Autárquicas 2009 em Coimbra

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Ricky147
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Mensagem por Ricky147 »

Eles tinham candidato fortissimo e, concerteza, que iria ser um bom presidente, mas, para infelicidade dele, faleceu. Falo de Fausto Correia.

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Serpa Oliva quer Coimbra de novo "no mapa”

A família popular reuniu-se ontem ao fim da tarde para uma sardinhada na Praça do Comércio, que deu o mote à apresentação de João Serpa Oliva como cabeça-de-lista da candidatura às legislativas do CDS-PP pelo círculo eleitoral de Coimbra.

O médico, actualmente deputado da Assembleia Municipal, e que foi também candidato em 2001, realçou «a completa unanimidade entre concelhia e distrital na escolha do candidato, caso único na história do partido em Coimbra».

Os «quatro pilares fundamentais da democracia», a família, a saúde, a educação e a justiça, são as linhas mestras do projecto e representam valores que, entende Serpa Oliva, «estão a viver sucessivos ataques e precisam de soluções adaptadas ao país que temos». «Sem famílias educadas, não podemos ter médicos, juízes, ou professores educados», exemplifica o candidato.

Para o médico, que «quer ter o direito de ser de direita», é também necessária «a separação dos poderes judicial, legislativo e executivo» e, por isso, chama aos candidatos que o acompanham na lista a responsabilidade de serem «guardiães da constituição».

As políticas sociais «não apenas niveladas por dinheiro mas essencialmente por valores» são outras das propostas do militante popular, que se diz «irritado quando a esquerda usa os pobres e desfavorecidos como bandeira».

A escolha da Baixa de Coimbra para apresentar a lista não foi ao acaso, porque, justifica Serpa Oliva, «preferia mil vezes ver o restauro desta zona histórica antes de ver TGV e o aeroporto». «Enquanto houver prédios degradados e portugueses sem saneamento básico, falar desses projectos é utópico», defendeu.

Para além disso, o candidato popular quer «recuperar o que tem sido levado de Coimbra e voltar a colocar o distrito no mapa», o que pode passar por «uma via estruturante entre Oliveira do Hospital e Coimbra, tornar o Mondego navegável, ou levar o metro até à Figueira da Foz». Afirmando-se «profundamente regionalista», Serpa Oliva quer Coimbra como capital de uma futura região, e deixa ideias para uma reorganização do distrito: «canalizar o turismo para a faixa litoral, o desporto para Cantanhede, a indústria para Oliveira do Hospital e os serviços em Coimbra».

O presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Medicina de Coimbra, Castro e Sousa, é o mandatário da candidatura do CDS-PP às legislativas. O também médico justifica que aceitou o convite pela amizade a Serpa Oliva, «um homem habituado a tarefas difíceis, como o país precisa neste momento». «Não posso aceitar a destruição do Serviço Nacional de Saúde que é de todos, e não de nenhum partido», explicou o independente, salientando a ligação que ambos mantêm à saúde, mas realçando a importância da «educação como a base do progresso» e da justiça num momento em que «todos nos sentimos injustiçados, porque nos pedem trabalho, e não esmolas, e esse trabalho não existe».

Fonte: Diário de Coimbra
Mais um candidato, desta vez do CDS/PP.

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

o discurso até começou bem.. mas..
A escolha da Baixa de Coimbra para apresentar a lista não foi ao acaso, porque, justifica Serpa Oliva, «preferia mil vezes ver o restauro desta zona histórica antes de ver TGV e o aeroporto». «Enquanto houver prédios degradados e portugueses sem saneamento básico, falar desses projectos é utópico», defendeu.
O que é que um nvestimento local tem a ver com investimentos estruturantes nacionais? Guimarães requalificou todo o seu centro histórico já há muito tempo, é um questão de prioridade municipal.
Para além disso, o candidato popular quer «recuperar o que tem sido levado de Coimbra e voltar a colocar o distrito no mapa»,
muito bem.. agora todos querem fazer mapas novos.. vamos lá ver então como..
o que pode passar por «uma via estruturante entre Oliveira do Hospital e Coimbra
bem visto.. já está é a ser feito.. (IC6)
levar o metro até à Figueira da Foz
meu Deus.. e acabar com a única hipótese válida de ter uma linha de transporte de mercadorias de Coimbra para o porto da Figueira?.. e colocar uma linha decente de comboio regional entre Coimbra e Figueira, que não demore 1:15h?
Serpa Oliva quer Coimbra como capital de uma futura região, e deixa ideias para uma reorganização do distrito: «canalizar o turismo para a faixa litoral, o desporto para Cantanhede, a indústria para Oliveira do Hospital e os serviços em Coimbra».
Então mas ele quer "recuperar o que tem sido levado de Coimbra" ou tirar o que ainda está em Coimbra?..

Já agora, não resisto a deixar umas perguntas:

Porque é que iríamos canalizar o turismo para a faixa litoral quando Coimbra é precisamente o destino primordial na Região Centro? E a região de turismo da Serra da Estrela, ia gostar da brincadeira? E desde quando é que Coimbra (concelho) manda nos concelhos do seu distrito?

Canalizar o desporto para Cantanhede? Porquê Cantanhede?..

Levar a industria para Oliveira? Qual industria? a de Coimbra (isso existe?) ou a da Figueira? Vamos levar a industria de junto do porto de mar para o interior? e os industriais, têm palavra a dizer?.. é que, segundo sei, foram eles que compraram o terreno..

O Machado também tentou colocar Coimbra como uma "cidade de serviços".. e viu-se o resultado..

