SCP 05/06 | Sporting - Sp. Braga (Vamos lá guardar o 2º )

Oka_Game

José Peseiro

"Os sócios pensam com paixão, eu faço-o de forma racional"

O técnico do Sporting, José Peseiro, manifestando compreensão pelos apupos dos adeptos leoninos, apesar do triunfo. Para o treinador, foi o coração a falar. "Só tenho de aceitar...Os sócios têm sempre razão pois pensam o jogo de forma apaixonada e eu faço-o de forma racional", referiu. Quanto às suas opções, pouco ofensivas para uma equipa em vantagem numérica, Peseiro deu a sua explicação. "A certa altura, perdemos organização mas, mesmo desorganizados, fomos melhores que o Setúbal. Estando a equipa desorganizada, dar-lhe maior cunho ofensivo seria expô-la ainda mais ao contra-ataque do Vitória. Aceito os assobios dos sócios e temos de estar preparados para isso", afirmou. E acrescentou: "Há coisas que treinamos e ainda não estão consolidadas. Mas, apesar de não termos feito uma boa exibição, a vitória foi inequívoca e justíssima pois foi o Sporting quem criou as oportunidades".

José Peseiro prometeu um jogo de melhor qualidade no futuro. "Neste momento não somos a melhor equipa a praticar futebol mas vamos jogar bem. A equipa tem capacidade para crescer e, sem querer arranjar desculpas, há condiciona que não nos permitem jogar melhor", justificou.

Confrontando com as palavras de desagrado de Liedson no momento da substituição, o técnico reagiu com aparente indiferença. "Ele teve gripe, como o Luís Loureiro, por isso saiu. Se não gostou o problema é dele. Nenhum jogador gosta de sair".

Sobre uma eventual entrada de um esquema de rotatividade entre os guardiões, o técnico disse "admitir fazer tudo" pois tem "três grandes guarda-redes".

Em vésperas do jogo com o Halmstads, para a Taça UEFA, Peseiro pediu apoio aos sócios. "Precisamos de um envolvimento mais pessoal e somos exigentes nesta casa. Queremos que os sócios nos exijam que joguemos bem mas, também, que nos dêem alguma tranquilidade", referiu.

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Reconciliação rumo à Europa

O "tribunal" de Alvalade é implacável - como Peseiro testemunhou no último jogo, ante o Setúbal. Uma vitória convincente, com personalidade, ante os suecos batidos no primeiro jogo, em Halmstad, pode ser o tónico para a reconciliação com Alvalade

Não é tranquilo o ambiente em Alvalade. O regresso às vitórias, após a primeira derrota para a Liga, foi coroado com uma avassaladora vaga de vaias, que se abateu sobre Peseiro quando este procedeu à troca de Liedson por Beto, à passagem do minuto 80 do triunfo sobre o Setúbal. A situação foi agravada pela reacção do avançado brasileiro à substituição - projectada pela visibilidade concedida na transmissão televisiva, isto porque, no momento, poucos se terão apercebido das palavras dirigidas ao banco, quando deixava o relvado para dar lugar a Beto.

As feridas abertas na vitória que deixou a liderança a um ponto não ficarão saradas mesmo que o Sporting repita a recepção ao Halmstads verificada em 2001, então com Laszlo Boloni ao comando da equipa (e Jardel e Niculae e João Pinto no ataque): o 6-1 final era o auspício de uma época em que o Sporting ganhou tudo... ao nível interno. Mas um triunfo inequívoco, mesmo que mais magro, pode ser o bálsamo ideal para uma relação que é pautada por muitos desencontros. Uma exibição convincente é tão, ou mais, importante que a vitória, na medida em que o jogo é iniciado com o Sporting em vantagem (2-1, desde a Suécia) e os adeptos anseiam pela autoridade e domínio demonstrados na época anterior.

Sem Liedson

É impossível a um técnico orientar sem tomar decisões. Populares ou não, aplaudidas ou... vaiadas. Liedson estava em dúvida, por queixas musculares, mas o departamento médico não o deu como inoperacional para o jogo desta noite. O 31 não entra, porém, nos 18 eleitos de Peseiro, ante uns suecos que passam por cima da última visita a Lisboa (no tal jogo no "velho" Alvalade) e preferem recordar o empate a dois - e consequente afastamento do Benfica - em tempos conseguido na Luz.

