Basófias pode parar

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micromys
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Mensagem por micromys »

A última vez que o rio foi esvaziado foi durante as obras da ponte Rainha Santa, pelo menos que tenha visto. Quanto a dragas, lembro-me de ter visto na década de 80, era eu pequenito :)

Caso esvaziem o rio, isso poderia ser feito bem antes do verão uma vez que a dragagem/limpeza deverá ser um processo algo demorado, e a bacia até ao açude não enche de repente. Se nada for feito qualquer dia poderemos "caminhar sobre as águas" de uma margem à outra :D

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gunky
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Mensagem por gunky »

micromys Escreveu:A última vez que o rio foi esvaziado foi durante as obras da ponte Rainha Santa, pelo menos que tenha visto. Quanto a dragas, lembro-me de ter visto na década de 80, era eu pequenito :)

Caso esvaziem o rio, isso poderia ser feito bem antes do verão uma vez que a dragagem/limpeza deverá ser um processo algo demorado, e a bacia até ao açude não enche de repente. Se nada for feito qualquer dia poderemos "caminhar sobre as águas" de uma margem à outra :D
E achas isso mau?!

Sempre podia ir a queima sem perder tempo nas filas...

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Basófias melhor equipado para deslizar no Mondego

O Basófias regressa hoje ao Mondego. A chegada a Coimbra está prevista para as 9h30, na Praça da Canção, sendo de imediato iniciados os trabalhos para recolocar o barco no rio, com a ajuda de uma grua.
A viagem, demorada, foi efectuada esta madrugada pelo IC-2, desde os estaleiros da Navalria, em Aveiro, onde a embarcação esteve mais de um mês em reparações.
Renato Ladeiro, director comercial da OdaBarca – Animação Turística do Mondego, explicou que o barco de que esta sociedade é proprietária, construído em França à imagem dos famosos “bateaux mouche” parisienses, foi sujeito a uma revisão ao nível de mecânica, pintura e segurança. No fundo, foi rejuvenescido com uma pintura nova exterior, procedeu-se à manutenção das máquinas e foi adicionada uma sonda de arrasto, que vai permitir medir a distância entre o casco e o fundo do rio para contornar os cada vez mais numerosos bancos de areia do Mondego, evitando que o barco encalhe.
Os trabalhos de manutenção, que tiveram custos elevados (não foi revelado o montante), decorreram desde 12 de Fevereiro em “doca seca” (fora da água) nos estaleiros da Navalria.
A embarcação foi transportada num camião com reboque, inicialmente pela A25 e depois através do IC-2, pela Malaposta, Oiã, Sangalhos, Mealhada e Coimbra, sendo no percurso acompanhado por batedores da GNR.
Recolocado no Mondego, o Basófias, além dos passeios turísticos e da programação habitual, vai contar a partir de 18 de Maio, e até Setembro, com sessões diárias dedicadas ao Fado de Coimbra.

Diario de Coimbra

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Pela foto parece ter ficado muito bom. :)

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Lino
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Mensagem por Lino »

O espelho de água foi esvaziado há uns 10 anos ou assim para fazer a limpeza do leito, lembro-me de lá andar pelo areal. :)
Coimbra tem mais encanto... terá?
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userN
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Mensagem por userN »

está com bom aspecto.. tenho de ir ver ao vivo :)

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userN
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Mensagem por userN »

fui ver ao vivo e que desilusão...

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

userN Escreveu:fui ver ao vivo e que desilusão...
Porque disses isso? Hoje vi ao vivo e pareceu-me muito bom, pelo menos está melhor do que como estava antes.

Agora falta desassorear o rio.

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Lino
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Mensagem por Lino »

Imagem :)
Sim, ali ao pé da ponte pedonal vê-se o calhau todo do fundo do rio... e tem ali um pilar do lado da margem direita, aquilo já ali estava ou foi feito para a ponte?
Coimbra tem mais encanto... terá?
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userN
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Mensagem por userN »

DaniFR Escreveu:
userN Escreveu:fui ver ao vivo e que desilusão...
Porque disses isso? Hoje vi ao vivo e pareceu-me muito bom, pelo menos está melhor do que como estava antes.

