícios desta questão (antes do aparecimento do Continente, mas estando o “negócio” camarário já feito) houve um alto funcionário da Câmara Municipal de Coimbra (sector do urbanismo) com elevada posição política e grande autoridade universitária, que se pronunciou criticamente sobre o assunto.
O artigo que então publicou tratava exactamente da barbaridade urbanística que era trazer este tipo de iniciativas para dentro da malha urbana da cidade, sufocando inteiramente o espaço da mesma.
O artigo saiu num jornal do Porto, à guisa de “daqui lavo as minhas mãos”, e depois também num jornal cá da cidade, em letra daquela muito pequenina, que só se lê com uma lupa.
Eu li e até soube (da melhor fonte!) que o presidente da Câmara da altura (que toda a gente sabe quem era) tinha ficado “muito chateado”. Muito chateado com o artigo, claro. Porque com o “negócio” esse, adeus, oh minhas encomendas!...
E o Continente lá está, como prova da esfusiante “felicidade” autárquica!...
Que uma ponte que custou quase o triplo dos milhões que devia desague caminhões aos milhares para defronte duma sinuosa avenida que atravessa uma saturadíssima área de construção habitacional, já por seu turno esmagada pela afluência incessante de tráfego automóvel de dentro e de fora da cidade para dentro duma enorme superfície comercial, tudo isso são assuntos de “lana caprina”, a que o coimbrinha vira o rosto, assobiando, para não ver!...
Mas um mal nunca vem só, e a partir do Continente já surgiram mais não sei quantas “novas centralidades”, de que o DOLCE VITA é o exemplo mais perfeitamente acabado da barbaridade urbanística pura e simples:
1º Porque destruiu uma das poucas áreas desafogadas e espaçosas que Coimbra foi capaz de construir DURANTE TODO O SECULO XX (a única, pode dizer-se);
2º Porque atirou para o caixote do lixo com uma infraestrutura emblemática e valiosíssima da cidade que serviu, durante gerações, como utilidade social e desportiva (o saudoso estádio Municipal), substituindo-o por uma catedral futebolística cuja manutenção, só por si, custa uma imensa fortuna!...
3º Porque reduziu a estilhas a qualidade de vida de milhares de residentes duma área que ainda há bem poucos anos era refúgio das pessoas mais privilegiadas que nesta cidade habitam, área de localização de grandes edifícios escolares, etc.
4º Porque “meteu nos bolsos” de interesses particulares um património PÚBLICO de espaço e liberdade cívica (a Grande, a única Praça que havia em Coimbra) que as AUTORIDADES CAMARÁRIAS não quiseram nunca dignificar e valorizar condignamente, COMO ERA SEU DEVER!....
O que é que se vê desde então?
As “novas centralidades” florescem como cogumelos, sem esquecer os retails parks, com lojas enormes cheias de produtos (alguns medíocres até dizer basta, a fazer lembrar o pior do comércio terceiro-mundista) atraINDO aos fins de semana uma chusma de mirones que olham muito, e compram… POUCO, cada vez menos, por causa da crise!...
Entretanto os comerciantes da Velha Baixa esbracejam aos gritos, clamam que vão a pique, e ninguém quer saber disso para nada, como é evidente!...
O que a malta gosta mesmo é “das novas centralidades” com muitas luzes, hamburgers, batatas fritas e… mega-stores!...
Também há aquelas inumeráveis lojas com produtos “só-de-marca” que eu vejo quase sempre vazias, e que não sei praticamente para o que é que servem.
Tudo isto realça a falta que faz nesta urbe a aplicação da CIÊNCIA URBANÍSTICA, uma coisa que existe mesmo (contrariamente ao que muita gente pensa) e que é o instrumento mais adequado e moderno para gerir e orientar o desenvolvimento e a organização de cidades!... Essa teoria e essa prática insisto, CIENTÍFICA, não é evidentemente da especial predilecção de autarcas oportunistas e incompetentes e de... ESPECULADORES PROFISSIONAIS!...
Dito isto, não fica tudo dito, nem lá perto. Vamos lá a ver se o debate anima…
Uma questão como esta, que aqui foi levantada por Sys7eM em Novembro do ano passado, sem ter suscitado nenhum comentário detalhado, é realmente da maior importância para avaliar o que a cidade é e, para além disso, o que a cidade quer ser.
