Baixa de Coimbra

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daniel322
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Mensagem por daniel322 »

userN Escreveu:A cidade não pode ser pensada sem carros por muito que custe, muito menos de um momento para o outro.
Não sei porque em Portugal não pode e noutros países pode.. ah, espera, já sei.. por causa talvez do "american way of life" tuga.. porque cada pessoa quer ter a sua casinha no suburbio, ao lado de um shopping ou retail park.. não entendo como é que em Portugal ainda não se chegou à conclusão que este estilo de (des)planeamento não traz vantagens, apenas prejuízos.. parece tão simples ver que quanto mais densa uma cidade, mais fácil e barato é levar a um maior número de habitantes infraestruturas e transportes públicos.. se calhar se as cidades portuguesas fossem pensadas para serem cidades a sério e não aldeias grandes com hortas entre os prédios todos nós pagássemos menos nas facturas de água, luz e gás, bem como menos em passes de transportes públicos..

a cidade tem de oferecer comodidade às pessoas, para que estas decidam viver nela, é claro.. mas as pessoas têm também de mudar a sua mentalidade da vida em função do carro..

não é preciso ir muito longe, basta olhar para os nossos vizinhos espanhóis e aprender..

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userN
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Mensagem por userN »

daniel322 Escreveu:
userN Escreveu:A cidade não pode ser pensada sem carros por muito que custe, muito menos de um momento para o outro.
Não sei porque em Portugal não pode e noutros países pode.. ah, espera, já sei.. por causa talvez do "american way of life" tuga.. porque cada pessoa quer ter a sua casinha no suburbio, ao lado de um shopping ou retail park.. não entendo como é que em Portugal ainda não se chegou à conclusão que este estilo de (des)planeamento não traz vantagens, apenas prejuízos.. parece tão simples ver que quanto mais densa uma cidade, mais fácil e barato é levar a um maior número de habitantes infraestruturas e transportes públicos.. se calhar se as cidades portuguesas fossem pensadas para serem cidades a sério e não aldeias grandes com hortas entre os prédios todos nós pagássemos menos nas facturas de água, luz e gás, bem como menos em passes de transportes públicos..

a cidade tem de oferecer comodidade às pessoas, para que estas decidam viver nela, é claro.. mas as pessoas têm também de mudar a sua mentalidade da vida em função do carro..

não é preciso ir muito longe, basta olhar para os nossos vizinhos espanhóis e aprender..
Deves julgar que todos têm possibilidade comprar casa em Coimbra.

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Isso porque o mercado funciona mal.. em Espanha também há ricos, classe média e pobres..

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

O problema da Baixa não se resume ao carro e ao estacionamento, mas temos de perceber que nos dias de hoje o carro é uma realidade para qualquer família e dizer pura e simplesmente "andem a pé" não é solução.
Depois há o problema dos transportes públicos, que nem na baixa nem na alta tem acesso à maior parte das ruas. Pode parecer uma distância pequena até à rua da Sofia ou à Portagem, mas para pessoas idosas, com crianças, transportando pesos etc torna-se desencorajadora. Acresce a tudo isto a falta de sol na maioria das ruas que são escuras e frias, a falta de segurança e até de equipamentos de apoio social. Somando tudo como é que se espera atrair gente para aqui? Aliás, se fosse só uma questão de recuperação dos edifícios, talvez até o problema fosse resolvido. Ultimamente têm-se recuperado vários edifícios, sobretudo na Alta, mas é um facto que a população continua a diminuir.

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userN
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Mensagem por userN »

daniel322 Escreveu:Isso porque o mercado funciona mal.. em Espanha também há ricos, classe média e pobres..
Resolves o problema do imobiliário em Coimbra por magia!? Se sim, trata já disso B)

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

userN Escreveu:Deves julgar que todos têm possibilidade comprar casa em Coimbra.
userN Escreveu:Resolves o problema do imobiliário em Coimbra por magia!? Se sim, trata já disso B)
Respostas de quem cruza os braços e diz "Pronto, é assim, não há nada a fazer"

O problema do imobiliário seria relativamente simples de resolver assim houvesse vontade/coragem política.. muito resumidamente bastava uma reforma a sério na Lei das Rendas, de um planeamento regional em vez de concelhio, de fiscalização nos já existentes e de incentivos fiscais a quem se mudasse para determinadas zonas urbanas..

