Aeródromo Municipal Bissaya Barreto
Aeródromo Municipal Bissaya Barreto
Já há algum tempo que acalento esta ideia e penso que, a par do Metro Mondego, a renovação do aeródromo seria muito significativa para o desenvolvimento regional e nacional. Os novos tempos fazem-se de iniciativas audazes. A reconversão deste aeródromo, alargando a pista e dotando-a de melhores infra-estruturas e apoio logístico, capazes de atrair para Coimbra muitas das empresas de low-cost que operam no mercado (na sua maioria aviões de pequena e média dimensão), poderia tornar esta cidade num dos mais importantes pontos de convergência aeronáutica. A par do que acontece em Faro, pioneiro deste sistema, e de muitas cidades de média dimensão espanholas, francesas e por toda essa europa, Coimbra poderia tornar-se o motor low cost do centro e norte português, oferecendo-se, sem complexos, à aviação do séc. XXI.
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eu acho q sim e já falei neste assunto varias vezes com amigos. há mta gente a viajar diariamente de coimbra para porto e lisboa para apanhar voos. acho que um aeroporto low-cost em cernache iria ser um sucesso pois serviria toda esta região entre leiria e aveiro, alem de o interior (viseu, cast branco, etc)
- Lino
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Acho que sim... para vôos nacionais daqui até à Madeira e Açores, de onde vêm muitos estudantes para cá, em vôos Low Cost, e para o estrangeiro, pois os Erasmus iriam utilizá-los para poder estar cá directamente!! E iria beneficiar a região. Um aeródromo para jactos privados e ultra-leves é um desperdício...
Coimbra tem mais encanto... terá?
- Ricky147
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Eu também sou da opinião que o aerodromo de Cernache devia albergar alguns voos nacionais (nomeadamente ilhas e Algarve), bem como seria um óptimo local para acolher voos low cost, devido à centralidade e excelentes vias de comunicação que existem pra Lisboa e Porto. Seria uma boa forma de desconstegionar os Aeroportos internacionais daquelas duas cidades.
Mas não me parece que haja vontade política para que tal aconteça. O centralismo caracteristico do estado português é pouco audaz, diria mesmo, de vistas curtas. Até porque é mais fácil aproveitar uma qualquer base aérea para albergar os referidos voos low cost. Fala-se na pista da Base Aérea de Figo Maduro e, caso haja a intenção de desviar esses voos da AML e da AMP, então teremos a concorrência da Base de Monte-Real, na zona de Leiria.
Mas não me parece que haja vontade política para que tal aconteça. O centralismo caracteristico do estado português é pouco audaz, diria mesmo, de vistas curtas. Até porque é mais fácil aproveitar uma qualquer base aérea para albergar os referidos voos low cost. Fala-se na pista da Base Aérea de Figo Maduro e, caso haja a intenção de desviar esses voos da AML e da AMP, então teremos a concorrência da Base de Monte-Real, na zona de Leiria.
Ricardo Nuno
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É só haver vontade, coisa que os consecutivos governos têm deixado para segundo plano, não estivessemos nós em grandes apertos económicos (dizem eles).
Um aeroporto low-cost, aqui, seria um excelente motor de desenvolvimento para toda a região, não só porque nos tornavamos rapidamente num destino de eleição, tanto pelo mediatismo que Coimbra tem na Europa e no Mundo, como também pela distância e custo de deslocação entre este nosso cantinho e os outros concelhos.
Mas agora sejamos realistas...
O estado, preocupado com o excesso de tráfego aéreo em Lisboa (o que me espanta ser considerado caótico, depois de já ter estado em grandes aeroportos como Barajas, Heathrow, Gatwick, Fiumme, Brussels National, Orly, etc e ser constantemente vítima de atrasos no momento da descolagem devido a tráfego congestionado na taxiway, coisa que nunca me aconteceu na Portela ) , decidiu criar um novo aeroporto de raíz na Ota, com o intuito de não deixar fugir o dito tráfego low-cost para fora da sua zona metropolitana (a ideia passará por manter este tráfego na Portela). Até se compreende esta atitude, porque em Portugal existem duas regiões distintas: Lisboa (onde raramente chega a crise) e o resto do continente (que leva com os apertos de cinto).
Mas não deixemos a culpa morrer casada apenas com o Estado, porque há mais intervenientes nesta saga: o INAC.
É fácil perceber que o INAC pactua com ditaduras aéreas. Temos o exemplo dos nossos arquipélagos (destinos exclusivamente explorados pela TAP e SATA, que, bem como as gasolineiras em Portugal, fazem uma "concorrência desleal" com os clientes). Se é assim com os clientes, então não interessará a esta entidade reguladora a implementação consistente de uma rede aérea de baixo custo, se isso significar descidas de preços na transportadora aérea nacional
Imaginem agora que o projecto (se é que há) de um aeroporto low-cost avançava em Cernache. Uma empresa low-cost qualquer decidia investir no mercado nacional e oferecia tanto rotas regionais como internacionais com origem em Coimbra. Reparem no sucesso que a Ryanair faz no Porto por altura do verão e do Natal (espaços de tempo em que os emigrantes dão cá um salto). Reparem no sucesso que as low-cost fazem em Faro e que ajudaram no desenvolvimento deste grande destino europeu (principalmente por altura do verão ). O que é verdade é que, aos olhos do INAC, quanto menos low-costs houver em Portugal, melhor. Comparem o tráfego da TAP com as companhias de baixo custo nestas cidades que citei e tirem as vossas conclusões...