21h15 | RTP 1
Estádio: José Alvalade
Árbitro: Johan Verbist [Bélgica]
Assistentes: Vincent Despiegeleer [Bélgica]
Mário Carette [Bélgica]
4º árbitro: Didier Petitjean [Bélgica]

Sporting
1 Nélson GR
15 Miguel Garcia LD
13 Tonel DC
22 Beto DC
21 Paíto LE
27 Custódio MD
28 João Moutinho MO
34 João Alves MO
17 Douala AD
51 Wender AE
23 Deivid AV
76 Ricardo GR
4 Polga DC
3 Semedo DC
8 Luís Loureiro MD
18 Nani MO
20 Varela AV
87 Pinilla AV
Treinador: José Peseiro

Halmstads
1 Conny Johansson GR
23 Emil Jensen LD
12 Zvirgzdauskas DC
4 Tommy Jonsson DC
2 Per Johansson LE
18 Bjorn Anklev AD
13 Andreas Johansson MD
9 Magnus Svensson MD
6 Yaw Preko AE
14 Dusan Djuric MO
10 Gunnar Thorvaldsson AV
22 Marcus Sahlman GR
15 Peter Larsson LD
19 Johan Mangfors MD
11 Sashcheka AD
17 Patrik Ingelsten AD
8 Eduardo Delani AV
24 Joel Johansson AV
Treinador: Jan Andersson

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Conselho leonino aprova lucro de 16 milhões

O Conselho Leonino, órgão consultivo do Sporting, emitiu ontem um parecer positivo ao lucro de 16 milhões de euros apresentado pelo clube, e que amanhã será levado a discussão e votação em assembleia geral. No habitual encontro levado a efeito na antevéspera de cada reunião magna do emblema de Alvalade, ontem mantida no auditório do Estádio José Alvalade, os membros do órgão em questão aprovaram as contas alusivas ao exercício que findou a 30 de Junho último. O aumento das quotas de sócio foi igualmente aceite, passando de 11 para 12 euros mensais para sócios efectivos, além de um agravamento na ordem dos cinco euros anuais para os sócios correspondentes.

Miguel Galvão Teles, presidente da Mesa da Assembleia Geral leonina, deu conta do resultado da reunião, que aprovou ainda os restantes pontos constantes da ordem de trabalhos prevista. "O Conselho deu um parecer favorável a um lucro de 16 milhões de euros apresentado pelo relatório de gestão e contas", revelou. "O aumento da quotização foi igualmente aprovado, tal como a atribuição das distinções honoríficas Leão de Ouro com Palma, Leão de Ouro e Leão de Prata", concluiu a primeira figura institucional do Sporting.

Oka_Game

Vamos lá Sr. Peseiro, hoje é para ganhar...

Que exibição absolutamente patética. Nota-se a falta que o Rui Jorge, o Rochemback e o Pedro Barbosa faziam na equipa. O Paíto está a enterrar por completo o lado esquerdo, o Luís Loureiro nem defende nem ataca, a equipa falha passes e mais passes, estão nervosos e a cometer erros atrás de erros. É nestas ocasiões que se nota quando uma equipa precisa de liderança e experiência e já deu para ver que o Peseiro não tem nenhuma dessas qualidades. No ano passado não se notou isso, o Sporting tinha o Pedro Barbosa e o Rui Jorge para isso, mas este ano só contamos com o Peseiro... e já deu para ver que os jogadores não o respeitam.

Espero que ele páre com as brincadeiras e decida fazer qualquer coisa para mudar a equipa. Para começar, tirar o João Alves e meter o Pinilla, para ver se o ataque faz qualquer coisa na segunda parte. O Sporting mereceu por completa as assobiadelas recebidas durante a primeira parte. Só não estamos a perder por 1-3 ou 1-4 por sorte.