Lembro-me que no início dos inícios desta questão (antes do aparecimento do Continente, mas estando o “negócio” camarário já feito) houve um alto funcionário da Câmara Municipal de Coimbra (sector do urbanismo) com elevada posição política e grande autoridade universitária, que se pronunciou criticamente sobre o assunto.
O artigo que então publicou tratava exactamente da barbaridade urbanística que era trazer este tipo de iniciativas para dentro da malha urbana da cidade, sufocando inteiramente o espaço da mesma.
O artigo saiu num jornal do Porto, à guisa de “daqui lavo as minhas mãos”, e depois também num jornal cá da cidade, em letra daquela muito pequenina, que só se lê com uma lupa.
Eu li e até soube (da melhor fonte!) que o presidente da Câmara da altura (que toda a gente sabe quem era) tinha ficado “muito chateado”. Muito chateado com o artigo, claro. Porque com o “negócio” esse, adeus, oh minhas encomendas!...
E o Continente lá está, como prova da esfusiante “felicidade” autárquica!...
Que uma ponte que custou quase o triplo dos milhões que devia desague caminhões aos milhares para defronte duma sinuosa avenida que atravessa uma saturadíssima área de construção habitacional, já por seu turno esmagada pela afluência incessante de tráfego automóvel de dentro e de fora da cidade para dentro duma enorme superfície comercial, tudo isso são assuntos de “lana caprina”, a que o coimbrinha vira o rosto, assobiando, para não ver!...
Mas um mal nunca vem só, e a partir do Continente já surgiram mais não sei quantas “novas centralidades”, de que o DOLCE VITA é o exemplo mais perfeitamente acabado da barbaridade urbanística pura e simples:
1º Porque destruiu uma das poucas áreas desafogadas e espaçosas que Coimbra foi capaz de construir DURANTE TODO O SECULO XX (a única, pode dizer-se);
2º Porque atirou para o caixote do lixo com uma infraestrutura emblemática e valiosíssima da cidade que serviu, durante gerações, como utilidade social e desportiva (o saudoso estádio Municipal), substituindo-o por uma catedral futebolística cuja manutenção, só por si, custa uma imensa fortuna!...
3º Porque reduziu a estilhas a qualidade de vida de milhares de residentes duma área que ainda há bem poucos anos era refúgio das pessoas mais privilegiadas que nesta cidade habitam, área de localização de grandes edifícios escolares, etc.
4º Porque “meteu nos bolsos” de interesses particulares um património PÚBLICO de espaço e liberdade cívica (a Grande, a única Praça que havia em Coimbra) que as AUTORIDADES CAMARÁRIAS não quiseram nunca dignificar e valorizar condignamente, COMO ERA SEU DEVER!....
O que é que se vê desde então?
As “novas centralidades” florescem como cogumelos, sem esquecer os retails parks, com lojas enormes cheias de produtos (alguns medíocres até dizer basta, a fazer lembrar o pior do comércio terceiro-mundista) atraINDO aos fins de semana uma chusma de mirones que olham muito, e compram… POUCO, cada vez menos, por causa da crise!...
Entretanto os comerciantes da Velha Baixa esbracejam aos gritos, clamam que vão a pique, e ninguém quer saber disso para nada, como é evidente!...
O que a malta gosta mesmo é “das novas centralidades” com muitas luzes, hamburgers, batatas fritas e… mega-stores!...
Também há aquelas inumeráveis lojas com produtos “só-de-marca” que eu vejo quase sempre vazias, e que não sei praticamente para o que é que servem.
Tudo isto realça a falta que faz nesta urbe a aplicação da CIÊNCIA URBANÍSTICA, uma coisa que existe mesmo (contrariamente ao que muita gente pensa) e que é o instrumento mais adequado e moderno para gerir e orientar o desenvolvimento e a organização de cidades!... Essa teoria e essa prática insisto, CIENTÍFICA, não é evidentemente da especial predilecção de autarcas oportunistas e incompetentes e de... ESPECULADORES PROFISSIONAIS!...
