Presumo que tão depressa não voltem a repetir um evento deste género... pelo menos nestes moldes de pagamento.Produtor desapareceu com milhares de euros
Serão milhares de euros que desapareceram e a que a Câmara de Coimbra nunca viu a cor. O produtor da Ópera Inês de Castro nunca devolveu o dinheiro de bilheteira à Câmara e também não terá pago e músicos e outras entidades da cidade
Desde Julho de 2003 que a Câmara espera pelo dinheiro da receita do espectáculo “Inês de Castro”, realizado no Páteo da Universidade. A autarquia pagou e esperava recuperar receitas, depois da venda de bilhetes. «O produtor nunca chegou a fazer contas connosco, ia adiando sempre, até que desapareceu», confirma-nos Mário Nunes, vereador da Cultura na Câmara de Coimbra.
O espectáculo foi anunciado como «o grande evento musical de Coimbra em 2003», por trazer a ópera de Inês de Castro, do compositor italiano Giuseppe Persiani, ao Páteo da Universidade. A lotação do espaço era de 2500 lugares e os bilhetes foram vendidos a 32,5, 22,5 e 15 euros. Antes e depois de ter assinado um protocolo com o produtor, a Câmara de Coimbra já tinha avançado com 200 mil euros, comprometendo-se mais tarde a pagar mais 50 mil euros, pelo trabalho de publicidade e divulgação feito pelo produtor.
«A receita da venda dos bilhetes reverteria para a Câmara, mas acabámos por nunca saber qual foi o total da venda dos bilhetes, que podiam ser comprados em vários locais», acrescenta Mário Nunes. O vereador da Cultura sabe apenas quantificar o total das vendas de bilhetes feitas nos postos de turismo, Casa Municipal da Cultura e Edifício Chiado, o que teria totalizado cerca de 53 mil contos, mas a estes há ainda que juntar os bilhetes vendidos na loja da Universidade, Discoteca Almedina, dois portais da internet e pela FNAC.
Feito o espectáculo com casa cheia, as contas nunca chegaram a ser acertadas, declara-nos Mário Nunes. «Troquei vários ofícios e o produto ia sempre adiando o momento de fazer contas, depois já nem respondia às cartas da Câmara, que começaram a chegar devolvidas. As empresas onde ele funcionava desapareceram e já ninguém atendia os telefones. O senhor desapareceu e até dizem que já saiu do país», acrescenta-nos o vereador. «É uma burla o que ele fez à Câmara de Coimbra, com a agravante de ter dito a outras empresas de Coimbra que não lhes pagava porque a autarquia não cumpriu o acordo e também não lhe pagava. Até pôs a Câmara em cheque», sublinhou o autarca.
Sem conseguir fazer uma estimativa do total da dívida, apenas admitindo que «são milhares de euros que ficou a dever à Câmara, mas também a outras entidades de Coimbra», Mário Nunes esclarece que entregou este assunto ao Gabinete Jurídico do município, em Agosto de 2004. Manuel Rebanda, responsável por esta secção da Câmara de Coimbra, apenas afirma que ainda «não houve evolução nenhuma da situação, já por diversas vezes falada».
Desconhece-se ainda se os 130 artistas que subiram ao palco receberam o pagamento acordado, bem como a Orquestra do Norte e o Coro da Fundação Cupertino de Miranda, ou o barítono croata Boris Martinovich, que assumiu o papel de D. Afonso IV, enquanto que Pedro e Inês foram interpretados pelo tenor Vincenzo Bello e pela soprano Svetla Vassileva.
Fonte: Diário de Coimbra
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- Pedro
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Não fez nada que nenhum chico esperto, tenha pensado tambem em fazer , ás tantas dividiu o dinheiro com o vereador que o contratou , se o seguro morreu de velho a honestidade nem chegou a ser concebida, isto pelos meandros políticos é cada um por si e deus por todos, e atenção que não sou nenhum militante de esquerda a falar mal.
Só quem deve ter ficado a arder devem ter sido os actores, atrizes, musicos e etc, ou seja a comunidade trabalhadora , tá claro que o patronato está sempre protegido pelas leis do capitalismo
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