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

daniel322 Escreveu:o discurso até começou bem.. mas..
A escolha da Baixa de Coimbra para apresentar a lista não foi ao acaso, porque, justifica Serpa Oliva, «preferia mil vezes ver o restauro desta zona histórica antes de ver TGV e o aeroporto». «Enquanto houver prédios degradados e portugueses sem saneamento básico, falar desses projectos é utópico», defendeu.
O que é que um nvestimento local tem a ver com investimentos estruturantes nacionais? Guimarães requalificou todo o seu centro histórico já há muito tempo, é um questão de prioridade municipal.
Para além disso, o candidato popular quer «recuperar o que tem sido levado de Coimbra e voltar a colocar o distrito no mapa»,
muito bem.. agora todos querem fazer mapas novos.. vamos lá ver então como..
o que pode passar por «uma via estruturante entre Oliveira do Hospital e Coimbra
bem visto.. já está é a ser feito.. (IC6)
levar o metro até à Figueira da Foz
meu Deus.. e acabar com a única hipótese válida de ter uma linha de transporte de mercadorias de Coimbra para o porto da Figueira?.. e colocar uma linha decente de comboio regional entre Coimbra e Figueira, que não demore 1:15h?
Serpa Oliva quer Coimbra como capital de uma futura região, e deixa ideias para uma reorganização do distrito: «canalizar o turismo para a faixa litoral, o desporto para Cantanhede, a indústria para Oliveira do Hospital e os serviços em Coimbra».
Então mas ele quer "recuperar o que tem sido levado de Coimbra" ou tirar o que ainda está em Coimbra?..

Já agora, não resisto a deixar umas perguntas:

Porque é que iríamos canalizar o turismo para a faixa litoral quando Coimbra é precisamente o destino primordial na Região Centro? E a região de turismo da Serra da Estrela, ia gostar da brincadeira? E desde quando é que Coimbra (concelho) manda nos concelhos do seu distrito?

Canalizar o desporto para Cantanhede? Porquê Cantanhede?..

Levar a industria para Oliveira? Qual industria? a de Coimbra (isso existe?) ou a da Figueira? Vamos levar a industria de junto do porto de mar para o interior? e os industriais, têm palavra a dizer?.. é que, segundo sei, foram eles que compraram o terreno..

O Machado também tentou colocar Coimbra como uma "cidade de serviços".. e viu-se o resultado..
Bem realmente cada vez temos candidatos melhores! Meia dúzia de frases feitas (essa do "mapa" agora parece na moda), uma enorme confusão entre o que são as competências nacionais com as autárquicas, uma bocadito de demagogia qb (o velho discurso de que enquanto não houver saneamento, hospitais, escolas etc. não se pode fazer mais nada) enfim, mais uma tristeza a juntar às restantes tristezas que se candidatam em Coimbra.

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banjix
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Mensagem por banjix »

Estas questões acabam por ser recorrentes e a minha opinião é a de que já ninguém leva muito a sério este tipo de campanhas! Sabes, à partida, que há coisas que são ditas apenas para encher e fazer mostrar que se quer fazer muita coisa. Do querer fazer ao fazer mesmo é que vai uma grande distância. Penso que este tipo de promessas eleitorais só é feito apenas por aqueles que não têm uma ideia definida para o concelho. Essa de canalizar coisas diferentes para concelhos diferentes é para rir (ou chorar)! O que é que os concelhos de Cantanhede, Figueira da Foz e Oliveira do Hospital têm a ver com o concelho de Coimbra?! Mas esta gente anda a apanhar sol na cabeça, ou quê?!

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

parece-me que ainda falta colocar aqui o candidato do PS
Escrito por Sofia Piçarra
finalmente escolhido candidato socialista à câmara de Coimbra

Álvaro Maia Seco faz PS respirar de alívio

O presidente da Metro Mondego espera “apresentar um projecto credível e que responda aos anseios da cidade”. Helena Freitas concorre na Assembleia Municipal



Já há candidato socialista à Câmara Municipal de Coimbra. Álvaro Maia Seco, presidente da Sociedade Metro Mondego (SMM), foi a escolha que saiu da reunião da Comissão Política Distrital (CPD) de Coimbra do Partido Socialista (PS), ontem, no Hotel D. Luís.

«Sinto-me orgulhoso pelo convite e honrado por liderar uma equipa socialista», declarou ao Diário de Coimbra o candidato, que espera «ser capaz de promover e apresentar um projecto credível».

Para o presidente da CPD, Victor Baptista, o nome reflecte «a lucidez política, porque o PS não se fechou sobre si próprio e foi à procura de alguém com uma carreira profissional ligada ao desenvolvimento da cidade, de missão e de estratégia». Baptista não está preocupado com os militantes que nas últimas semanas têm reclamado uma escolha interna para encabeçar um projecto socialista à Câmara e acredita que Álvaro Maia Seco reuniu o consenso do partido já que, segundo o presidente da CCD, recebeu cerca de 70 por cento dos votos.

Os números reflectem que «não há qualquer reserva na escolha», e demonstram, «contra algumas expectativas, que o PS se soube abrir a gente capaz e com perfil». «Dentro do PS temos possibilidades excelentes, mas estas são as candidaturas adequadas no momento próprio», defende o presidente da Federação, que contudo admite: «confesso que era necessário resolver rapidamente esta questão».