Mudança ao intervalo... sai Luís Loureiro, entra Custódio. Uma troca de jogadores para a mesma posição que duvido que venha a ter grande efeito na equipa...

2-1 para o Halmstad... frango do Nelson na última jogada.

A culpa disto é, claramente, do treinador... a equipa está a jogar mal, não faz uma única jogada de jeito e que é que ele faz? Nada. A meio lá se lembra de tirar o Deivid para meter o Pinilla, quando podia perfeitamente ter tirado um jogador do meio-campo. O Pinilla fez a única jogada de perigo do Sporting na segunda parte inteira, com um remate brutal à trave, mostrando que devia estar em campo desde o início. Enfim... estou a ver que o Peseiro ainda consegue oferecer um milagre aos adeptos do Halmstad.

E o Peseiro conseguiu o milagre...

«No Sporting os treinadores não caem em função dos resultados» (Rui Meireles)

Dias da Cunha deslocou-se ao balneário no final do fatídico encontro com o Halmstads, mas optou por não falar com os jornalistas. Rui Meireles, administrador da SAD leonina, aceitou fazê-lo, para esclarecer que José Peseiro vai continuar como treinador do Sporting.

«Peseiro é o treinador do Sporting e vai continuar a ser o treinador do Sporting. Há total confiança da administração no seu treinador e no conjunto dos jogadores. Há sempre limites, como em tudo na vida, mas neste momento não equacionamos sequer a hipótese de o José Peseiro não continuar a ser o treinador do Sporting», garantiu Rui Meireles.

«No Sporting os treinadores não caem em função dos resultados, já o demonstrámos nos últimos anos e vamos continuar a demonstrá-lo», assumiu.

Ainda assim, o dirigente leonino não escondeu que o jogo de domingo, em Paços de Ferreira, se reveste de particular importância para a equipa, pelo que a continuidade de José Peseiro poderá estar dependente do resultado alcançado no reduto dos pacenses. Rui Meireles recusa-se a equacionar outro cenário que não a conquista dos três pontos.

«Quando chegarmos a domingo logo vemos o que vai acontecer, mas o Sporting não vai perder em Paços de Ferreira. Vão estar todos motivados para ganhar e tentar dar uma alegria aos adeptos», afiançou.

Quanto à surpreendente derrota diante do Halmstads, que ditou o adeus precoce às competições europeias, Meireles foi claro. «Totalmente inesperada, vai contra as nossas expectativas e estamos todos muito tristes. Não nos passava pela cabeça que isto pudesse acontecer», admitiu.

Fonte: A Bola

Então caem em função de quê? É que o objectivo de um treinador (ainda mais numa equipa como o Sporting) é conseguir resultados. O Peseiro só tem conseguido asneiras e um afastamento completo dos adeptos. Que mais é que a direcção quer para o mandar embora? Começo é a achar que, se calhar, é toda a direcção que devia saír e não só o treinador. Depois do que fizeram a jogadores que deram bastante ao Sporting e com o apoio contínuo a este treinador... acho que está mais do que demonstrado que nada percebem de futebol. Ou, pelo menos, quem percebia já saíu...

mario

Que jogo patético.
Parecia a Associação Recreativa Sporting de Alvalade contra uma equipa sueca de amadores esforçados.
Pelo menos ganhou a melhor equipa.

Grande parte dos jogadores do Sporting pareciam estar de ressaca e andavam meio perdidos no campo com medo que a bola chegasse até eles.

Enfim... uma semana para esquecer para as equipas portuguesas.

«Os adeptos têm de esperar. Se assobiarem e mostrarem lenços brancos, vou-me embora. Eles é que têm de decidir, pois eu não mudo», afirmou Co Adriaanse, fazendo questão de recordar que não foi ele a oferecer-se para orientar os «dragões».

(...)

O técnico holandês, bem ao estilo que já vai caracterizando as suas conversas com a imprensa, refere que há muitos técnicos que poderiam assumir os destinos dos azuis-e-brancos: «Se os adeptos não gostam de mim, então os dirigentes cometeram um erro e têm de ir buscar outro treinador. Há por aí tantos, que gostam de jogar sempre pelo seguro, à defesa».