Dito isto, não fica tudo dito, nem lá perto. Vamos lá a ver se o debate anima…
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Pedro
- Administrador

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- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
Eu discordo de praticamente tudo o que está nesse artigo.
É precisamente esse o género de mentalidade que fez Coimbra estar parada durante 12 anos... apesar de dizer ser contra o antigo presidente, a verdade é que o autor desse artigo mostra pensar da mesma maneira que ele.
Em primeiro lugar, tenho de dizer que, dada a escolha entre comprar numa grande superfície e o pequeno comércio, escolho a grande superfície sem hesitar. Não só os preços costumam ser muito mais baixos, como também a variedade de produtos é maior. Além disso, e este é um ponto de importância crítica para mim, o atendimento é geralmente bastante superior. Já estive em muitas lojas pequenas em que até parece que eles nos estão a fazer um favor ao deixar-nos comprar lá, tão mau foi o atendimento. Enquanto que, numa grande superfície, nunca fui mal atendido... os funcionários respondem sempre bem, se for necessário devolver um produto não há problema, etc. Resumindo, enquanto que as grandes superfícies recorrem ao lema de "o cliente tem sempre razão", as pequenas superfícies ainda estão a adaptar-se a essa situação. Acho que, se as associações de comerciantes passassem metade do tempo que gastam em protestos e manifestações inúteis a discutir aquilo que podem fazer para ser diferentes, provavelmente estavam em muito melhor situação. Agora, não podem esperar que as pessoas desistam de algo superior apenas para os manter... se querem sobreviver, façam por isso. Diversifiquem os seus produtos, melhorem o atendimento, baixem os preços... enfim, tenham ideias originais, em vez de querer continuar apenas porque conseguiram parar a cidade.
Comentando agora a questão do Dolce Vita, respondendo às críticas uma a uma.
Já agora, vamos manter Coimbra exactamente como estava na época medieval, para ver se o autor do texto fica contente.
Acho que tenho tudo dito. A minha visão é mesmo exactamente oposta da demonstrada por quem fez este texto, que a única coisa que aparenta ter é uma visão retrógrada e um fobia brutal do progresso. Pelo que li, se dependesse dele, Coimbra nunca teria evoluído. Curiosamente, aconteceu o mesmo com o antigo presidente.
Em primeiro lugar, tenho de dizer que, dada a escolha entre comprar numa grande superfície e o pequeno comércio, escolho a grande superfície sem hesitar. Não só os preços costumam ser muito mais baixos, como também a variedade de produtos é maior. Além disso, e este é um ponto de importância crítica para mim, o atendimento é geralmente bastante superior. Já estive em muitas lojas pequenas em que até parece que eles nos estão a fazer um favor ao deixar-nos comprar lá, tão mau foi o atendimento. Enquanto que, numa grande superfície, nunca fui mal atendido... os funcionários respondem sempre bem, se for necessário devolver um produto não há problema, etc. Resumindo, enquanto que as grandes superfícies recorrem ao lema de "o cliente tem sempre razão", as pequenas superfícies ainda estão a adaptar-se a essa situação. Acho que, se as associações de comerciantes passassem metade do tempo que gastam em protestos e manifestações inúteis a discutir aquilo que podem fazer para ser diferentes, provavelmente estavam em muito melhor situação. Agora, não podem esperar que as pessoas desistam de algo superior apenas para os manter... se querem sobreviver, façam por isso. Diversifiquem os seus produtos, melhorem o atendimento, baixem os preços... enfim, tenham ideias originais, em vez de querer continuar apenas porque conseguiram parar a cidade.
Comentando agora a questão do Dolce Vita, respondendo às críticas uma a uma.