Álvaro Maia Seco é o presidente da Sociedade Metro Mondego, mas entende que a posição é compatível com as funções que venha a desempenhar na autarquia. «Assumo um cargo técnico, por isso não vejo motivo para abandonar ou suspender funções na SMM», afirma, acrescentando que «é necessário sermos capazes de separar as coisas». O candidato, que acredita na vitória do PS, adianta ainda assim que «se não ganhar, com certeza que tenciono terminar o meu mandato na SMM, até ao início do próximo ano», ainda que «desempenhar os dois cargos [enquanto vereador] possa ser mais exigente a nível de tempo».

Gomes Canotilho é o mandatário da candidatura de Álvaro Maia Seco, e Helena Freitas vai assegurar a corrida à Assembleia Municipal. Em comum, os três nomes têm a ligação à Universidade de Coimbra, onde são professores, ainda que em áreas tão diferentes como o Direito, Engenharia Civil ou Biodiversidade, respectivamente. «São pessoas ligadas à UC, um símbolo da nossa cidade, a que também o PS quer estar ligado», justifica Victor Baptista. Os detalhes da lista ficam reservados para os próximos dias, mas Maia Seco adianta ter «a certeza de que vamos encontrar uma equipa com competências que globalmente responda aos anseios de Coimbra».

Credibilidade é palavra de ordem

A 68 dias das eleições autárquicas, o PS de Coimbra parece ter chegado à bonança depois da tempestade, e aparentemente ter feito as pazes internamente, apesar de Baptista ter anunciado ainda a semana passada que «ia pôr o partido nos eixos» através de uma reestruturação interna que resolvesse as tensões partidárias. Carlos Cidade, que poucos dias antes se tinha demitido do Secretariado da Comissão Política Concelhia, entende agora que Álvaro Maia Seco «é uma boa decisão, que prestigia o PS, de quem tem provas dadas no trabalho que já realizou em prol da cidade». Para o militante, que também se tinha mostrado «disponível para assumir responsabilidades», Maia Seco e Helena Freitas «mostram a Coimbra que podem contar com candidatos credíveis».

Em franca sintonia está Luís Marinho, que também tinha expressado disponibilidade para encabeçar um projecto a Coimbra. O socialista considera que as decisões ontem tomadas «são credíveis, louvam o partido e projectam Coimbra porque o PS encontrou pessoas que prestigiam a cidade e o seu desenvolvimento». Dizendo-se «muito contente», Marinho não receia o descontentamento de quem reclamava um nome interno, porque espera que se reconheça a «validade dos valores destas personalidades, que defendem princípios de abertura e modernidade». A crise, entende Luís Marinho, «está ultrapassada», com Álvaro Maia Seco «abrem-se as portas do futuro».

Helena Freitas quer ambiente e ligação à UC na Assembleia

Helena Freitas vai assumir a candidatura socialista à Assembleia Municipal. A directora do Jardim Botânico admite que «esta não foi uma decisão muito ponderada», mas «enquanto cidadã há alturas em que devemos dar o nosso contributo, e esta é uma dessas situações».

A professora de Biodiversidade da UC, que foi também a primeira Provedora do Ambiente da autarquia de Coimbra, quer trazer «uma esperança de desenvolvimento sustentável à cidade, sobretudo num contexto ambiental, modernizando procedimentos particularmente numa lógica de espaço urbano», adianta. A internacionalização e a aposta na cultura são outras das propostas de Helena Freitas, que espera «maior diálogo nas questões relevantes para a cidade». A professora espera ainda «servir de sintonia entre a câmara e a universidade». «A cidade já está a mudar, mas a UC está a dar o salto em áreas muito importantes, e era bom que Coimbra a acompanhasse».

DC

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

Quanto ao candidato do PS, apesar de ainda pouco ter falado já tem duas coisas contra si:
1- Foi obviamente uma segunda ou terceira escolha depois de tanta especulação e só por isso já é inspirador de pouca confiança;
2 - Atendendo ao seu trabalho à frente do MM, que durante anos nem aqueceu nem arrefeceu, não augura nada de bom para o dinamismo que Coimbra precisa.
Ou seja, estamos todos bem arranjados!

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Acho que estás a ser um pouco injusto nessas afirmações.. Do contacto que tive com o Alvaro Seco só posso dizer bem, é uma pessoa que realmente percebe de urbanismo e tem, na minha opinião, boas ideias e bem definidas para o desenvolvimento de Coimbra..

Quanto a ter sido 2ª ou 3ª escolha é facilmente perceptível tendo em conta o seu (discreto) percurso político. E a actuação na MM deve ser tida em conta mas não de ânimo leve, pois é uma empresa que está dependente do Estado e também ainda por mais 3 autarquias e 2 empresas estatais. Sabendo a inércia deste país para projectos fora de Lisboa e Porto "entende-se" de certa forma o(s) atraso(s)..

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »

daniel322 Escreveu: Acho que estás a ser um pouco injusto nessas afirmações.. Do contacto que tive com o Alvaro Seco só posso dizer bem, é uma pessoa que realmente percebe de urbanismo e tem, na minha opinião, boas ideias e bem definidas para o desenvolvimento de Coimbra...
Talvez esteja, só contactei com ele uma ou duas vezes, precisamente por causa do MM, não ponho em causa os seus conhecimentos ou competência, mas parece-me demasiado "amorfo" para o que Coimbra precisa neste momento, que é aliás um dos principais defeitos que eu aponto também ao Encarnação.
daniel322 Escreveu: Quanto a ter sido 2ª ou 3ª escolha é facilmente perceptível tendo em conta o seu (discreto) percurso político. E a actuação na MM deve ser tida em conta mas não de ânimo leve, pois é uma empresa que está dependente do Estado e também ainda por mais 3 autarquias e 2 empresas estatais. Sabendo a inércia deste país para projectos fora de Lisboa e Porto "entende-se" de certa forma o(s) atraso(s)..
Isso não invalida o que disse. Se aceitou ser uma segunda ou terceira escolha de um partido e se aceitou igualmente estar anos à frente de uma entidade que esteve em banho-maria por tempo indeterminado, tal não abona muito no seu curriculo, se calhar até dá é uma imagem negativa de alguém que quer é estar agarrado a um tacho seja ele qual for.
Mas também como não quero ser injusto vou esperar para ouvir as suas ideias e dar-lhe o beneficio da dúvida.