Fonte: A Bola

José Peseiro assumiu a responsabilidade pela eliminação da Taça UEFA e disse sentir-se em condições para continuar à frente da equipa.

(...)

Questionado sobre a sua continuidade à frente da equipa leonina, Peseiro respondeu: «Vou fazer uma reflexão sobre tudo o que rodeou este jogo e depois pensar nas questões individuais. Neste momento, é mais sobre as questões colectivas que tenho de pensar. O lugar de treinador está sempre em questão, mas sinto-me forte. Tudo depende dos dirigentes e os membros da direcção [Dias da Cunha e Paulo Andrade] deram-me uma palavra de conforto neste momento crítico. Creio que tenho condições para continuar no Sporting, mas haverá outras opiniões...»

Fonte: A Bola

De um lado está um treinador com personalidade, do outro está um pseudo-treinador. Se Peseiro tivesse o mínimo de dignidade profissional, via que está a falhar por completo, que não tem o apoio da equipa e muito menos o apoio dos adeptos... e ia-se embora.

Oka_Game

Afogados... no deserto
A instabilidade gerada pela vaia que marcou a partida frente ao Setúbal redundou em desastre e, fruto de uma paupérrima exibição, o Sporting está fora da Taça UEFA. O leão sucumbiu num deserto de ideias, de consequências... imprevisíveis
JEAN-PAUL LARES

A partida de ontem estava antecipadamente marcada pelas consequências da monumental vaia que os adeptos leoninos dedicaram ao seu treinador durante os derradeiros minutos da recepção ao Setúbal. Infelizmente para José Peseiro, esta não seria nunca uma boa ocasião para a reconciliação, uma vez que, ante o Halmstads, o Sporting nada tinha a... ganhar. Um triunfo confortável seria sempre encarado como o cumprir de uma obrigação, enquanto qualquer fragilidade - na exibição ou no resultado - poderia ser encarada como objecto de crítica.

A alteração mais significativa passou pelo regresso de Beto ao eixo da defesa - algo surpreendentemente, tendo em conta o elevado nível de rendimento exibido ultimamente, foi Tonel o preterido para dar lugar ao capitão -, enquanto, no meio-campo, Luís Loureiro manteve a titularidade. A ausência de Liedson permitiu ainda a utilização simultânea de Douala e Wender, que, teoricamente, concedem maior simetria ao sistema de eleição para a nova temporada - 4-3-3, pese embora o brasileiro tenha passado mais tempo na ala direita -, ficando as tarefas de ponta-de-lança entregues a Deivid.

Os primeiros minutos decorreram de acordo com o guião previsível para este filme, com os anfitriões a assegurarem total domínio territorial, mas cedo se percebeu que o deserto de ideias que afectava o leão nos últimos 30 metros seria obstáculo de monta a uma noite tranquila. Se a este facto acrescentarmos as inúmeras hesitações, a roçar a displicência, que abundaram na defesa e na zona mais recuada do meio-campo, rapidamente se compreende porque é que, logo aos 15', o Halmstads chegou à vantagem. Com o golo dos suecos apareceu a primeira vaia da noite e, para quem tivesse dúvidas sobre a influência do silvo, a intranquilidade cresceu a olhos vistos, concedendo ao modesto adversário legítimas aspirações a vencer a eliminatória: foi por centímetros que Anklev não fez o segundo dos visitantes (30').

Perante a total inoperância colectiva, valeu a iniciativa individual de Wender, que, aos 34', repôs a igualdade no marcador. Podia ser este o tónico necess*rio para debelar a ansiedade premente... mas não foi: aos 40', só a trave impediu a passividade da defensiva verde e branca de oferecer o segundo a Thorvaldsson.

Factor Custódio... não chegou

Certamente agastado com o comportamento da sua equipa, José Peseiro aproveitou o intervalo para fazer entrar Custódio - para o lugar de um desastrado Luís Loureiro -, na tentativa de serenar o controlo da bola. Se, em abono da verdade, o camisola 27 elevou o fraco nível de produção do sector intermédio, nem por isso a superioridade territorial se transformou em real supremacia, ficando sempre a ideia de que a eliminatória não estava ainda assegurada. Mesmo quando, nos derradeiros instantes do tempo regulamentar, as oportunidades sorriram com maior frequência, fruto do adiantamento da equipa adversária, a ansiedade e a intranquilidade foram sempre obstáculos à tão desejada eficácia.