Não é preciso ser-se o Luís de Matos..

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userN
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Mensagem por userN »

daniel322 Escreveu:
userN Escreveu:Deves julgar que todos têm possibilidade comprar casa em Coimbra.
userN Escreveu:Resolves o problema do imobiliário em Coimbra por magia!? Se sim, trata já disso B)
Respostas de quem cruza os braços e diz "Pronto, é assim, não há nada a fazer"

O problema do imobiliário seria relativamente simples de resolver assim houvesse vontade/coragem política.. muito resumidamente bastava uma reforma a sério na Lei das Rendas, de um planeamento regional em vez de concelhio, de fiscalização nos já existentes e de incentivos fiscais a quem se mudasse para determinadas zonas urbanas..

Não é preciso ser-se o Luís de Matos..
Olha que é quase ... :roll:

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Se as rendas na alta e na baixa tivessem preços acessíveis, acreditem que muita gente aceitaria ir viver para lá, mesmo que as condições e acessibilidades não fossem as melhores.
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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

DaniFR Escreveu:Se as rendas na alta e na baixa tivessem preços acessíveis, acreditem que muita gente aceitaria ir viver para lá, mesmo que as condições e acessibilidades não fossem as melhores.
Pois eu tenho quase a certeza que não. E os que eventualmente aceitariam seriam certamente aqueles cujos rendimentos não dão para mais. Não tarda teríamos a Alta e a Baixa transformadas em bairros sociais, e aí então é que ninguém lá punha os pés nem para visitar!

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Ruizito Escreveu:
DaniFR Escreveu:Se as rendas na alta e na baixa tivessem preços acessíveis, acreditem que muita gente aceitaria ir viver para lá, mesmo que as condições e acessibilidades não fossem as melhores.
Pois eu tenho quase a certeza que não. E os que eventualmente aceitariam seriam certamente aqueles cujos rendimentos não dão para mais. Não tarda teríamos a Alta e a Baixa transformadas em bairros sociais, e aí então é que ninguém lá punha os pés nem para visitar!
Eu falei em rendas com valores acessíveis, não falei em casas oferecidas ou com rendas baixíssimas.
Com a situação económica actual de certeza haverá muita gente que não pode pagar um renda de 500€ ou 600€ por um apartamento no Vale das Flores e que não se importava de ter uma casa arrendada por 200€ ou 300€ no centro, perto do emprego.
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SusanaP
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Mensagem por SusanaP »

Se tivesse dinheiro, comprava uma casa até.

Com a requalificação, pode-se tornar bem mais interessante viver na alta/baixa do que em qq outro lugar, à imagem do que acontece nos centros históricos de outras cidades e países.

O meu sonho é a aquisição de uma casa na rua Couraça de Lisboa, já pertinho da baixa, com vista para o Mondego. Decorá-la de uma forma bem moderna, mantendo o estilo tradicional externamente.

Sonhos...!!!
Saudades

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bru_nex
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Mensagem por bru_nex »

userN Escreveu:
daniel322 Escreveu:
userN Escreveu:Deves julgar que todos têm possibilidade comprar casa em Coimbra.
userN Escreveu:Resolves o problema do imobiliário em Coimbra por magia!? Se sim, trata já disso B)
Respostas de quem cruza os braços e diz "Pronto, é assim, não há nada a fazer"

O problema do imobiliário seria relativamente simples de resolver assim houvesse vontade/coragem política.. muito resumidamente bastava uma reforma a sério na Lei das Rendas, de um planeamento regional em vez de concelhio, de fiscalização nos já existentes e de incentivos fiscais a quem se mudasse para determinadas zonas urbanas..