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Ruizito Escreveu:Se aceitou ser uma segunda ou terceira escolha de um partido
Então, por esse ponto de vista todo e qualquer candidato, independentemente do seu curriculum e/ou competencia seria de desconfiar..

Apenas peguei neste ponto porque, tanto quanto sei, o Alvaro Seco é independente, apoiado pelo PS.. nunca seria, portanto, uma primeira escolha..
Ruizito Escreveu:vou esperar para ouvir as suas ideias e dar-lhe o beneficio da dúvida.
Era precisamente aqui que queira chegar..

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »


Candidatura à CMC: PS promete fomento do empreendedorismo

O candidato do PS à presidência da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) acenou, anteontem, com uma “nova visão para o futuro” e prometeu o fomento do empreendedorismo com vista à promoção do desenvolvimento económico.

A este nível, caso seja liderada por Álvaro Maia Seco, a autarquia, à sua escala, irá disponibilizar capital de risco no sentido de “alavancar o trabalho das entidades que, em Coimbra, mais capacidade de concretização têm mostrado”.

Neste contexto, o engenheiro civil e professor universitário aludiu a “queixas persistentes de falta de acutilância” por parte da edilidade e a “alguma sobranceria no contacto com potenciais e actuais investidores”.

A nova visão para o futuro foi descrita como “simples e muito ambiciosa”, assentando num projecto de prosperidade para os munícipes e para os agentes económicos, sem esquecer a “verdadeira solidariedade para quem precisa e igualdade de oportunidades para todos”.

Acompanhado por Gomes Canotilho (mandatário), António Arnaut (presidente da Comissão de honra) e Rui Alarcão, Maia Seco disse que a primeira grande área de intervenção camarária prende-se com o Ordenamento do território ao nível da garantia de qualidade e de preservação dos espaços urbanos e naturais, tendo prometido assegurar uma “mobilidade sustentável e eficiente”.

Ao defender a conclusão do Plano Estratégico e do Plano de Urbanização, ambos mandados executar pela CMC, o engenheiro preconizou “a aposta na construção de uma cidade ambientalmente mais sã, em que os espaços urbanos se desenvolvam numa lógica de proximidade, permitindo a existência de mobilidade mais eficiente e sustentável e optimização na aplicação de recursos afectos às infra-estrutras e serviços públicos”.

O docente universitário, inconformado com a desertificação da “Baixa”, acenou, ainda, com o fomento do alojamento para estudantes e da criação de residências a custos controlados para jovens.

Neste contexto, o candidato socialista fez questão de proclamar que, volvidos quatro anos, haverá “resultados para mostrar”. “Os problemas podem ser ultrapassados pela acção de uma Câmara com ideias, dotada de motivação e determinação e que saiba reunir competências necessárias para fazer”, acentuou.

O incremento à criação de emprego social, a promoção do usufruto do rio Mondego, a construção de uma ciclovia para ligar o Choupal à Portela (passando pelo Parque Verde do Mondego) e o apoio à produção integrada e coordenada de bens culturais são outras das metas de Maia Seco.

O engenheiro propõe-se pugnar pela concretização do projecto do TGV e do Itinerário Complementar 6, tido como rodovia essencial para garantir a continuidade da ligação a Castelo Branco, Fundão e Covilhã, e promete “avaliar de forma pragmática” o papel a desempenhar por aeroportos regionais, designadamente pelos de Monte Real (Leiria) e de Cernache (Coimbra).

Ao imputar à actual CMC uma “atitude de permanente confronto e vitimização face ao Poder Central” e ao invocar falta de cooperação com municípios vizinhos, Seco considerou que a autarquia “não parece valorizar a existência de uma colaboração estratégica entre os SMTUC e a sociedade MetroMondego”.

“Uma das nossas prioridades prende-se com a correcta ocupação do território nas zonas que irão ser bem servidas pelo Metro”, declarou o candidato ao “Campeão”.

Campeão das Provincias

..
Sempre apresenta algumas ideias em concreto, um pouco melhores que as da concorrência, mas há uma coisa que não explica. Onde vai buscar os fundos para tudo o que pretende? Já para não falar que isso de "agentes económicos", "entidades concretizadoras" etc é um bocadinho vago.

DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Pina Prata expulso do PSD

A expulsão de Horácio Pina Prata do PSD foi-lhe comunicada, hoje, por carta, disseram ao “Campeão” fontes partidárias.

Instado pelo nosso Jornal, o vereador e candidato independente à presidência da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) negou, porém, ter recebido a missiva.

A decisão foi tomada pelo Conselho de Jurisdição Distrital de Coimbra do Partido Social-Democrata, órgão presidido por Fernando Alves Correia, ex-juiz do Tribunal Constitucional.

Como noticiou o “Campeão”, há duas semanas, o autarca ter-se-á escusado a receber uma carta a comunicar-lhe uma proposta de expulsão. O nosso Jornal sabe, ainda, que um representante do PSD esteve na Câmara de Coimbra, a 29 de Junho de 2009, por ocasião da reunião semanal da autarquia, a fim de entregar uma missiva ao edil, mas este declinou recebê-la.