Agora falta desassorear o rio.
a pintura do tecto tá muito fraquinha por exemplo, o interior não foi remodelado, havia muitos pormenores que pensava que tinham sido melhorados e não foram.
basicamente deve ter sido mais a nível de mecânica e conservação necessária o que já não é mau, contudo esperava mais.

DaniFR
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userN Escreveu:a pintura do tecto tá muito fraquinha por exemplo, o interior não foi remodelado, havia muitos pormenores que pensava que tinham sido melhorados e não foram.
Nisso não reparei, pois só vi mesmo da ponte de santa clara.
userN Escreveu:basicamente deve ter sido mais a nível de mecânica e conservação necessária o que já não é mau, contudo esperava mais.
Sim, foi principalmente mecânica.
Também foi introduzida uma sonda que vai permitir saber a que distância está o casco da areia, para que o barco nao fique encalhado.

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micromys
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Limpeza do rio adiada

Mensagem por micromys »

Estudo de Impacte Ambiental

Dragagem do Mondego
“adiada” para Agosto

O lançamento do concurso para a obra de desassoreamento do Rio Mondego, entre o Açude--Ponte e a Ponte da Portela, está dependente da emissão de Declaração de Impacte Ambiental (DIA) e, se tudo correr como previsto, durante o mês de Agosto iniciar-se-ão os trabalhos, garantiu ao Diário de Coimbra Teresa Fidélis, presidente da Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARHC), entidade com o domínio dos recursos hídricos.
Esta espera de mais cerca de oito meses por uma obra há muito (e por muitos) reclamada deve-se ao facto de a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) ter considerado que, nos termos da legislação aplicável, os trabalhos careciam da apresentação de um Estudo de Impacte Ambiental (EIA), que substitui o Estudo de Incidências Ambientais, que já havia sido entregue no primeiro trimestre do ano passado, juntamente com outras peças processuais necessárias ao início da obra.
Esta nova exigência da CCDRC acabou por atrasar o processo. Recorde-se que o mês de Dezembro do ano passado era o indicado para o arranque da obra, mas acabou por ser a altura em que se deram por terminadas as diligências necessárias para a realização do EIA e da sua apresentação no ARHC. Segue-se agora o processo de Avaliação de Impacte Ambiental, que culmina com a emissão da DIA, estando depois tudo a postos para que seja possível lançar o concurso, escolher a empresa adjudicatária e avançar com a obra.
«Se não surgirem obstáculos no desenvolvimento destas fases (análise e decisão de reclamações, esclarecimentos, pareceres), os trabalhos poderão ser iniciados em Agosto do ano em curso», confirmou, por escrito, Teresa Fidélis. Quanto ao tempo que durará a obra, este poderá ir de um ano a dois anos e meio, sendo certo que o factor temporal será, nos termos do concurso, um dos critérios para a escolha da empresa responsável pelos trabalhos.

Inertes retirados
por método “misto”
Esta empresa será, também, responsável por escolher o método «que considere mais conveniente» para proceder aos trabalhos, adiantou a responsável. De qualquer modo, como também já havia adiantado, em declarações ao nosso Jornal, «em nenhuma situação se prevê alteração do nível de água da albufeira», o que significa que o processo de desassoreamento do Mondego será, efectivamente, feito com água no rio.
Teresa Fidélis esclarece ainda que «a metodologia a adoptar na extracção e remoção dos inertes será mista; com recurso a métodos tradicionais nas zonas com pouca profundidade (a montante da Estação da Boavista) e por dragagem nos restantes locais».
No que respeita ao encaminhamento dos inertes retirados do rio, a responsável explicou que parte deles serão depositados a jusante do Açude-Ponte, «para reposição do perfil de equilíbrio do rio». A outra parte será conduzida para um «depósito temporário» para ser posteriormente vendida e, desta forma, ajudar a custear os encargos inerentes à obra.
Recorde-se que a obra de desassoreamento do Mondego, entre o Açude-Ponte e a Ponte da Portela, foi desencadeada há dois anos pela CCDRC, entidade que, à data, tinha competências em matéria de gestão dos recursos hídricos. Nessa altura, foi contratualizada uma empresa para a elaboração do projecto e outros documentos necessários como o Estudo de Incidências Ambientais, Plano de Higiene e Segurança, Processo de Concurso e Caderno de Encargos da Obra, que foram entregues no primeiro trimestre do ano passado, já a gestão dos recursos hídricos estava nas mãos da ARHC. Posteriormente, a CCDRC, na qualidade de «“autoridade de AIA”» obrigou à apresentação da DIA, que virá a substituir o Estudo de Incidências Ambientais, já ultimado.