Não é preciso ser-se o Luís de Matos..
Olha que é quase ... :roll:
Isto ultrapassa-me! Se se tentam apontar soluções, só por magia é que se poderiam pôr em prática. Então tu preferes não apontar solução nenhuma... Ou então deixar tudo na mesma... Enfim...


Alguém viu ontem a TVI de manha? No Você na TV estiveram em Coimbra a fazer várias peças sobre tasquinhas tradicionais. Eu estava muito curioso para saber que imagem ia passar de Coimbra e fiquei muito desapontado porque as imagens continuam a conter prédios velhos, com fiação exterior desorganizada... muito feio! A única imagem mais positiva era, ironicamente, do Mijacão que, como sabem, foi recuperado recentemente e como só filmaram a entrada, não se notava a envolvente.

Toda esta questão da renovação urbana é importante. É preciso desenvolver esforços para aliciar os proprietários a quererem recuperar (seja dando os prédios à CMC sob acordo de receberem uma % do lucro quando os apartamentos forem vendidos; seja revendo a legislação de arrendamento).
Há algo que eu gostava que fosse tido em conta. A SRU não pode ver (excepto casos em que o imóvel tem valor histórico) cada edifício como um único bloco. Isto é, a cidade, os moradores e a SRU ganhava mais se em vez de reabilitar edifício por edifício fosse possível juntar dois ou três edifícios e criar um único maior. Primeiro, íamos construir casas maiores pelo mesmo preço; depois podia ser mais rentável criar garagens sub enterradas ou mesmo subterrâneas. Terceiro, os vários proprietários ficavam a ganhar porque pode ser mais fácil reaver o dinheiro investido. Depois usa-se uma lógica deste género: se os proprietários pagam todo o investimento, claro que os lucros devem ser divididos entre eles. Mas se por outro lado a CMC pagar uma % da reabilitação, essa mesma % do lucro da venda deve reverter para a Câmara.
A Câmara pode, inclusivamente, criar uma bolsa de investidores: privados que estejam dispostos a dar dinheiro para a reabilitação urbana. O retorno acontece quando um imóvel é vendido ou alugado e, nesse caso, cada investidor recebe parte dos lucros equivalente à percentagem investida. No entanto, acho que isto já acontece: acho que o Fundo Imobiliário que a CMC criou funciona mais ou menos assim, mas não tenho conhecimento para falar sobre isso.

ATENÇÃO:
Há soluções para a Baixa. Nenhuma delas milagrosa. Nenhuma delas superior às outras. O problema da Baixa vai arrastar-se durante os próximos anos. Há várias coisas que é necessário mudar.

É preciso reabilitar? É! Se daqui a 10 anos todos os edifícios estiverem arranjados, Coimbra pode, finalmente limpar a imagem que passa para o exterior: prédios velhos;
É preciso ter carros? É! Mas os carros não são tudo. Eu defendo que eles devem existir mas que os transportes dentro da cidade devem ser tão eficientes que façam com que os moradores não precisem de usar o carro.
É preciso mudar mentalidades? É! É sobretudo criar uma politica de adaptação e de verdade. Eu não devo ter uma postura de negatividade em relação a uma proposta feita por outra pessoa só porque sim. Cada um deve esforçar-se por compreender o que se passa. Cada um deve apresentar soluções para os problemas da comunidade. Este pensamento comunitário, de vida em sociedade, não existe muito.

É preciso uma varinha mágica? Seria, seguramente, mais fácil! Mas como isso não é possível, porque não criar propostas e tentar pô-las em prática?