Destruíu uma área desafogada e espaçosa? Que eu me lembre, aquilo era um parque de estacionamento a céu aberto. Alguém precisa de voltar a ver fotos daquele local, para esquecer a visão idílica que está a construír.1º Porque destruiu uma das poucas áreas desafogadas e espaçosas que Coimbra foi capaz de construir DURANTE TODO O SECULO XX (a única, pode dizer-se);
Este ponto é absolutamente ridículo. O "saudoso estádio municipal"? Mas que condições é que o "saudoso estádio" tinha? O novo estádio é bastante confortável, mesmo durante jogos no Inverno, das bancadas tem-se uma boa visão, tem bons equipamentos de apoio... se quem escreveu isso se desse ao trabalho de ir ver um jogo no estádio em vez de ficar a criticar, talvez mudasse de ideias.2º Porque atirou para o caixote do lixo com uma infraestrutura emblemática e valiosíssima da cidade que serviu, durante gerações, como utilidade social e desportiva (o saudoso estádio Municipal), substituindo-o por uma catedral futebolística cuja manutenção, só por si, custa uma imensa fortuna!...
Ficaram com o maior centro comercial da cidade a alguns metros de casa... têm 10 cinemas ali ao lado, podem ir ao Jumbo fazer compras, têm as outras lojas todas para quando for preciso comprar qualquer coisa... a única coisa que ficou mais difícil foi estacionar à porta de casa, mas isso também se resolve deixando o carro mais à frente e andando uns 20 metros.3º Porque reduziu a estilhas a qualidade de vida de milhares de residentes duma área que ainda há bem poucos anos era refúgio das pessoas mais privilegiadas que nesta cidade habitam, área de localização de grandes edifícios escolares, etc.
Pois... e a Praça da República não é nada... e a Praça 8 de Maio... que afirmação mais sem sentido.4º Porque “meteu nos bolsos” de interesses particulares um património PÚBLICO de espaço e liberdade cívica (a Grande, a única Praça que havia em Coimbra) que as AUTORIDADES CAMARÁRIAS não quiseram nunca dignificar e valorizar condignamente, COMO ERA SEU DEVER!....
Acho que tenho tudo dito. A minha visão é mesmo exactamente oposta da demonstrada por quem fez este texto, que a única coisa que aparenta ter é uma visão retrógrada e um fobia brutal do progresso. Pelo que li, se dependesse dele, Coimbra nunca teria evoluído. Curiosamente, aconteceu o mesmo com o antigo presidente.
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costa brites
- Estreante

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- Registado: segunda-feira, 04 julho 2005 23:21
PROGRESSOS... HÁ MUITOS!...
A sua resposta, embora ágil e muito explícita, foi demasiado rápida para poder contar com uma coisa fundamental: ler realmente aquilo que eu disse!...
Tenho a dizer-lhe que estou inteiramente de acordo com várias coisas que afirma, e quando falo na CIÊNCIA URBANÍSTICA, estou a mencionar um conjunto imenso de ferramentas que contribuem para o verdadeiro progresso e para o verdadeiro desenvolvimento de cidades, tais como são vistas nos países de urbanismo mais avançado.
EU NÃO SOU CONTRA AS GRANDES SUPERFÍCIES, MEU CARO, NEM POUCO MAIS OU MENOS, de que aliás também sou cliente!...
Quanto ao comércio tradicional de Coimbra (e não só o mais pequeno) estou 200 % de acordo consigo!...
Aliás, infelizmente não é só o pequeno comerciante que trata mal os clientes. Alguns barbeiros, alguns médicos, alguns taxistas, alguns funcionários públicos, enfim, cala-te boca!...
Quanto à excelência de preços e qualidade de serviços das grandes superfícies, eu não estaria assim tão seguro!... Mas é como diz o outro: é viver e aprender. Com o passar dos anos é que vamos ver no que dá!...
O que eu acho é que as grandes superfícies devem ser colocadas onde devem, e não dentro da malha urbana das cidades, destruindo equilíbrios e esmagando espaços já de si exíguos, próximo dos cascos históricos, fragilizados como se encontram por uma imensa negligência patrimonial!...
Não vou rebater algumas coisas que afirma a respeito das razões que enumerei quanto ao dolce vita, quanto ao antigo e mal estimado estádio Municipal (Casa do Desporto, que Deus haja!...) chamo apenas a atenção para as posições muito claras que têm vindo a lume a esse respeito, de autoria dos próprios residentes e de variadíssimas opiniões especializadas e muito respeitáveis, que não coincidem nada com as suas.
Também não vou devolver alguns dos insultos que inclui no seu depoimento, e a afirmação de que gosto deste ou daquele presidente.