Candidato derrotado, há três anos, à liderança da Comissão Concelhia do PSD/Coimbra, Pina Prata entrou em rota de colisão com Carlos Encarnação, sendo que o vereador foi destituído da vice-presidência da Câmara local.

O edil pediu a suspensão do vínculo àquele partido, pouco tempo antes de se assumir como candidato independente à liderança da autarquia.

A atitude de Pina Prata faz lembrar a de um cônjuge que participa ao outro a suspensão do casamento enquanto se propõe adoptar um estilo de vida conflituante com o mesmo, comentou um membro do Conselho de Jurisdição do PSD/Coimbra.

Fontes partidárias, sustentando que não existe a figura da suspensão de militância, dizem que Pina Prata quer “Sol na eira e chuva no nabal” e aludem a tentativa de hostilizar o Partido Social-Democrata, imputando-lhe falta de coerência por ter “um pé fora” e querer estar com “outro dentro”, alegadamente, só para se vitimizar com a expulsão.
O Pina Prata, hoje estava junto á loja do cidadão a pedir assinaturas para fazer uma candidatura independente á câmara municipal de Coimbra.

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Ruizito
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Mensagem por Ruizito »



Pina Prata ao Diário de Coimbra

DC Acredita mesmo que vai ser eleito presidente da Câmara?

HPP Coimbra é uma lição, e por isso mesmo, os conimbricenses não vão perder esta oportunidade de dar um sinal para o futuro de Coimbra. Estarei disponível para construir com eles, esse futuro. Se vou ser eleito ou não, depende deles, portanto com a humildade democrática ponho-me à disposição dos conimbricenses, não com sacrifício ou mau humor, nem com vontade de resolver os problemas de alguém ou do meu filho ou dos meus irmãos, ou da família e antes por vontade própria de querer ser presidente da Câmara. Se for agora, muito bem, os conimbricenses contam comigo a mil por cento, é nessa base que construo essa vontade da agora sim, Coimbra

Horácio Pina Prata assume ao DC os motivos da candidatura. Apesar de muito crítico à actual gestão, diz não avançar contra alguém, mas sim contra um modelo em que impera a política e os que dela dependem. Reabilitação urbana e emprego são algumas das áreas que o preocupam

Diário de Coimbra (DC) Após quase oito anos na vereação, cinco deles com pelouros, porque é que se candidata à Câmara de Coimbra?

Horácio Pina Prata (HPP) Achei que devia dar esta oportunidade aos conimbricenses de quererem apostar num projecto de mudança clara para Coimbra, com uma atitude diferente. As pessoas conhecem-me por ser uma pessoa que faz as coisas. Tudo em que me meto faço. Atendendo ao facto de não haver uma perspectiva liderante, de afirmação, de irreverência, de puxar por Coimbra achei que devia mostrar esta disponibilidade por Coimbra. E também por isso o slogan “Agora Sim Coimbra”. Porque se os conimbricenses o acharem darei o meu máximo porque sempre lutei por Coimbra, pela centralidade e liderança de Coimbra.

DC E nos cinco anos em que teve responsabilidades na Câmara não o conseguiu fazer?

HPP No primeiro mandato, defini o que era o Plano Estratégico de Desenvolvimento Económico. Foi o meu compromisso e tinha três grandes vectores. A afirmação de Coimbra em termos económicos, a afirmação de Coimbra como uma centralidade por um lado económica mas virada para as pessoas e finalmente uma vertente de uma cidade saudável, com qualidade de vida. E, como os conimbricenses viram, nestes primeiros quatro anos fizeram-se coisas. Houve ideias, projectos, alguns deles que vinham de trás. Toda a concepção do projecto do Iparque foi feita nesse âmbito e a obra que existe hoje é feita com essa concepção.

DC Está-me a dizer que se acha o “pai” do IParque?

HPP O pai do IParque tem de ser Coimbra, porque foi Coimbra que gerou esta ideia. Eu fiz o que me dispus a fazer, que foi fazer os projectos, a adjudicação do processo, o seu desenvolvimento e a concepção. Infelizmente, nesta fase temos o alcatrão, mas a obra não está completa porque falta lá uma infra-estrutura que é fundamental, que é o Business Center, que deveria estar pronto nesta fase e há uma indefinição de projectos das empresas e das entidades. Para mim, aquele projecto não foi feito para um projecto simples de deslocalização, foi feito verdadeiramente para atracção de investimento estrangeiro, um projecto liderante em termos locais, nacionais, regionais mas também internacionais. Olhe, aqui está mais uma razão da minha candidatura. Há coisas que não estão bem e a que é importante acudirmos. É preciso fazer e fazer bem.

DC Tendo em conta a polémica que se desencadeou entre si e o presidente da Câmara, a sua candidatura parece ser uma vingança.

HPP Não. De todo. Eu não vou contra ninguém. O que os meus pais me ensinaram é que na vida há o sim e o não. Não há o nim. Eu no primeiro ano candidatei-me com o entusiasmo de vir uma pessoa que esteve fora durante uns tempos, que viria com uma visão diferente. Mas passado algum tempo senti o quanto a política faz mal nas autarquias. Houve muitas coisas de que me comecei a distanciar e que agora os desenvolvimentos me estão a dar razão. Algumas delas não compagináveis com a afirmação de uma cidade. Vi o doutor Carlos Encarnação de uma determinada maneira numa primeira fase e de outra diferente numa segunda fase. Aprendi muita coisa má em termos políticos que não irei fazer. A Câmara é dos cidadãos, não é dos políticos.