Concorrentes apresentam
Plano de Gestão Ambiental
As empresas que concorrerem para a realização desta obra terão de apresentar, na fase de proposta, um Plano de Gestão Ambiental (PGA) que aponte os caminhos que adoptarão, no que respeita ao esclarecimento da população, à gestão da obra e à prevenção de situações de risco ambiental, para minimizar os impactos negativos dos trabalhos.
Para a realização do projecto foi estudado o estado actual do ambiente na área de influência do projecto, tendo em conta áreas como o Clima, a Geologia e Hidrogeologia, Recursos Hídricos Superficiais, Ecologia, Paisagem, Solo, Uso do Solo, Ordenamento do Território, Património, Qualidade do Ar, Ruído, entre outros – que também serão objecto de análise no âmbito da AIA – concluindo-se que os impactos negativos «ocorrerão quase exclusivamente na fase de construção».
Perturbação da qualidade da água, interferência com os usos instalados, afectação de algumas comunidades piscícolas, circulação de veículos ou locais de depósito de inertes, aumento de emissões poluentes ou do nível de ruído são algumas das implicações negativas da obra identificadas, confirma a responsável.
Dar melhores condições de navegabilidade a barcos de recreio e náuticos é apenas uma das vantagens desta obra que é reclamada, exactamente, por responsáveis, tanto dos Secção de Desportos Náuticos da AAC, como da empresa que gere o Basófias. A esta junta-se ainda a prevenção e minimização do efeito das cheias, a protecção de ecossistemas aquáticos e terrestres e ainda a reabilitação do perfil de equilíbrio do rio, a jusante do açude.
Fonte: Diário de Coimbra

Bem, parece que ainda não é desta que começam os trabalhos de dragagem. Estranho é que enquanto a CCDRC era responsável pela gestão dos recursos hídricos não foi necessário nenhum estudo de impacte ambiental. Quando a gestão passou para a ARHC passou a ser indispensável... pelo menos foi o que entendi.

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duffy
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Mensagem por duffy »

Porreiro, ainda se podem fazer mais umas provas de canoagem por cá :D

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Jimmy
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Mensagem por Jimmy »

Não sei se alguém já falou disto, mas enquanto estudante de engenharia civil acho que posso meter a minha colherada mesmo não sendo muito o que sei :P

O grande problema inerente à extracção da areia é que nem tudo são rosas, de certo que o fundo do rio seria aumentado o que era óptimo, não só para o Basófias como para toda a fauna e flora do local mas, e há sempre um mas....

A extracção da areira pode causar danos em pilares das pontes, cujas fundações de algumas das mais recentes foram calculadas tendo por base essa quantidade de areia presente no fundo do rio. De certo não iriam achar piada a ao extrair a areeia começarem a ver a Ponte Rainha Santa a começar a oscilar ligeiramente. Claro que não seria algo que levasse a uma catástrofe mas poderia comprometer a integridade da estrutura.

Pelo que é preciso ter calma com essa extracção, é possível fazê-la mas é necessário estudo prévio de um modo de a fazer sem comprometer os pilares, e isso, leva muito tempo de estudo e preparação.
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"O Tekken"

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Jimmy, não existe o perigo de as pontes começarem a oscilar.. tanto a ponte Europa como a ponte pedonal foram assentes no maciço sob a areia, a ponte pedonal tem, por exemplo, estacas com 30 metros de profundidade.. é claro que a extracção em demasia pode provocar danos, como aliás se viu em Entre-os Rios, mas isso é num processo contínuo e não em algo pontual como neste caso..

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