Para os devidos efeitos, declaro que os acho demasiadamente parecidos uns com os outros!...
Penso, aliás que todos os negócios e todo o desenvolvimento que se operam, podem fazer-se de qualquer jeito.
Ou se fazem bem, ou se fazem mal.Neste caso apenas se fizeram mal!
Tudo aquilo que se fez, todo o dinheiro que se gastou, podia ter sido utilizado doutro modo, com muito melhor efeito para todos, e sem destruir e alienar património e liberdade de espaço!...
As pessoas que pensam assim são em demasiado número para serem apodadas de retrógradas e medievalescas.
Já agora, a propósito, o que sabe o meu caro de Idade Média? Olhe que se calhar a Idade Média não é bem aquilo que o meu amigo julga!...
Se quer saber, eu nem tenho a minha residência oficial em Coimbra, nem votei para a eleição da Câmara que está, nem para a anterior!...
O que eu sou é um cidadão interessado pela cidade em si, e custa-me vê-la tão mal administrada e tão completamente sufocada por um urbanismo crivado dos erros mais atrozes.
E ISSO NÃO TEM NADA A VER COM DESENVOLVIMENTO!...
Faço notar que, contrariamente a muitos dos participantes, assino estas contribuições com o meu verdadeiro nome.
Tenho a dizer-lhe que estou inteiramente de acordo com várias coisas que afirma, e quando falo na CIÊNCIA URBANÍSTICA, estou a mencionar um conjunto imenso de ferramentas que contribuem para o verdadeiro progresso e para o verdadeiro desenvolvimento de cidades, tais como são vistas nos países de urbanismo mais avançado.
EU NÃO SOU CONTRA AS GRANDES SUPERFÍCIES, MEU CARO, NEM POUCO MAIS OU MENOS, de que aliás também sou cliente!...
Quanto ao comércio tradicional de Coimbra (e não só o mais pequeno) estou 200 % de acordo consigo!...
Aliás, infelizmente não é só o pequeno comerciante que trata mal os clientes. Alguns barbeiros, alguns médicos, alguns taxistas, alguns funcionários públicos, enfim, cala-te boca!...
Quanto à excelência de preços e qualidade de serviços das grandes superfícies, eu não estaria assim tão seguro!... Mas é como diz o outro: é viver e aprender. Com o passar dos anos é que vamos ver no que dá!...
O que eu acho é que as grandes superfícies devem ser colocadas onde devem, e não dentro da malha urbana das cidades, destruindo equilíbrios e esmagando espaços já de si exíguos, próximo dos cascos históricos, fragilizados como se encontram por uma imensa negligência patrimonial!...
Não vou rebater algumas coisas que afirma a respeito das razões que enumerei quanto ao dolce vita, quanto ao antigo e mal estimado estádio Municipal (Casa do Desporto, que Deus haja!...) chamo apenas a atenção para as posições muito claras que têm vindo a lume a esse respeito, de autoria dos próprios residentes e de variadíssimas opiniões especializadas e muito respeitáveis, que não coincidem nada com as suas.
Também não vou devolver alguns dos insultos que inclui no seu depoimento, e a afirmação de que gosto deste ou daquele presidente.
Para os devidos efeitos, declaro que os acho demasiadamente parecidos uns com os outros!...
Penso, aliás que todos os negócios e todo o desenvolvimento que se operam, podem fazer-se de qualquer jeito.
Ou se fazem bem, ou se fazem mal.Neste caso apenas se fizeram mal!
Tudo aquilo que se fez, todo o dinheiro que se gastou, podia ter sido utilizado doutro modo, com muito melhor efeito para todos, e sem destruir e alienar património e liberdade de espaço!...
As pessoas que pensam assim são em demasiado número para serem apodadas de retrógradas e medievalescas.
Já agora, a propósito, o que sabe o meu caro de Idade Média? Olhe que se calhar a Idade Média não é bem aquilo que o meu amigo julga!...
Se quer saber, eu nem tenho a minha residência oficial em Coimbra, nem votei para a eleição da Câmara que está, nem para a anterior!...