DC Mas mesmo assim continuou para o segundo mandato…

HPP Por causa do compromisso de continuidade dos tais projectos que tinha iniciado, como as Águas de Coimbra, Águas do Mondego, Turismo de Coimbra, IParque e o objectivo principal era a Obras de Coimbra.

DC Que projecto é esse?

HPP Era um projecto fundamental. As obras são feitas hoje sem qualquer coordenação. Por exemplo, na Baixa, os passeios com as pedras a saltar, tudo esburacado. Colocam um piso de alcatrão e depois estão logo a fazer buracos para fazer passar uns cabos. Não há uma entidade que coordene isto tudo. Este era um projecto numa lógica regional como fizemos com as Águas do Mondego. Em que Coimbra deve ser solidária mas não pode ser penalizada. Aí fomos solidários mas exigi que a sede fosse em Coimbra porque assim a derrama é para Coimbra. Olhe, a propósito, aí está um exemplo de algo que o senhor presidente da Câmara fez do primeiro para o segundo mandato. Contrariamente aos estudos económicos feitos pela equipa que estava nas Águas, que propunham um aumento gradual de 2,5% ao ano fez um aumento exponencial de 12,5%. Eu avisei que não era esse o compromisso e abstive-me na votação. Foi logo aí a primeira grande quebra. Temos de ter cara, quando assumimos um compromisso de sim temos de ir pelo sim até ao fim. Falta rigor, transparência e credibilidade.

DC E qual é o caminho a seguir em termos de desenvolvimento?

HPP Coimbra tem de ter um papel fundamental na regionalização. Tem de se assumir como capital e não o que temos em que por preguiça e por inércia as pessoas fecham-se nos gabinetes a tratarem de coisas menores em vez de tratarem de coisas maiores como sejam a afirmação da cidade, dos seus projectos, das suas ideias. As coisas menores levam a situações complicadas.

DC Como por exemplo?

HPP Como é o caso dos recursos humanos. Tem de se contratar por mérito e não por clientelas ou grupos de amigos. Tem de haver uma marca de transparência e de rigor. Outro caso que tem vindo na comunicação social é o dos CTT. Em Novembro de 2005 fiz sentir isso mesmo e só por solidariedade política não votei contra aquilo, pela simples razão que não se pode fazer um contrato daquele montante sem uma consulta pública. Além disso, nessa altura já havia 10 mil metros quadros disponíveis no novo estádio.

DC Um dos primeiros temas que abordou após o anúncio da candidatura foi a questão do aeroporto…

HPP Porque foi das questões que eu deixei pronta. Transformar o Aeródromo Bissaya Barreto no Aeroporto de Coimbra, envolvendo a viabilização do Iparque, o turismo de negócios, incluindo Coimbra num esquema de rotas internacionais. E agora até o responsável da Força Áerea vem dizer que o aeroporto em Monte Real nem pensar. Eu defendo sempre projectos em Coimbra. Este era dos que estava no orçamento, no plano de investimentos e foi para a gaveta, sem critério. São 5 milhões de euros que permitem a utilização para aviões até 60 lugares. Não venham cá com teorizações. No entanto houve aqui uns seres pensantes políticos que se juntaram todos aí num fórum para fazer um estudo de 1 milhão de euros. Para fazer um estudo, estão todos prontos, em vez de dizerem assim: um milhão de euros bastava vezes quatro para fazer mais os metros de pista necessários e as pessoas estavam aqui, diria, a uma hora e meia de Madrid. À semelhança do que lhe falei há pouco das obras, que além da melhoria de coordenação e poupança de custos iria originar uma melhoria da qualidade de vida. Era preciso concentrar tudo. As obras da Habitação, do Centro Histórico, as obras Municipais, de todos os operadores que andam nas ruas, que é uma vergonha o que se passa. Fazem-se coisas sem coordenação e esse era o projecto do segundo mandato. A própria limpeza, que são questões que me chegam através do Ouvir Coimbra, seria coordenada. E parou por causa dos tais interesses que às vezes se metem à frente do cidadão. Veja este exemplo e o do aumento da água, não sei com que objectivo. Por isso tenho cada vez mais a visão que a Câmara é dos cidadãos e não dos políticos. E é preciso de uma vez por todas dizer basta à incompetência, à inércia, à preguiça. Dizer basta e dizer agora sim Coimbra.

DC É por isso que sai do PSD? Era militante desde quando?

HPP Era militante desde os meus oito anos, era o número 6000 e só para lhe dar o exemplo o doutor Encarnação era o 60 mil. Mas há coisas de que não prescindo na vida e isso tem a ver com uma linha de orientação dos meus pais e por isso é que o Sim Coimbra também é uma homenagem que lhes faço. Sempre me disseram duas coisas. Preservar o nome. É um dos grandes activos que as pessoas têm. Preservar o bom nome é algo de que não prescindirei por troca qualquer. E, segundo, dizer às pessoas que estão comigo se é sim ou não. Não o nim. E uma das questões com o PSD tem a ver com isto. O PSD em termos locais transformou-se numa dinastia e nem sou eu que o digo. A candidata à Câmara de Leiria, Isabel Damasceno, vai mais longe e diz que Coimbra é uma aristocracia arruinada. Para mim, nesta fase, o PSD local transformou-se num conjunto de pessoas que efectivamente não têm uma perspectiva estratégica da cidade e do concelho como devem ter. E por isso resolvo candidatar-me à concelhia. Tinha de tomar a iniciativa e dizer ou sim ou sopas. O PSD achou que não e por isso não. Agora, o PSD achou que devia recandidatar uma pessoa que disse que o anterior era o último mandato e por isso é contra esta falta de carácter e contra esta falta de iniciativa que primeiro suspendi a militância e me desvinculei. Porque estou virado para Coimbra. O meu projecto é Coimbra e se as pessoas disserem sim estarei disponível a mil por cento, se disserem não, sou empresário e não dependo da política. Esse é outro sinal que quero dar às pessoas. É que o PSD de Coimbra transformou-se num grupo de político-dependentes, que são as pessoas que não conseguem fazer mais nada sem viver dos subsídios políticos, de clientelas políticas e não têm uma visão aberta da sociedade. Para mim o verdadeiro PPD é o PPD de Sá Carneiro, era o PPD que dava sentido às pessoas.