Nem a sorte os salvou

Como este Sporting bem sabe, quem corre o risco de conceder facilidades em demasia merece ser castigado: os leões aguardavam j* os instantes finais quando, na derradeira oportunidade, Zvirgzdauskas, com a colaboração da defensiva verde e branca e... de Nélson - a saída a despropósito pode relançar a discussão sobre a titularidade de... Ricardo -, apontou o golo que garantiu o prolongamento... da agonia. Ainda valeu ao desconcertado felino o mesmo Zvirgzdauskas, que, depois de ter feito a equipa sonhar, "traiu" os companheiros com um autogolo. Uma vez mais, porém, e quando tudo estava a favor dos titubeantes anfitriões, um novo erro deitou tudo a perder: num canto, a falha colectiva ofereceu o triunfo - justo, diga-se - ao Halmstads. Depois da Liga dos Campeões, o Sporting disse um muito prematuro adeus à UEFA, e resta agora saber até que ponto a aposta neste projecto pode dissuadir os responsáveis leoninos de pôr em causa a continuidade de José Peseiro.

Ficha de jogo

estádio José Alvalade | relvado: razoável | espectadores: 14 333 | árbitro: Johan Verbist [Bélgica] | assistentes: Vincent Despiegeleer [Bélgica] e Mário Carette [Bélgica] | 4º árbitro: Didier Petitjean [Bélgica]

Sporting 2 - Halmstads 3
GOLOS [0-1] Thorvaldsson 15', [1-1] Wender 34', [1-2] Zvirgzdauskas 90'+4', [2-2] Zvirgzdauskas (p.b) 103', [2-3] Ingelsten 114'

Sporting
1 Nélson GR
15 Miguel Garcia LD
22 Beto DC
4 Polga DC
21 Paíto LE 116'
8 Luís Loureiro MD 45'+
28 João Moutinho MO
34 João Alves MO
17 Douala AD
51 Wender AE
23 Deivid AV 76'
T: José Peseiro
76 Ricardo GR
13 Tonel DC
3 Semedo DC
27 Custódio MD 45'+
18 Nani MO
20 Varela AV 116'
87 Pinilla AV 76'

amarelos 90'+3' Custódio

Halmstads
1 Conny Johansson GR
23 Emil Jensen LD
12 Zvirgzdauskas DC
4 Tommy JonssonDC
2 Per Johansson LE 82'
18 Bjorn Anklev AD 78'
13 Andreas Johansson MD 74'
9 Magnus Svensson MD
6 Yaw Preko AE
14 Dusan Djuric MO
10 Thorvaldsson AV
T: Jan Andersson
22 Marcus Sahlman GR
15 Peter Larsson LD
19 Johan Mangfors MD
11 Sashcheka AD
17 Patrik Ingelsten AD 78'
8 Eduardo Delani AV 82'
24 Joel Johansson AV 74'

amarelos 18' Magnus Svensson, 67' Per Johansson, 81' Joel Johansson, 110' Dusan Djuric

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JOSÉ PESEIRO
"Tenho condições para continuar e saio quando sentir o contrário"

O treinador do Sporting, José Peseiro, assumiu a responsabilidade da eliminação e pediu desculpas aos adeptos. "É com uma enorme tristeza que concluímos este jogo. Não fomos fortes, nem coesos. Assumo a responsabilidade da derrota e, se calhar, temos de pedir desculpa aos nossos sócios... Aliás, eles tiveram demasiada paciência, porque foi um jogo fraco, em que nós teríamos e devíamos ter feito melhor." E se o clima em Alvalade já estava tenso antes do desafio de ontem à noite, pior ficou depois da derrota. Apesar disso, Peseiro considera-se firme no comando da equipa verde e branca. "Sinto-me forte e com condições para continuar. Quando sentir que não tenho, vou-me embora."