O que eu sou é um cidadão interessado pela cidade em si, e custa-me vê-la tão mal administrada e tão completamente sufocada por um urbanismo crivado dos erros mais atrozes.
E ISSO NÃO TEM NADA A VER COM DESENVOLVIMENTO!...
Faço notar que, contrariamente a muitos dos participantes, assino estas contribuições com o meu verdadeiro nome.
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Pedro
- Administrador

- Mensagens: 12067
- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
Ok... antes de passar à resposta em si, acho útil esclarecer umas coisas. Em primeiro lugar, eu acho que não insultei ninguém. Acabei de reler o que escrevi e não vejo qualquer insulto. Nem sequer disse que gostava ou não do presidente, apenas que acho as duas posições bastante parecidas. Aliás, não podia adivinhar quem tinha sido o autor do artigo, porque tal não é mencionado no texto inicial (isto podia ser perfeitamente uma citação de um artigo lido algures). Recomendo um pouco de calma ao analisar as respostas, porque acho que ninguém está aqui para se insultar uns aos outros...
Também não vejo porque é que ter como nome de utilizador o próprio nome ou não é algo que pode validar as participações... eu, por acaso, até assino com o meu nome. E conheço alguns dos utilizadores do fórum pessoalmente. Há quem não assine com o seu nome, mas tenha ido em pessoa ao encontro do fórum. Não percebo em que é que isso valida mais a opinião de alguém. Também não percebo porque é que as opiniões que não coincidem com a minha têm mais valor ou são mais respeitáveis, mas ok... cada um ouve as opiniões que quer.
Acho que a resposta foi demasiado "pessoal". Eu concentrei-me a rebater os argumentos dados, mas a resposta que recebi não foi propriamente igual, o que me deixa pouca vontade de continuar a discussão. Apenas acrescento que mantenho a minha opinião, acrescentando que não percebo porque hão-de as grandes superfícies ser colocadas fora da cidade. Os Retail Parks entendo que sejam colocados na periferia (como, de resto, foram), mas os centros comerciais têm mais lógica no interior da cidade.
Também não vejo porque é que ter como nome de utilizador o próprio nome ou não é algo que pode validar as participações... eu, por acaso, até assino com o meu nome. E conheço alguns dos utilizadores do fórum pessoalmente. Há quem não assine com o seu nome, mas tenha ido em pessoa ao encontro do fórum. Não percebo em que é que isso valida mais a opinião de alguém. Também não percebo porque é que as opiniões que não coincidem com a minha têm mais valor ou são mais respeitáveis, mas ok... cada um ouve as opiniões que quer.
Acho que a resposta foi demasiado "pessoal". Eu concentrei-me a rebater os argumentos dados, mas a resposta que recebi não foi propriamente igual, o que me deixa pouca vontade de continuar a discussão. Apenas acrescento que mantenho a minha opinião, acrescentando que não percebo porque hão-de as grandes superfícies ser colocadas fora da cidade. Os Retail Parks entendo que sejam colocados na periferia (como, de resto, foram), mas os centros comerciais têm mais lógica no interior da cidade.
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costa brites
- Estreante

- Mensagens: 19
- Registado: segunda-feira, 04 julho 2005 23:21
Não estamos de acordo, mas somos todos bons amigos!...
A abrir quero manifestar-lhe a maior cordialidade e o entendimento perfeito e frontal de tudo o que afirma.
Há umas divergências de posição o que é normal e salutar.
É pena que não tenha aqui à mão o texto que referi do tal professor universitário e oficial de urbanismo, alto funcionário da CMC já fora de serviço, para poder fundamentar melhor o que digo.
Se a minha resposta lhe soou a algo pessoal, volte a ler, porque nem a forma, nem o conteúdo, são de molde a atingi-lo.
Fico a saber que acusar alguém de "visão retrógrada e fobia brutal de progresso" e o desejo de manter Coimbra "como estava na época medieval" não têm nada de mal, o que me dá uma nova tranquilidade.
Quanto ao dizer-lhe que assino com o meu nome, apenas faço isso em roda pé e, obviamente, nada acrescenta à credibilidade do que afirmo.
Mas se faço essa referência é para que conste, e quanto aos motivos, eu cá me entendo...