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bru_nex
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Mensagem por bru_nex »

entregue cadernos reivindicativos

Reabilitar Baixa
de Coimbra é “fundamental”
para o comércio
A reabilitação urbana do Centro Histórico, nomeadamente da Baixa, é assumida pela Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACIC) como factor «fundamental» para a revitalização do sector comercial. Uma visão partilhada por quem lidera os destinos da ACIC e da Câmara Municipal de Coimbra, comungada numa reunião realizada, durante a semana passada, em que a Associação entregou o caderno reivindicativo local a Carlos Encarnação e a João Paulo Barbosa de Melo.
Um documento onde são apresentadas soluções para a crise que afecta um comércio já apelidado «em vias de extinção». Ontem, contactado pelo Diário de Coimbra, Paulo Mendes, presidente da Direcção da ACIC, revelou que «a reabilitação urbana da Baixa é fundamental para qualquer actividade e também é para o comércio», acrescentando, ainda, que esta opinião é «unânime» no ponto de vista da autarquia e da ACIC. «A forma como vai ser posta a funcionar é que vamos ver», continuou Mendes.
«É importante que as obras da Sociedade de Reabilitação Urbana avancem até para que sirva de exemplo aos restantes proprietários», voltou a afirmar o responsável da ACIC, que, depois, avançou que «a forma como vai ser posta a funcionar é que tem de se ver», antes de sublinhar que «o Governo assumiu querer apostar na reabilitação dos centros históricos, mas tem de passar das palavras aos actos».
Na passada sexta-feira, a ACIC “deslocou-se” à Couraça da Estrela para entregar, no Governo Civil de Coimbra, o caderno reivindicativo nacional. O documento foi “deixado” nas mãos do adjunto António Sérgio. «Mais uma vez, o governador civil de Coimbra não se dignou receber a ACIC», lamentou Paulo Mendes, criticando a posição do representante máximo do Governo no distrito.

Governador “não queria
fazer esperar a ACIC”
Confrontado com as declarações de Mendes, Henrique Fernandes disse tratar-se de «um comentário surpreendente», esclarecendo que «as relações institucionais com a ACIC e, em especial, com o seu presidente são as melhores». O governador civil de Coimbra confirmou o «pedido de audiência para a entrega de uma plataforma reivindicativa, que era de âmbito nacional», acrescentando que, na passada sexta-feira, «foi o vice-presidente que esteve no Governo Civil e não o presidente da ACIC».
«Comuniquei à ACIC que tinha dificuldades de agenda em virtude da presença de membros do Governo no distrito e que, por isso, não tinha tempo para dar a atenção que queria à ACIC», contextualizou Fernandes, antes de prosseguir: «Como não queria fazer esperar a ACIC, já que se tratava de um assunto nacional, dei uma alternativa. Disse-lhes que se esperassem mais um bocado, queria estar com eles, mas informaram-me que era uma plataforma nacional e que também a tinham enviado ao Governo».
Segundo Henrique Fernandes, «trata-se de um mal entendido que urge desfazer», pois, garantiu, «a ACIC é uma entidade que merece toda a consideração». «O tempo que vivemos não dá para desperdiçar energias», assegurou o governador civil, que disse estar «perfeitamente disponível para ajudar no que for preciso» para revitalizar o comércio tradicional, mas lembrou que «depende de três parceiros: da Câmara Municipal, do Governo e dos consumidores, que são fundamentais».

Diário de Coimbra



É por causa de pessoas como o senhor Governador Civil que o problema da Baixa vai demorar a resolver. Com que então, o problema da baixa depende de três parceiros! Câmara, Governo e consumidores!
Os lojistas estão excluídos disto. Esta gente deve andar a brincar, só pode.
Quer dizer, eu tenho uma loja na Baixa mas não tenho o dever de a reabilitar. A Câmara ou o Governo que o façam. Ou então devo esperar por uma epifania colectiva dos consumidores... Um dia lembram-se todos de vir à minha loja e aí eu já posso fazer obras... Sinceramente!