Um aeroporto low-cost, aqui, seria um excelente motor de desenvolvimento para toda a região, não só porque nos tornavamos rapidamente num destino de eleição, tanto pelo mediatismo que Coimbra tem na Europa e no Mundo, como também pela distância e custo de deslocação entre este nosso cantinho e os outros concelhos.
Mas agora sejamos realistas...
O estado, preocupado com o excesso de tráfego aéreo em Lisboa (o que me espanta ser considerado caótico, depois de já ter estado em grandes aeroportos como Barajas, Heathrow, Gatwick, Fiumme, Brussels National, Orly, etc e ser constantemente vítima de atrasos no momento da descolagem devido a tráfego congestionado na taxiway, coisa que nunca me aconteceu na Portela ) , decidiu criar um novo aeroporto de raíz na Ota, com o intuito de não deixar fugir o dito tráfego low-cost para fora da sua zona metropolitana (a ideia passará por manter este tráfego na Portela). Até se compreende esta atitude, porque em Portugal existem duas regiões distintas: Lisboa (onde raramente chega a crise) e o resto do continente (que leva com os apertos de cinto).
Mas não deixemos a culpa morrer casada apenas com o Estado, porque há mais intervenientes nesta saga: o INAC.
É fácil perceber que o INAC pactua com ditaduras aéreas. Temos o exemplo dos nossos arquipélagos (destinos exclusivamente explorados pela TAP e SATA, que, bem como as gasolineiras em Portugal, fazem uma "concorrência desleal" com os clientes). Se é assim com os clientes, então não interessará a esta entidade reguladora a implementação consistente de uma rede aérea de baixo custo, se isso significar descidas de preços na transportadora aérea nacional
Imaginem agora que o projecto (se é que há) de um aeroporto low-cost avançava em Cernache. Uma empresa low-cost qualquer decidia investir no mercado nacional e oferecia tanto rotas regionais como internacionais com origem em Coimbra. Reparem no sucesso que a Ryanair faz no Porto por altura do verão e do Natal (espaços de tempo em que os emigrantes dão cá um salto). Reparem no sucesso que as low-cost fazem em Faro e que ajudaram no desenvolvimento deste grande destino europeu (principalmente por altura do verão ). O que é verdade é que, aos olhos do INAC, quanto menos low-costs houver em Portugal, melhor. Comparem o tráfego da TAP com as companhias de baixo custo nestas cidades que citei e tirem as vossas conclusões...
Duplicação do tamanho da pista
Numa perspectiva ideal, o tamanho da pista seria aumentada para o dobro, cerca de 1900 m, o que permitiria ser destino de qualquer companhia low cost. Em Espanha existem mais de 32 aeroportos, que variam entre os 41.963.197 passageiros/ano de Madrid, aos cerca de 1.100.000 passageiros/ano de Vigo, La Palma ou Almeria. Só mesmo cá em Portugal é que temos uma ideia retrógrada e centralizada da economia. Mas não é só o Governo o culpado. A Câmara Municipal deveria ser a primeira dinimizadora deste projecto. Os ganhos, falando apenas em termos turísticos, seriam imensos. As obras, de boa vontade, estariam prontas em 15 meses, o que indica que conciliando esforços seria possível erguer um novo aeroporto, colocando-o em funcionamento em cerca de dois anos.
Aero Clube
Numa notícia do jornal "As Beiras" do início deste mês indicava que a nova direcção do Aero Clube de Coimbra tinha tomado posse e uma das bandeiras de luta era a ampliação da pista para os 1200 m. Fica com o mesmo tamanho de Tires, o Aeródromo Municipal de Cascais, onde aterram muitos jactos particulares. Penso que o poderiam ser ainda mais ambiciosos, mas isso sou eu.
Já agora, ninguém sabe do que é feito dos projectos do Metro Mondego, da nova estação de Coimbra-B, do novo teatro municipal, ...
Já agora, ninguém sabe do que é feito dos projectos do Metro Mondego, da nova estação de Coimbra-B, do novo teatro municipal, ...
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o metro mondego recebeu um orçamento ridiculo para 2007 np PIDDAC.. deve ser para pagar ordenados aos "manda-chuvas"... o que me leva a concluir que este ano tb não vai avançar nada.
A estação intermodal, (a nova coimbra-b) foi, para já, adiada.. qt ao novo teatro municipal não sei de nada mas acho q a camara tava a contar com esta historia da capital da cultura (q foi para Guimaraes) para a construção do teatro..
A estação intermodal, (a nova coimbra-b) foi, para já, adiada.. qt ao novo teatro municipal não sei de nada mas acho q a camara tava a contar com esta historia da capital da cultura (q foi para Guimaraes) para a construção do teatro..
- Lino
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Re: Duplicação do tamanho da pista
Não comparemos o tamanho e geografia de Espanha com Portugal... mas um aeroporto tipo Frankfurt-Hahn seria bom!hmad Escreveu:Numa perspectiva ideal, o tamanho da pista seria aumentada para o dobro, cerca de 1900 m, o que permitiria ser destino de qualquer companhia low cost. Em Espanha existem mais de 32 aeroportos, que variam entre os 41.963.197 passageiros/ano de Madrid, aos cerca de 1.100.000 passageiros/ano de Vigo, La Palma ou Almeria. Só mesmo cá em Portugal é que temos uma ideia retrógrada e centralizada da economia. Mas não é só o Governo o culpado. A Câmara Municipal deveria ser a primeira dinimizadora deste projecto. Os ganhos, falando apenas em termos turísticos, seriam imensos. As obras, de boa vontade, estariam prontas em 15 meses, o que indica que conciliando esforços seria possível erguer um novo aeroporto, colocando-o em funcionamento em cerca de dois anos.
Coimbra tem mais encanto... terá?
- {mineirinha}
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