Mesmo confrontado com as várias vezes em que esteve à beira de vencer troféus e não o conseguiu, o treinador sportinguista reforçou o desejo de permanecer no seu lugar. "O lugar do treinador está sempre em questão, contudo, no dia-a-dia, sinto que os jogadores estão ao meu lado." O técnico dos "leões" advertiu depois que a última palavra é Da direcção do Sporting. Aliás, o presidente leonino, Dias da Cunha, conversou com o treinador no final do jogo. "O presidente transmitiu-me uma mensagem de carinho, de solidariedade. Sabe bem a dor que eu e os jogadores sentimos neste momento de infortúnio e, posso dizê-lo, de alguma frustração."

José Peseiro salientou não ter qualquer aspecto a apontar à atitude dos jogadores na noite de ontem, embora tenha advertido que faltou serenidade. "Não houve qualquer excesso de confiança. Houve luta e houve trabalho, mas não se pode confundir isso com tranquilidade, serenidade e confiança." E, na opinião do técnico, há que mudar muita coisa: "Temos de melhorar muito. Estamos limitados com algumas lesões, mas isso não serve de desculpa. É uma equipa com potencial, mas ainda longe da sua capacidade." E o jogo de ontem pode implicar mudanças no domingo, diante do Paços de Ferreira, tendo Peseiro admitido mudar várias coisas, até na baliza. "Vou reflectir o que se passou neste jogo. Primeiro, vou observar as questões colectivas e só depois as individuais."

Paulo de Andrade apela à união

Paulo de Andrade, administrador da SAD, apelou, após a derrota e eliminação com o Halmstads, à união, para que o Sporting possa continuar a lutar pelos objectivos que ainda tem pela frente. Ao mesmo tempo, renovou a confiança na equipa. "Éramos loucos se não sentíssemos a pressão. Com as derrotas, a pressão aumenta. Fizemos tudo para ter uma equipa melhor e acreditamos que temos uma equipa capaz de lutar pelos objectivos. Temos de nos unir e mostrar aos jogadores que acreditamos neles. Sabemos que podem jogar melhor, porque já o fizeram no passado. Temos de ser fortes e dar a volta por cima", revelou aquele responsável no final do jogo, escusando-se a fazer cenários quanto à continuidade de José Peseiro à frente da equipa caso o Sporting não vença o próximo jogo da Liga. "Não vamos perder em Paços de Ferreira."

Rui Meireles
"Mantemos total confiança no treinador"

Rui Meireles garantiu que o lugar de José Peseiro não está em causa, pelo menos no imediato. Na ressaca da prematura saída da Taça UEFA, o administrador da Sporting, SAD assegurou que o cenário de mudança de treinador não se coloca de momento. "O que aconteceu aqui hoje foi [ontem] de todo inesperado. Não nos passava pela cabeça, mas aconteceu futebol e o Halmstads marcou mais golos. Não fomos felizes", comentou. Tomando a defesa do principal responsável técnico, o dirigente enfatizou: "Peseiro é e continuará a ser treinador do Sporting, pois mantemos total confiança nele. É evidente que há limites para a falta de resultados, mas essa hipótese não se coloca, pois, para nós, um treinador não depende só de resultados. Há quem queira a sua cabeça, mas nós não o vamos crucificar, e sim dar-lhe a mão. Estão a fazer-lhe uma grande injustiça, pois esquecem-se do que ele fez na passada temporada."

Crente numa reacção rápida da equipa - já em Paços de Ferreira -, o dirigente leonino adoptou um discurso optimista, sem, contudo, descurar as consequências da eliminação das provas europeias: "Não vamos perder em Paços de Ferreira. Vamos ganhar e dar a volta a esta situação, voltando a praticar um bom futebol. É evidente que custa muito ficar de fora, desta forma, da Taça UEFA, também pela vertente financeira, mas vamos encontrar alternativas para as receitas que perdemos com este afastamento."

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Sporting-Halmstads, 2-3: Peseiro “horror show”

OSporting foi eliminado por uma equipa sem pingo de classe. Técnico e jogadores deviam ter vergonha do que fizeram. Portugal não merecia isto...