Só para terminar: comigo pode sempre argumentar e debater tudo o que quiser, que terei o maior gosto.
Até julgo que esse debate serve bem os interesses deste FORUM!... Se me quiser conhecer pessoalmente, estou ao seu inteiro dispor, e terei todo o prazer em conhecê-lo!...
Há umas divergências de posição o que é normal e salutar.
É pena que não tenha aqui à mão o texto que referi do tal professor universitário e oficial de urbanismo, alto funcionário da CMC já fora de serviço, para poder fundamentar melhor o que digo.
Se a minha resposta lhe soou a algo pessoal, volte a ler, porque nem a forma, nem o conteúdo, são de molde a atingi-lo.
Fico a saber que acusar alguém de "visão retrógrada e fobia brutal de progresso" e o desejo de manter Coimbra "como estava na época medieval" não têm nada de mal, o que me dá uma nova tranquilidade.
Quanto ao dizer-lhe que assino com o meu nome, apenas faço isso em roda pé e, obviamente, nada acrescenta à credibilidade do que afirmo.
Mas se faço essa referência é para que conste, e quanto aos motivos, eu cá me entendo...
Só para terminar: comigo pode sempre argumentar e debater tudo o que quiser, que terei o maior gosto.
Até julgo que esse debate serve bem os interesses deste FORUM!... Se me quiser conhecer pessoalmente, estou ao seu inteiro dispor, e terei todo o prazer em conhecê-lo!...
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bluestrattos
- Lendário

- Mensagens: 2164
- Registado: domingo, 06 março 2005 22:49
Acho que aí no comércio tradicional tenho de discordar em relação ao atendimento. Ainda não estou rendido 100% ao comércio das grandes superfícies, porque na zona onde moro costumo fazer compras num pequeno supermercado e num mini-mercado e garanto-te que sempre muito bem atendido, os preços costumam ser mais baratos que no Continente (por exemplo) e não tenho problemas com a troca de produtos.
O barbeiro onde vou sou sempre muito bem atendido.
Além de que me informática arranjam-se melhores preços nas pequenas lojas do que nas grandes superfícies
O barbeiro onde vou sou sempre muito bem atendido.
Além de que me informática arranjam-se melhores preços nas pequenas lojas do que nas grandes superfícies
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Lino
- Mítico

- Mensagens: 8082
- Registado: quinta-feira, 14 abril 2005 3:54
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Pedro
- Administrador

- Mensagens: 12067
- Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07
Tens de ir ao de Eiras ao fim-de-semana. Eu também achava que aquilo estava sempre vazio, mas descobri mais tarde que era porque eu só lá ia nas horas mortas. O de Eiras está óptimo, só é pena ser tão pequeno... tem duas lojas exclusivas a nível nacional (as outlets), está perto do Modelo (pelo que as pessoas podem combinar as compras), fica no lado oposto da cidade em relação ao de Taveiro (o que reduz a concorrência) e está numa zona que cada vez está mais desenvolvida. Refira-se que, desde que o de Eiras abriu, quase não vou ao de Taveiro.
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Dracula
- Experiente

- Mensagens: 273
- Registado: segunda-feira, 28 março 2005 12:17
Nem me dei ao trabalaho de ler por completo (nem meia duzia de linhas) os artigos colocados aqui pelo caro costa brites. Porquê? Porque mesmo sem os ler, vejo logo que reflectem a mentalidade que dominou esta cidade deurante 12 anos. Reflectem os artigos colocados esporádicamente no diário "as beiras" do sr. luís vilar e do carissimo vi(c)tor baptista: falam, falam, criticam, mas fazer alguma coisa é que nem pensar....
As grandes superficies trazem concorrência. Até agora tinhamos um Continente que era dos mais caros do país e não tinhamos outras opções. Concorrência é salutar.
Em relação ao pequeno comercio, carece muito de um "pequeno" pormenor: falta de estacionamento (e sem ser pago). Raramente vou à baixa, pois para estacionar, só tenho estacionamentos que cobram à hora, mesmo que eu só use 10 minutos (esta mer** devia ser ilegal) ou então estacionamentos com arrumador incluído

As grandes superficies trazem concorrência. Até agora tinhamos um Continente que era dos mais caros do país e não tinhamos outras opções. Concorrência é salutar.