DC E o que é que as pessoas lhe têm dito durante este tempo que tem estado no terreno?

HPP Eu tenho estado a distribuir um pequeno panfleto com um conjunto de pontos (que não é o programa, esse irei apresentar oportunamente) e entrego um cartão com o meu número de telemóvel e mail para as pessoas poderem contactar-me. E tenho sentido por parte das pessoas esta ansiedade que é preciso mudar Coimbra. Sinto plenamente esta situação em que as pessoas pensam que isto está num estado lastimável e é notório. Veja, eu costumo estar todas as manhãs na Loja do Cidadão (nas empresas estou da parte da tarde porque tenho centenas de colaboradores e tenho de manter também o emprego deles) e o que se vê naquele local, é um dos outros projectos que eu acho que é fundamental, que é a questão da reabilitação urbana. Eu sinto-me envergonhado ali.Quando os estrangeiros e pessoas de outros lados chegam ali e me dizem: “Olhe como está isto!”, “Olhe o estado de degradação da Baixa de Coimbra”, comparado não só com grandes cidades da Europa, mas com cidades como Guimarães, como Braga, Leiria ou Viseu. Não pode ser.

Assinou-se há uns dias uns protocolos sobre a regeneração urbana. Viu lá Coimbra? Não viu… Viu Castelo Branco, viu Leiria. Vieram aqui os presidentes da Câmara assinar. Viu alguma candidatura de regeneração urbana aprovada e assinada em termos da Câmara de Coimbra? Fazem-se colóquios, iniciativas e actividades, é isso que se sabe fazer ali na Câmara – é o virtual, são pequenas obrinhas de circunstância. O que resulta em problemas de segurança. À noite, na Baixa não se pode andar. Noutro dia fui jantar à Baixa e vieram pessoas dizer-me: sr. engenheiro salve-nos disto. O estacionamento do Bota-Abaixo qualquer dia não pode ficar aberto, é um risco enorme. Até fiz uma reportagem fotográfica e vou apresentá-la no meu blog. É perfeitamente deprimente.

DC Que projectos tem, em concreto, em termos de reabilitação urbana?

HPP Tem de haver uma via verde para a reabilitação urbana e para mim é mais importante aprovar projectos rapidamente e dar-lhes isenção de IMI nalguns casos, de IMT, baixar os impostos em relação à questão das taxas e outras coisas que sejam necessárias para dizer assim: temos que reabilitar mas não temos só que reabilitar o centro histórico. Temos de reabilitar os bairros que temos, que já foram feitos há uma série de anos, o conjunto de casarios da Sá da Bandeira, da Avenida Fernão Magalhães, o Bairro Norton de Matos e se tivermos de parar por uns tempos projectos de viabilização de construções novas para dar a prioridade a projectos e licenciamentos de obras de reabilitação, eu tomarei essa iniciativa, como tomarei a iniciativa de baixar os tais impostos.

DC A questão do emprego é outra que neste momento se coloca e não depender apenas da resposta do Governo.

HPP Tenho um programa muito claro. Câmara Municipal, Serviços Municipalizados, Empresas Municipais, vão ser obrigadas a ter 600 estágios por ano de pessoas oriundas dos institutos do ensino superior, de escolas profissionais, área de gestão, engenharia, economia e outros serviços. Não é para fazer contratações absurdas onde se vai buscar o tio, o padrinho, o primo….. não é isso que se pretende. E mais, quero que se ponha nos cadernos de encargos de todos os concursos de fornecimentos da Câmara, dos serviços municipalizados e das empresas municipais e intermunicipais, a obrigatoriedade de receberem estágios de pessoas que tirem aqui os cursos. Temos que tomar medidas muito drásticas em relação a isto porque muitas pessoas dizem-se: o meu filho teve de sair daqui e vêm para cá outras pessoas. Isto é o pânico, nós temos aqui qualidade de vida mas temos os nossos filhos a fugir”. Temos que reter essas pessoas, temos que os fixar. Vou ainda definir até 20% do valor da derrama, para apoios concretos a jovens licenciados e quadros médios que tiraram os cursos aqui e que queiram criar empresas e que fixem empresas aqui. Isto é também outro dos indicadores. Por outro lado, outra das situações é assegurar a fixação do investimento de fora, que são empresas que se podem fixar no Iparque e noutros parques empresariais. Quando deixei a Câmara, na altura, havia uma situação de investimento de Taveiro que envolvia 5 milhões de euros de 10 empresas e criava 100 postos de trabalho. Passaram quatro anos e nada se fez, está lá o terreno e nada se fez. O parque de Eiras está feito e aquilo está completamente parado. O presidente da Câmara não liga nada ao parque de Eiras.São estas coisas que é preciso dizer claramente: Impera a preguiça, a incompetência, a falta de trabalho e a situação de ideias na Câmara e comigo a situação é diferente. Por Coimbra, com trabalho e com ideias.