DaniFR
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Noite Branca na Baixa de Coimbra

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Desfile de Marchas Populares é apenas uma das várias iniciativas que têm lugar em mais uma Noite Branca, a decorrer, dia 25 de Junho, na Baixa de Coimbra. Na mesma noite, os estabelecimentos comerciais estarão abertos até às 24h00.


A Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), vai realizar no próximo dia 25 de Junho de 2010 (sexta-feira), mais uma Noite Branca. Com a abertura dos estabelecimentos comercias até às 24h00, a Baixa de Coimbra será palco de uma noite de muita animação.

Nesta edição a agência vai organizar o I Desfile de Marchas Populares da Baixa de Coimbra, contando para tal com a participação de 11 marchas pertencentes aos concelhos de Coimbra, Pombal e Leiria.

Data:
25 de Junho| Sexta-feira

Hora:
Até às 24h00

Local:
Baixa de Coimbra
Fonte: Turismo de Coimbra
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BAIXA DE COIMBRA

Desfile de marchas engrandece Noite Branca


O 1.o desfile de Marchas Populares da Baixa de Coimbra é a aposta forte da próxima edição da Noite Branca, que se realiza sexta-feira para dinamizar aquela zona histórica da cidade. O cortejo vai juntar mais de 500 participantes, através de12 marchas oriundas maioritariamente dos concelhos de Coimbra.
«O desfile terá um ponto de actuação estática em frente ao júri, na Praça 8 de Maio, para avaliação das performances, premiando as três melhores apresentações. A restante actuação será de carácter itinerante na qual, para além das marchas, se apresentará o grupo “Roncos & Curiscos”», afirmou ontem, na cerimónia de apresentação do evento, Armindo Gaspar, presidente da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), entidade promotora da iniciativa.
A partir das 21h00, os mais de 500 participantes vão passar por locais como a Praça do Comércio, o Terreiro da Erva, Rua da Sota e o eixo Visconde da Luz – Largo da Portagem, entre outros. A Rua da Sofia, por exemplo, vai estar encerrada ao trânsito automóvel das 21h00 à 00h00.
No evento participam as marchas de Brasfemes, Santa Clara, Travanca do Mondego, Pé de Cão (Centro Social de S. João), Fragosa (Taveiro), Mocidade Futebol Clube (Penacova), Arregaça, Fala, Ribeira de Frades, Vila de Taveiro, Machada (Pombal) e Freguesia de Amor (Leiria).
«As marchas são o tema desta Noite Branca. A ideia está a ter muita receptividade dos comerciantes e da própria população de Coimbra», garantiu Armindo Gaspar.
O certame herda das últimas edições a ideia de potenciar o comércio e a restauração da Baixa, mas agora o número de estabelecimentos abertos ganha outra força, nunca vista.
«Teremos 25 restaurantes com sardinha assada como ementa da noite e, até às 00h00, mais de 130 lojas vão ter as portas abertas, com campanhas de promoções que podem chegar aos 40%, oferta de bilhetes para a CIC 2010 e algumas recepções especiais para os seus clientes», anunciou o responsável da APBC na conferência de ontem, que teve lugar no Café Santa Cruz.
«Esta é a quarta Noite Branca que fazemos e será a que tem maior adesão de comerciantes, cerca de 50% do total», acrescentou Armindo Gaspar.

“Inverter imagem de que a Baixa está a morrer”

A APBC revelou que vai ser feita outra Noite Branca este ano, para além da agendada para a próxima sexta-feira. «Existem grandes dificuldades económicas, mas estamos empenhados em criar uma imagem diferente da Baixa, mais dinâmica. Vamos inverter a imagem de que a Baixa está a morrer», explicou Armindo Gaspar.
Com a Noite Branca «vai havendo alteração de comportamentos», mas o responsável lamenta que «alguns comerciantes ainda não entendam que só trabalhando em grupo é que é possível chegar a bom porto».
A iniciativa organizada pela APBC conta com o apoio da autarquia, Empresa Municipal de Turismo, Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACIC) e do Diário de Coimbra.

Diário de Coimbra
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