Em relação ao pequeno comercio, carece muito de um "pequeno" pormenor: falta de estacionamento (e sem ser pago). Raramente vou à baixa, pois para estacionar, só tenho estacionamentos que cobram à hora, mesmo que eu só use 10 minutos (esta mer** devia ser ilegal) ou então estacionamentos com arrumador incluído
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duffy
- Lendário

- Mensagens: 3475
- Registado: domingo, 14 novembro 2004 22:54
Esqueceste-te da outra opção, estacionamento a pagar e com arrumador também, visto que se não quiseres levar um risco no carro, pagas a dobrar, para o arrumador e para a camara.Dracula Escreveu: Em relação ao pequeno comercio, carece muito de um "pequeno" pormenor: falta de estacionamento (e sem ser pago). Raramente vou à baixa, pois para estacionar, só tenho estacionamentos que cobram à hora, mesmo que eu só use 10 minutos (esta mer** devia ser ilegal) ou então estacionamentos com arrumador incluído![]()
Em relação ao tema, o caro Costa Brites fala mt bem, mas é pena não dizer assim nada que se aproveite. Se formos a olhar por exemplo para Aveiro, existe uma imensidão de Hiper-mercados, mais do que em Coimbra, e têm também o forum, e no entanto não "matou" a cidade, assim como também ganhou um estádio novo como nós ganhamos. Estávamos a precisar de infra-estruturas novas e também de lojas variadas, até aqui para comprar roupa de algumas marcas que estão agora no Dolce Vita teriamos que ir até Aveiro ou Porto, e o mais engraçado é que até marcas de roupa e calçado que já eram vendidos em Coimbra, os preços em Aveiro ou Porto, eram muito mais baixos, porque será? Porque existe concorrência, e os comerciantes não se aproveitam tanto.
Mas em compensão ficou com essa zona da Cidade mais arranjada, com um belo centro desportivo, e no entanto, ganhamos um parque verde junto ao Mondego, muito mais belo e agradável para passear ou passar uma tarde a estudar do que um parque de estacionamento no centro da cidade....costa brites Escreveu:4º Porque “meteu nos bolsos” de interesses particulares um património PÚBLICO de espaço e liberdade cívica (a Grande, a única Praça que havia em Coimbra) que as AUTORIDADES CAMARÁRIAS não quiseram nunca dignificar e valorizar condignamente, COMO ERA SEU DEVER!....
E ainda para ajudar à festa o parque de campismo, se é que se podia chamar parque de campismo aquilo..., que existia junto ao estádio, vai passar para junto do Mondego, junto à praça da canção, acho que é muito mais agradavel do que estar a fazer campismo no meio da cidade...e vai dar jeito para passar umas noites na queima
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Dracula
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duffy Escreveu: E ainda para ajudar à festa o parque de campismo, se é que se podia chamar parque de campismo aquilo..., que existia junto ao estádio, vai passar para junto do Mondego, junto à praça da canção, acho que é muito mais agradavel do que estar a fazer campismo no meio da cidade...e vai dar jeito para passar umas noites na queima
estranho... o novo parque de campismo é no areeiro e tb ta a ser construido pela amorim...
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Sys7eM
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Boas. Sr. Costa Brites eu não levantei nenhuma questão na altura que criei o tópico, apenas dei a conhecer (para quem não conhecia), alguns centros comerciais projectados para Coimbra.
Devo dizer-lhe que neste assunto concordo com a criação de novos centros comerciais e novas centralidades na cidade, pois estas criam concorrência e isso é bom em todos os sentidos. Claro que haverá sempre "vitimas", como os cinemas do Girassolum, mas no geral significa um melhoramento da qualidade de vida das pessoas.
Cumpts.
Devo dizer-lhe que neste assunto concordo com a criação de novos centros comerciais e novas centralidades na cidade, pois estas criam concorrência e isso é bom em todos os sentidos. Claro que haverá sempre "vitimas", como os cinemas do Girassolum, mas no geral significa um melhoramento da qualidade de vida das pessoas.
Cumpts.