O Sporting fez ontem uma demonstração de falta de classe, brio profissional e irresponsabilidade competitiva como há muito não se via. A derrota frente ao Halmstads é ainda mais grave do que a ocorrida no Alvalade XXI quando os leões foram também arredados da Taça UEFA após humilhantes 0-3 com o Gençlerbirligi na era de Fernando Santos.

A vergonha de ontem aconteceu frente a uma equipa medíocre, com meia dúzia de jogadores de futebol. Os suecos tiveram apenas vontade de ganhar. O Sporting não teve nada. Nem jogadores, nem treinador, nada. Um zero absoluto. Difícil perceber a exibição, as opções, o que leva a um descalabro tão grande. A derrota não aconteceu por acaso. O Halmstads foi a melhor equipa, a que mais jogou, que mais oportunidades teve, a única que mereceu vencer.

Mal

Peseiro, esse, voltou a faltar ao prometido. Anunciara melhorias em relação ao encontro frente ao Vitória de Setúbal. Viram-se. O técnico decidiu continuar a inventar e apostou, pela primeira vez esta época, num claro 4x3x3. A equipa perdeu rotinas, ideias, automatismos, tudo. Pode dizer-se que este Sporting foi ainda pior do que o do início da época passada, quando Peseiro ainda dava os primeiros passos em Alvalade. Ontem saiu de gatas.

O técnico perdeu em todas as frentes. Castigou Liedson e perdeu o jogo. Mudou de esquema táctico e a equipa foi uma sombra de si própria, mexeu na defesa e as barracas foram mais do que muitas. Atenção! Os leões nunca foram a melhor equipa. Nem na primeira, nem na segunda parte. No prolongamento nem se fala. O técnico nunca soube responder ao descalabro. Podia ter rectificado o esquema. Não o fez.

Podia ter fortalecido o meio-campo. Não o fez. E na altura de apostar no ataque tirou Deivid (?) e meteu Pinilla. Para se perceber a desorientação que ia naquele banco, quando foi o último golo sueco quem ia entrar era Tonel. Num jogo em casa com uma equipa da terceira divisão europeia! Saltou Varela lá para dentro, como se um miúdo de 20 anos vindo do Casa Pia pudesse fazer milagres.

O mais preocupante no meio de todo o descalabro, para além de Peseiro já ter hipotecado dois dos quatro objectivos da época – Liga dos Campeões e Taça UEFA já eram... – é que não se percebe para onde caminha o futebol do Sporting. Ontem Paíto, João Alves e Luís Loureiro, entre outros, acusaram imenso o peso da camisola.

O que pensar hoje do saneamento feito pelo técnico e pela SAD a jogadores como Rui Jorge, Pedro Barbosa ou da venda de Rochemback? Seria este o mesmo Sporting? A falta de classe dos leões seria a mesma assente na estrutura da época passada? É que ontem até Moutinho pareceu um jogador vulgar. Terá valido a pena a dispensa de Roca por 2,5 milhões de euros gastos no mesmo dia em 50 por cento do passe do médio bracarense?

Outro dado a reter. A falta de capacidade atlética da equipa. Apesar de terem sofrido horrores com o calor de Lisboa, os suecos foram sempre mais rápidos e mais fortes. Será inteligente o Sporting não ter preparador físico? A dispensa de João Aroso é difícil de entender.

No final os adeptos estavam loucos de raiva. Foi pedida a demissão do técnico. O espaço de manobra deste é diminuto. A exibição de ontem foi má demais. Mas atenção, os jogadores também deviam ter feito muito mais. Eram eles que estavam lá dentro e não Peseiro. E o Paços de Ferreira é já a seguir. É mesmo já a seguir...

Árbitro

JOHAN VERBIST. A melhor equipa em campo. Arbitragem segura e acertada. Mas este homem dá azar aos leões. Com o Glençlerbirligi também era ele...

Lino

O Peseiro devia ser posto fora... não concordo com nada que ele faça... e a violência em Braga era escusada...