“Quero pessoas de rigor e de transparência”

DC Relativamente à sua equipa, já pode dizer algo em concreto?

HPP A equipa tal como as assinaturas é algo de que falarei dentro de algum tempo. A única coisa que lhe posso dizer é que comigo não estarão pessoas que dependam da política. Quando fui para a Câmara disse às pessoas que estavam comigo: quando eu sair, saem. E saíram. Está claro que têm diferentes ideologias agora que não dependem da política. A pior coisa é fazer o que se tem feito até aqui: meter as pessoas porque é do partido X ou porque é amigo de tal, etc., e portanto o que lhe posso dizer é que as pessoas que vão comigo têm esse perfil de pessoas que tiveram de sair daqui e tiveram sucesso noutros lados, e que agora querem dar o seu contributo de cidadania a Coimbra e portanto estou reconhecido a eles e alguns que aceitaram já. Por outro lado não quero pessoas da tal politica profissional, mas antes que tenham rigor e trans-parência no perfil profissional e empresarial.

DC Se não for eleito vereador, admite coligar-se ?

HPP Esta candidatura é a verdadeira candidatura de coligação com a cidade porque é a primeira que é independente da Câmara Municipal de Coimbra e por isso é que está a fazer um pânico em determinado tipo de hostes e como candidato independente, esta é a verdadeira coligação de cidade e portanto é óbvio que sendo uma coligação para defender a cidade, tem que estar disponível para arranjar uma situação de governabilidade pela cidade e portanto acho que esta é a resposta. Eu não estou a candidatar-me contra ninguém nem contra nenhum partido, eu estou é a candidatar-me por uma situação de imperativo de consciência e por uma vontade de ousar por Coimbra. A minha candidatura tem muito a ver com o que dizia Shakespeare: Razões fortes originam acções fortes. E por Coimbra, agora sim. Sou um lutador e como tal, a minha disponibilidade é lutar por Coimbra.
O homem até fala bem e mete o dedo em algumas das feridas desta cidade, mas na verdade diga o que disser, toda a gente sabe que esta candidatura é uma vingançazinha contra a concelhia do PSD em geral e contra o Encarnação em particular. De qualquer modo não deixa de ser um individuo mais dinâmico do que os amorfos dos outros candidatos. É pena é que o dinamismo nem sempre lhe dá para o lado certo...

daniel322
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Mensagem por daniel322 »

Ruizito Escreveu:O homem até fala bem e mete o dedo em algumas das feridas desta cidade, mas na verdade diga o que disser, toda a gente sabe que esta candidatura é uma vingançazinha contra a concelhia do PSD em geral e contra o Encarnação em particular. De qualquer modo não deixa de ser um individuo mais dinâmico do que os amorfos dos outros candidatos. É pena é que o dinamismo nem sempre lhe dá para o lado certo...
Sim, em grande parte concordo contigo. Eu acho que ele tem razão em muitas das criticas que faz, mas por outro lado são críticas que todos vêem, menos quem devia.. é que, conhecendo a pessoa como conheço, arrisco a especular que ele diz aquilo que queremos ouvir, e mais não digo..

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Carrinha de campanha de Pina Prata foi autuada

Não é a primeira vez que Pina Prata leva o assunto Polícia Municipal (PM) à reunião do executivo municipal. Ontem, voltou a fazê-lo para lembrar que ainda não obteve resposta ao requerimento apresentado em Junho, no qual solicitava esclarecimentos sobre os acontecimentos relacionados com a actuação dos polícias municipais, na noite de 28 de Maio, na Praça da República. Agora, o vereador independente veio queixar-se de ter sido autuado, ou melhor, a carrinha com o seu rosto e o seu lema de candidatura à presidência da Câmara Municipal de Coimbra, que anda a circular por todas as freguesias do concelho, junto à Loja do Cidadão, na passada sexta-feira.

«Por ter observado e sido multado no exercício da cidadania por ter estacionado “a menos de cinco metros do entroncamento”, venho solicitar um relatório exaustivo sobre os restantes autos levantados no mesmo dia e no mesmo local ou nas redondezas, onde diariamente há estacionamento em cima da linha amarela, vendedores ambulantes, mendicidade, lixo em todo o lado e muita insegurança», disse Pina Prata, que se apresentou documentado com «fotografias do momento em que fui autuado, bem como as matrículas dos carros para a respectiva abertura de averiguações». «Tirem-se as conclusões», acrescentou, antes de deixar claro: «Não, à intimidação».

Além de entender que «agora sim, exige-se segurança para Coimbra», o vereador colocou várias perguntas: «Por que é que as receitas da PM em Coimbra entram na conta do BES, na Sá da Bandeira, em nome dos SMTUC [Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra]? Por que é que Coimbra não está mais segura desde que tem PM? Há na PM concursos feitos à medida?». O candidato independente à presidência da Câmara de Coimbra para o mandato 2009/2013 sublinhou que «a PM tem de andar nas ruas da cidade», lamentando que «não conheçam a realidade, por exemplo, da Baixa e de outros locais já assinalados».

Fonte: Diário de Coimbra
Se de facto estava a menos de 5 metros de um entroncamento, acho que não se pode queixar... é uma infracção às regras que, dependendo da zona, pode ser muito perigosa para os restantes condutores devido à perda de visibilidade que daí advém. Por outro lado, se for o único na mesma situação a ser multado, não deixa de ser estranho...